
Charge do Lattuff (Arquivo Google)
Carlos Newton
Sempre marcando presença na Tribuna da Internet, o comentarista Mário Assis Causanilhas, ex-secretário de Administração do governo estadual do Rio, nos envia importante reportagem de Flávia Albuquerque, da Agência Brasil, revelando que o país perdeu mais de 2,3 mil mídias jornalísticas em 10 anos.
Levantamento do projeto Mais pelo Jornalismo (MPJ) revela que desde 2014 foram criados 10.795 veículos, entre jornais, rádios, TVs e portais, enquanto 13.147 tiveram as atividades extintas. Ou seja, 2.352 mídias jornalísticas desapareceram do Brasil nos últimos dez anos.
NÚMEROS IMPRESSIONANTES – Também foram analisados dados específicos de veículos impressos e rádios em cidades com até 100 mil habitantes. De 2,4 mil rádios analisadas, 1.248 não possuíam portal de notícias (52%). Já entre mil veículos de mídia escrita, 214 ainda não tinham site próprio (21%).
“O saldo em uma década é negativo e nós não estamos falando de mídias pequenas. Muitas empresas extintas eram mídias centenárias, que representavam cidades muito populosas e que simplesmente foram descontinuadas porque a transformação digital e a maneira que as pessoas consomem notícia impactou o negócio do jornalismo”, explica a diretora da plataforma de mailings do I’Max, Fernanda Lara.
Na reportagem, Flávia Albuquerque indica como estão ocorrendo as mudanças na mídia, com surgimento de novos veículos de comunicação, principalmente porque muitos jornalistas são independentes, os chamados de “news influencers”, que estão se colocando como especialistas em algum assunto e criando o próprio espaço na mídia digital.
IMPORTÂNCIA DA MÍDIA – Em meio a essas mudanças repentinas, é certo que a mídia tradicional continuará sendo cada vez mais importante, devido ao crescente festival de fake news e desinformações.
Na verdade, as notícias só passam efetivamente a valer quando são confirmadas pela grande mídia. É o caso do festival de corrupção que envolve o governo federal com a Organização dos Estados Ibero-americanos (OEI), uma ONG espanhola que se apresenta como se fosse uma entidade formada oficialmente em 1949, com a participação do governo brasileiro do presidente Eurico Dutra, mas “esse registro non ecziste”, diria o famoso padre Óscar Quevedo.
O fato concreto é que até agora foi bem sucedido esse golpe da “organização internacional”, como se o governo brasileiro realmente estivesse participando dessa ONG desde 1949, argumento usado pelos espanhóis para firmar contratos altamente lesivos ao país.
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P.S. 1 – É impressionante o número de golpes já aplicados pelos espanhóis da ONG, especialmente após abril de 2023, quando a primeira-dama Janja da Silva assumiu oficialmente a Coordenação da OEI em Brasília.
P.S. 2 – Portanto, a mídia fez a sua parte e ONG já passou a ser investigada oficialmente pelo Tribunal de Contas da União, porque as denúncias encaminhadas por parlamentares da oposição foram aceitas esta semana pelo subprocurador-geral Rômulo Furtado, do TCU. Amanhã voltaremos ao assunto, que virou tabu no Planalto e no governo, com proibição de comentários de qualquer natureza. (C.N.)
Adendos, em “jornais”, encontrados em:
https://www.islam-radio.net/protocols/indexpo2.htm
De lá: ” Nossos jornais serão de todas as tendências: uns aristocráticos; outros, republicanos, revolucionários, ou mesmo anarquistas, enquanto existir a constituição, bem entendido.”
Como se constata, existe um proposital plano em desenvolvimento, bastando seus protagonistas restarem conscientes e “espelhados”!
PS. Ao confissionário!!!
https://www2.camara.leg.br/legin/fed/decleg/1980-1987/decretolegislativo-97-25-setembro-1980-364565-convenio-1-pl.html
Talvez fosse positivo dar um tempo às escaramuças e fazer uma reflexão sobre o papel da mídia:
Textos Artigos Política
SOMOS REFUGO DA FEIRA DA INFORMAÇÃO
Difícil estabelecer o início da atividade econômica organizada, mas já 1.500 anos A.C., os fenícios exerciam comercio marítimo, organizado e escriturado, daí para mercados, moeda, escravos, tributos, metalurgia, monopólios, máquina a vapor, revolução industrial, sociedade de consumo, tecnologia das comunicações, informática, economia globalizada e era da informação, foi só um passo de 35 séculos.
A conexão entre algumas das últimas fases é que vou tentar explicar porque poderiam ser um ponto de retrocesso no ritmo da evolução cívica, institucional e intelectual da humanidade.
O ciclo da atividade econômica eu definiria, empiricamente, como inovação, projeto, produção, produto e comercialização envolvendo modernamente estratégias de marketing.
A captação e divulgação de notícias desde a epifania de Júlio Cesar, 21 séculos atrás, com seu jornal Acta Diurna, a 1ª SECON, foi se arrastrando lenta e esporadicamente até a descoberta da prensa móvel de Gutemberg em 1440 e a partir de aí até o primeiro jornal diário de notícias de Leipzig em 1650 a atividade foi mais literária com edição de artigos de fundo e livros diversos passando a partir de aí a focar na divulgação de notícias e opiniões sobre fatos ocorridos ou situações latentes.
Alguns jornais foram sendo fundados e experimentados até que em 1785, em Londres, aparece o The Daily Universal Register que em 88 viraria The Times, e é no século XIX que empresários, políticos e governos acordam para o potencial econômico e doutrinário dos jornais e seus conteúdos, quando aparecem veículos emblemáticos como The New York Times, The Guardian, Agence France Presse, United Press e o nacional Correio Braziliense.
Mas é no final desse século e no decorrer do XX, que a onda de invenções na arte gráfica e especialmente nas comunicações, transformam o jornalismo num colosso econômico pela sua abrangência mundial total, seu poder de propaganda comercial e de doutrinação política, mas perdendo receita pelo praticamente fim da venda do jornal impresso, mesmo substituído pela venda de assinaturas.
O direcionamento desse poder de difusão é que seleciona as duas fontes de rendas do jornalismo, o setor econômico e o setor político, o que nos leva à única conclusão lógica possível, o setor jornalístico tem que entregar sua mercadoria, notícia e análise, aviada e embalada de acordo com a necessidade do cliente ou comprador, pelo que a verdade, a lógica e a isenção não farão necessariamente parte da mercadoria entregue, não bastasse as pressões dos clientes, apareceram umas nuvens negras sobre o setor, a internet, as redes e o celular, e como consequência, milhares de concorrentes a repórter, comentarista, ancora, a praga dos blogueiros e dos Influencers, todos disputando o imenso mercado do sensacionalismo, da desinformação, do proselitismo político, da polarização ideológica, do consumismo, da mentira, da falsa narrativa e, consequentemente, da estupidez humana. As consequências dessa diversidade de fraudes informativas, são o triunfo de políticos absolutamente desqualificados, ausência de líderes bem intencionados e cidadãos minimamente conscientes e bem informados, adoração de ex presidiários e agitadores terroristas, hordas de cidadãos se comportando como débeis mentais, o Q.I. médio nacional recuando anualmente e um país caindo rapidamente no conceito mundial.
Um Velho na Janela
Enviado por Um Velho na Janela em 28/02/2024
Muita boa análise, parabe´sn.
Mas a internet, os equipamentos que fazem parte das comunicações virtuais e as redes sociais não trouxeram somente umas nuvens negras sobre a mídia tradicional. É muito mais que isso.
Desde crianças até adultos, as comunicações atuais estão prejudicando o raciocínio, trazendo consigo uma forma de informação simplista e rasa que traz de volta os instintos naturais e maus do homem, os quais ficaram latentes por um tempo.
E não é só aqui. Vários países experimentam essa involução cerebral dos seus habitantes.
Temos saída? Se tem, não vejo, nem da janela.
Talvez sem querer, o senhor esteja explicando o declínio do QI médio de muitos países, inclusive o nosso.