Israel mata até palestinos desarmados, que aguardavam chegada de comida

Jornal O Globo on X: "Palestinos correm para o mar após ajuda humanitária cair de avião em Gaza https://t.co/Nm6ygSUsDX https://t.co/G1Z64N9aMP" / XDorrit Harazim
O Globo

A última entrega de alimentos da ONU aos famintos da cidade de Gaza fora no dia 23 de janeiro. Perto de 250 mil civis palestinos vagavam entre as ruínas de suas vidas passadas havia 37 dias e 37 noites. Todo vestígio de comando ou estrutura administrativa havia sido erradicado pelos bombardeios e pela ocupação militar israelense. Mais de 1 milhão de famílias já haviam sido desterradas a fórceps para o sul.

Os que permaneceram formavam um amontoado humano em meio ao nada, sem amanhã. O fundo do poço era ali: muitos alimentavam os filhos com ração animal, enquanto cães igualmente errantes se alimentavam de pedaços de carne humana entre destroços.

DIA INFAME – Foi nessas condições que Gaza chegou às primeiras horas da madrugada de quinta-feira, 29 de fevereiro deste ano bissexto. Dia infame.

Quando 39 caminhões da agência humanitária UNRWA foram percebidos adentrando a principal via litorânea, a notícia rastilhou na escuridão desértica. E o comboio que deveria levar a preciosa carga até o depósito de abastecimento, para distribuição in loco, se viu cercado por massas esfomeadas. Como não saquear? “Trocamos a alma por um saco de farinha” — resumiu o médico palestino Yehia Al Masri no New York Times.

A 250 metros de distância havia dois tanques israelenses; e um pouco mais adiante, uma base avançada das forças de ocupação. Foi das armas desses militares, segundo porta-vozes do próprio comando israelense, que partiram os disparos.

DISPAROS DEFENSIVO? – Teriam sido “defensivos, só ocorreram porque a multidão se moveu de forma a colocar em perigo os soldados”. Não para o resto do mundo, nem para boa parte de judeus não radicalizados pelo desgoverno Netanyahu.

A extinção de vidas que já dura quase cinco meses é consequência do ódio — ódio ao palestino. Palestino terrorista ou palestino civil, de esquerda ou de direita, homem, mulher ou criança, esse estorvo de gente que teima em se dizer palestino nem sequer deveria existir.

Ao final do dia sangrento em que se misturaram mortos a tiros, sufocados na multidão e atropelados pelos caminhões em fuga, restaram indagações cruciais. O comando militar de Israel divulgou imagens de vídeo feitas por drones, sem áudio, em que se percebe claramente haver cortes, edição — dos fragmentos divulgados não constam imagens anteriores ao momento em que as massas humanas se põem a correr para longe dos caminhões. Há pessoas se arrastando no chão, buscando proteção ao abrigo de muros. Fugiam do quê?

MAIS ACUSAÇÕES – A fuzilaria virou gatilho para desencadear cobranças, pedidos de investigação e acusações por parte de aliados históricos de Israel, repentinamente mais impacientes com Netanyahu que os países-irmãos árabes. Por ora, o presidente francês Emmanuel Macron é quem está em situação mais confortável, tem direito a arroubos tonitruantes. Ele é o único chefe de Estado que, desde o final do ano passado, tem um porta-helicópteros anfíbio da Marinha ancorado no litoral de Gaza, atendendo a feridos da invasão israelense.

Também são franceses os aviões que despejam sobre Gaza suprimentos que nem sempre chegam a quem mais precisa deles — toda guerra, assim como a paz, tem seus atravessadores. Mas ao menos tentativas são feitas.

Nem isso o governo de Joe Biden tinha coragem de tentar até semana passada. Compreende-se: é de fato incongruente conciliar uma ação humanitária dos Estados Unidos para palestinos, quando estes são estraçalhados por armamentos israelenses financiados por Washington.

VETOS SUCESSIVOS – Por três vezes desde o atentado terrorista do Hamas contra Israel, a embaixadora dos Estados Unidos na ONU ergueu o braço direito para votar no Conselho de Segurança. Nas três vezes ela, Linda Thomas-Greenfield, vetou as diferentes propostas de cessar-fogo em Gaza, começando pela do Brasil.

Receberá julgamento da História semelhante ao do ex-secretário de Estado do governo George Bush que forneceu dados falsos à ONU para favorecer a invasão do Iraque pelos americanos em 2003.

Quantos civis palestinos não precisariam ter morrido nestes quatro meses e 27 dias sem cessar-fogo? Quantos mais morrerão de fome, doenças, pisoteados ou a tiros antes que o mundo, envergonhado, force Israel a parar a insânia? Já são perto de 30 mil (e 70 mil feridos), segundo dados do Hamas que até mesmo o governo Biden aceita — mesmo número de soldados ucranianos mortos em dois anos de guerra. Melhor nem pensar por enquanto no que escondem os escombros de Gaza.

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P.S. – Recomenda-se aqui um pequeno livro de grande utilidade para abrir mentes desarmadas, interessadas no viver alheio: “Tornar-se Palestina”, de Lina Meruane. Nascida no Chile e residente em Nova York, a escritora de ascendência palestina convida o leitor a acompanhá-la na compreensão do que é ser palestino. Para quem não quer perder tempo com introitos, pode começar a viagem no capítulo II. Será uma viagem civilizatória que não necessita de concordância. Basta ser humano. (D.H.)

Tribunal de Haia mantém investigação de crimes contra humanidade na Venezuela

Lula e Maduro: 'Faz sentido normalizar relação, mas alinhamento não pode  ser ideológico', avalia professor de relações internacionais na FGV-SP | O  Assunto | G1

Lula não se envergonha de apoiar um ditador como Maduro

Deu na BBC

O governo do presidente venezuelano, Nicolás Maduro, sofreu um revés com a rejeição de um recurso de apelação perante a Corte Penal Internacional (CPI), onde buscava interromper as investigações sobre possíveis crimes contra a humanidade.

“A Câmara de Apelações (…) rejeita os argumentos apresentados pela Venezuela. Recusa as apelações e confirma a decisão impugnada”, declarou o juiz Marc Perrin de Brichambaut ao tribunal sediado em Haia, conforme relatado pela agência AFP.

CRIMES CONTRA A HUMANIDADE – Em novembro de 2021, a Venezuela tornou-se o primeiro país da América Latina no qual a CPI iniciou uma investigação formal, após o promotor britânico Karim Khan anunciar a abertura do caso conhecido como “Venezuela I”, relacionado a alegados crimes contra a humanidade ocorridos em 2017.

Nesse ano, violentos protestos contra o governo de Maduro eclodiram, com milhares de pessoas indo às ruas devido à escassez de alimentos e medicamentos, inflação e insegurança. As manifestações foram intensificadas pela suspensão de um referendo revogatório contra o presidente.

No ano passado, o governo de Maduro apelou de uma decisão favorável à retomada da investigação, argumentando que o princípio da complementaridade deveria ser respeitado. Esse princípio estabelece que um tribunal internacional complementa a justiça nacional e só pode intervir se um país não estiver investigando os mesmos crimes.

