Natália Santos
Estadão
O blogueiro bolsonarista Wellington Macedo de Souza disse nesta quinta-feira, 5, que a ideia de tentar explodir um caminhão-tanque perto do Aeroporto de Brasília, no fim do ano passado, foi do ex-taxista Alan Diego dos Santos Rodrigues.
Em depoimento à Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) dos Antidemocráticos do Distrito Federal, ele também afirmou que não conhecia o gerente de postos de combustíveis George Washington de Oliveira Sousa. Os três foram condenados à prisão pelo episódio.
“Ele (Alan) abaixou o vidro, pegou a sacola no banco traseiro, tirou uma caixa e jogou em cima do para-lama do caminhão. Eu perguntei o que estava acontecendo e ele falou: ‘Eu vou explodir o caminhão’. Eu entrei em desespero, porque ainda tinha uma mochila no banco traseiro, que eu imaginei que tivesse mais coisa dentro dela”, disse.
COM TORNOZELEIRA – Na época, Wellington Macedo estava sendo monitorado com tornozeleira eletrônica pela Polícia Federal (PF). A medida cautelar foi imposta pelo ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes em substituição da prisão preventiva no inquérito das manifestações do Dia da Independência de 2021.
Wellington estava foragido da Justiça brasileira, mas foi preso em setembro no Paraguai. No depoimento, afirmou que só soube de George Washington após o episódio. “Eu nunca estive com aquele senhor. Não o conhecia. Nem mesmo o seu contato telefônico eu tinha. Eu fui saber da sua existência depois das notícias dos fatos”, disse.
Em depoimento à Polícia Civil do Distrito Federal, George Washington afirmou ter fabricado a bomba e entregado o artefato a Alan Diego, insistindo para que ele instalasse o dispositivo em um poste de energia.
NOVO DESTINO – Alan Diego, entretanto, mudou os planos e levou o objeto para o aeroporto com o auxílio de Wellington Macedo, que foi responsável por dirigir até o local. Em depoimento, George Washington ainda disse que ficou sabendo pela TV que o destino final da bomba havia sido alterado.
Os três foram condenados em agosto por participarem da tentativa de explodir o caminhão perto do aeroporto na capital federal, uma semana antes da posse de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) na Presidência.
No final de setembro, o blogueiro optou por ficar em silêncio na Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) do 8 de Janeiro, no Congresso, quando foi convocado a depor. Em pronunciamento inicial, afirmou que ia colaborar com o colegiado, em outro momento, quando a defesa tivesse acesso às investigações contra ele.
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NOTA DA REDAÇÃO DO BLOG – Vejam a esculhambação da Justiça brasileira. Foram presos três terroristas de verdade. O principal, George Washington, foi condenado 9 anos e 4 meses de reclusão. Já o cúmplice Alan Diego dos Santos, pegou 5 anos e 4 meses. O terceiro, Wellington Macedo, deve ser condenado também a 5 anos e 4 meses. Enquanto isso, no Supremo, falsos terroristas, que sequer vandalizaram os prédios, pegam 17 anos de prisão. Qual é o critério? Qual é a lógica? Ora, não há critério nem lógica. (C.N.)
Dosimetria fulanisada.
“Qual é o critério? Qual é a lógica? Ora, não há critério nem lógica.”
O redator, com a vista embaçada pelo seu anti-bolsonarismo, não vê o óbvio.
A condenação dos “golpitas do 08/01” é a tábua de salvação dos narcotraficantes do $TF. Diante da enxurrada de abusos e ilegalidades que cometeram (chantagem política, interferência noutros poderes, usurpação de função, censura prévia, perseguição, quebras de sigilos, pesca ilegal de provas, prisão de grávidas, idosos e crianças), tudo para “derrotar o bolsonarismo”, eles PRECISAM emplacar a narrativa do “gópi”. Não há golpe sem centenas de culpados. Por isso os narcotraficantes estão condenando as pessoas virtualmente, na calada da noite, sem sequer analisar o argumento das defesas dos réus.
A sorte dos facínoras supremos é que as mulheres humilhadas, urinando de medo diante dos fuzis dos cães da Rosa Weber, e condenadas parecem não ter pais, irmãos, maridos ou filhos.