Vicente Limongi Netto
Tudo indica que a constatação é verdadeira. A Presidência da República é máquina de moer gente. Revigora, enche de poder o político, mas também maltrata e machuca. Bolsonaro foi eleito com a tarefa de mandar o PT para as cucuias. Na chefia da nação, porém, esmerou-se em trapalhadas, insultos e omissões.
O eleitor então trouxe Lula da Silva de volta das catacumbas. Ungido como salvador da pátria, é saudado no exterior, por chefes de Estado, enquanto aqui nos arredores palacianos, é massacrado pela tropa bolsonarista.
MUITOS ATROPELOS – Mal iniciou o governo, começaram os atropelos. O ex-finado MST, de triste memória, botou as manguinhas de fora, invadiu propriedades, sem nenhum pio de Lula, enquanto um dos ministros, acusado de corrupção dos pés à cabeça, é mantido no cargo. Com direito à banca de Santo do pau oco.
Por sua vez, o presidente da Câmara, Arthur Lira, foi claro e taxativo no recado a Lula: por ora, no Congresso, são imensos os prenúncios de tempestade para o governo. Trocando em miúdos, Lula tornou-se refém dos gulosos do Centrão.
Por seu turno, Bolsonaro gabava-se com migalhas do noticiário, cutucando Lula em edificantes palestras nos EUA. Agora o mito de barro e a ex-primeira-dama estão enrolados até o pescoço com diamantes e outras joias valiosas.
AGUARDANDO 2026 – Aos brasileiros só resta aguardar por 2026, para ver se prosseguirá a inacreditável, surrada e cansativa toada da ciranda política, do troca-troca e do bate e volta pelo poder. Ninguém merece.
Enquanto isso, o experiente senador Renan Calheiros não berra, não vocifera. Trabalha com eficiência. É do ramo. Sempre dialogando a construindo pontes.
Com visão para eleições de 2024, o senador Calheiros já conseguiu a filiação para o MDB de 68 prefeitos, dos 102 municípios alagoanos. Realmente, é uma façanha política dificilmente alcançada por lideranças em outros Estados.