UNANIMIDADE – Segundo a agência Reuters, os juízes de apelação, unânimes, rejeitaram todos os argumentos da apelação, dando luz verde à Procuradoria do CPI para retomar as investigações sobre os abusos.

Em resposta à decisão, o governo venezuelano expressou em um comunicado seu “desacordo” com a decisão, alegando que ela “responde à intenção de instrumentalizar os mecanismos da justiça penal internacional com fins políticos, baseando-se em acusações de supostos crimes contra a humanidade que nunca ocorreram”.

A nota também afirma que toda essa manobra foi construída a partir da manipulação de um pequeno conjunto de crimes e acusa a oposição de distorcer casos de alegadas violações dos direitos humanos.

CRIMES BÁRBAROS – Em 2020, Khan afirmou que havia “bases razoáveis” para acreditar que funcionários governamentais e militares perpetraram desaparecimentos forçados, execuções extrajudiciais, detenções arbitrárias e torturas contra dissidentes durante os protestos de 2017, nos quais 125 pessoas perderam a vida.

A decisão da Sala de Apelações da CPI foi aplaudida por organizações de defesa dos direitos humanos na Venezuela, em meio a protestos exigindo a libertação da ativista Rocío San Miguel, detida em 9 de fevereiro. Durante vários dias, as autoridades não forneceram informações sobre seu paradeiro e negaram acesso a familiares e advogados.

Rócio San Miguel foi acusada de participar de uma alegada conspiração para assassinar Maduro e permanece detida em El Helicoide, denunciado pela dissidência como “o maior centro de tortura da Venezuela”.

DESAPARECIMENTO FORÇADO – A detenção de Rócio San Miguel foi qualificada como desaparecimento forçado pelo Alto Comissariado das Nações Unidas para os Direitos Humanos, uma afirmação que enfureceu Maduro, levando-o a ordenar a expulsão de todo o pessoal dessa instância na Venezuela.

Mas a Missão Internacional Independente de Determinação dos Fatos sobre a Venezuela, um mecanismo da ONU com um mandato separado do Alto Comissariado, investigou e documentou casos de execuções extrajudiciais, desaparecimentos forçados, detenções arbitrárias, torturas e outros tratamentos cruéis, desumanos ou degradantes ocorridos desde 2014.

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NOTA DA REDAÇÃO DO BLOG
Enviada por José Guilherme Schossland, a matéria revela esse lado execrável e ditatorial da Venezuela, que continua a ser apoiada por Lula, apesar da dívida bilionária com o Brasil. Outro devedor ditatorial bilionário é Cuba, que Lula acaba de ajudar enviando toneladas de alimentos, que fazem falta no território Ianomâmi que o presidente prometeu ajudar. Lula parece que não percebe estar traindo o Brasil, ao apoiar essas ditaduras. (C.N.)

Braga Netto agora tenta se desculpar por ter xingado os militares legalistas

Braga Netto tenta driblar problemas jurídicos para disputar as eleições |  VEJA

Braga Netto tornou-se exemplo de militar golpista e desleal

Bela Megale
O Globo

O general da reserva Walter Braga Netto, ex-ministro AS Casa Civil e da Defesa do governo de Jair Bolsonaro, tem mostrado a pessoas próximas certo arrependimento por ter estimulado ataques a integrantes da cúpula das Forças Armadas.

Em conversas com amigos do Rio de Janeiro, onde o general tem passado a maior parte do tempo, ele admite ter reagido “com o fígado” no episódio. Braga Netto tem dito que os termos de baixo calão que usou para se referir, por exemplo, ao ex-comandante do Exército Freire Gomes, são comuns na caserna.

EXALTAÇÃO – Explicou que sua exaltação se referia à falta de ações firmes para dar uma “solução concreta para a transição” e o encerramento de um ciclo, em referência a fim do governo Bolsonaro.

Como informou a coluna, as mensagens do general interceptadas pela Polícia Federal mostrando que ele estimulou ataques a colegas militares deixaram Braga Netto isolado e sem interlocução junto às Forças Armadas.

Uma das atitudes que mais incomodaram os militares foi a orientação de Braga Netto ao ex-capitão Ailton Barros, cinco dias após a diplomação de Lula como presidente, na qual pede para “viralizar” ataques ao general Tomás Paiva, que desde fevereiro passado é o comandante do Exército. Outro alvo foi o general Freire Gomes, que comandou a Força nos dois últimos anos da gestão Bolsonaro. Braga Netto se referiu ao militar como “cagão”, e pediu a Barros que a “cabeça dele seja oferecida”.

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NOTA DA REDAÇÃO DO BLOG
Desculpe, foi engano. É claro que Braga Netto iria encontrar alguma desculpa para seus excessos e exotismos. O fato concreto, porém, é que se comportou como um militar desqualificado, envolvido até o pescoço no sonho de um novo governo militar, que tenta destruir a imagem de oficiais legalistas, que não admitem descumprir a Constituição. A meu ver, Braga Netto agia em causa própria, pois estava convencido de que seria o chefe do governo, e facilmente escantearia Bolsonaro, que estava sendo usado como um joguete. Como diziam os irmãos Ringling, os reis do circo, a cada 30 segundos nasce um otário… (C.N.)´

A descentralização e expansão do Rio ao longo das últimas décadas

Ipanema RJ: o que fazer, onde ir e principais pontos turísticos | Westwing

As casas da bucólica Ipanema deram lugar aos edifícios

Pedro do Coutto

Excelente a reportagem de Ricardo Ferreira, O Globo deste domingo, baseado em imagens do colecionador Rafael Cosme , mostrando as diferenças da cidade do Rio de Janeiro ao longo dos últimos 80 anos, destacando inclusive aspectos de Ipanema em períodos anteriores à existência do Maracanã, do Aterro do Flamengo, do Elevado Paulo de Frontin e da Ponte Rio-Niterói.

Ipanema era um bairro cheio de casas que foram sendo substituídas por edifícios. O mesmo processo ocorreu no Leblon. A revolução urbana na Zona Sul e no Centro começou com as obras do desmonte do Morro do Castelo e do Morro de Santo Antônio.

ATERRO DO FLAMENGO – As terras deste último, em frente ao Largo da Carioca, foram utilizadas para a construção do Aterro do Flamengo. Mas, além da comparação poética de Ipanema, Copacabana foi o marco da descentralização do comércio e de serviços, antes concentrado no Centro do Rio.

Vários serviços obrigavam a população a se deslocar de suas áreas de moradia para o Centro da cidade em busca de serviços diversos. Com Copacabana, o comércio passou a se localizar fora do eixo principal e a partir daí o crescimento de uma série de outros bairros passou a ser um impulso irreversível.

É interessante a comparação que se pode fazer a partir de imagens que, se de um lado deixam saudades, de outro apontam também o crescimento de problemas urbanos decorrentes da expansão da própria cidade.

CRESCIMENTO – Em 1950, por exemplo, a população do Rio era de 2,3 milhões de habitantes. Hoje é três vezes maior. As áreas ocupadas por favelas cresceram aceleradamente. No processo de descentralização, a partir da localização comercial dos bairros, além de Copacabana, devemos incluir a Tijuca e o Méier, na Zona Norte.  A população compreendeu que não era apenas o Centro da cidade o seu grande pólo de produção.

