
Bilionários americanos voltam-se contra tarifaço de Trump
Pedro do Coutto
A situação da economia no mundo se complica a cada instante em que se aguarda a resposta da China ao ultimato de Donald Trump sobre a situação tarifária. O presidente dos Estados Unidos ameaçou a China com tarifas adicionais de 50% sobre todas as importações do país caso Pequim não recue da decisão de impor tarifas recíprocas contra Washington.
Caso cumpra o prometido, os EUA terão elevado em 84% o valor de todos os produtos chineses que entram no país norte-americano em uma semana. Trump acrescentou que todas as negociações com a China estão encerradas.
GUERRA DE TARIFAS – “As negociações com outros países, que também solicitaram reuniões, começarão a ocorrer imediatamente”, completou Trump. No último dia 2 abril, os Estados Unidos iniciaram uma guerra de tarifas contra todos os parceiros comerciais, com taxação adicional de 34% sobre todos os produtos chineses que entram no país norte-americano.
Em resposta, a China decidiu retaliar com tarifas de 34% sobre todos os produtos estadunidenses que entram no país asiático, além de estabelecer restrições para exportação de minerais raros, chamados terras raras, e proibir o comércio com 16 empresas dos EUA. A guerra de tarifas tem derrubado as bolsas em todo o mundo e elevado as incertezas sobre o futuro do comércio mundial enquanto Trump promete manter a sua nova política comercial.
O jornal que serve de porta-voz do Partido Comunista Chinês (PCC) – o Diário do Povo – publicou longo editorial pedindo calma e argumentando que o “céu não cairá” com as tarifas de Donald Trump. “Diante do impacto da intimidação tarifária dos EUA, temos grande capacidade de suportar a pressão. Nos últimos anos, construímos ativamente um mercado diversificado e nossa dependência do mercado dos EUA vem diminuindo. As exportações da China para os Estados Unidos como parcela do total de exportações caíram de 19,2% em 2018 para 14,7% em 2024”, afirmou o diário chinês.
EFEITO – É claro que o ultimato de Trump à China só pode ter uma resposta negativa, pois não é possível que a segunda potência econômica do planeta se curve diante de uma ameaça do governo americano. Isso seria um recuo vergonhoso, uma prova de rebaixamento em relação às ordens de Washington. O efeito já se fez sentir diante do perigo que é uma crise dessa ordem, com efeito na inflação mundial.
Os países dependentes do comércio dos Estados Unidos e da China estão sensíveis ao vendaval desencadeado por Trump. O pânico nas bolsas é geral. Os bilionários de Wall Street que apoiaram Trump agora criticam a sua política tarifária que tem reflexos em todo o mundo. O consumo assim no planeta está sob ataque cerrado e a solução está difícil de ser encontrada.
SEM ACORDO – Isso tudo antecipa uma situação mais complexa, prevendo até mesmo um possível confronto militar. Não está longe disso, pois toda vez que não há acordos comerciais envolvendo o comércio do dólar, a paz mundial fica sob ameaça.
O aumento das tarifas causa também o aumento do custo da mão-de-obra, em virtude dos preços que passaram a ser cobrados, de forma que Donald Trump está provocando uma enorme destruição da própria produção mundial. O custo do ultimato dos Estados Unidos ao governo de Pequim está deixando o mundo perplexo. Qual será o rumo da crise que surgiu e que foi agravado por Trump?
Trump está adotando ações típicas do fascismo. Um professor de Yale, colocou que 30% da população dos países são adeptasdo fascismo. Eu já acho que mais uma parte é adepta de um tipo de fascismo mais leve, formando a maioria.
Talvez, quando o custo de vida dos americanos aumentar devido às tarifas, o apoio a Trump caia, mas há perguntas que não são respondidas à luz da razão:
.” Stanley – A principal questão filosófica é antiga, a questão da ideologia: por que tantas pessoas estão dispostas a sofrer?
Muitos apoiadores de Trump sofrem terrivelmente com essas políticas para dar dinheiro a bilionários. É uma velha questão que também surgiu com a monarquia: por que tantas pessoas estavam dispostas a morrer para que um rei pudesse se vangloriar? Por que tantos americanos estão dispostos a sacrificar seu bem-estar material para tornar Elon Musk mais rico?”
