Eliane Cantanhêde
Estadão
Se 2023 foi o ano do “Brasil voltou”, 2024 está programado para ser o “ano da colheita” (ou dos palanques, inaugurações, PAC), como disse o presidente Lula no seu primeiro giro pelo Nordeste do ano, quando, além de tentar colher apoio para seu governo e votos para seus candidatos em outubro, tratou de plantar boas notícias para as Forças Armadas.
Quem planta colhe, mas plantar dá trabalho, custa caro e depende de São Pedro, do El Niño e dos fatos. Logo, Lula precisa plantar, aguar e cuidar bem de suas relações com Exército, Marinha e Aeronáutica, onde o grosso do eleitorado lhe virou as costas e votou em Jair Bolsonaro em 2022, apesar de todos os investimentos bilionários que ele fez em equipamentos e tecnologia para a área militar nos seus dois primeiros mandatos.
PROJETOS DA FAB – Na viagem desta semana, Lula anunciou investimentos em três projetos da FAB: o parque tecnológico aeroespacial e o centro de tecnologia e aprendizagem, ambos na Bahia, e o primeiro campus avançado do Instituto Tecnológico da Aeronáutica (ITA), justamente no Ceará, já que os alunos cearenses são campeões de notas nos vestibulares da instituição.
O presidente também dá uma passadinha por Pernambuco, com o comandante do Exército, general Tomás Paiva, para a posse do general Maurício Ribeiro no Comando Militar do Nordeste e para anunciar a construção da Escola de Sargentos em Paudalho. Bem… o projeto é numa área de preservação ambiental e está dando o que falar, mas essa é uma outra história.
Enquanto planta e, vá lá, colhe na área militar, Lula mexe num outro campo minado ao suspender uma norma criada por Jair Bolsonaro que desobrigava ministros, pastores e padres de recolher taxas previdenciárias em remunerações pessoais. A bancada evangélica reuniu suas tropas no Congresso, engatilhou as armas e trata como “perseguição” o que, no mundo laico, é uma pura questão de justiça tributária.
TIROS NO PÉ – Se Lula deu vários tiros no pé nas viagens internacionais, dá sinais de que não será diferente nos giros domésticos. E já começou. Como alinhou-se à China e cutucou EUA em 2023, ele repete a dose agora, elogiando a educação chinesa e acusando novamente os EUA de “conluio” com os procuradores da Lava Jato contra empresas brasileiras.
E ataca a “elite brasileira”, que “nunca teve a intenção de educar o nosso povo”. É a pura verdade, mas… e nos 14 anos em que o PT esteve no poder e virou “elite”?
Lula precisa ter cuidado com a língua e com a agenda. Fazer festa para retomar a refinaria Abreu e Lima, em Pernambuco? Lançada nos seus primeiros mandatos, com a PDVSA da Venezuela de Hugo Chávez, deu um trabalhão: superfaturamento, calote, Lava Jato… E, afinal, a prioridade não é combustível verde?
A maior fraqueza do Lula é sua leniência e passividade com alguns setores em que é necessário mão forte. É inaceitável esse calhorda do Múcio ainda estar como ministro do governo, bem como é inaceitável que nenhum militar ainda tenha sido preso pelos atos golpistas do 8 de janeiro, caso contrário vai levar uma nova rasteira desses caras.
Nesse ponto admiro o FHC, colocava no forevis dos milicos sem dó, sucateou tanto que nem dinheiro pro rancho deles sobrou.
Sempre cheio de cachaça.
Hei Eliane, o Lula SEMPRE esteve em campanha. NUNCA saiu do palanque. Um cretino que alimenta o outro (Bozo pai). Parece que teremos mais do mesmo em 2026, Lula Vs Bolsonaro. E o Brasil só afundando.
Pois no final quem mandará mesmo será o centrão comandado por cretinos e canalhas ladroes do dinheiro público. Democracia de araque !!! Tudo conversa fiada !
O povo aqui só é chamado para pagar toda essa conta trilionária. Ao invés de se manifestar nas ruas brincando carnaval deveríamos todos nos manifestarmos contra a corrupção, o orçamento secreto , as verbas eleitorais bilionárias, a semana de dois dias em Brasília, a retomada da Abreu d Lima e por aí vai . A pauta é extensa. Vou poupar os srs.
dona Eliana ,
Veja como o Brasil mudou com o “Honesto”,
Governo Lula não investiu nem um centavo em novo programa de alfabetização
https://jornaldebrasilia.com.br/noticias/brasil/governo-lula-nao-investiu-nem-um-centavo-em-novo-programa-de-alfabetizacao/
Dona Eliana
Veja como o Brasil Voltou nas mãos do Quadrilhão..
Governo esvazia política de construção de núcleos para autismo, diz relator da LDO
O veto ao dispositivo que garantia recursos ao funcionamento de centros de referência para pessoas com transtorno do espectro autista é contraditório com o discurso do governo de preocupação com quem é afetado pela condição, afirma o relator da LDO (Lei de Diretrizes Orçamentárias), Danilo Forte (União-CE).
Lula (PT) vetou dispositivo que previa que, em 2024, o Executivo garantiria a manutenção e o funcionamento de centros de referência para pessoas com transtorno do espectro autista.
Na justificativa, o governo argumentou que não havia qualquer “delimitação sobre a natureza desses centros, se são vinculados ou não à estrutura da União.” “Desta forma, a disposição fixaria competência para o ente na LDO, que poderia resultar na obrigatoriedade de custeio de instituições privadas.”
“Você pode ter o recurso do orçamento, mas você não tem a obrigação da execução, que era o que a gente queria. Então, com esses vetos, essas políticas perdem a prioridade e perdem o compromisso da execução”, diz. “Acho que tudo isso vai criar uma situação constrangedora para o Congresso e uma pressão maior para agilizar a votação dos vetos.”
Para ele, há contradição entre discurso e prática do governo em relação aos temas. “O governo que tem um discurso tão grande no campo do social e tanto compromisso com essa área social fazer um veto aleatório, sem nenhum critério, é muito ruim, né?”
“Muito ruim para quem quer ter um discurso embasado exatamente nas reivindicações desse segmento da sociedade. Ficou uma contradição muito grande, um certo até desrespeito nesse segmento.”
Danielle Brant/Folhapress
https://politicalivre.com.br/2024/01/governo-esvazia-politica-de-construcao-de-nucleos-para-autismo-diz-relator-da-ldo/#gsc.tab=0
PS.
Dona Eliana, reparou como o “Honesto” está preocupado com os pobres.??
“Muito ruim para quem quer ter um discurso embasado exatamente nas reivindicações desse segmento da sociedade. Ficou uma contradição muito grande, um certo até desrespeito nesse segmento.”