
Trump erra tanto que desequilibra as bolsas de valores
Mario Sabino
Metrópoles
Depois de 50 dias frenéticos, como avaliar o governo de Donald Trump? Sejamos sucintos, abordando os dois pontos que mais interessam ao mundo neste momento. O primeiro ponto é o da guerra na Ucrânia. Você deve estar entre confuso e otimista sobre a possibilidade de paz rápida e duradoura, em nome da qual Donald Trump humilhou Volodymyr Zelensky, tomando o agredido como agressor, para deleite de Vladimir Putin.
Esclareça-se: não haverá paz duradoura na Ucrânia, nos termos pretendidos pelo presidente americano, que tem pressa em enfiar a rendição absoluta goela abaixo dos ucranianos.
O ex-presidente francês François Hollande deu uma entrevista bastante didática ao Corriere della Sera sobre a cena a que assistimos. Ele conhece Vladimir Putin muito bem: ao lado de Angela Merkel, então chanceler da Alemanha, foi um dos artífices do Tratado de Minsk, assinado em setembro de 2014, que previa o fim das hostilidades russas no leste da Ucrânia, depois da ocupação da Crimeia — tratado que foi rasgado por Vladimir Putin, porque é da natureza dos tiranos rasgar tratados.
ESTRATÉGIA SUJA – François Hollande disse ao jornal italiano: “Sei que, nos próximos dias, Putin vai tentar aumentar a vantagem que tem no campo de batalha. Jogará com o tempo e intensificará a sua ofensiva, enquanto dará a entender a Donald Trump, por meio de contato telefônico e depois, talvez, em um encontro, que se poderá começar uma negociação para um cessar-fogo”.
E François Hollande prosseguiu: “Para Putin, o tempo é o valor fundamental. Ele vai dilatá-lo ao máximo, até obter a correlação de força militar mais favorável. E se, depois de um acordo de paz sem garantias de segurança, abandonarmos a Ucrânia, ele vai esperar o melhor momento para atacá-la de novo. É assim porque há uma assimetria entre o que somos, líderes com mandato de democracias, e o que ele é, um autocrata. O autocrata tem a vida diante de si. Nós somos precários, estamos de passagem, e ele sabe disso”.
Restará à Ucrânia, bem como aos outros países que estão na mira de Vladimir Putin, esperar que o pouco tempo garantido por uma paz mambembe seja suficiente para que a Europa, sem um aliado confiável nos Estados Unidos, seja capaz de falar grosso militarmente com a Rússia, quase uma ilusão nos próximos anos.
GUERRA COMERCIAL – O segundo ponto dos 50 dias de Donald Trump é o da economia. Não tente encontrar sentido na guerra comercial que o presidente americano move contra países amigos. Não há sentido nenhum, a não ser que o objetivo insanamente calculado de Donald Trump seja o de destruir a economia mundial.
O conservador americano Bret Stephens, uma exceção de bom senso entre os articulistas do New York Times, tem de ser admirado pela sua capacidade de síntese. Ele foi preciso.
DISSE STEPHENS – “Nenhum presidente americano foi tão incompetente em colocar na prática as próprias ideias. É um conclusão a que parecem ter chegado os mercados acionários, que despencaram depois do golpe triplo de Trump: primeiro, as ameaças de tarifas contra os nosso principais parceiros comerciais, com o consequente aumento de preços; segundo, a repetida concessão de adiamentos de algumas dessas tarifas, com a criação de um cenário imprevisível; por último, a sua admissão implícita que os Estados Unidos poderiam entrar em recessão neste ano, um preço que ele está disposto a pagar para fazer o que chama de uma ‘grande coisa’.”
E Bret Stephens completou: “Um presidente caprichoso, errático e irresponsável está pronto a colocar em risco tanto a economia americana quanto a economia global apenas para sustentar o próprio ponto de vista ideológico. Os críticos de Trump são sempre rápidos para ver o lado sinistro das suas ações e declarações. Um perigo ainda maior pode ser o aspecto caótico da sua gestão política. A democracia pode morrer na opacidade. Pode morrer no despotismo. Com Trump, pode morrer pela estupidez.”
Não há o que acrescentar ao que foi dito por François Hollande e Bret Stephens. A miopia histórica e a estupidez ideológica de Donald Trump formam a semente do caos.