Hoje, temos aí uma realidade que impressiona, sobretudo pelos desafios decorrentes da própria expansão quanto da descentralização. Os transportes passaram a se constituir numa etapa a ser vencida, o saneamento também. As paisagens foram mudando. Durante muito tempo, na Baía de Guanabara não constava a imagem da Ponte Rio-Niterói. Hoje, estão lá 13 quilômetros proveniente de uma obra extraordinária.

A beleza de Ipanema acentuou-se por grandes artistas como Tom Jobim e Vinícius de Moraes, além de muitos outros que acrescentam os seus nomes e as passagens de suas artes ao longo do tempo e do espaço. Uma beleza comparar-se à situação urbana de hoje com a que a antecedeu. O fenômeno e as mudanças não são só do Rio de Janeiro. Mas aqui tem-se uma expressão marcante até pela beleza natural. O progresso é assim, mas além das coleções eternizadas nas películas, estão também os problemas que todos têm pela frente.  Assim, caminha o Rio de Janeiro.

Num soneto de rimas perfeitas, Jorge de Lima vai perdendo a lucidez…

A POESIA DO BRASIL: JORGE DE LIMA (1893-1953)... E OS 100 ANOS DO LIVRO "XVI ALEXANDRINOS"...

Jorge de Lima, retratado por Portinari

Paulo Peres
Poemas & Canções

O político, médico, pintor, tradutor, biógrafo, ensaísta, romancista e poeta alagoano Jorge Mateus de Lima (1893-1953) em “Solilóquio Sem Fim e Rio Revolto”, conversa consigo mesmo e foge completamente da razão, num soneto de rimas absolutamente perfeitas.

SOLILÓQUIO SEM FIM E RIO REVOLTO
Jorge de Lima

Solilóquio sem fim e rio revolto –
mas em voz alta, e sempre os lábios duros
ruminando as palavras, e escutando
o que é consciência, lógica ou absurdo.

A memória em vigília alcança o solto
perpassar de episódios, uns futuros
e outros passados, vagos, ondulando
num implacável estribilho surdo.

E tudo num refrão atormentado:
memória, raciocínio, descalabro…
Há também a janela da amplidão;

E depois da janela esse esperado
postigo, esse último portão que eu abro
para a fuga completa da razão.

Lembrando o que Helio Fernandes escrevia sobre o “entreguista” FHC

fhc capa

Charge do Aroeira (Portal O Dia)

Carlos Newton

Atendendo a um pedido de Luiz Fernando Souza, vamos publicar um dos artigos de Helio Fernandes na Tribuna da Imprensa; O texto foi enviado por José Guilherme Schossland e não consta de nossos artigos, porque um dos ataques de hackers que sofremos praticamente destruir nosso arquivo, com importantes textos de Helio Fernandes, Carlos Chagas, Sebastião e Nery e tantos outros.

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FHC – DILAPIDADOR DO PATRIMÔNIO NACIONAL
Helio Fernandes
     5 de julho de 2003

De 1889 até 31 de dezembro de 2002, na relação de todos que ocuparam o Catete e agora o Planalto, FHC se situa como o mais predador, o mais destruidor, o mais espantosamente traidor, o grande doador do nosso patrimônio, o maior privatizador, o extraordinário favorecedor das multinacionais.

No acervo de inconseqüências, incoerências, incompetências, e mais grave de tudo, de imprudências, FHC entra em todos os capítulos. E nessa relação criminosa, (criminoso sem perda da liberdade e sem ser responsabilizado, pois conseguiu foro privilegiado, que nem os generais da ditadura tiveram depois que deixaram o Poder) não constava a CONCESSÃO de 25 milhões de acres da Amazônia, que o governo pretende concretizar.

POR 120 ANOS – Essa CONCESSÃO miserável que vale por 60 anos RENOVÁVEIS por outros 60, poderia ser considerada a mais espantosa. Junto com os juros, as “dívidas”, a corrupção, a REEELEIÇÃO comprada, as DOAÇÕES descabidas, a “entrega” da Vale, a maior mineradora do mundo, os preços “administrados” que elevam brutalmente as tarifas, enquanto o cidadão-contribuinte-eleitor amarga a mais completa miséria, cada vez ganhando menos, a brutal elevação da carga tributária, e mais e mais.

Tudo isso ganharia (ou deveria ganhar?) manchete dos jornalões pré-pagos e comentários favoráveis dos jornalistas amestrados, se não fosse um crime maior de todos: o seqüestro da Petrobras, a sua destruição como empresa nacional, a escravização a grupos multinacionais, a venda de ações, a doação de campos da Petrobras para multinacionais, e a A-U-T-O-R-I-Z-A-Ç-Ã-O inacreditável para que essas multinacionais exportem D-E-S-V-A-I-R-A-D-A-M-E-N-T-E o petróleo nacional.

PODEM EXPORTAR – Quer dizer: ainda não somos auto-suficientes em matéria de petróleo, mas as multinacionais que receberam áreas ANTECIPADAMENTE reconhecidas como produtivas, já podem exportar.

Então, vamos exportar logo tudo, como fizemos com o r-i-q-u-í-s-s-i-m-o manganês do Amapá. Todo ele dizimado e destruído pelos senhores Eliezer Batista (patrão do primeiro filho de FHC) e Azevedo Antunes, (sócio do mesmo Eliezer Batista) com a cumplicidade de muitos presidentes ou “presidentes”.

Entre os presidentes com aspas, muitos generais de plantão, que se diziam protetores e preservadores das nossas riquezas, se rotulavam como NACIONALISTAS, não fizeram outra coisa a não ser se desfazer das nossas maravilhosas riquezas para enriquecer seus maravilhosos patrões.

PETRÓLEO NÃO E NOSSO – Todos esses fatos que atingiram a nossa maior empresa, cabem naturalmente no que tenho definido há muito tempo na frase esclarecedora: O PETRÓLEO NÃO É NOSSO E A PETROBRAS MUITO MENOS.

Entre os presidentes da Petrobras que arruinaram a maior empresa brasileira, temos que começar por Shigeaki Ueki, protegido, nomeado e patrocinado por Sua Excelência o general-presidente Ernesto Geisel.

Depois dele, Joel Rennó, (acolitado e apadrinhado por Orlando Galvão da BR) o apatetado e teleguiado Henri Phillipe Reichstul, e depois dele, o multinacionalíssimo Francisco Gros. Todos nefastos, deviam ser proibidos até mesmo de entrarem no edifício da Petrobras. Ou passar pela calçada.

O NEFASTO FHC – Mas se todos esses são nefastos e até mesmo criminosos, ninguém foi mais nefasto e mais criminoso do que FHC. Este, lá do alto da Presidência da República, engendrou, patrocinou e executou a entrega, mascarada e escondida do patrimônio da maior empresa do Brasil.

FHC começou toda a traição ao colocar o primeiro genro na ANP (Agência Nacional do Petróleo), com o objetivo de destruir a independência da Petrobras. Junto com ele, diversos presidentes foram colocados no 24º andar da Avenida Chile, para ajudar o primeiro genro.

Com tudo isso, não conseguiram “privatizar”, “doar”, “entregar” a maior empresa do Brasil. Mas liquidaram com o monopólio, que resguardava, protegia e defendia a grande riqueza do mundo, que também era a nossa.