Lembrando que aqui no Brasil é a mesma coisa. O ‘sr mercado” deve vir em primeiro lugar, para muitos, inclusive para gente que depende de benefícios sociais.
https://www.bbc.com/portuguese/articles/crkxndvge16o
Eliminação violenta do Trump, Impeachment ou conflito mundial. A curto prazo, não consigo ver outra alternativa.
Os mondongos preocupados com o Trump enquanto o cadáver insepulto enterra o Brasil. A corrupção corre solta na esplanada dos ministérios, a inflação parece que anda de avião a jato, o dólar cai em todo o mundo mas sobe frente ao real e o judiciário brasileiro virou um caso de polícia com mordomias sem fim e atrelamento político. Mais de dois milhões aguardando pelo INSS, mas ninguém pia sobre o assunto. Desmatamento e queimadas batem recordes e os mondongos fingem que não veem. Mas o problema é o Trump.
Paulo, se você não reconhece a importância do problema Trump para o mundo inteiro, sugiro que pesquise um, pouco sobre o que aconteceu na Alemanha e Itália no final da década de 30 e o “pequeno” problema que isso trouxe para o mundo inteiro. Perto disso os do Brasil, por mais sérios que sejam, são fichinha.
Efeito colateral
A estupidez tarifária de Trump está praticamente reabilitando Janja de execração por xingar Musk em novembro do ano passado.
Ao contrário dos seguidores do influencer Bolsonaro, que ficaram sem saber onde enfiar a cara com o iminente desastre trumpista, para o qual só têm desculpas esfarrapadas.
Não se sabe exatamente o embasamento teórico que está por trás das decisões de Trump.
Se for o liberalismo econômico, está tarifando como contramedida para que elas não existam em possíveis negociações. O economista David Ricardo, ainda no Século XVIII, estabeleceu a Teoria das Vantagens Comparativas, onde propugna que no comércio internacional, regulado pelas leis do mercado (livre comércio), os países devam produzir e exportar aqueles produtos nos quais são mais eficientes, produtivos e que observe o custo de oportunidade em produzir este ao invés deste, que é melhor, mais vantajoso importar.
Portanto não deveriam haver tarifas, deixando que os fatores de produção de cada país, para cada cada produto, determinem quem vai exportar ou importar o quê.
Ao que parece a União Européia já faz aceno a esta cartilha, que não é produto do fascismo, como alguns querem fazer crer, mas do liberalismo econômico, que ora é hegemônico, ora causa crises, ora é culpado de tudo, ora é a solução.
https://cbn.globo.com/economia/noticia/2025/04/07/presidente-da-comissao-europeia-oferece-tarifas-zero-para-produtos-industriais-dos-eua.ghtml
Sendo adepto da heterodoxia, assisto com entusiasmo (nem otimista, nem pessimista) o atual momento político-econômico mundial, que fascina a quem tem interesse pela Ciência Econômica.
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É interessante a China clamando pelo livre comércio, um dos mais fundamentais princípios do capitalismo liberal burguês. Não se fazem mais comunistas como antigamente.
E, dado as ideologizações léxicas, nem fascistas.
Quanto ao sucesso ou não da tal política, não se sabe. Nem se sabe do sucesso de um eventual liberalismo econômico, zerando as tarifas.
Aqui no Brasil, as tarifas foram importantes para o desenvolvimento, ou melhor, surgimento de nossa indústria e fora um desatre na Ditadura ao tarifar proibitivamente os produtos de informática. Não desenvolveu a indústria do setor, antes nos tornou, pelo andar da carruagem bananista quinto-mundista, para sempre atrasados e dependentes.
A situação não se compara evidentemente. Entretanto parece-me que não será caso de suicídio coletivo.
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Observo que a direita tem balançado o coreto, tão bem apaziguado, numa pasmaceira reacionária, pela assim chamada “esquerda”. Progressista?
