Moraes aprovará a delação premiada, porque Mauro Cid indicou também provas materiais

Grandes Autores: Cezar Roberto Bitencourt - YouTube

Bitencourt, advogado de Cid, está confiante com a delação

Carlos Newton

Há muita especulação na imprensa, com notícias desencontradas e até contraditórias. O fato concreto é que o acordo para delação premiada do tenente-coronel Mauro Cid já foi aceito pela Polícia Federal, que é a condição mais importante. Ainda precisa ser analisado pela Procuradoria-Geral da República, mas o parecer não é decisório, pois pode ser acatado ou não pelo ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal, que tem a prerrogativa de deliberar a respeito.

Segundo pessoas próximas às investigações, está tudo certo para o acordo de delação de Cid ser aprovado, devido aos três longos depoimentos prestados por ele nesta semana, quando convenceu os representantes da PF de que há provas materiais.

PROVAS MATERIAIS – Mauro Cid e seu advogado Cezar Bitencourt, que acompanhou os depoimentos, só foram recebidos na quarta-feira pelo ministro Moraes porque a Polícia Federal garantiu a possibilidade de serem coletadas essas provas materiais indispensáveis ao inquérito.

Segundo a legislação específica, só pode ser utilizada delação premiada se houver provas materiais que a confirmem. No caso da Lava Jato, por exemplo vários réus escaparam de condenação porque não as acusações feitas pelos delatores não tiveram comprovação factual.

O advogado Cezar Bittencourt disse à Folha nesta sexta-feira (8) que o acordo ainda não foi fechado, mas se mostrou confiante. “Estamos conversando sobre os detalhes, mas isso para a semana que vem”, disse.

PIADA DO ANO – Quanto à manifestação de Fábio Wajngarten, ex-secretário de Comunicação da Presidência na gestão de Jair Bolsonaro, que publicou a frase “não há o que delatar” em seu perfil na plataforma X (antigo Twitter), nesta quinta-feira (8), a iniciativa foi considerada Piada do Ano.

Pela proximidade que o tenente-coronel do Exército e ex-ajudante de ordens Mauro Cid teve com o então presidente Bolsonaro durante quatro anos, é óbvio que não falta material para a delação premiada.

Por fim, em consequência da aceitação da proposta de delação premiada, o ministro Moraes consequentemente autorizará a libertação de Mauro Cid, mas com exigência de tornozeleira eletrônica, retenção de passaporte e outras restrições.

3 thoughts on “Moraes aprovará a delação premiada, porque Mauro Cid indicou também provas materiais

  1. “quando convenceu os representantes da PF de que há provas materiais.”
    PS. Então confessou e agora espera-se a sentença?
    Será a primeira reprovatória Nota 3, de sua brilhante carreira e estimulada pelo “professor”?

  2. Ajudante de ordem, cumpre ordem, não tem autonomia para nada. Dizer que Mauro Cid tinha autonomia, é a maneira covarde de se livrar de culpa e responsabilizar o ajudante de ordens.

    A delação de Mauro Cid vai expor as entranhas do governo Bolsonaro.
    Quero ver com que cara vão ficar os bolsonaristas, vão atacar os governos anteriores para justificar, por enquanto, os supostos crimes cometidos por Bolsonaro, vulgarizando o crime?

    Quais motivos levam as pessoas apoiarem Bolsonaro: o que fez de bom e de ruim durante 4 anos de governo, de ruim a lista é grande ou queriam que fosse implantado uma ditadura de extrema direita religiosa raivosa?.
    São essas coisas que os bolsonaristas não sabem, ou de má fé não querem explicar, atacam governos anteriores para igualar e colocar todas no mesmo saco junto com Bolsonaro.

    Bolsonarismo, foi um vírus pior que o covid-19 que envenenou a mente dos alienados políticos, que não são poucos, com fake news e distorções dos fatos e da realidade.

    Graças a Deus estamos ficando livre dessa gente que vive num mundo paralelo dissimulado.

    • Se assim ficar esclarecido, restará provada “missão” multilateral delegada a ambos, graças aos seus “panamás”, que os condicionam a executar essas agendas com desenvoltura e na maior cara de pau, iludindo até gente iluminada, mas “desfocada”!
      Bah!

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