Paolla Serra
O Globo
Intimado nesta terça-feira a depor na Polícia Federal, o general Augusto Heleno, ex-ministro do Gabinete de Segurança Institucional (GSI) do governo do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), terá que prestar esclarecimentos sobre o suposto esquema de espionagem ilegal na Agência Brasileira de Informação (Abin).
À época dos fatos investigados, a Abin era dirigida pelo deputado federal Alexandre Ramagem (PL) e subordinada ao GSI. O depoimento de Heleno está marcado para o próximo dia 6 de fevereiro, na sede da PF, em Brasília.
ABIN PARALELA – Os investigadores querem saber se Heleno tinha conhecimento da utilização de uma ferramenta por servidores da agência para supostamente monitorar políticos, jornalistas, advogados e adversários do governo. O serviço ficou conhecido como “Abin paralela”.
O vereador caroca Carlos Bolsonaro também deverá ser chamada para prestar novos esclarecimentos sobre o caso em breve. Nessa segunda-feira, ele foi alvo de uma operação para cumprimento de mandados de busca e apreensão realizada pela PF para apurar se ele recebia informações sigilosas de adversários políticos do ex-presidente.
A corporação apreendeu o telefone do vereador e mais três computadores que estavam na casa da família na cidade da Costa Verde fluminense. De acordo com as investigações, o vereador é suspeito de receber informações da Abin por meio de Ramagem, também investigado no inquérito e alvo de busca e apreensão na última quinta-feira.
AÇÕES CLANDESTINAS – A PF diz que busca “avançar no núcleo político, identificando os principais destinatários e beneficiários das informações produzidas ilegalmente no âmbito da Abin, por meio de ações clandestinas”. Para a corporação, o grupo usou “técnicas de investigação próprias das polícias judiciárias, sem, contudo, qualquer controle judicial ou do Ministério Público”.
Segundo a Polícia Federal, os investigados podem responder pelos crimes de invasão de dispositivo informático alheio, organização criminosa e interceptação de comunicações telefônicas, de informática ou telemática sem autorização judicial, ou com objetivos não autorizados em lei.
Reportagem do Globo publicada em março do ano passado revelou que a Abin utilizou um programa secreto chamado FirstMile para monitorar a localização de pessoas pré-determinados por meio dos aparelhos celulares durante a gestão de Jair Bolsonaro.
Vai ser ridiculamente engraçado vasculharem tanto à ponto de encontrar elenentos que corroborem o destrambelhado “Evento de Falsa Bandeira”, bem como diálogos e imagens de seus subversivos autores, para no final estratégicamente concluir que são provas inválidas. Bah!
É melhor parar, pois se não explodir nas mãos, vai dar chabú!
Digo: ridiculamente
Tanto quanto:
https://www.facebook.com/share/v/KoESKhiAsa29QZwS/?mibextid=jmPrMh
Boa tarde, continuo achando que NADA acontecerá com os generais porém ouvi hoje de um repórter que à família Bozo empurrará TODA a lama possível para o Heleno como fizeram com o coronel Cid. A conferir. Cana eu duvido que pegue. Duvido!
Senhor Carlos Newton , e como ficou ou esta a situação do tal ” ministério da saúde pirata ” , instituído pelo governo jair bolsonaro e gerido pelo então general – ministro Eduardo Pazzuelo Paspalhão , que sumiu da mídia ?
Outro tipo de jornalismo, o Diário do Poder.
PODER, POLÍTICA E BASTIDORES
Com Tiago Vasconcelos e Rodrigo Vilela
Rui Costa patrocinou Luiz Fernando Corrêa na Abin (Foto: José Cruz/Agência Brasil)
Cláudio Humberto
Habituado ao canibalismo para conquistar nacos de poder, o PT aproveita o escândalo na agência de arapongagem do governo Lula para fritar o ministro Rui Costa (Casa Civil). Costa é o patrocinador de Luiz Fernando Corrêa no comando da Agência Brasileira de Inteligência (Abin). No dia em que decidiu fazer a limpa na cúpula da Abin, Corrêa estava entre demissíveis, mas foi salvo por intervenção do ministro. O número dois da agência, Alessandro Moretti, não teve a mesma sorte.
Passe no RH
Além de Moretti, a arapongagem derrubou outros quatro diretores. Com a demissão a granel, pouca gente aposta na manutenção de Corrêa.
Pós-Corrêa
O Planalto já tem até quem substitua o protegido de Rui Costa: Ricardo Cappelli, ligado ao PSB e a Dino, que não gosta do chefe da Casa Civil.
