Pedro do Coutto
Os temas relativos às guerras da Ucrânia e do Oriente Médio dividiram os países que participaram da reunião no Rio de Janeiro, na véspera do G20, colocando a Argentina de um lado e o Brasil de outro, o que não era difícil de prever em face do comportamento do presidente Javier Milei.
O ultraliberal provocou embates nas discussões dos grupos de trabalho e o seu país também se recusou a assinar dois documentos prévios, um sobre igualdade de gênero e outro que abordava o desenvolvimento sustentável. Especialistas não descartam que a Argentina possa se negar a assinar a declaração final do G20 —o que seria considerado uma ofensa diplomática ao Brasil. Milei determinou que a Argentina abandonasse a COP29, a conferência do clima da ONU, no Azerbaijão.
CONTESTAÇÃO – A impressão que se tem é que Milei fará de tudo para contestar a posição brasileira, seja em que assunto for, levando o Brasil a programar a sua atuação diplomática de forma mais sensível, ampla e profunda. É possível que a Chancelaria brasileira estabeleça possibilidades que unam os dois pais sem conflitos de ideias. Mas Milei já tem desferido ataques ao próprio presidente Lula da Silva há meses. O presidente argentino parece gostar do confronto, do choque de ideias e de criar dificuldades em vez de promover facilidades.
Outro fato de oposição da Argentina diz respeito à iniciativa de taxação dos super-ricos no âmbito do G20. Na reta final das negociações para elaborar a declaração final que será anunciada pelos presidentes na cúpula de chefes de Estado e de governo do G20, nesta semana, a Argentina mudou posições já acordadas e corre o risco de ficar de fora do documento.
NOVAS INSTRUÇÕES – Na quinta-feira, os negociadores argentinos, chefiadas pelo sherpa (representante do presidente) Federico Pinedo, informaram aos demais países que receberam “novas instruções” da Casa Rosada e passaram a se opor à inclusão no texto da proposta de taxação dos super-ricos, uma das consideradas mais importantes pelo Brasil.
Além disso, a delegação argentina também deixou claro que não respaldará uma declaração presidencial que mencione o conflito entre Rússia e Ucrânia sem condenar o governo de Vladimir Putin, como pretendem os negociadores brasileiros e representantes de outros países. O governo Milei condena a invasão da Ucrânia — algo que o Brasil de Lula também fez em votações nas Nações Unidas —, e não respaldará uma declaração que não mencione a responsabilidade do governo russo no conflito.
NEGOCIAÇÃO – A posição dos argentinos torna inviável uma negociação, já que outros países, entre eles a própria Rússia, jamais aceitarão que uma condenação ao governo de Putin seja incluída no texto. A meta dos negociadores brasileiros é mencionar a guerra, assim como o conflito na Faixa de Gaza, sem condenar nenhum dos dois lados. Segundo explicou uma fonte oficial, “é a única maneira de chegar a um consenso”, abordando, apenas, temas como a defesa de um cessar-fogo, a busca da paz e a necessidade de promover a ajuda humanitária.
A posição de Milei em diversos temas acaba por se tornar um atraso para o continente e para a política mundial, dificultando o relacionamento entre os países, inclusive na América do Sul. Veremos, a partir de amanhã, como o G20 se desenvolve e onde novos obstáculos poderão surgir.
Presidente argentino esta tentando construir argentina forte diante das fraquezas expostas pelo brasil, eternamente balançando na rede.
Acordai patativas!
BRICS, pela índole de seus protagonistas é o tido “drible”(faz de conta que não tem nada à ver) do Khazariano Escudo Vermelho, proprietário e “mantene-dor” de todo havido aparato circense e de seus absortos “expecta-dores”!!
https://www.oevento.pt/tag/mafia-khazariana/
Está, na veia! Um nefasto regimento convocado para mercenáriamente locupleto, fazer o “serviço sujo”, ou seja: Pela fome e guerras, reduzir populações mundiais.
Milei não é de esquerda, portanto, pau nele.