Eliane Cantanhêde
Estadão
O ministro Dias Toffoli, do Supremo, encerrou o ano Judiciário de 2023 suspendendo a multa bilionária da gigante J&F e iniciou o de 2024 concedendo a mesma graça à Novonor, atual marca da também gigante Odebrecht. Ele escolheu a dedo os dois momentos. No caso da ex-Odebrecht, o dia 1º de fevereiro, cheio de eventos, notícias e simbolismo.
Vejam bem: nem as duas empresas pediram, nem Toffoli concedeu a anulação, mas apenas a suspensão das multas do acordo de leniência de ambas. Com a anulação, as duas empresas deixariam de pagar as multas, mas também perderiam as mamatas negociadas nos acordos. Com a suspensão, elas se livram das multas (ônus) e mantêm as mamatas (bônus).
MELHOR DOS MUNDO – Assim, a J&F e a Novonor/Odebrecht ficam no melhor dos mundos, porque mantêm os belos benefícios, ou privilégios, obtidos com a leniência, como autorização de participar novamente de licitações e retomar empréstimos e contratos públicos, além do fim de processos contra seus executivos enquanto pessoas físicas. Bacana, não é?
Toffoli deu a boa notícia para as duas, e sabe-se lá quantas outras a partir de agora, exatamente no dia em que o Supremo abriu os trabalhos de 2024, com a presença do presidente Lula e as cúpulas dos poderes em Brasília, e que o novo ministro Ricardo Lewandowski tomou posse no Ministério da Justiça e da Segurança Pública.
Também no dia 1º de fevereiro estava prevista uma dança de cadeiras no Tribunal Regional Eleitoral do Paraná (TRE-PR), que está para julgar o futuro político do ex-líder da Lava Jato, ex-juiz e ex-ministro da Justiça Sérgio Moro, que corre o sério risco de perder o mandato de senador, seguindo a mesma trilha do seu braço-direito na Lava Jato, o ex-procurador Deltan Dallagnol, que perdeu o de deputado.
TUDO AO CONTRÁRIO – Na gangorra, quem comandou a maior operação de combate à corrupção do País afunda, e quem foi alvo emerge firme, forte e fora de risco. Depois da volta dos processos do próprio Lula à estaca zero, governadores, dirigentes do PT e partidos aliados e executivos condenados pela Lava Jato foram sendo reabilitados, um a um, jurídica e politicamente.
Chegou a vez de as maiores empresas envolvidas. O abre-alas foi da J&F dos irmãos Joesley e Wesley Batista, depois veio a Odebrecht/Novonor e a fila, senhores e senhoras, vai andar.
E quem assume os ônus na imagem e no currículo é Dias Toffoli, que foi advogado do PT, advogado-geral da União no início dos governos Lula e, como ministro do STF, votou na Lava Jato contra o partido e até contra Lula – a quem impediu de sair da prisão para ir ao enterro do irmão. Estaria o ministro pagando seus “pecados”?
SEM PAGAMENTO – Suas decisões suspendem o pagamento de R$ 10 bilhões de multas pela J&F e de R$ 7 bilhões a R$ 8,5 bilhões de multas da Odebrecht/Novonor, cujo valor é o estimado a partir do acordo fechado em 2016, com pagamento em vinte anos.
Um acordo foi fechado com o Ministério Público Federal e, o outro, com a Controladoria Geral da União e a Advocacia Geral da União. E ninguém esquece dos irmãos Batista comemorando o acordo, já tão camarada, em seus jatinhos, lanchas e apartamentos mundo afora.
Um detalhe importante é que os pedidos das defesas das duas empresas e a decisão de Toffoli são com base na “Vaza Jato”, ou seja, nas trocas de mensagens entre Moro e os procuradores da Lava Jato, que, segundo Toffoli, criam, “no mínimo, uma dúvida razoável” sobre os processos contra elas.
PROVAS ILÍCITAS – E as provas? Bem… O que passou a valer é a “Vaza Jato”, não a Lava Jato; as mensagens gravadas ilegalmente, não as confissões e as provas. A Odebrecht, por exemplo, confessou crimes em 49 contratos de obras e serviços públicos entre 2006 e 2014, e as provas são contundentes, como o “Setor de Operações Estruturadas” (exclusivo para corrupção) e sua extensa e detalhada lista de quem recebia propina – e quanto.
O que vale mais, trocas de mensagens da Vaza Jato ou confissões e provas da Lava Jato?
Com a palavra, o novo procurador geral da República, Paulo Gonet, que já avisou que vai recorrer da suspensão da multa da J&F e, supõe-se, tende a fazer o mesmo com a da Novonor/Odebrecht. A ver.
Acontece que se esses executivos confessaram concordando em juizo com o ilícito praticado e a devolução do acordado, resta saber se a decisão de Toffoli não os faz cometer perjúrio ao agora DESDIZENDO, concordar com esse final feliz?
Esse epílogo é uma negação de um testemunho em juizo, portanto um punível crime!
É o que penso!
Há “dendos”, em:
https://youtu.be/N78u1DlZKI8?si=8hs0zOFBo00gvHo_
Alguém está mamando com isso, nada é de graça
Os brasileiros avisam aos gritos: NÃO VÃO PARA O HELL DE JANEIRO!
Mas os incautos insistem.
Os blocos de Carnaval estão sem freio ladeira abaixo!
E isso, é só o começo.
Tudo pode acontecer,
verdadeira roleta Russa!
https://x.com/riodenojeiraofc/status/1754593408369172900?t=pm73oqG2NXCOFR0NL8Rd8g&s=08
👆 WILD ÁFRICA!
José Luis
Carlão…nosso estimado REDATOR…Na moral me perdoe..o meu tom verbal..me perdoa..
Canalha maldito filho do inferno..Desgraça sem alma…infeliz…maldito..
Esse maldito tem noção de quantas operações médicas feitas pelo SUS…esse dinheiro “perdoado ” poderia fazer?
Maldito filho de belzebu…quantas cousas poderiam ser feitas em favor do contribuinte…que penosamente paga seus impostos…canalha maldito que o clamor dos doentes não atendidos , por todas as crianças que morreram por falta de atendimento médico…neste vasto rincão do Brasil…onde o sus não chegou pir falta de verbas” e que este clamor chegue aos céus e tua alma seja requerida ..seu maldito desgraçado…YAH faça justiça…
A bandidagem das empresas bandidas com seus donos bandidos corruptos, além de nos roubarem muito dinheiro ainda tem um Prêmio da Corrupção….
Emilião e os Irmãos Metralhas Joesley estão dando risadas da nossa cara, tomanho champagne de 50 mil euros á garrafa…, fora o caviar….
Será que essa cuanga toda está sendo movida a leite de pato?
É um caso para se usar o Artigo 142 da Constituição,crime de Lesa-Pátria,prender e jogar a chave fora. Se pudesse deveria ser fuzilado ou enforcado em praça pública como em muitos paises com tolerância zero a corruptos.