Judeus eram considerados “perseguidos” e agora são classificados como “opressores”

Conflito Israel-Hamas: 5 conclusões após 4 semanas de guerra - BBC News  Brasil

Em Gaza, é um povo destruindo outro povo, propositadamente

Hélio Schwartsman
Folha

Algumas semanas atrás, perguntei aqui como, nas mentes dos autoproclamados progressistas, os judeus passaram num intervalo de poucas décadas, de protótipo da minoria perseguida a odioso grupo opressor. Em seguida, confessei minha ignorância, mas “Israelophobia”, de Jake Wallis Simons, oferece respostas.

A tese central de Simons é a de que o ódio a Israel, a “entidade sionista”, é uma nova mutação do velho antissemitismo. Nos primeiros séculos da era cristã, judeus eram odiados por causa de sua religião; no século 19 e início do 20, o eram por causa da raça; e, agora, por causa de Israel. O autor esmiúça essas transformações.

DESDE O NAZISMO – Simons faz uma espécie de arqueologia da israelofobia. Mostra que, no mundo árabe, ela veio através da militância de Amin al Husseini, o mufti de Jerusalém, que foi colaborador próximo dos nazistas. Al Husseini, que defendia a eliminação física dos judeus, venceu a competição com outros grupos, como o moderado clã Nashashibi, para tornar-se a representação dos palestinos nos anos 1940.

É muito por causa de sua ação que os árabes não aceitaram a partilha da ONU de 1947. Ele também influenciou a Irmandade Muçulmana egípcia e sua cria, o Hamas.

Na esquerda, a hostilidade a Israel teve um forte empurrão da URSS. Até 1967, Moscou tinha relações próximas com Tel Aviv, mas foi se afastando. A partir de 1973, a hostilidade tornou-se aberta.

CAMPANHA RUSSA – Os soviéticos lançaram operações de propaganda anti-Israel. Uma delas foi comandada por Iuri Andropov. Eles reciclavam clássicos do antissemitismo, como “Protocolos do Sábios de Sião”, só substituindo a palavra “judeus” por “sionistas”. Às vezes, até os erros ortográficos do original eram reproduzidos.

Dá para discordar de várias das asserções de Simons, que, a meu ver, é tolerante demais para com graves violações a direitos humanos cometidas por Israel.

Mas é uma obra calcada em fatos e muito, muito informativa. Vale a leitura.

###
NOTA DA REDAÇÃO DO BLOG
Sinceramente, desta vez, não está difícil defender os judeus – está simplesmente impossível. Deveria partir de Israel o acordo dos dois Estados, mas sabemos que isso jamais acontecerá. Os israelenses precisam aprender que o maior desafio da vida é ser justo. (C.N.)

9 thoughts on “Judeus eram considerados “perseguidos” e agora são classificados como “opressores”

  1. Israel ofereceu 3 vezes um acordo para a criação dos dois Estados, os palestinos nunca aceitaram e sempre responderam com ataques a Israel.

    O Hamas não aceita a solução de dois Estados, o Hesbolla tbm não aceita.

    • Não defendo nenhuma matança.
      Mas, o que ocorre que quando Israel é citado, a esquerda se encarrega de demonizá-lo.
      Qual motivo de existir essa matança?
      Se pegarmos uns trocentos jornalistas esquerdistas da mídia amestrada e não amestrada irão parir elocubrações ideológicas que fariam surto de furor uterino/anal nos devotos da seita.
      Tenho dito, eu defendo o direito de Israel existir nem que seja a ferro e a fogo.
      Por qual motivo a opinião publica mundial não vai lá em Gaza negociar com o Hamas?
      Quem dá apoia aos terroristas com dinheiro e armas para tacar Israel?

      • O próprio Netanyahu financiou o Hamas para contrapor ao FATAH com objetivo de enfraquecer a liderança palestina.

        Israel nunca aceitou a criação da Palestina como estado independente. Agora então é impossível pois Netanyahu se aliou a ala radical de Israel que tem como objetivo a expansão de território, se apossar do gás que foi recém descoberto em Gaza e criar um novo Canal de Suez passando pela faixa de Gaza. Quando Netanyahu largar o poder vai ser preso pois tem vários casos de corrupção nas costas além de crimes de guerra.

        Israel só existe pois serve a interesses geopolítico de outros países como os EUA, só que agora a maior força militar do Oriente Médio é o Irã que está literalmente humilhando os EUA usando os seus proxies como Houthis, Hezbollah e Hamas. Já os EUA financiam ISIS (Estado Islâmico na Síria, várias outras milícias em países produtores de petróleo que combatem os interesses que não sejam dos EUA).

  2. Tanto quanto em qualquer parte do mundo, que dita as regras são estranhos, que mantem submissos seus povos através de servos “para tanto alçados”, postos à disposição por assim comprometidos “mestres” cabeças viradas no alho!
    Cidadão do mundo, sem definidas religiões ou solo pátios, descaradamente desnaturalizados e submissos a banqueira Máfia Khazariana, regentes do Sindicato Internacional do Crime Organizado, a liga, à qual todos estão atados sob uma só gulosa idéia!
    “Farinha muita, nosso pirão primeiro”, até que nada mais sobre para moribundos desassemelhados!

  3. Os lideres sadomasoquistas Israelenses , estão lançando e plantando um novo grupo de resistência á ocupação ilegal da Palestina , pelos Israelense , ou esta apenas mudando o seu nome .

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *