Duarte Bertolini
Como sempre repete nosso editor C.N., o comportamento da imprensa amestrada e emporcalhada, no caso do senador Sérgio Moro (União-PR), tem sido repulsivo. Em todas as coberturas do julgamento, quase sem exceção, era firmada a convicção da certeza de condenação de Moro pelos “gravíssimos crimes” cometidos, inclusive com pesquisas e bolsas de apostas sobre o provável sucessor de Moro, a ser escolhido mediante nova votação, algumas semanas após a cassação.
Quando o julgamento restou empatado em 1 a 1, ao final do primeiro dia, a Tribuna da Internet foi um dos poucos (senão o único) veículo de comunicação a ressaltar a firmeza e solidez de argumentos do robusto e definitivo voto do relator, desembargador Luciano Falavinha, que analisou minuciosamente a contabilidade dos gastos de campanha, a principal acusação.
VISÃO ERRÔNEA – Os demais jornalistas ressaltavam o acerto do voto favorável, apesar da falta de argumentos, pois o desembargador estreante José Rodrigo Sade, recém-nomeado pelo presidente Lula, apenas concordou com as inconsistentes acusações que justificariam a cassação.
Mesmo assim, a imprensa amestrada renovava a certeza de que o voto do relator era um ponto fora da curva, que seria fatal e facilmente massacrado nas demais sessões pelos votos dos outros cinco desembargadores.
Ao final do julgamento, com a absolvição por 5 a 2, o tom da imprensa era de evidente lamento pelo resultado, e alguns repórteres ainda arriscavam uma velada crítica ao Tribunal Regional Eleitoral do Paraná, e não vi nenhuma aceitação da tese defendida pelo relator, que desmontou as provas improcedentes existentes e os argumentos rasos, de cunho eminentemente político, que exibiam um ato de vingança pela atuação do ex-juiz.
TV DECEPCIONANTE – Dos telejornais que assisti, o da TV Cultura fez a pior cobertura, um jornalismo repulsivo. Ao desenvolver a notícia, a reportagem levou ao ar apenas parte do voto do primeiro desembargador a votar pela cassação (voto considerado por C.N. e por mim como “vazio e infantil”). Em seguida, ao invés de divulgar as razões da não-cassação de Moro, passaram a elencar várias teses e argumentos que poderiam embasar e fundamentar o necessário, urgente e imperioso (para salvar a democracia, claro) recurso a ser apresentado ao TSE
Foi de embrulhar o estômago de qualquer brasileiro ainda com um pouco de noção e mínima capacidade de analisar fatos e ações de formação subliminar de consciência.
Apesar de alguns erros (nenhum grave ou que tenha interferido na forma e resultado dos julgamentos do Petrolão) e de suas equivocadas escolhas políticas, Moro merece a admiração e reconhecimento dos brasileiros, que talvez um dia percebam a infeliz e desastrosa opção feita pela Justiça em favor dos corruptos e contra aqueles que se expuseram para defender esta mesma ingrata sociedade.
Por favor Carlos Newton. Dê uma olhada nesta matéria onde o grande Ziraldo é homenageado: https://politicatipica.com.br/em-novo-atlas-geografico-escolar-ibge-coloca-brasil-no-centro-do-mundo/
Não é a primeira vez que isso acontece. A ideia maluca é do Paulo Protásio, ex-presidente da Embratur, que de vez em quando encontra um otário, como o Márcio Pochmann, para servir de escada, e sobe em cima.
É ridículo.
Abs,
CN
“Dendos”, em: https://www.facebook.com/share/r/RNciJxQPZaNQz8kR/?mibextid=oFDknk
Notas do Autor, este simples colaborador
O termo imprensa amestrada é , em ocasiões especiais, lembrado pelo editor CN, certamente inspirado no saudoso do mestre Helio Fernandes, que o criou e nao cansou de utiliza-lo para demonstrar a prática de lambe-botas de alguns membros da imprensa brasileira, de modo geral, desde muito tempo.
Registro justo e necessário