Israel precisa se livrar de Netanyahu para não manter uma guerra eterna em Gaza

O ex-primeiro-ministro israelense e líder do partido Likud, Benjamin Netanyahu, fala em um evento na noite da eleição em Jerusalém, Israel. As pesquisas de boca de urna mostraram Netanyahu com uma estreita vantagem no final do dia da eleição, a quinta do país em quatro anos que nomeará um novo Kesset, o parlamento de 120 assentos - Metrópoles

Netanyahu usa essa guerra para se proteger da Justiça

Mario Sabino
Metrópoles

Um grande inimigo de Israel, hoje, é o primeiro-ministro Benjamin Netanyahu. Para continuar no poder e manter suspensos os processos criminais por corrupção nos quais foi denunciado, ele não tem o menor interesse em um acordo de cessar-fogo permanente em Gaza.

Um acordo que desse fim às hostilidades criaria condição para que os 20 reféns israelenses ainda vivos fossem devolvidos logo às suas famílias.

OPORTUNISMO – A realidade está aí para desmentir o belicismo oportunista do primeiro-ministro. Depois de mais de um ano e meio de guerra, a capacidade militar do Hamas foi reduzida a praticamente zero. Os seus aliados externos também sofreram golpes severos e já não podem suprir os terroristas palestinos com armas e dinheiro.

Israel infligiu perdas pesadas aos libaneses do Hezbollah e mostrou ao regime dos aiatolás, às voltas com rebeliões internas, que o território iraniano está inteiramente ao alcance da sua força aérea. Os houthis do Iêmen, por sua vez, foram contidos pelos americanos.

A ameaça síria também se dissolveu neste momento. Depois da queda de Bashar al-Assad, amigo do Hezbollah, os fundamentalistas que estão no poder em Damasco, inconfiáveis na sua súbita conversão à democracia, já não podem contar com boa parte da infraestrutura militar do antigo regime, destruída antecipadamente pelos israelenses.

OCUPAR GAZA – O que faz, no entanto, Benjamin Netanyahu? Diz que vai ocupar permanentemente uma boa porção do território palestino que o exército de Israel transformou em ruínas. É uma ideia insana que só agrada à franja radical ortodoxa que faz parte da sua base de governo — a franja que ganhou, agora, mais 22 assentamentos ilegais na Cisjordânia.

Ao colocar as suas conveniências pessoais e políticas acima dos interesses nacionais de Israel, o primeiro-ministro corrói o apoio de aliados históricos, como Estados Unidos e Alemanha, que não querem ser associados à matança de palestinos, pela força das armas ou pelas dores da fome, sem qualquer sentido do ponto de vista militar.

Matança que fortalece a mentira — antissemita— de que Israel perpetra um genocídio em Gaza.

Israel precisa se livrar de Benjamin Netanyahu, é questão urgente, antes que ele transforme Gaza em um atoleiro para a juventude israelense e a Cisjordânia em celeiro de terroristas para o Hamas, mais do que já é.

Antes que se torne impossível aos amigos de Israel continuar apoiando o país com a firmeza de quem o vê como farol da democracia em meio à escuridão do Oriente Médio. A escuridão que produziu o massacre de 7 de outubro de 2023.

Ao fim e ao cabo, não se pode esperar racionalidade do Hamas, mas se deve exigir racionalidade de Israel.

9 thoughts on “Israel precisa se livrar de Netanyahu para não manter uma guerra eterna em Gaza

  1. Vejam bem ao lado de quem vamos figurar no cenário internacional com a inevitável censura:

    Segue uma **relação de países que censuram ou restringem o acesso às redes sociais**, com exemplos e características principais:

    ### 🔴 **Censura frequente ou bloqueio total**

    Estes países **bloqueiam redes sociais regularmente** ou **mantêm censura contínua**:

    | País | Redes sociais censuradas | Detalhes principais |
    | ——————- | ——————————————————— | ——————————————————————————— |
    | **China** | Facebook, Twitter, Instagram, YouTube, WhatsApp, Telegram | Substituídas por plataformas nacionais (WeChat, Weibo). Grande Firewall da China. |
    | **Irã** | Facebook, Twitter, Telegram, YouTube | Apenas redes nacionais permitidas. VPNs são comuns entre a população. |
    | **Coreia do Norte** | Todas as redes sociais ocidentais | Internet amplamente restrita à elite e ao governo. |
    | **Turcomenistão** | Facebook, Twitter, WhatsApp, Telegram | Internet fortemente controlada. Uso de VPNs é criminalizado. |

    ### 🟠 **Censura parcial ou intermitente**

    Bloqueios temporários, principalmente durante protestos, eleições ou crises:

    | País | Redes sociais afetadas | Detalhes principais |
    | ———– | ——————————————————— | ———————————————————————————- |
    | **Rússia** | Facebook, Instagram, Twitter (parcial), TikTok | Após invasão da Ucrânia, várias redes foram bloqueadas ou tiveram acesso restrito. |
    | **Mianmar** | Facebook, Twitter, WhatsApp, Instagram | Bloqueios após golpe militar em 2021. |
    | **Etiópia** | Facebook, TikTok, Telegram, YouTube | Bloqueios durante conflitos civis e eleições. |
    | **Índia** | TikTok (banido), Twitter e WhatsApp (restrições pontuais) | TikTok foi banido permanentemente. Restrições regionais durante protestos. |
    | **Egito** | Facebook, Twitter, Telegram (parcialmente) | Restrições durante protestos e instabilidade política. |

    ### 🟡 **Censura por tempo limitado ou controle de conteúdo**

    Países que não bloqueiam completamente, mas monitoram, filtram ou removem conteúdos:

    | País | Detalhes |
    | ——————- | ————————————————————————————————– |
    | **Turquia** | Bloqueios temporários de Twitter e YouTube; forte controle de conteúdo. |
    | **Vietnã** | Censura de conteúdo político no Facebook e YouTube. Pressão sobre empresas para remover postagens. |
    | **Arábia Saudita** | Monitoramento e censura de conteúdo; prisões por postagens críticas. |
    | **Emirados Árabes** | Censura e bloqueio de apps como Skype, WhatsApp e Messenger por chamadas de voz. |

    • Será que estão pensando no impacto econômico e geopolítio que esta loucura terá?

      É muito doideira pra proteger o projetinho reacionário e neoludista da Organização Petista.

  2. Se Netanihau aceitar o cessar fogo, o morticinio da população Palestina, significará o inferno astral dele. Terá que enfrentar o processo de corrupção no Judiciário de Israel.

    Caso consiga eliminar todos os integrantes do Hamas, grupo terrorista, que também é culpado pelo sofrimento da população Palestina, Benjamin o primeiro ministro terá que encerrar os bombardeios contra civis indefesos, a maior covardia de todos os tempos.

    Então, não interessa ao Hamas e a Benjamin Netanihau, nenhuma trégua nem o cessar fogo.

    Até quando essa união de dois inimigos vai persistir com tantas mortes de crianças, mulheres e idosos, que nunca manusearam arma alguma?

  3. O Grupo Terrorista Hamas fora criado pelas próprias autoridades ” politicas e de segurança ” Israelenses a seu serviço , culminando no atentado em Israel no dia 07/10/2023 , com o agravante de que fora ” facilitado e consentido ” pelos seus próprios criadores Israelenses .

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