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PS –
Não podendo dilacerar a Petrobras, partiram para a sua destruição velada, que não vem de velório, mas na verdade era exatamente isso.

PS 2 – FHC PROMULGOU então a calamitosa Lei 9.478, que revogou a histórica 2.004 de 1953. (Ano da fundação da Petrobras, depois de um dos maiores movimentos cívicos da História brasileira.)

PS 3Essa 9.478 ficará (até ser revogada) como o grande golpe no nosso enriquecimento. E no currículo de FHC como a maior TRAIÇÃO do seu retrocesso de 80 anos em 8. O assunto é vastíssimo, claro, continuaremos. Mas é preciso deixar passar o “odor” da podridão. Afinal, a Petrobras fica a apenas 100 metros desta impávida Tribuna da Imprensa. (H.F.)

General desmentiu afirmações de Mauro Cid, que terá de depor novamente

Cúpula do Exército acredita que a delação do coronel Cid encerra um capítulo de tensão - TV Pampa

Mauro Cid pensa que já escapou, por causa da delação

Carlos Newton

O clima nas Forças Armadas é de irritação com as investigações a cargo do Polícia Federal. Os processos transcorrem em sigilo e os oficiais envolvidos somente terão conhecimento das acusações quando forem denunciados pelo Ministério Público Federal e houver a abertura de processos pelo ministro relator, Alexandre de Moraes.

A tensão entre integrantes da ativa das Forças Armadas e da Polícia Federal voltou a crescer nas últimas semanas. A cúpula militar tem mostrado grande irritação com os desdobramentos da investigação policial que apura a trama golpista arquitetada por Jair Bolsonaro, ex-membros de seu governo e da caserna.

DESMENTIDO – Já surgiu o primeiro desmentido à delação do tenente-coronel Mauro Cid, ajudante de ordens de Bolsonaro, que se envolveu não somente no golpe, mas também em atividades ilícitas criminais, como falsificação de documentos de vacina e compra e venda de relógios, joias e obras de arte presenteadas à Presidência da República.

Sabe-se que o depoimento do general Estevam Theóphilo derrubou vários pontos da delação premiada de Cid, ex-ajudante de ordens do presidente da República.

A cúpula do Exército se irrita e se revolta com essas controvérsias, porque significa que há oficiais mentindo perante a Polícia Federal e a Justiça.

DESMENTIDOS – Mauro Cid denunciou o general Estevam Theóphilo, que ainda estava na ativa, garantindo que ele apoiava abertamente o golpe militar e teria se reunido com Bolsonaro no Alvorada, para combinar como apoiaria o golpe.

O general, que à época era membro do Alto Comando, desmentiu essas afirmações. Disse que jamais apoiou o golpe e explicou que em dezembro de 2022 foi se encontrar com o presidente Bolsonaro no Palácio Alvorada a pedido do então comandante do Exército, general Freire Gomes.

E agora, quem está mentindo O general de quatro estrelas ou o tenente-coronel, que só tem uma? Para o Exército, é uma desmoralização, não há dúvida.

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P.S. 1 –
Como se dizia antigamente, o povo quer saber… Afinal, o que disse Freire Gomes, ao depor, quando indagado sobre o encontro do general Estevam Theópholo com o então presidente Jair Bolsonaro? Por que o comandante do Exército mandou um subalterno se encontrar com o presidente da República, num momento tão delicado? Qual foi o motivo dessa estranhíssima ordem?

P.S. 2 – Quanto a Mauro Cid, ele pensa (?) que já escapou da Justiça, protegido por sua delação. Mas acontece que o delator não pode mentir. Se o fizer, a delação vai para o espaço sideral. (C.N.)

Bolsonaro acredita que Mauro Cid foi “pressionado” a fazer delação premiada

Gilmar Fraga: Cid na CPI... | GZH

Charge do Gilmar Fraga (Gaúcha//Zero Hora)

Igor Gadelha
Metrópoles

Em conversas reservadas, Bolsonaro avalia que seu ex-ajudante de ordens, tenente-coronel Mauro Cid, só aceitou fazer delação premiada porque estaria sob forte pressão ao ser mantido preso por mais de 100 dias, por ordem do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal.

A aliados o ex-presidente tem lembrado que seu ex-ajudante de ordens ficou por quase um mês proibido de receber visitas da própria esposa e de seu pai, o general da reserva Mauro Lorena Cid.

ISOLAMENTO – A proibição para Cid receber a mulher e o pai ocorreu na penúltima semana de agosto de 2023. Ele trocou de advogado e acabou pedindo para fazer delação premiada, que foi homologada no dia 9 de setembro por Moraes, que então determinou que o tenente-coronel fosse libertado da prisão.

Nas conversas de bastidores, Bolsonaro tem comparado a situação de seu ex-ajudante de ordens à coação sofrida por presos da Operação Lava Jato, que só costumavam ser soltos após fechar delação premiada.

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NOTA DA REDAÇÃO DO BLOG –
Não importa o que Bolsonaro pense. O fato concreto é que Mauro Cid estava todo enlameado. Além de envolvido no esquema do golpe de estado, ele também se meteu na falsificação dos cartões de vacinação e na compra e venda de joias, relógios e obras de arte presenteadas à Presidência da República. Se não fizesse delação premiada, Mauro Cid iria pegar longa pena de prisão. (C.N.)

Maioria absoluta! 74% dos brasileiros acham que STF incentiva a corrupção

Em 11 anos, apenas um juiz corrupto foi punido, os outros foram  aposentados… - Tribuna da Imprensa Livre

Charge do Alpino (Yahoo Notícias)

Deu no Poder360

Pesquisa da Genial/Quaest divulgada neste domingo (dia 3) mostra que a maioria dos brasileiros acredita que o STF (Supremo Tribunal Federal) “incentiva a corrupção” ao anular punições aplicadas a empresas durante a Operação Lava Jato. Do total de entrevistados, 74% pensam assim.

Outros 14% dizem não acreditar que essas decisões incentivam a corrupção no país, enquanto 12% não souberam ou não responderam à pergunta. A pesquisa foi realizada com 2.000 pessoas com 16 anos ou mais, entre os dias 25 e 27de fevereiro. A margem de erro é de 2,2 pontos percentuais para mais ou para menos.

OPINIÃO CRÍTICA – Segundo o estudo, a opinião crítica ao Supremo é maior entre homens (79%), residentes da região Sul (80%) e eleitores do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) em 2022 (85%).

Em setembro de 2023, o ministro do STF Dias Toffoli anulou todas as provas do acordo de leniência da empreiteira Odebrecht (hoje Novonor) que foram usadas em acusações e condenações resultantes da Operação Lava Jato.

Em sua decisão, o ministro afirmou que a prisão do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) foi uma “armação” e “um dos maiores erros judiciários da história do país”.

HOUVE RECURSOS – O MP-SP (Ministério Público de São Paulo) e a ANPR (Associação Nacional de Procuradores da República) recorreram da decisão do ministro.

A associação afirmou que ela parte de uma premissa “inteiramente equivocada” e “destoa da realidade dos fatos” ao determinar que as provas do acordo da empreiteira não podem ser usadas em qualquer instância da Justiça. Os recursos estão em análise.

