PT e apoiadores não se entendem sobre como revidar o ato a favor de  Bolsonaro

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Gleisi se apressou em mobilizar, sem pensar (?) a respeito

Catia Seabra e Victoria Azevedo
Folha

Integrantes do PT e do governo Lula (PT) se dividem sobre a conveniência de convocação de ato em defesa da democracia já anunciado pela presidente do partido, Gleisi Hoffmann (PR), e previsto para ocorrer no próximo dia 23.

Embora a cúpula do partido negue que essa seja uma resposta à manifestação que, no último domingo (25), reuniu milhares de apoiadores do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) na avenida Paulista, em São Paulo, aliados de Lula afirmam que a comparação do número de participantes será inevitável.

SEM ANISTIA – Flyer compartilhado por Gleisi Hoffmann nas redes sociais nesta quinta-feira (29), convocando para o ato, diz que a manifestação será o Dia Nacional de Mobilização em Defesa da Democracia e terá como um dos motes o lema “sem anista” — em contraposição ao discurso de Bolsonaro na Paulista, no qual ele pediu anistia aos presos pelo ataque golpista de 8 de janeiro de 2023.

“As Frentes Brasil Popular e Povo Sem Medo em conjunto com os partidos do campo democrático e popular e entidades da sociedade civil convocam para a Jornada de Luta em Defesa da Democracia: sem anistia, punição aos golpistas. Golpe nunca mais!”, diz o texto do flyer.

Organizado pelas frentes Brasil Popular e Povo Sem Medo, o ato terá apoio de partidos de esquerda, como PT, PC do B, PV, Rede, PSOL, PSB e PDT.

DISCUSSÃO DO LEMA – Reportagem da Folha desta quinta (29) mostrou que movimentos e partidos de esquerda decidiram vetar o mote da prisão de Bolsonaro como bandeira da manifestação. A definição em consenso foi a de pregar o lema “sem anistia para golpista” e lembrar os 60 anos do golpe militar de 1964, difundindo a mensagem de que novas tentativas de ruptura devem ser combatidas.

Líderes da mobilização se irritaram com materiais que circularam dando conta de que o pedido de prisão seria um dos chamarizes do ato. O argumento que prevaleceu nos debates fechados foi o de que o direito de defesa e o devido processo legal têm que ser resguardados, assim como se reivindicava para Lula.

OUTRAS MANIFESTAÇÕES – Também há a previsão de manifestações para os dias 8 de março, Dia Internacional da Mulher, 14 de março, data que marca seis anos do assassinato da vereadora Marielle Franco, e 1º de maio, Dia do Trabalhador.

“A defesa da democracia e a punição dos golpistas precisam de mobilização nas ruas. Anistia não”, diz Raimundo Bonfim, coordenador nacional da CMP (Central de Movimentos Populares) e integrante da Frente Brasil Popular.

Segundo relatos colhidos pela reportagem, há uma tendência de que o principal ato no dia 23 seja realizado em Salvador, na Bahia, estado governado pelo PT. A ideia é que as principais lideranças possam estar concentradas num mesmo lugar, mas sem inviabilizar que outras manifestações ocorram nas demais capitais do país. A Bahia garantiu expressiva votação ao petista nas eleições de 2022 —Lula teve 72,12% dos votos.

PRINCIPAL ATO – Há uma avaliação de que o partido conseguirá mobilizar um grande número de apoiadores na capital da Bahia. A decisão de concentrar ali o principal ato, no entanto, ainda não foi batida e está sendo discutida.

A tendência é evitar a avenida Paulista como ponto escolhido na capital paulista, pelo temor de que a comparação com o ato bolsonarista seja desfavorável.

Gleisi diz à Folha que a mobilização não é uma resposta ao ato bolsonarista. “Defendo como ação contínua de enfrentamento às mobilizações e ações da extrema direita, também como apoio às políticas que defendemos”, afirma. Sobre o ato convocado por Bolsonaro, ela diz que o ex-presidente reuniu seus apoiadores “para continuar atentando contra a democracia e deve seguir nesse caminho”.

OUTRA OPINIÃO – Com a simpatia de ministros petistas, uma ala do PT avalia que o governo precisa fazer o debate político nas ruas, mas a partir de lançamentos de programas do Executivo, em vez da convocação de ato público. A ideia seria garantir presença popular nas inaugurações e lançamentos de programas, com Lula.

