Merval Pereira
O Globo
As big techs começam a se movimentar para a corrida eleitoral. Abrir mão do dinheiro de propagandas políticas, como fez o Google, é um gesto de quem quer preservar o futuro. Propagandas políticas podem acabar interferindo na eleição, principalmente através dos novos meios.
O Google deu um bom sinal e as outras redes deveriam pensar em coisas semelhantes, para preservar a higidez do pleito eleitoral no Brasil.
FILTRO NATURAL – Nos jornais impressos, há um filtro natural. Não se vê nenhum problema com anúncio político nos jornais, porque há regras para publicação.
Se as big techs quiserem continuar neste ramo, podem estabelecer regras e só aceitar anúncios que se enquadrem nelas. Isso existe há anos, basta aderir as regras em vigor.
O Google resolveu não ter que ficar mediando, definindo o que é ou não prejudicial ao pleito. Se as outras redes quiserem montar esquema para a filtragem dos anúncios, pode funcionar.
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NOTA DA REDAÇÃO DO BLOG – Merval Pereira tocou num assunto importante – os anúncios nas campanhas eleitorais. Não há legislação sobre isso, é um vale-tudo danado. Dirigido pelo executivo Fábio Coelho, o Google brasileiro está dando um exemplo de isenção, que precisa ser seguido pelas demais big techs. O assunto vem reforçar a necessidade de haver regras sobre o funcionamento das plataformas e das redes sociais, para reduzir a violência do faroeste caboclo. (C.N.)
As tais big tchs devem estar agradecidas à parte do congresso que aprovou legislação isentando-as de qualquer responsabilidade sobre matérias publicadas. Fazem farto uso do jornalismo alheio e , em muitos casos, não indenizam os autores, tornando seus proprietários mais que ricos! Assim, intui-se que seu poder de barganha e pressão é irresistível e insuperável. Não me surpreenderei se houver proposição de conceder ao pilantra Musk alguma condecoração, ele que está tendo sérios problemas judiciais na Europa por conta dos seus arroubos histéricos.
Senhor Sidney Alves de Oliveira , Elon Musk também esta encrencado nos USA , por sua arrogância e falta de respeitos aos seus funcionários , tratando-os como se ladrões fossem . tanto é que demitiu uma funcionária sob esse pretexto e difamação.
Após decidir não realizar mais nenhuma postagem, constatando a situação social e política de nossa nação, não pude resistir ao tema deste artigo.
O autor é signatário de um veículo de comunicação, do qual fui assinante por um longo período (e que deixei de ser), que prima, segundo minha própria análise, opinião e consideração, por flagrante parcialidade no que tange a seus comentários que envolve a política.
Como as eleições, especialmente a de 2018, tiveram uma grande influência das redes sociais, a classe dominante parece desejar excluí-las dos eventos que possam trazer luz à ambientes sob trevas, tal qual a propagação da imprensa nos círculos mais populares, por Gutemberg.