Marcelo Copelli
Investigações da Polícia Federal apuram suspeitas de uso da inteligência artificial para criação de áudios falsos de prefeitos que devem tentar a reeleição no Amazonas, no Rio Grande do Sul e em Sergipe . A técnica chamada de “deepfake”, através da qual criminosos cibernéticos recriam de forma artificial o timbre e até o modo de falar de alguém, é motivo de grande preocupação diante das graves consequências que podem ser geradas.
Na edição de domingo, o jornal “O Globo”, destacou o caso do prefeito de Manaus, David Almeida, que teve um áudio a ele atribuído, no qual trata os professores da rede pública municipal de “vagabundos” e afirma que servidores “querem um dinheirinho de mão beijada”. O prefeito está à frente nas pesquisas de intenção de votos, mas se sente ameaçado pelas falsas publicações divulgadas por adversários.
AMEAÇA – Esse é um dos exemplos que têm criado um clima ameaçador para as próximas disputas municipais no país. O presidente do Tribunal Superior Eleitoral, ministro Alexandre de Moraes, posicionou-se a favor da regulamentação urgente do uso da IA, objetivando coibir danos que poderão ser irreversíveis.
Ele anunciou, inclusive, para o dia 25 uma audiência pública para discussão de uma resolução que deverá regulamentar o tema. Moraes afirmou que haverá duras penas para quem utilizar o processo para aniquilar a concorrência de forma criminosa, a exemplo da que ocorreu com o prefeito de Manaus.
Já o deputado Arthur Lira, presidente da Câmara Federal, já declarou que ainda neste semestre serão votados projetos sobre a mesma pauta, demonstrando desconforto com a movimentação do TSE que articula medidas para as eleições. Ao mesmo tempo, vale destacar que o parlamentar precisa agir, pois vem de longa data a demanda sobre a questão.
TRABALHO CONJUNTO – Além disso, dada a devida importância do ponto abordado, é necessário que o Judiciário e o Legislativo promovam um trabalho conjunto para garantir uma legislação sólida, capaz de evitar tais abusos. Separados, perigam criarem textos distintos e conflituosos, gerando problemas para a implementação de medidas de combate ao uso abusivo da inteligência artificial e das redes sociais.
Os avanços da pós-modernidade parecem ser irreversíveis e não podem ser vistos apenas por possíveis ameaças, já que o uso errado parte dos seres humanos mal intencionados. Há, pois, motivos para tratar o tema com serenidade de urgência, uma vez que a sua aplicação de má fé pode ser um recuo desastroso.
Delegado da PF que pediu busca e apreensão contra Aras vira réu
A Justiça Federal considerou que o delegado da Polícia Federal Bruno Calandrini cometeu abuso de autoridade também em oitiva de Paulo Guedes
Manoela Alcântara
22/01/2024 18:16, atualizado 23/01/2024 07:46
O delegado da Polícia Federal Bruno César Calandrini de Azevedo Melo virou réu na Justiça Federal. A juíza federal substituta Pollyanna Kelly recebeu denúncia do Ministério Público Federal (MPF) – as acusações são de abuso de autoridade por parte do delegado no caso em que ele pede busca e apreensão contra o ex-procurador-geral da República Augusto Aras e em oitiva contra o ex-ministro da Economia Paulo Guedes.
De acordo com a denúncia, em 26 de maio de 2022, o delegado, na equipe que compunha a Coordenação de Inquéritos nos Tribunais Superiores, iniciou “investigação sem justa causa e sem autorização judicial e posterior apresentação de representação por medida de busca e apreensão – em desfavor do então Procurador-Geral da República Antônio Augusto Aras – contra as disposições expressas de lei”.
O MPF ainda cita que o delegado visou “satisfação de interesse pessoal em proceder à oitiva ilegal do então Ministro de Estado da Economia Paulo Roberto Nunes Guedes”.
Após observar as provas e as alegações, a juíza da 12ª Vara Federal Criminal decidiu aceitar a denúncia e citar o réu para responder à acusação no prazo de 10 dias.
Caso Milton Ribeiro
O delegado Bruno Calandrini foi responsável pela investigação sobre o balcão de corrupção no Ministério da Educação que levou o ex-ministro Milton Ribeiro à prisão. Em 2022, ele pediu ao Supremo Tribunal Federal (STF) a prisão de integrantes da cúpula da Polícia Federal.
A corporação também abriu sindicância contra ele nesse caso. Na ocasião, Bruno Calandrini falou com o colunista do Metrópoles Rodrigo Rangel e disse que via “caráter perseguidor” nas medidas adotadas contra ele pela direção da PF.
À época, ele chegou a ser afastado de suas funções, mas voltou ao cargo.
https://www.metropoles.com/brasil/delegado-da-pf-que-pediu-busca-e-apreensao-contra-aras-vira-reu
Li um artigo atribuído a um expert americano sobre a inteligência artificial, o grande risco seria a evolução dessa inteligência que sairia do controle dos humanos.
Davi Almedra, é do Avante, então deduz-se que a fraude provenha de especialistas em sofftwares e demais falcatruas, ora pois…, diria Nhô Victor!
Digo…Almeida
Se a IA sair do controle dos humanos, talvez fique mais humana.
Adendos, em:
https://www.facebook.com/reel/1065710271213765?s=yWDuG2&fs=e&mibextid=Nif5oz