A alta rejeição de Guilherme Boulos prejudica sua arrancada na reta final

19.out.2024 - Apoiadores de Guilherme Boulos (PSOL) aguardavam por candidato e pelo presidente Lula (PT) na zona sul de São Paulo, mas ato foi cancelado

Neste sábado, Lula cancelou caminhada por causa da chuva

Roberto Nascimento

O eleitor de São Paulo foi massificado pela estratégia do prefeito Ricardo Nunes (MDB), que associa o candidato do PSOL como radical de esquerda, isso assustou a classe média e até eleitores da periferia.
Nem mesmo a gestão incompetente de Nunes no Apagão Elétrico, ao não retirar em tempo hábil, as árvores caídas nas vias urbanas e culpando exclusivamente a ENEL, deu os resultados esperados por Boulos. Na última semana, o prefeito recuou apenas 4 %, nas pesquisas.

DESCOLADO – Nunes inteligentemente, dispensou o apoio de Bolsonaro, com alta rejeição na capital, o que poderia contaminar o prefeito como um negacionista, reacionário, golpista e anticiência, as marcas do ex-presidente. Nunes preferiu colar no governador privatista e atual queridinho dos poderosos empresários da Avenida Faria Lima.

Aliás, o sucesso nas pesquisas do candidato Nunes, tem sido colocado na conta de Tarcísio, o que tem tornado Jair Bolsonaro uma fera ferida, porque gregos e troianos do poder político e empresarial já “elegeram” o governador como futuro presidente.

Bastou Valdemar da Costa Neto, presidente do PL, expressar o óbvio, dizendo que Tarcísio é o candidato da direita para 2026, dando como certa a inelegibilidade de Bolsonaro, para abrir um climão entre Bolsonaro e Valdemar.

PLANO B – O ex-presidente ameaçou abandonar o PL e criar um partido para chamar de seu. Costa Neto quase teve um infarto. Tentou botar panos quentes, incluindo o filho Eduardo Bolsonaro como um bom nome para presidente, mas Bolsonaro ficou ainda mais irritado, porque o número um da Direita é ele e o plano B sempre foi Flávio Bolsonaro, o senador.

No campo da esquerda, Boulos foi praticamente abandonado pelo PT e por Lula, que nunca acreditaram na viabilidade do candidato do PSOL. O PT está um pote até aqui de lágrimas com o eleitor paulista, que não crê como antes no sonho das propostas petistas, agora defasadas com os novos desafios de um tempo tecnológico, de IA e do empreendedorismo, tão bem percebido e explorado pel  /,o enganador e encantador de serpentes Pablo Marçal.

Neste sábado, Lula ia fazer uma caminhada com Boulos pela capital paulista, mas teve de ser cancelada, por causa da chuva. Seria muito pouco, para alavancar o candidato do PSOL. Lula não entendeu que a derrota de Boulos será também uma derrota dele e de toda a esquerda. É melhor perder, sabendo que tudo foi feito para ganhar, do que fingir que apoia, para não ficar atrelado a um perdedor.

COVARDEMENTE – Nesse ponto, Lula agiu covardemente com Boulos, como Bolsonaro fez com Nunes. Na campanha, Bolsonaro fincou um pé na canoa de Nunes e outro pé na canoa de Marçal, enquanto Lula tirava os dois pés da canoa de Boulos, e agora tenta desesperadamente ajudar na última semana antes do segundo turno, sabendo de antemão que não dá mais.

Em eleição, não se pode recuperar o tempo perdido, se errar a escolha, só é possível corrigir na próxima eleição, mesmo assim, se tiverem humildade para reconhecer os erros e mudar radicalmente de rumos, caso contrário, vão perder novamente e de maneira avassaladora.

7 thoughts on “A alta rejeição de Guilherme Boulos prejudica sua arrancada na reta final

  1. Me digam quais políticos não tem rejeição. A grande maioria sofre desse problema, bem poucos estão livres desses altos índices de rejeição

  2. O PT vai ter que procurar o PSD de Gilberto Kassab o vencedor disparado
    da eleição municipal, para conversar.

    Já se sabe, que o PT não tem quadros políticos no Sul e no Sudeste, para concorrer com chances de vencer as eleições majoritárias de governador e senador ( duas vagas).

    A ampliação do governo de coalizão, que dá sustentação ao governador Lula. O PSD tem hoje três ministérios. É o suficiente? Claro que não.

    Arthur Lira, procurou Kassab para um jantar na residência oficial da Presidência da Câmara, convite recusado pelo presidente tô PSD. Em pauta estava a eleição da presidência da Câmara em fevereiro de 2025.
    Lira quer eleger seu sucessor, o deputado Jogo Mota do PP ligado ao senador e ex- ministro da Casa Civil de Bolsonaro, Ciro Nogueira.

    Ocorre, que o deputado Antônio Brito, do PSD, Partido de Kassab, está na disputa da vaga.
    Elmar Nascimento do União Brasil, também está nessa briga fatricida.

    Dizem, que há um acordo entre Brito e Elmar, nos seguintes termos: quem estiver melhor posicionado na reta final, abrirá mão da disputa.
    Lógico, que Kassab apoia Antônio Brito.

    A decisão desse páreo está nas mãos do PT, a noiva pretendida pelos três candidatos, com seus 70 votos.

    Lira não quer sair perdedor, porque teme o ostracismo,vestindo de Rodrigo Maia, o ex- presidente, que apoiou Baleia Rossi, deputado do MDB, em 2023 e perdeu. O vencedor foi justamente Arthur Lira.

    Quem vai ganhar? Essa é a pergunta de 1 milhão de dólares. Aposto no candidato Antônio Brito do PSD, mas, sei que é apenas torcida e nada mais.

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