O levantamento também questionou os entrevistados sobre a atuação do ex-juiz e atual senador da República Sergio Moro (União Brasil-PR) na Operação Lava Jato e 44% disseram não aprovar.

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NOTA DA REDAÇÃO DO BLOG
Nem cabe comentário à matéria enviada por José Guilherme Schossland. A pesquisa diz tudo, mas o Supremo não está nem aí. (C.N.)

PT faz burrice e assume risco inútil ao querer dar resposta a Bolsonaro

Jair Bolsonaro reúne milhares e milhares de pessoas na Paulista: "Nenhum  mal é eterno" - Notícias Política Salvador Empreendedorismo  Sustentabilidade ESG Bahia

Imagens de Bolsonaro na Av. Paulista desestabilizaram o PT

Ricardo Rangel
Veja

A presidente do PT, Gleisi Hoffman, anunciou que o partido realizará uma manifestação no dia 23. Diz que o ato, que tem “sem anistia” como palavra de ordem, será o Dia Nacional de Mobilização em Defesa da Democracia.

O PT afirma que o ato não será uma resposta ao comício de Bolsonaro do dia 25. É permitido acreditar nisso, como também é permitido acreditar que Bolsonaro não queria golpe e que cloroquina cura Covid.

É UMA FRIA… – Apesar de anunciada pela presidente, nem todo mundo no partido está satisfeito com a ideia da manifestação. É bom saber que ainda há gente sensata no partido. Não há nada a ganhar com esse ato. E há muito a perder.

Se conseguir botar na rua uma multidão comparável à de Bolsonaro, o PT não terá feito mais do que a obrigação. Mas se o público presente for significativamente menor do que o que Bolsonaro atraiu (o que parece altamente provável), o ato terá sido um fracasso retumbante. Deixará a impressão de que não há muitos brasileiros que se deixem mobilizar pela defesa da democracia. Atrapalhará o Supremo em seu em seu esforço de punir os golpistas. Deixará Lula mais fraco.

Recomenda-se a Gleisi e seus sequazes que deixem esse assunto lá. E, já que estamos nisso, vale lembrar a Lula e ao PT que eles não são mais oposição ao governo. Eles são o próprio governo. Já passou da hora de descer do palanque.

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NOTA DA REDAÇÃO DO BLOG
Ricardo Rangel tem toda razão. Fazer essa manifestação de resposta a Bolsonaro é uma tremenda gelada e Lula só tem a perder. Armaram uma cilada contra o próprio partido e agora está difícil sair dela. (C.N.)  

CNN diz que Freire Gomes participou de reuniões sobre a minuta do golpe

Exclusivo: Ex-comandante do Exército confirma reuniões sobre “minuta do  golpe“, dizem fontes da PF | CNN Brasil

CNN diz ter recebido o primeiro vazamento sobre o general

Deu no Poder360

O advogado do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), Fabio Wajngarten, criticou o que chama de “estratégia de constrangimento” por meio de veículos de imprensa em relação às investigações da suposta organização de um golpe de Estado.

A publicação menciona uma reportagem da CNN Brasil sobre depoimento do ex-comandante do Exército e general da reserva Marco Antônio Freire Gomes.

“Vazamentos seletivos, fontes seletivas em pleno sábado de sol. A defesa técnica e formalmente constituída nos autos totalmente no escuro. A estratégia de constrangimento via imprensa pode parecer oportuna, mas saibam todos que não vai prosperar”, escreveu Wajngarten no sábado (3.mar.2024).

MINUTA EM DEBATE – A publicação da CNN diz que o Marco Antônio Freire Gomes confirmou, em depoimento à Polícia Federal, ter presenciado reuniões onde foram discutidos os termos da chamada “minuta do golpe”. O depoimento está mantido sob sigilo.

Segundo o relatório da PF, o general Freire Gomes e o comandante da FAB (Força Aérea Brasileira), o brigadeiro Baptista Junior, teriam resistido à ideia de golpe de Estado. Contudo, no documento, a corporação diz ser necessário avançar nas investigações para apurar uma possível conduta omissiva dos militares.

Em conversas obtidas pela PF, Walter Souza Braga Netto, candidato a vice na chapa de Bolsonaro, chamou Freire Gomes de “cagão” ao saber que ele não aceitou participar do suposto plano de golpe de Estado.

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NOTA DA REDAÇÃO DO BLOG
Como era previsto, começou a ser vazado o depoimento de Freire Gomes. A informação indica que o general, na condição de comandante do Exército, participou de reuniões em que se abordou a minuta. Até aí, não há novidade, porque o ajudante de ordens Mauro Cid já havia mencionado esse fato em sua delação, acrescentando que o comandante do Exército teria sido contra. Em cima dessa informação, logo começa a tentativa de crucificar o general por suposta “omissão”, mas na realidade não houve nenhuma omissão, pois foi o posicionamento inflexível de Freire Gomes que evitou o golpe. Bem, é melhor aguardamos outros vazamentos, por este foi um tiro na água. (C.N.)

Aliados de Bolsonaro acham que Wassef e Flávio Rocha já contaram tudo que sabiam

Charge do Kleber Sales (Correio Braziliense)

Denise Rothenburg
Correio Braziliense

Em conversas reservadas, aliados do ex-presidente Jair Bolsonaro sentiram falta de, pelo menos, duas pessoas no rol de ex-colaboradores sob os holofotes no quesito tentativa de golpe: o ex-secretário especial de Assuntos Estratégicos, almirante Flávio Rocha, e o advogado Frederick Wassef.

Wassef teve celulares apreendidos e prestou depoimento à Polícia Federal (PF) no ano passado sobre o episódio do relógio Rolex — aquele que Bolsonaro ganhou de presente, foi vendido e o advogado recomprou. Rocha era um dos fiéis assessores do ex-presidente. A suspeita de muitos é de que eles falaram tudo o que sabiam e, por isso, foram deixados “em paz”.

VAMOS POR PARTES – A oposição está dividida sobre o que fazer no embalo do ato de Bolsonaro em São Paulo. Uma parte, mais pragmática, deseja aproveitar a onda gerada ali e partir para uma campanha de filiação ao PL. Outra quer partir logo para cima do Supremo Tribunal Federal (STF).

A punição que o governo promete a quem assinou o pedido de impeachment do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, por causa das declarações contra Israel, não terá muito efeito. A maioria não tem cargo no governo e se considera oposição. Para completar, as emendas são impositivas — ou seja, de liberação obrigatória.

Mesmo as emendas impositivas o governo tem como segurar. A ideia é contingenciar e só incluir nos restos a pagar. Só tem um probleminha: dependendo de como fizer isso, pode irritar a turma que, hoje, vota com o governo.

Governadores reclamam do governo Lula e podem suspender pagamento de dívida

Reprodução do Arquivo Google

Pedro Augusto Figueiredo
Estadão

Governadores do Sul e do Sudeste e secretários estaduais de Fazenda se queixaram nesta sexta-feira, 1º, em uma reunião interna, da dificuldade de conversar com o Ministério da Fazenda do governo Lula (PT) para discutir a dívida dos Estados com a União. Diante do cenário, eles debateram acionar o Supremo Tribunal Federal (STF) e até mesmo suspender coletivamente o pagamento dos débitos como uma forma de pressionar o governo federal.

