Supremo já tem maioria para instituir a censura prévia nas redes sociais

Mandato para ministros do STF une partidos governistas e de oposição

STF tenta alcançar o que nenhum tribunal conseguiu até agora

Rayssa Motta
Estadão

O Supremo Tribunal Federal (STF) formou maioria nesta quarta-feira, 11, para responsabilizar provedores e redes sociais por publicações de usuários. Seis ministros já defenderam ampliar as obrigações das big techs na moderação de conteúdo.

O tribunal ainda vai definir os critérios para a responsabilização das empresas. Os ministros apresentaram propostas diferentes e o plenário precisa equilibrá-las em uma tese.

VOTAÇÃO SUSPENSA – A votação seguiu nesta quinta-feira, 12, com os votos de Edson Fachin e Alexandre de Moraes. Depois isso, a votação será suspensa, sem data para ser retomada.

O julgamento gira em torno do artigo 19 do Marco Civil da Internet, que proíbe a responsabilização das plataformas por conteúdos publicados pelos usuários, exceto se houver descumprimento de decisões judiciais para remover publicações.

A maioria considerou que a regra é insuficiente para proteger os usuários e defendeu ampliar a obrigação das plataformas de fiscalizarem os conteúdos que circulam na internet.

O QUE FALTA? – O tribunal precisa definir agora em que casos as empresas de tecnologia podem ser punidas por publicações, mesmo quando não houver ordem judicial para tirá-las do ar, o que implicará uma moderação de conteúdo mais rigorosa.

Outro ponto em aberto é sobre a criação de um órgão para fiscalizar o cumprimento dos critérios que vierem a ser definidos pelo STF ou a delegação dessa tarefa a uma entidade já existente.

Internamente, o julgamento é considerado o mais importante da história recente do Supremo. Os ministros aguardavam uma regulamentação das redes pelo Congresso, mas perderam a esperança desde o fracasso do PL das Fake News. O tribunal decidiu esperar as eleições passarem para se debruçar sobre o tema.

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NOTA DA REDAÇÃO DO BLOG
Até o momento, votaram os ministros Dias Toffoli, Luiz Fux, Luís Roberto Barroso, André Mendonça, Flávio Dino, Cristiano Zanin e Gilmar Mendes. Nenhum deles realmente sabe o que fazer, porque agora as redes sociais não foram reguladas em países democráticos, apenas em nações totalitárias, com uso de censura. Gilmar Mendes chegou a tirar uma onda, dizendo que o Brasil iria ensinar ao mundo como proceder. Palavras, palavras, o vento leva, mas sempre fica o ridículo que move as pretensões humanas. (C.N.)

8 thoughts on “Supremo já tem maioria para instituir a censura prévia nas redes sociais

  1. Após dois anos e seis meses, só 28% avaliam positivamente Lula, anuncia o Datafolha.

    Nem mesmo os beneficiários de programas sociais (Bolsa Família, Auxílio-Gás etc etc etc) parecem estar mais todos com Barba. É o fim.

    Lembrando, porém, que quem triplicou para R$ 600 o valor eleitoral do Bolsa Família, sob denominação de Auxílio Emergencial, foi o também à essa mesma altura rejeitado ‘ex-mito’, que nem com a distribuição triplamente maior de dinheiro conseguiu se reeleger.

  2. “a regra é insuficiente para proteger os usuários.”
    Vão ser protetores assim lá na casa do carvalho.
    O que querem realmente é se proteger da opinião pública.
    As ‘cagadas’ e as mazelas não podem ser mostradas.
    As mídias sociais não passam batom em boca de porco.
    O grande irmão, aquele da Revolução dos Bichos não gosta de ser execrado pelos insatisfeitos.
    Moral: Não tem, a lei da mordaça resolve.
    Mâs… o povo se vira, imaginemos estádios de futebol lotados cantando o , refrão: Ei fulano… vai tomate crú!
    Hehehehe.
    Já aconteceu com Dona Dilma, a dama do verbo arrevesado e com Dom Curro, aquele da Grana mal havida.

  3. Se não amordaçarem, 2026 vai ser o ano mágico do PT. Mágico pois os votos vão desaparecer e o PT não vai perder só a presidência mas, também, governadores, senadores e deputados. Vai minguar como minguou o PSDB.

  4. Lula pede ao STF a suspensão de processos sobre fraudes em descontos do INSS


    O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) ingressou com uma ação no Supremo Tribunal Federal (STF) solicitando a suspensão de todas as ações judiciais movidas por aposentados e pensionistas que foram lesados por descontos indevidos em benefícios do INSS, ocorridos entre março de 2020 e março de 2025.

    A medida, assinada por Lula e pelo advogado-geral da União, Jorge Messias, foi protocolada como uma Arguição de Descumprimento de Preceito Fundamental (ADPF).

    Nela, o governo solicita que o STF declare inconstitucionais as decisões que responsabilizam a União e o INSS pelas fraudes cometidas por terceiros em descontos associativos.

    O governo também solicita que o ministro Dias Toffoli, que já é relator de um caso semelhante, seja designado como relator da presente ação.

    Além da suspensão das ações, o Executivo solicita autorização para abrir um crédito orçamentário extraordinário que viabilize o ressarcimento às vítimas, sem violar o teto de gastos.

    A proposta também inclui impedir que decisões judiciais determinem a devolução em dobro dos valores, com base no Código de Defesa do Consumidor.

    O Planalto teria identificado uma atuação “predatória e de má-fé” por parte de escritórios de advocacia, que estariam promovendo ações em massa para obter ganhos elevados por meio de decisões favoráveis.

    A justificativa do governo é que a judicialização em série pode causar prejuízos ao erário, prolongar a resolução para os prejudicados e alimentar falsas expectativas entre aposentados que foram vítimas de fraude .

    Zurra de prazer o grupo constituído dos “adevogados”, das ovelhinhas, dos cúmplices do ladrão, da macacada, dos velhos velhacos, do cronista pé-de-cana e de todos os demais assemelhados, simbolizados pelos paus de arara mortos de fome e dos vagabundos que optaram pelo bolsa família “Nosso ladrão é eficaz mesmo na roubalheira dos aposentados”, zurra o representante do grupo. O mais velho do grupo se cala, admitindo que a grana que recebe terá dividendos.

  5. Nela, o governo solicita que o STF declare inconstitucionais as decisões que responsabilizam a União e o INSS pelas fraudes cometidas por terceiros em descontos associativos.

    Que faça ação regressiva, ora essa !

    O governo também solicita que o ministro Dias Toffoli, que já é relator de um caso semelhante, seja designado como relator da presente ação.

    Mudou a regra geral, não é mais por sorteio ? Vai direto para aquele que “já sabe” o que fazer ?

    Além da suspensão das ações, o Executivo solicita autorização para abrir um crédito orçamentário extraordinário que viabilize o ressarcimento às vítimas, sem violar o teto de gastos.

    Este pedido não deve ser feito ao Congresso ?

    A proposta também inclui impedir que decisões judiciais determinem a devolução em dobro dos valores, com base no Código de Defesa do Consumidor.

    O governo indecente pretende burlar até a lei. Seus amigos de toga terão o descaramento de impedir que a lei seja cumprida ???

    Somente o grupo maldito composto pelos cúmplices dará razão ao canalha.

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