André Marsiglia
Poder360
No domingo (dia 25), o presidente do Supremo Tribunal Federal, ministro Roberto Barroso, publicou artigo na Folha de S.Paulo intitulado “Quanto vale o Judiciário?”. Já propus neste Poder360 pergunta melhor: “Quanto vale a censura do Judiciário?”. Mas, ok. Fiquemos com a pergunta do ministro, também é boa.
Decerto, Barroso escreveu seu artigo incomodado com o relatório do Tesouro Nacional, que classificou o Judiciário brasileiro como o líder mundial de gastos, representando 1,61% do PIB (Produto Interno Bruto), enquanto a média dos demais países é de só 0,37%.
MUITAS DÚVIDAS – O ministro afirma em seu texto que justiça não se mede em dinheiro, que não é importante o quanto custa, mas seu benefício. Pode até ser, mas o problema, ministro, é saber se o brasileiro acredita que seu Judiciário, em especial sua Suprema Corte, promove justiça de modo a legitimar o argumento.
Será que 47,3% dos brasileiros afirmarem à pesquisa recente da AtlasIntel que o Brasil vive uma ditadura do Judiciário, e outros 16,7% dizerem que juízes cometem abusos e ultrapassam suas atribuições, não é uma boa dica de que uma parte imensa da população não entende ser justiça o que se tem feito no país nos últimos tempos?
Ou seremos todos tão ignorantes que não só devemos ser conduzidos por uma Suprema Corte iluminista, como também achar normal que os custos de nosso Judiciário sejam os maiores do mundo?
VALOR INESTIMÁVEL – As pessoas compreendem que a promoção da justiça, assim como da saúde e da educação, tem valor inestimável, mas não compreendem que isso sirva como uma carta branca para que o STF aponte um canhão de guerra a todos que forem considerados desviantes do que seus próprios ministros consideram democrático.
Fazer justiça não é fazer política. Fazer justiça não é fazer guerra. Justiça é essencial, guerra não. E tanto a guerra quanto a política são conceitos estranhos à função dos juízes em uma democracia. Uma guerra judicial, que impõe medo e insegurança a todos aqueles que não pensam como os magistrados combatentes, não tem, definitivamente, valor inestimável nenhum.
Diferentemente disso. Nesse caso, além de termos a guerra mais cara do mundo, conforme o relatório do Tesouro Nacional, também temos uma das guerras mais impopulares da história, segundo a citada pesquisa AtlasIntel/Poder360.
O que um Judiciário que atropela a fundamentação, a lógica, a racionalidade, as provas dos autos, os fatos documentados e irrefutáveis, negando fé a documentos públicos, violando as Leis vigentes e a Constituição, faz é o oposto da Justiça.
A Lei Maria da Penha lotada de medidas protetivas fake, fantasiosas, contra homens casados e em favor de estelionatárias totalmente desconhecidas é um grave exemplo disso.
Onde o Judiciário brasileiro jogou o direito sagrado à família, ao casamento documentado, à propriedade provada e registrada, à liberdade?
O Brasil se tornou o lugar mais inseguro do mundo para a família, a liberdade dos corretos e a propriedade lícita.
Quanto vale o Judiciário? Depende. O judiciário da Pindorama, como hoje se apresenta, vale quase nada…..
Resta saber, se e quando terminará o “pacto”?
https://youtu.be/bn4mt0n7fg0?si=tDDuusEpemqy3Oe_
Já vi alguns figurões bradarem ao serem presos, “Eu acredito na justiça do meu país.”
Millor só acreditava na descrença; a crença do ateu é acreditar que Deus não existe.
Quando tiraram um ladrão da cadeia para ele ser o presidente, fiquei incrédulo.
Temos para não sermos bárbaros, a Justiça do Muláh.
Fechado, o STF faria menos mal ao país.