A reunião fechada aconteceu em Porto Alegre, onde os governadores de Rio Grande do Sul, Paraná, Minas Gerais, Rio de Janeiro, São Paulo e Espírito Santo participaram d a 10ª edição do Consórcio de Integração Sul e Sudeste (Cosud). Santa Catarina integra o grupo, mas Jorginho Mello (PL-SC) não participou por problemas de saúde.

SEM JUROS – Um dos pontos defendidos pelos governadores é que os Estados deixem de pagar juros sobre a dívida e que incida apenas correção monetária sobre os débitos. O assunto foi debatido com o ministro Fernando Haddad (PT) em uma reunião em novembro do ano passado. Procurado pelo Estadão, o Ministério da Fazenda reiterou o diálogo com os Estados e disse que está à disposição para resolver a questão.

Segundo Cláudio Castro (PL-RJ) afirmou na reunião interna desta sexta-feira, o governo do Rio de Janeiro já pagou R$ 2 bilhões que não teria que desembolsar se a mudança já estivesse em vigor. Ele anunciou em dezembro que entraria na Justiça para o Estado não pagar os juros da dívida.

No regime atual, as dívidas entre os Estados e a União são corrigidas de acordo com o IPCA somado a uma taxa de 4% ao ano. Porém, a soma do IPCA à taxa de 4% é limitada à Selic que, atualmente, é de 11,25%

SENTAR À MESA – “Acho que essa questão urge. Ou a gente parte para ações mais efetivas… Vou dizer uma coisa, nem está na ordem do dia, talvez uma grande suspensão até que a gente possa renegociar, à luz da 192 e da 194 [leis aprovadas no governo Bolsonaro que reduziram o ICMS sobre combustíveis e outros itens], que mudou nossas capacidades de pagamento. Talvez até tentar no Supremo uma ação mais efetiva que obrigue o governo federal a sentar à mesa”, disse Castro na reunião do Cosud.

O Estadão apurou que as reclamações foram feitas também pelos secretários estaduais de Fazenda e que os demais governadores não se opuseram, neste primeiro momento, à ideia do governador fluminense. Estavam presentes Tarcísio de Freitas (Republicanos-SP), Romeu Zema (Novo-MG), Ratinho Júnior (PSD-PR), Renato Casagrande (PSB-ES) e Eduardo Leite (PSDB-RS).

A fala de Castro não significa que o Cosud tomará as ações sugeridas pelo governador. O consórcio somente adota posições institucionais quando elas são consensuais entre todos os seus membros. O grupo divulgará, no sábado, uma carta com os compromissos assumidos em Porto Alegre.

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NOTA DA REDAÇÃO DO BLOG
A reclamação é procedente e o próprio ministro Haddad concorda com ele. Portanto, é inexplicável que a pedido esteja estacionado dentro de alguma das gavetas do governo. Alguém precisa acordar no Planalto e atender aos governadores. Não é democrático o governo auferir lucro real (acima da inflação) ao financiar os governos estaduais e prefeituras.  (C.N.)

Ciro diz que Bolsonaro será preso, mas critica estrelismo de Moraes 

Lula é muito trabalhador. Bolsonaro era um preguiçoso, diz Ciro Gomes à CNN | CNN ENTREVISTAS - YouTube

O ex-governador do Ceará e ex-candidato à presidência Ciro Gomes (PDT) disse neste sábado (2.mar.2024) que o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) deve ser preso e que espera que ele tenha o devido processo legal “como qualquer bandido”.

As declarações foram feitas em entrevista à CNN Brasil. Bolsonaro, ex-ministros e aliados nas Forças Armadas são investigados por suposto planejamento de um golpe de Estado, no âmbito da operação Tempus Veritatis.

DIREITO DE DEFESA – Ciro Gomes declarou que, além da prisão, espera que o ex-chefe do Executivo tenha seus direitos legais garantidos.

“Vai ser preso, mas espero que com a prudência e a franquia à qual ele tem direito, como qualquer bandido, mesmo que seja uma pessoa como ele. Qualquer bandido tem direito ao devido processo legal.”

Ciro Gomes teceu críticas ao manejo do caso contra Bolsonaro que tramita no STF (Supremo Tribunal Federal). “Se por estrelismo continuar fazendo bobagem, com decisões monocráticas e precárias, vai só cevar o argumento que, cada vez mais, faz ilegitima, na opinião pública, a sua conduta.”

CRÍTICA A MORAES – O ex-governador do Ceará também criticou diretamente a atuação do ministro Alexandre de Moraes, que está à frente dos inquéritos. Ele afirmou que, apesar de ser muito qualificado, o magistrado corre o risco de ter suspeição de conduta.

“É isso que o Bolsonaro já está incitando no meio do povo.”

Para o pedetista, Bolsonaro deve ter garantido seu direito à “ampla, total e irrestrita defesa”, à presunção de inocência e a todos os recursos na Justiça. Ciro Gomes também disse que, só com uma condenação definitiva, Bolsonaro pode “pagar seus gravíssimos crimes”.

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NOTA DA REDAÇÃO DO BLOG –
Ciro Gomes diz estar abandonando a política para se dedicar à Advocacia. Nesta entrevista, porém, comportou-se como político, e não como advogado, pois já foi logo decretando a prisão de Bolsonaro. (C.N.)

Investigação sigilosa sobre o golpe irrita a cúpula das Forças Armadas

Tribuna da Internet | É preciso punir os oficiais golpistas, para enfim  “desprivatizar” as Forças Armadas

Charge do JCaesar (Veja)

Bela Megale
O Globo

A tensão entre integrantes da ativa das Forças Armadas e da Polícia Federal voltou a crescer nas últimas semanas. A cúpula militar tem mostrado grande irritação com os desdobramentos da investigação policial que apura a trama golpista arquitetada por Jair Bolsonaro, ex-membros de seu governo e da caserna.

O principal incômodo hoje é que as informações envolvendo os militares estão vindo à tona “a conta gotas”, na visão de integrantes do Alto Comando. Para eles, esse fato tem causado desgaste constante nas Forças. Membros da cúpula militar também se queixam de não conseguir acesso à íntegra das investigações, que ocorrem sigilosamente.

PRISÃO PREVENTIVA – Outro ponto de tensão são os fardados que cumprem prisão preventiva no âmbito do inquérito do golpe. Há uma pressão interna sobre a própria cúpula militar, para que o comando das Forças justifique as detenções desses alvos, que ainda não foram condenados pela Justiça.

Hoje, há três militares presos: o coronel Bernardo Romão Correia Neto, o major Rafael Martins de Oliveira e o coronel Marcelo Costa Câmara.

Correia Neto é investigado por ter empregado técnicas das Forças Especiais do Exército para direcionar as manifestações nas portas dos quartéis, para as invasões golpistas de 8 de janeiro, em Brasília.

FINANCIAMENTO – Já o major Rafael Martins de Oliveira, segundo a PF, discutiu com o ex-ajudante de ordens de Bolsonaro, Mauro Cid, o pagamento de R$ 100 mil para custear a viagem de manifestantes a Brasília. Marcelo Câmara era um dos assessores mais próximos do ex-presidente e é suspeito de participar da organização criminosa que arquitetou o golpe de Estado.