Sabino, assimile:
http://www.espada.eti.br/n1015.asp
Adendos, em:
“As Amarras, segundo Jordan Maxwell”!
https://youtu.be/cPHCOKK0HpI?si=BkBcr9VFznPpwYcf
Adendos complementares, em:
https://www.espada.eti.br/n2224.asp
O porque das “Apocalípticas Meretrizes”, em:
https://www.espada.eti.br/ce1073.asp
Instrumentos, palcos, músicas, “batutas e fins”, em:
https://www.oevento.pt/tag/mafia-khazariana/
“Iluminados”, não percebem que estão sendo usados contra seus próprios países!
“Além disso, existe a percepção por Putin que o Ocidente traiu a promessa feita depois do fim da Guerra Fria, que a Otan não iria se expandir para o Leste Europeu. O que percebemos nos últimos anos foi uma contínua expansão em vários países: Lituânia, Estônia, Polônia. E, agora, a promessa feita em 2014 da possibilidade da Ucrânia entrar, fazendo com que a Otan literalmente fosse vizinha da Rússia”
Bárbara Motta, Professora de Relações Internacionais da Universidade Federal de Sergipe
https://www.cnnbrasil.com.br/internacional/para-putin-ocidente-descumpriu-promessa-de-otan-nao-expandir-diz-especialista/
Segundo Maurício Santoro, professor do Departamento de Relações Internacionais da Uerj (Universidade do Estado do Rio de Janeiro), desde o fim da União Soviética, houve uma expansão simultânea da Otan e da União Europeia rumo aos países do Leste Europeu. Em 2008, foram iniciadas tratativas para a inclusão na Otan da Geórgia e da Ucrânia —duas ex-repúblicas soviéticas que fazem fronteira com a Rússia. O Kremlin considerou o movimento inaceitável e interveio na Geórgia…. – Veja mais em https://noticias.uol.com.br/internacional/ultimas-noticias/2022/02/26/como-a-expansao-da-otan-levou-a-guerra-da-russia-contra-ucrania.htm?cmpid=copiaecola
” porque é da natureza dos tiranos rasgar tratados.”
Mário Sabino, sabe-se lá o quê.
O grande problema do Brasil é o Lula e nele temos que nos concentrar. O resto, é conversa de esquerdista míope que se nega a enxergar a realidade e está sempre produzindo cortinas de fumaça para fugir do assunto.
Irã responderá à carta de Trump após análise
História de Reuters • 9 h • 2 minutos de leitura
DUBAI (Reuters) – O Irã responderá ao convite do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, para conversações após uma análise adequada, disse o Ministério das Relações Exteriores na segunda-feira, acusando Washington de não corresponder às ações com as palavras.
O líder supremo do Irã, Ali Khamenei, e o presidente Masoud Pezeshkian rejeitaram a carta de Trump e as exortações públicas para negociações nucleares como enganosas e intimidadoras.
Mas o porta-voz do Ministério das Relações Exteriores, Esmaeil Baghaei, disse que uma resposta diplomática estava sendo preparada.
“Até o momento, não temos motivos para divulgar a carta (de Trump)… Nossa resposta a essa carta será dada por meio dos canais apropriados, após um exame minucioso”, afirmou Baghaei.
O porta-voz iraniano observou sinais contraditórios de Washington, que estava expressando prontidão para negociações e, ao mesmo tempo, aplicando novas sanções à economia de Teerã.
“As negociações diplomáticas têm etiqueta, pois cada lado deve reconhecer os interesses do outro e, mais importante, acreditar no cumprimento de seus compromissos”, acrescentou Baghaei durante uma coletiva de imprensa televisionada.
“Os EUA não respeitam isso e usam a possibilidade de negociações como uma ferramenta política e de propaganda.”
Em seu primeiro mandato, Trump retirou os EUA de um acordo de 2015 entre o Irã e grandes potências que impôs limites rígidos às suas atividades nucleares em troca de alívio das sanções.
Depois que Trump se retirou em 2018 e impôs novamente as sanções, o Irã violou e ultrapassou em muito esses limites no desenvolvimento de seu programa nuclear.
As potências ocidentais acusam o Irã de buscar armas nucleares ao enriquecer urânio com até 60% de pureza, acima do que consideram justificável para um programa civil.
Teerã afirma que o desenvolvimento de seu programa nuclear é para fins pacíficos e que respeita seus compromissos com a lei internacional.
Vejam acima tamanha falta de confiabilidade no que ” diz e faz ” o repeteco piorado Presidente dos EUA Donald Trump .