Canibais
Facções petistas veem no escândalo a chance de minar eventual chance de Rui Costa ser o substituto de Lula na candidatura à presidência.
Nova Dilma
Além dos inimigos conquistados ao longo de mais de 40 anos de PT, o baiano enfrenta ciumeira no partido em razão dos holofotes do PAC.
Lula, a quem Guimarães dedicava tratamento de divindade, esteve no velório-comício. (Foto: Marcelo Camargo/ABr)
PT ‘aparelha’ até velório de embaixador falecido
As homenagens ao falecido embaixador Samuel Pinheiro Guimarães, no Itamaraty, foram marcadas por cenas inusitadas e lacrações que deixaram diplomatas boquiabertos. Em discursos, em vez de se destacar prioritariamente os predicados do diplomata, ouviram-se ataques ao ex-presidente Jair Bolsonaro. Lula, a quem Guimarães dedicava tratamento de divindade, esteve no velório-comício. Foi surpresa: o presidente tem o hábito de evitar cerimônias fúnebres e locais afetados por tragédias.
Petista de carteirinha
Causou espécie também a inapropriada aposição, sobre o caixão, da carteirinha de filiação ao PT de Guimarães, servidor do Estado brasileiro.
Escolinha do Samuel
Como nº 2 do Itamaraty, ele criou a “escolinha do Samuel”, com diplomatas sabatinados sobre livros que eram obrigados a ler.
Monoglotas aforaram
Guimarães também chocou ao excluir a prova de língua estrangeira, essencial à atividade diplomática, nos cursos para ingresso na carreira.
Poder sem Pudor
Já morreu tarde
Em 1955, um ano após a morte de Evita e pouco antes de cair, o general argentino Juan Domingo Perón demitiu o poeta maior Jorge Luis Borges de uma sinecura na Biblioteca Nacional de Buenos Aires. Pura pirraça. “Perón es un miserable!”, proclamou o poeta. Em 1973, Perón retornou ao poder e faleceria em seguida. Um jornalista procurou Borges e tentou induzi-lo a uma resposta generosa sobre o morto. Ele repousou as mãos sobre o cabo da bengala e exclamou: “Ahora, Perón es un miserable muerto!”
Universo paralelo
Além da Abin, fala-se em Polícia Federal paralela. A desconfiança é de José Medeiros (PL-MT) que cita as operações contra Anderson Torres e Carlos Bolsonaro. “Quer com prisão ou só busca?”, pergunta o deputado.
Rachadones
Nikolas Ferreira (PL-MG) não perdoou pedido da PF para quebrar o sigilo bancário e fiscal de André Janones (Avante-MG), aquele da rachadona. Usou meme do “toc, toc, toc” sugerindo eventual batida dos federais.
Bullying sem controle
Ramo jabuticaba do Judiciário brasileiro, a Justiça do Trabalho continua fazendo política. Agora quer arrancar R$85 milhões do perseguidíssimo empresário Luciano Hang e sua Havan por “assédio eleitoral”. Triste país.
Pesos e medidas
O inquérito da PF contra André Fernandes (PL-CE) por inconsistência na autodeclaração racial, faz lembrar caso idêntico de Flávio Dino, que já foi pardo e branco, mas não corre o risco de ser intimado para explicar isso.
Frase do dia
“O termo ‘caixa-preta’ é racista, fascista e sobretudo taxista”
Kim Kataguiri (União-SP) ionizando Lindbergh Farias (PT-RJ), ativista da Lacrolândia
Queiroga com o chefe
Marcelo Queiroga esteve em Brasília. Foi à sede do PL para despacho com o dono do partido, Valdemar Costa Neto. O ex-ministro da Saúde quer ajuda na sua candidatura a prefeito de João Pessoa (PB).
Pedala, Enel
O prefeito de São Paulo, Ricardo Nunes (MDB), bateu na porta do TCU nesta quarta-feira (31) e entregou nas mãos de Bruno Dantas, seu presidente, uma representação contra a distribuidora de energia Enel.
Legado
O Anuário Nacional de Livrarias aponta o Maranhão, governado por quase uma década por Flávio Dino, como o estado brasileiro com o menor número de livrarias por habitante: uma a cada 324 mil.
Besteirol perseguidor
Imagens em vídeo mostram uma baleia surpreendendo um grupo de banhistas, incluindo Jair Bolsonaro. Agora ele foi intimado por risível alegação de “importunação de baleia”. Importunar ex-presidente pode.
Pensando bem…
…assédio eleitoral mesmo é o horário político na TV