Integrantes das Forças Armadas afirmam que só poderão abrir processos internos de punição dos envolvidos quando tiverem acesso à integra das investigações, sob o argumento de que não podem cometer “injustiças”.

Fora da caserna, porém, há a leitura de que os militares adotam uma postura corporativista, na tentativa de proteger os seus.

Desempenho da economia favorece governo Lula e terá reflexos nas eleições municipais

Crescimento representa movimento da economia de R$ 10,9 trilhões

Pedro do Coutto

O desempenho da economia brasileira em 2023 provavelmente surtirá reflexos favoráveis ao governo nas eleições municipais deste ano. Por mais que as disputas nos municípios se caracterizam pelo seu componente comunitário, na realidade não há como deixar de ligar um resultado a outro.

O Produto Interno Bruto teve um crescimento de 2,9%, fazendo com que o Brasil voltasse ao grupo das dez maiores economias globais, de acordo com o levantamento da agência de classificação de risco Austin Rating. Considerando o PIB em valores ainda preliminares, a economia brasileira somou US$ 2,1 trilhões. É a nona maior do planeta.

REFLEXOS – São aspectos que refletem no universo político de modo geral. Até porque o resultado dá margem a uma maior firmeza ao governo Lula da Silva, apesar de os investimentos no segundo semestre do ano passado terem sido menores do que os previstos. O desafio que o governo tem pela frente é traduzir em benefícios sociais o crescimento da economia.

Ela tem que influir na distribuição de renda, pois a renda per capita pode ser elevada, mas a distribuição de renda não apresenta o mesmo avanço. Nesse caso, se observa uma concentração de renda cada vez maior, um desafio para gerações. Seja como for, devemos comemorar o crescimento do PIB, pois seria pior se o mesmo não se expandisse.

ARGUMENTO – Além disso, o panorama com o depoimento do general Freire Gomes tornou-se um argumento importante para o governo, uma vez que deixou caracterizada a investida golpista pelo bolsonarismo, como os fatos demonstram. Inclusive através da invasão da Praça dos Três Poderes e as depredações ocorridas em Brasília. Assim o governo passou a acumular pontos positivos logo no primeiro ano de seu mandato.

A Folha de S. Paulo e o Estado de S. Paulo também publicaram com destaque o resultado positivo do PIB brasileiro, que não deixa de ser um aspecto benéfico nas eleições municipais neste ano, sobretudo a começar pela disputa em São Paulo, centro nervoso do país, e no qual vai se travar uma batalha dura entre a corrente bolsonaristas e a lulista. O quadro precisa ficar mais definido para fornecer uma visão mais completa. De qualquer forma, os números do PIB acrescentam pontos ao governo.

Entre o tempo e o destino, há um caso antigo, um elo, um par…

VÍDEO: Vital Lima e Nilson Chaves relembram 40 anos de composições históricas no #LibCult | Música | O Liberal

Vital e Chaves, dois grandes compositores

Paulo Peres
Poemas & Canções

O filósofo, instrumentista, cantor e compositor paraense Euclides Vital Porto Lima, com seu parceiro Nilson Chaves, na letra de “TempoDestino”, mostra o que poderia ocorrer caso o tempo ficasse parado. Essa música foi gravada por Vital Lima e Nilson Chaves no LP Interior, em 1986, pela Vision.

TEMPODESTINO
Nilson Chaves e Vital Lima

Há entre o tempo e o destino
um caso antigo, um elo, um par
que pode acontecer, menino,
se o tempo não passar?
Feito essas águas que subindo
forçaram a gente a se mudar
Que pode acontecer, meu lindo,
se o tempo não passar?
O tempo é que me deu amigos
e esse amor que não me sai
que doura os campos de trigo
e os cabelos de meu pai
Faz rebentar paixões
depois se entrega às criações
e assim mantém a vida…
Que acontecerá aos corações
se o tempo não passar?
Não mato o meu amor,
no fundo porque tenho amizade nele
que já faz parte do meu mundo
do tempo entre eu e ele.

Com aumento de 400% na gasolina, Cuba é um pais sem o menor futuro  

Do lado esquerdo para o direito uma mão colorida em cores marrom e amarelo segura uma pistola verde de bomba de gasolina. Do bico da pistola cai uma gota alaranjada.

Ilustração de Bruna Barros (Folha)

Mario Sergio Conti
Folha

Frei Betto voltou de Havana na terça-feira passada. Estava alarmado. Conversou com o presidente Miguel Díaz-Canel, dirigentes do Partido Comunista, intelectuais, gente do povo. “Nunca vi Cuba numa situação tão difícil quanto hoje”, ele me disse.

Em mais de quatro décadas, Betto esteve em Cuba uma centena de vezes. Era próximo de Fidel Castro, a quem entrevistou durante dias para escrever “Fidel e a Religião”. Fala com líderes cubanos de igual para igual.

FALTA COMIDA – Hoje, colabora em Havana com a FAO, a agência das Nações Unidas para alimentação e agricultura. Vai lá várias vezes ao ano. Procura incrementar a produção de alimentos em Cuba, que importa 80% da sua comida.

Com perspectiva histórica e vivência do cotidiano, o frade sustenta que nem no período especial, a virulenta crise que se seguiu à liquidação da União Soviética, Cuba esteve tão emparedada e sem perspectivas. “É desesperador. Ninguém em Havana aponta saídas”, diz.

Cuba vive diversas crises simultâneas. Elas têm como motor o bloqueio econômico, decretado pelos Estados Unidos há 63 anos. Ele foi afrouxado por Barack Obama, mas Donald Trump voltou a enrijecê-lo, e acrescentou 243 novas sanções.

BIDEN MANTEVE – E o que fez Joe Biden? O bom velhinho manteve as sanções de Trump, até a que cataloga Cuba como centro terrorista, o que a impede de recorrer ao sistema bancário.

Veio a peste e o governo fez o contrário de Jair Bolsonaro: produziu cinco vacinas, aplicou-as e protegeu a população. Mas a Covid paralisou a atividade econômica que garantia a entrada de divisas, o turismo.

Ele não voltou nem à metade do nível anterior, de 4,2 milhões de turistas ao ano, já que uma sanção de Trump-Biden proíbe voos regulares dos Estados Unidos para Cuba. Republicana ou democrata, a Casa Branca não dá moleza. Quer que os cubanos se explodam.

DINHEIRO DE FORA – A letargia do turismo, que contamina toda a economia, teve como dano colateral a maior vaga migratória da sua história: 200 mil cubanos foram embora. São jovens que vão para a Nicarágua. Dali, tentam ir aos Estados Unidos, onde têm conhecidos, ou à Espanha, país rico em que falam a língua.

O Partido Comunista, que impedia a emigração com mão de ferro, passou a incentivá-la veladamente. Porque é expressivo, para não dizer vital, o dinheiro enviado pelos jovens que se foram aos velhos que ficaram na ilha.

Não há mais o internacionalismo à la Fidel, que atiçou focos guerrilheiros na América Latina; eles goraram e o saldo foi a morte de rebeldes aos magotes. A solidariedade castrista também enviou tropas anticoloniais à África; elas venceram, mas com a vitória vicejou a casta de exploradores autóctones.

