Chineses avaliam vender TikTok a Musk para escapar da proibição nos EUA

TikTok: o que é e como funciona a rede social - Olhar Digital

Trump pede que a Tik Tok não seja suspensa nos EUA

por Bloomberg

Autoridades chinesas estão avaliando uma possível alternativa que envolve Elon Musk adquirir as operações americanas do TikTok, caso a empresa não consiga evitar uma polêmica proibição do aplicativo de vídeos curtos, segundo pessoas familiarizadas com o assunto disseram à agência Bloomberg.

Sob um dos cenários discutidos pelo governo chinês, a plataforma X de Musk — anteriormente Twitter — assumiria o controle do TikTok nos EUA e operaria as empresas juntas, disseram as fontes.

ATRAIR ANUNCIANTES – Com mais de 170 milhões de usuários nos EUA, o TikTok poderia reforçar os esforços da X para atrair anunciantes. Musk também fundou uma empresa separada de inteligência artificial, a xAI, que poderia se beneficiar dos grandes volumes de dados gerados pelo TikTok.

Autoridades em Pequim preferem fortemente que o TikTok permaneça sob a propriedade da ByteDance Ltd., disseram as fontes, e a empresa está contestando a iminente proibição com um recurso na Suprema Corte dos EUA.

No entanto, os juízes indicaram durante os argumentos em 10 de janeiro que provavelmente manterão a lei que afasta a possibilidade de uma empresa chinesa por trás da rede social em solo americano.

EFEITO TRUMP – Altos funcionários chineses já começaram a debater planos de contingência para o TikTok como parte de uma discussão ampla sobre como lidar com o futuro governo de Donald Trump, que assume em 20 de janeiro, sendo um deles envolvendo Musk, afirmaram fontes, que pediram anonimato para revelar discussões confidenciais, à agência Bloomberg.

Um acordo de alto nível com um dos aliados mais próximos de Trump tem certo apelo para o governo chinês, que deve ter alguma influência sobre a venda final do TikTok, disseram as fontes.

Musk investiu mais de US$ 250 milhões na reeleição de Trump e foi indicado para um papel importante na melhoria da eficiência governamental após a posse do republicano.

SEM CONSENSO – As autoridades chinesas ainda não chegaram a um consenso definitivo sobre como proceder, e as deliberações são preliminares, disseram as fontes. Não está claro quanto a ByteDance sabe sobre as discussões do governo chinês ou se o TikTok e Musk foram envolvidos. Também não está claro se Musk, TikTok e ByteDance já mantiveram conversas sobre os termos de um possível acordo.

Musk e seus representantes não responderam aos pedidos de comentário da Bloomberg. Em abril, Musk postou que acredita que o TikTok deveria permanecer disponível nos EUA.

“Na minha opinião, o TikTok não deveria ser proibido nos EUA, mesmo que tal proibição possa beneficiar a plataforma X”, escreveu ele na X. “Fazer isso seria contrário à liberdade de expressão. Não é o que os EUA representam.”

SEM COMENTÁRIOS – Representantes da ByteDance e do TikTok também não responderam às mensagens buscando comentários. A Administração do Ciberespaço da China e o Ministério do Comércio da China, agências governamentais que poderiam estar envolvidas nas decisões sobre o futuro do TikTok, também não responderam aos pedidos de comentário.

As conversas em Pequim sugerem que o destino do TikTok pode não estar mais sob controle exclusivo da ByteDance, disseram as fontes. Autoridades chinesas reconhecem que enfrentarão negociações difíceis com o governo Trump sobre tarifas, controles de exportação e outras questões, e veem as negociações sobre o TikTok como uma potencial área de reconciliação.

O governo chinês possui uma chamada “ação dourada” em uma afiliada da ByteDance que lhe dá influência sobre a estratégia e as operações da empresa.

US$ 40 BILHÕES – App vale ao menos US$ 40 bi nos EUA. As operações americanas do TikTok podem ser avaliadas entre US$ 40 bilhões e US$ 50 bilhões, estimaram os analistas da Bloomberg Intelligence, Mandeep Singh e Damian Reimertz, no ano passado. Esse é um valor substancial, mesmo para a pessoa mais rica do mundo.

Não está claro como Musk poderia realizar tal transação, se exigiria a venda de outros ativos ou se o governo dos EUA aprovaria. Ele pagou US$ 44 bilhões pelo Twitter em 2022 e ainda está pagando empréstimos significativos.

Trump pediu à Suprema Corte que suspenda lei que ameaça proibir o TikTok até que ele tome posse e possa atuar na negociação.

4 thoughts on “Chineses avaliam vender TikTok a Musk para escapar da proibição nos EUA

  1. Como havia dito no comentário anterior, a China leu Marx com mais atenção, notadamente o Capítulo Primeiro d´O Capital, “O Processo de Produção do Capital”, que nossa oligarquia sempre pula. Querem desenvolver o país aumentando as despesas correntes e vendendo título da dívida pro “Mercado”, tão massacrado, quem vem segurando e adiando a onda da quebradeira.

    A China quer vender a Tik Tok para não perder o mercado “imperialista”, que a quer enquadrar, não censurar. Como havia dito, ela que detém tecnologia compatível com a das big techs, mesmo assim jamais entrará na aventura tosca de nossa oligarquia bananeira e neoludista de censura, pois sabe que pra tirar bilhões da pobreza não será com commodities e, sim, estando na vanguarda tecnológica e abocanhando o maior mercado mundial.

    Bom daí dá-se pra antever as consequências.

    “Um pobre que explora outros pobres é como a chuva que destrói tudo e acaba com as colheitas”. Provébios

    • A China não censurou, ou seja, não enquadrou a Meta como nossos anões diplomáticos querem fazer. A proibiu. Acham que, produtores de bananas, vão ditar as normas pra quem está lá na a milhares de quilômetros à frente e que comandam a Economia Mundial. Até quando a liberdade econômica por lá vai conviver com a ditadura de partido único, é outra coisa.

      A Meta foi até legal mandando as informações pedidas pelos bananistas!

      Estamos e ficaremos sozinhos na chuva!

  2. Já pensaram bem. Uma oligarquia reacionária, jurássica descondenada de um país de Quinto Mundo, mergulhado na corrupção, bananista, com uma das piores distribuição de renda, com uma gestão da Economia temerária, atrasado tecnologicamente, querendo dar de galo com as big techs.

    Como já disse a saída do estupor coletivo, quando da eminente quebra do país será, mantida as proporções, como a dos alemães comuns diante do Holocausto.

    Pensem bem que papel ridículo!

    “Esprecionante”!

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