
Charge do Gilmar Fraga (gauchazh.clicrbs.com.br)
Pedro do Coutto
O escândalo envolvendo os descontos fraudulentos em aposentadorias e pensões do INSS não é apenas um caso de polícia. É, sobretudo, um caso de omissão política em série. Com mais de 1,3 milhão de pedidos de reembolso registrados em apenas três dias, o que estamos vendo é o retrato de uma máquina pública vulnerável, incapaz de proteger os mais frágeis — justamente os aposentados e pensionistas — da ação de grupos criminosos que operaram à sombra do Estado por anos.
É verdade que as raízes desse esquema criminoso remontam a 2019. No entanto, não há como eximir o governo Lula de sua cota de responsabilidade. Ao assumir o comando da máquina pública, o mínimo que se espera de uma nova gestão é o enfrentamento imediato de problemas estruturais, ainda mais quando envolvem denúncias anteriores já formalizadas. A inércia do Ministério da Previdência desde 2022 e a paralisia da direção do INSS diante de alertas explícitos apenas fortalecem a percepção de conivência, ou no mínimo, de negligência.
BLINDAGEM – A tentativa de líderes governistas, como a ministra Gleisi Hoffmann, de blindar o governo federal das consequências políticas do escândalo, soa como manobra desgastada. A negação da gravidade, o ataque preventivo à possibilidade de uma CPI e o silêncio sobre os vínculos políticos revelados pelas investigações apenas aprofundam o desgaste. A população, especialmente os idosos afetados, sabe bem onde o calo aperta — e não será um discurso partidário que os convencerá do contrário.
A figura de Carlos Camilo, o “careca do INSS”, suspeito de chefiar o esquema mesmo sem ocupar cargo público formal, simboliza o tipo de falha institucional que o Brasil insiste em naturalizar. Como pode um cidadão operar com tamanha liberdade, intermediando fraudes milionárias, sem que ninguém perceba ou intervenha? A possível ligação entre Camilo e parlamentares do PDT torna tudo ainda mais grave, pois sugere que as rachaduras no sistema são alimentadas por interesses políticos mal disfarçados.
A cada nova denúncia, cresce o número de vítimas e se amplia o rombo nos cofres públicos. Fala-se em até nove milhões de fraudes — um número que, se confirmado, colocaria o escândalo do INSS entre os maiores do mundo em volume de vítimas e prejuízos. E é justamente esse gigantismo que torna inaceitável a lentidão nas medidas corretivas. O anúncio de reembolso é necessário, mas tardio. E não basta. Sem responsabilização efetiva, sem transparência e sem mudança estrutural, o ciclo se repetirá.
CUSTO POLÍTICO – Além da crise institucional, há um custo político em ascensão. O governo Lula, que já enfrenta desafios econômicos e impasses no Congresso, agora vê sua popularidade corroída por um escândalo que atinge em cheio sua base eleitoral mais fiel. Não se trata apenas de devolver dinheiro. Trata-se de reconstruir a confiança — algo bem mais difícil de recuperar.
É hora de abandonar o discurso defensivo e agir com responsabilidade política. Investigar a fundo, abrir os arquivos, punir os envolvidos, acolher as vítimas e blindar o sistema contra novas investidas criminosas. O que está em jogo não é apenas a reputação de um governo, mas a dignidade de milhões de brasileiros que, ao final da vida, ainda têm que lutar contra a fraude institucionalizada dentro do próprio Estado.
Vai sobrar para Ciro Gomes, aguardem.
Dr. Careca do INSS
Licença…
1) Uma das polêmicas do momento são os “bebês reborn”, bonecas hiperrealistas…
2) Já tem padre dizendo que não batiza “bebê reborn”…
3) Me faz lembrar de um filme nos anos 1970: “Deu a Louca no Mundo”…
4) Quem sabe, mais adiante teremos “políticos reborn”?
Vai ser uma “rebor(n)dosa”!
Ninguém vai preso, não se exige nada do responsável maior ?
So, welcome to the Cleptocracy State of Lefty.
“O ministro do STF (Supremo Tribunal Federal) Flávio Dino suspendeu os prazos para que o deputado Juscelino Filho (União Brasil-MA) apresente sua defesa preliminar em relação à denúncia por corrupção em desvio de emendas da Codevasf em 2022. A decisão vem após pedido dos advogados do ex-ministro das Comunicações de Luiz Inácio Lula da Silva (PT), que argumentaram que as provas citadas na denúncia da PGR (Procuradoria Geral da República) estavam ilegíveis. O processo está em segredo de justiça. A decisão é de 8 de maio, mas foi publicada no DJE (Diário de Justiça Eletrônico) na 3ª feira (12.mai 2025).
“Verifica-se ainda que existem trechos ilegíveis na denúncia, vício que deve ser sanado pela substituição da peça inicial por outra que contenha plena legibilidade, a fim de que seja assegurada a ampla defesa do requerido”, declarou Dino.
Com exceção dos “adevogados”, das ovelhinhas, dos cúmplices do ladrão, da macacada, dos velhos velhacos, do cronista pé-de-cana e de todos os demais assemelhados: há alguma dúvida de que vivemos em um Estado Cleptocrático de Esquerda ?
Fonte: https://www.poder360.com.br/poder-justica/dino-suspende-prazo-de-resposta-da-denuncia-contra-juscelino-filho/
Com a palavra os defensores do Estado Democrático de Esquerda.
E aí?
Será que se o bruto se candidatar e pedir votos para poder roubar mais, os eleitores só de sacanagem vão votar?