Duarte Bertolini
Impressionante! O servilismo ideológico secular nunca sofre qualquer abalo ou crise de consciência. Nada como ser ungido pelo poder mágico e inebriante do socialismo igualitário utópico, algo nunca realizado, mas que justifica todo e qualquer meio para alcançá-lo.
Vamos lá, que diferença faz um bilhão a mais ou um bilhão a menos, se sempre teremos quem nos defenda ardorosamente?
CUNHO DESENVOLVIMENTISTA – Para os analistas da esquerda, a corrupção tem até cunho desenvolvimentista. A seu ver, realmente o que teria quebrado o Brasil foi a menor corrupção verificada de 2016 para cá e não os desastrosos governos seguidos, principalmente de Dilma Rousseff, que cometeu a idiotice de “maquiar” as contas públicas para apagar o fracassado desenvolvimento corrupto/sustentável de Lula, seu criador e mentor.
O que aflora, na política do Brasil real, como grande objetivo de políticos e empresários e sua única razão de viver, é ”se dar bem”, seja qual for o método ou associação.
CRITICAR É PERIGOSO – Qualquer um que se mostre disposto a denunciar essa promiscuidade que atinge a política, o empresariado e as instituições, tentando combater essa combinação sinistra, será vítima de acusações ardilosas em atos sucessivos.
Primeiro, ignorar. Se não der certo, apontar fragilidade das denúncias. Depois, ridicularizá-las, e tudo isso usando os amigos de sempre da imprensa amestrada, para destruir a imagem pública do denunciante ou da autoridade que realmente pretenda combater a corrupção.
Ao mesmo tempo, a classe política, sempre zelosa das instituições democráticas, entra em cena com suas narrativas e seus discursos enviesados, obviamente amplificados pela mídia vigilante. E se não for suficiente, sempre haverá o recurso da moralizadora CPI.
ESPADA DA JUSTIÇA – Por fim, se tudo falhar, a espada da justiça então entrará em cena, sem escrúpulos, para atingir todos os que ousaram desafiar o sistema, mesmo que sejam membros inatacáveis da própria justiça, como já aconteceu com Deltan Dallagnol e está prestes a acontecer com Sérgio Moro.
E o povo? Ora, o público assistirá inerte, pois a grande maioria precisa lutar pela sobrevivência e não tem preparo suficiente para entender a profundidade desse xadrez político que a mídia arma à sua frente.
Este é o retrato atual da moral e da ética de nosso país. Para haver desenvolvimento, tem de existir corrupção. Assim, por que não voltarmos a Adhemar de Barros e Paulo Maluf, mestres do “rouba mas faz”? Ah, não pode, porque eles são ladrões de direita…