Que se não sacudir a poeira do tempo de suas vestes extemporâneas vai ficar a ver navios. Exceção da China, que já clama pelo livre comércio.
Como é lindo ver a esquerdalha zurrando contra as tarifas do Laranjão. O que ela gosta mesmo são das tarifas impostas pelo ladrão e narcotraficante Lula da Silva ao povo brasileiro.
Esquerdoso ruminante, tente comprar um produto importado na Amazon e depois venha aqui reclamar da tarifa do Trump.
PS: ontem, o Lularápio confessou aquilo que todo o Brasil sabe: que ele é um réles ladrão.
Onde ?
Num discurso para a claque.
O assunto em tela: Guerra Comercial entre EUA e CHINA.
Então vamos lá. Nesta tarde Trump concedeu entrevista no Salão Oval, quando anunciou novo aumento de tarifas( 125 por cento) aos produtos da China, quando os chineses elevaram as tarifas de importação de produtos americanos em 84 por cento.
Trump está dobrando a aposta nessa guerra tarifária.
Vamos aguardar um novo aumento dos chineses? Alguém vai ter que ceder, porque chegarão a um valor, que se tornará impossível o comércio entre os dois países.
Trump dá sinais, que aplica os fundamentos do Programa Aprendiz, estrelado por ele, no qual, ele leva os opositores ao limite do insuportável para depois negociar nos termos, que o negociador tinha planejado.
Nessa entrevista, de agora a tarde, Trump acena para o presidente da China : “eu até gosto do Xi Jin Ping”.
Trump nos bastidores gostaria de uma negociação com a China e também com todos os países que sofreram o tarifaço trumpista, principalmente a Europa.
Por que? Porque o ogro louro está sendo pressionado pelos bilionários americanos, que estão perdendo milhares de dólares com a fuga de capitais, fechamento de fábricas e o medo geral de uma recessão em escala global.
Trump coloca o mundo na Era da Incerteza, desde a Segunda Guerra Mundial, nunca estivemos tão perto de um conflito generalizado.
Os empresários não vão investir em novos negócios, enquanto durar esse conflito tarifaço iniciado por Donald Trump, que parece o imperador Nero, que colocou fogo em Roma. Trump está colocando labaredas de fogo no mundo. A incerteza tomou conta de todos os países, porque Trump impôs tarifas a todos, amigos e inimigos. Já tem gente dizendo, que Trump tem um viés socialista, um Robin Hood da America, que tira dinheiro do mundo para levar para os americanos, visando transformar os EUA, grande de novo. Nesse caso, Trump reconhece que os Estados Unidos ficou pequeno e a China se tornou gigante. Tá explicado o mal humor e as tarifas astronômicas contra os chineses.
Uma coisa é certa: essa loucura do tarifaço de Trump, amplo, geral e irrestrito, não vão demorar muito tempo. As ruas dos Estados Unidos, vão determinar o recuo do novo imperador da América, que já acenou para o terceiro mandato presidencial. O filho mais velho de Trump está sendo preparado para suceder o pai.
Trump sabe que está combatendo o farisaísmo mundial.
Tio Curro da la Grana cobra 35% sobre importação de carro, Tio Sam cobrava 25%, e ele é o bandido do topete alaranjado.
Donald Trump é simplesmente um ignorante, empresário falido e entrou na política para voltar ao protagonismo de suas empresas
Não conhece política externa e nada sobre Economia. Quem dita a política de guerra tarifária e o seu assessor e economista Peter Navarro. Quem é ele? Bem nas palavras de Elon Musk, o ministro da Eficiência, aquele que vem demitindo em massa, Musk chamou Navarro de Burro. Exercendo o contraditório, Navarro disse que Elon Musk não constrói carro nenhum, apenas monta os carros com peças da Europa e da China e crítica o tarifaço, porque está perdendo dinheiro e as ações da Tesla derretem a cada dia.
A divisão tomou conta do governo Trump. Esse é o primeiro passo para a ingovernabilidade.
O despreparo na arte de governar, tem como consequência a infelicidade do povo. Vem aí, por causa de Trump, uma recessão mundial. O Brasil vai sofrer como todo mundo.