PAISAGEM TÉTRICA – Em vez de revolução, Cuba agora exporta charutos. Em vez do petróleo venezuelano, depende do iraniano. Grandes produtores, a Rússia e a Ucrânia, vendiam-lhe fertilizantes, mas a guerra entre os dois conturbou o comércio.

Sobre essa paisagem tétrica paira a crise climática. Ela irrompeu na forma de ciclones e dilúvios que desalojaram milhares e abateram uma infraestrutura já precária. Depois das desgraças, longas secas quebraram as safras de cana e trigo.

Frei Betto percebeu o desassossego nas ruas. Segundo ele, o que se escuta, continuamente, é a frase “com Fidel as coisas não estariam tão ruins”. São outros quinhentos se a aguda aflição —causada pela carestia, inflação de 30% ao ano e desemprego— irá virar contestação aberta.

HOUVE PROTESTOS – Em julho de 2021, explodiram protestos espontâneos. O governo respondeu com repressão policial, ao mesmo tempo em que próceres do regime iam às demonstrações explicar os motivos da crise, pondo ênfase no embargo americano. A agitação arrefeceu.

No momento, o governo ensaia duas medidas. O presidente Díaz-Canel se dispôs a ir a cada um dos 169 municípios cubanos. Quer dialogar com anônimos e se explicar.

Como conversa e esclarecimentos não põem comida na mesa, a iniciativa é superficial.

AUMENTO DA GASOLINA – Outra providência, essa de efeitos incomensuráveis, é o aumento da gasolina em mais de 400%. Passará de 20 centavos de dólar para US$ 1,30, cerca de R$ 6,40, o litro. É uma paulada que decuplicará todos os preços. Se o tarifaço fosse no Brasil, como você reagiria?

O aumento estava previsto para entrar em vigor há um mês. A insatisfação, surda mas persistente, obrigou o governo a adiá-lo. Depois de muitas idas e vindas, decidiu-se que o hiperaumento começaria neste 1º de março.

Mas há dúvidas se será mesmo mantido. E, em caso positivo, ignora-se qual será a reação dos cubanos. Crise é isso: não saber o que acontecerá amanhã.

Aguarda-se, ansiosamente, o vazamento das revelações do general Freire Gomes

Análise: Motim no Ceará selou perfil legalista de Freire Gomes | Política | Valor Econômico

Gomes é a nova versão do “O Homem que Sabia Demais”

Carlos Newton

O suspense é insuportável. Ninguém aguenta mais esperar o vazamento das revelações feitas pelo general Freire Gomes, que comandou o Exército no final do mandato do presidente Jair Bolsonaro, sobre as articulações para desfechar o golpe de estado que não houve, na transição do governo para Lula da Silva.

É sempre bom assinalar que não houve golpe, sequer tentativa – até agora somente está evidenciado o planejamento. Esta ressalva é da máxima importância juridicamente, porque no Brasil e no mundo civilizado não é considerado crime quando não existiu pelo menos a tentativa. O simples ato de planejar não é criminalmente punível.

SEM VAZAMENTO – Ainda não houve vazamentos sobre o interrogatório do ex-comandante do Exército, mas circula uma informação que o diferencia de outros militares que integravam o núcleo duro do governo Bolsonaro, porque o general Freire Gomes respondeu a todas as perguntas, enquanto Braga Netto e Augusto Heleno mal balbuciaram seus nomes.

Também respondeu as perguntas o general Estevam Theóphilo, que à época era da ativa, com quatro estrelas e integrante do Alto Comando do Exército. O oficial afirmou que jamais apoiou o golpe, desmentindo o que fora revelado em delação pelo tenente-coronel Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Bolsonaro.

Theóphilo disse também que ter obedecido a uma ordem de Freire Gomes, quando foi ao Palácio da Alvorada reunir-se com Bolsonaro em dezembro de 2022.

OUTRAS VERSÕES – A afirmação do general Theóphilo abriu a possibilidade de ele ter se infiltrado na cúpula do governo passado, para ajudar o comandante Freire Gomes a evitar o golpe.

Outra versão indicaria que os dois seriam favoráveis ao golpe, mas na reta final foram dissuadidos pelo Alto Comando do Exército e receberam ordem para respeitar o resultado das urnas.

São muitas dúvidas que o depoimento do general Freire Gomes pode ter começado a esclarecer nesta sexta-feira. Se falou a verdade, continuará na situação de testemunha. Porém, se mentiu, passará à condição de investigado.

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P.S.De toda forma, Freire Gomes é a nova versão do personagem de Alfred Hitchcock em “O Homem que Sabia Demais”. E o filme esta começando agora. (C.N.)

“Temo parcialidade; o Supremo tem julgado com viés político”, diz Zema 

Zema reclama de ''má vontade enorme'' do Governo Federal - Folha PE

Romeu Zema elogia a gestão de Bolsonaro e critica Lula

Pedro Augusto Figueiredo
Estadão

O governador de Minas Gerais, Romeu Zema (Novo-MG), afirma que é favorável a todas as investigações, mas teme que o Judiciário brasileiro atue de forma parcial na apuração da Polícia Federal que busca desvendar uma tentativa de golpe de Estado que teria sido orquestrada pelo ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e seus aliados. O inquérito está nas mãos do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes.

“Eu sempre falo que quem não deve, não teme. Eu só temo que possa haver alguma parcialidade. Aí é que está a questão. A Justiça no Brasil, no meu entender, tem demonstrado que, muitas vezes, tem julgado de acordo com interesses políticos e não de acordo com a lei. E isso me parece que ficou bastante acentuado nesses últimos catorze meses”, disse Zema.

NA GESTÃO LULA – O período citado pelo governador mineiro coincide com a posse do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e os atos golpistas do 8 de Janeiro.

Zema criticou o governo petista por, segundo ele, gastar mais do que arrecada, enquanto defendeu o governo Bolsonaro, citando o acordo para a expansão do metrô de Belo Horizonte (MG), uma queda na criminalidade e medidas que proporcionam, na visão dele, o atual crescimento econômico do país.

O governador, ressalva, porém, que o ex-presidente “teve dificuldades’ na pandemia. Antes, justificou sua ida ao ato do dia 26 na Avenida Paulista. “Eu tinha diversos outros compromissos em São Paulo e eu julguei que seria altamente positivo estar junto com o presidente que levou grandes melhorias para Minas Gerais”, respondeu Zema ao ser questionado sobre o motivo de ter comparecido à manifestação em apoio a Bolsonaro.

Resposta a padilha – O chefe do Executivo mineiro disparou contra o ministro de Relações Institucionais, Alexandre Padilha (PT). Em evento realizado em Belo Horizonte na quinta-feira, o ministro elogiou a atuação do presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), na renegociação da dívida de Minas Gerais, mas criticou Zema sem citá-lo nominalmente. “Tem muita gente que fala, mas não resolve, não apresenta soluções”, declarou Padilha.

Para rebater o ministro, o governador relembrou a gestão de Fernando Pimentel (PT), seu antecessor. Disse que o governo do petista foi marcado por atrasos salariais e nos repasses constitucionais da arrecadação com impostos para os municípios.

”Eu acho que ele [Padilha] não deve ir a Minas já há dez anos ou mais”, ironizou Zema.