Os petistas também divergem sobre a participação do próprio presidente. Uma ala do partido chega a defender que Lula convoque o ato, o que é rechaçado por parte da equipe ministerial.

Outra ala sugere que Lula seja publicamente convidado, ainda que seja para recusar o convite —o que poderia vir a justificar uma adesão inferior à da manifestação pró-Bolsonaro.

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NOTA DA REDAÇÃO DO BLOG
A decisão de fazer manifestações por todo o país é uma bobajada dos apoiadores de Lula. É claro que existe o risco de não dar certo, pode chover, e os sindicatos e partidos terão de garantir que encherão as ruas. Mas isso custo caro. Inclui transporte, refeição e pagamento de Pixuleco no valor de R$ 50, pelo menos, a cada manifestante. Menos que consigam encher as ruas, o que isso significaria para os bolsonaristas e os indecisos? Ora, isso não significaria nada, rigorosamente nada. Bolsonaro enche as ruas, e Lula, também. E daí? Quem se interessa? (C.N.)

6 thoughts on “PT e apoiadores não se entendem sobre como revidar o ato a favor de  Bolsonaro

  1. Perfeita a NR,
    Sr. Carlos Newton.

    Os partidos políticos tem que parar de fomentar essa briga de torcidas.

    É tudo tão insano que é realmente desanimador.

    Quem lucra com a insanidades dos gados esquerdistas e direitistas, são os políticos que empobrecem a população e enriquecem ao mesmo tempo.

    Estamos estagnados há 50 anos!

    Até quando conviveremos com o atraso?

    Estamos perdendo até dos países pobres africanos!

    Um forte abraço,
    José Luis

    • É desanimador.

      Já não basta termos esse monte de corruptos roubando até merenda

      Agora essas boiadas humanas que não deixam o país seguir em frente.

      São manipulados dos dois lados.

      Será que tem pão com mortadela pra todos esses tolos.

      Abraço.

      O país está de ponta cabeça.

      ☹️😔

  2. O panorama visto da ponte.

    Cláudio Humberto

    Há resistência no Congresso à volta da “contribuição” obrigatória, usada para bancar sindicalistas que ficam ricos com o dinheiro, porque políticos sabem o que está por trás do desespero das centrais sindicais e do ministro Luiz Marinho (Trabalho): restaurar a fonte de dinheiro que secou com a reforma trabalhista de 2017. Eles querem retomar também formas de financiar candidaturas ligadas à esquerda, sobretudo ao PT. Não por acaso, o tema ressurgiu com força em pleno ano de eleições municipais.

    ‘Mortadelas’, a origem

    A pelegada usou esse dinheiro para criar os “mortadelas”, gente pobre recrutada na periferia para fazer número em atos pró-governos petistas.

    Farra com o alheio

    Carros de som, palanques, churrascadas, trios elétrico e panfletagens de campanhas “de esquerda” eram pagos com dinheiro da “contribuição”.

    Sem votos gratuitos

    Com o fim da “contribuição”, o PT perdeu apoio no interior e nas grandes cidades. Não por acaso, foi goleado pela centro-direita, em 2022.

    O crime perfeito

    Sindicalistas também usaram os recursos em campanhas para difamar adversários, certos de que nunca serão fiscalizados por órgãos tipo TCU.

  3. Só tem UMA FORMA do PT conseguir abarrotar a Paulista em proporções jamais imaginadas. O PT tem que convocar artistas,defensores confessos do de Lula para uma GRANDE ORGIA,onde os famosos se entregaram ao povo como as ORGIAS ROMANAS,tudo liberado,ninguem é de ninguem. Homem com muher,mulher com mulher e homem com homem. Se os ADORADORES DE LULA colaborarem o povão irá comparecer em massa. É IMPORTANTE QUE A MILITANCIA JORNALISTICA também esteja atuante na ORGIA DO PT.Só SEXO e ORGIA será capaz de trazer as multidões desejadas.

  4. Besteira a hipótese de manifestação em revide. Não agrega nada.

    Aliás, a maioria das manifestações servem para palanque de políticos que as usam para interesses próprios. O povo? Ora, eles querem só os votos e o povo que se exploda.

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