Pedro do Coutto
O presidente Lula da Silva adiou o déficit zero nas contas governamentais para 2025 e o ajuste fiscal vai para 2026, o que equivale dizer que ficou para o seu sucessor. Talvez seja ele próprio, uma vez que já afirmou que deve se candidatar à reeleição. A proposta anterior previa superávit de 0,5% do Produto Interno Bruto (PIB) para o ano que vem e foi alterada menos de um ano depois de ter entrado em vigor o novo arcabouço fiscal. Também foi mantida a meta de zerar o déficit em 2024.
A modificação da previsão ocorre diante da dificuldade do governo federal em fechar as contas públicas e elevar receita, mas também abre espaço fiscal para a realização de mais gastos públicos em 2025 e 2026. Nesse sentido, a alteração demonstra fragilidade do arcabouço fiscal.
METAS FISCAIS – Pela regra que substituiu o teto de gastos, há uma banda de 0,25 ponto percentual do PIB para cima ou para baixo, e com isso, as contas públicas podem ter um resultado deficitário, ou superavitário, sem que as metas fiscais sejam descumpridas. O secretário do Tesouro Nacional, Rogério Ceron, justificou que o arcabouço não está sendo descumprido. Ele também ressaltou que o país não pode adotar medidas de renúncia de receita, sem compensação.
A questão deve ser vista com realismo, pois como Fernando Canzian escreveu na edição de segunda-feira na Folha de S. Paulo, o custo da dívida interna do país no ano passado foi de R$ 718 bilhões, resultado da incidência da taxa Selic sobre o total do endividamento.
REFLEXÃO – O cálculo conduz a uma reflexão contábil que indica que não está computada a despesa com a rolagem da dívida. Portanto, todos os anos teremos que enfrentar um déficit real muito grande. A realidade monetária precisa ser exposta e analisada friamente para que a opinião pública não seja iludida. O
Ao fixar o déficit zero para o próximo ano, o governo sinalizou que este ano, em vez de superávit, terá um cenário que exigirá o desembolso fiscal. A execução do orçamento, se for realizada com êxito, poderá zerar a diferença. Mas é preciso firmeza na execução do programa e na divulgação das contas.
Com os vários exemplos de contas que essa múmia já nos mostrou em suas falas. O único déficit que esse cara entende é o déficit de carater
Senhor Pedro do Coutto , como queres que as contas do governo fechem , se ele próprio esta abrindo mãos de receitas voluntariamente, através de inúmeras isenções tributárias desnecessárias e indevidas , prejudicando sua própria capacidade de gerir o país , e atender suas necessidades e a do povo .
Mestre Pedro do Couto, o ministro da Economia, Fernando Haddad não está tendo vida fácil no Congresso. A desoneração da Folha para determinadas empresas, taxando a contribuição dos trabalhadores na Folha pelo lucro das empresas, proposta por Haddad, não foi aceita pelo Congresso.
Foi mantida a desoneração da Folha.
Tudo que Haddad propôs para aumentar a arrecadação visando o alcance da déficit zero, foram rechaçadas pela Câmara e o Senado.
Nesse sentido, o ministro Paulo Guedes conseguiu tudo que ele queria.
Não raiz das dificuldades do governo e do ministro, está claro, que é a maioria do Congresso de representantes da oposição. O governo está em minoria.
Lula venceu as eleições, mas, o PL foi o grande vencedor do pleito.
99 deputados eleitos pelo PL e 77 eleitos pelo PT.
Será desse jeito até o fim do governo. E me parece, que as dificuldades do governo na Câmara tem aumentado e vai aumentar ainda mais.
Se o governo não agir rápido, a Direita no Congresso vai tornar o governo, um refém do Congresso. Se a popularidade cair ainda mais, já sabemos, que o impeachment se tornará questão de tempo. Assim aconteceu com Collor e com Dilma.
O Brasil não avança, porque suas elites e os líderes no Congresso e no Executivo vivem criando crises sem nenhuma necessidade. É uma bobagem aqui, outra ali, que vão aumentando perigosamente.
Olhem bem, senhores deputados, senadores e ministros, os golpistas não sumiram do mapa, pelo contrário, estão ajustando seus dispositivos para voltarem com força total, escolados dos erros primários da intentona golpista de oito de janeiro de 2023.