A belíssima e dolorosa “Canção da Volta”, de Antonio Maria e Ismael Netto

Jornal O Folha de Minas | O maior e mais completo Portal de Notícias do  Estado

Antônio Maria e a cantora Carmem Miranda

Paulo Peres
Poemas & Canções

O jornalista, cronista e compositor pernambucano Antonio Maria Araújo de Morais (1921-1964), em parceria com o cantor e compositor paraense Ismael de Araújo Silva Netto (1925-1956), escreveu um clássico do repertório da MPB: “Canção da Volta”, que retrata o arrependimento de alguém por seguir às ordens do seu coração. Este samba-canção foi gravado por Dolores Duran, em 1954, pela Copacabana, e fez enorme sucesso.

CANÇÃO DA VOLTA
Antonio Maria e Ismael Netto

Nunca mais vou fazer
O que o meu coração pedir.
Nunca mais vou ouvir
O que o meu coração mandar

O coração fala muito
E não sabe ajudar.
Sem refletir
Qualquer um vai errar, penar.
Eu fiz mal em fugir
Eu fiz mal em sair
Do que eu tinha em você
E errei em dizer
Que não voltava mais,
Nunca mais

Hoje eu volto vencida
A pedir pra ficar aqui.
Meu lugar é aqui
Faz de conta que eu não saí.

Acusado de cinco crimes, Bolsonaro pode pegar mais de 43 anos

Às vésperas de denúncia da PGR, Bolsonaro se reúne com senadores da oposição para traçar estratégias sobre anistia

Única esperança de Bolsonaro é a anistia pelo Congresso

Rayanderson Guerra
Estadão

O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) foi denunciado nesta terça-feira, 18, pela Procuradoria-Geral da República (PGR) por cinco crimes. Entre eles estão abolição violenta do Estado Democrático de Direito, golpe de Estado e organização criminosa.

Caso Bolsonaro seja condenado pelo Supremo pelos cinco crimes, incluindo o de golpe de Estado, abolição violenta ao Estado Democrático de Direito e organização criminosa, ele pode pegar mais de 43 anos de prisão, mas pena máxima é de 30 anos:

CINCO CRIMES – Organização criminosa: com pena de 3 a 8 anos que pode ser aumentada para 17 anos com agravantes citados na denúncia;

Abolição violenta do estado democrático de direito: pena de 4 a 8 anos;

Golpe de Estado: pena de 4 a 12 anos;

Dano qualificado com uso de violência e grave ameaça: pena de 6 meses a 3 anos;

Deterioração de patrimônio tombado: pena de 1 a 3 anos.

TRAMITAÇÃO – A denúncia contra Bolsonaro foi encaminhada ao ministro Alexandre de Moraes, relator do inquérito sobre a suposta tentativa de golpe de Estado. O caminho natural é que a denúncia seja apreciada pela Primeira Turma do tribunal composta por Moraes, Cármen Lúcia, Cristiano Zanin, atual presidente, Flávio Dino e Luiz Fux.

Em dezembro de 2023, o STF acolheu uma proposta do ministro Luís Roberto Barroso, presidente da Corte, e restabeleceu a competência das Turmas para processar e julgar ações penais (APs) contra autoridades com foro no Tribunal, como é o caso de Bolsonaro.

As alterações no Regimento Interno do STF visam “racionalizar a distribuição dos processos criminais e reduzir a sobrecarga do Plenário”.

DIZ BOLSONARO – As investigações mostram que o planejamento da ruptura democrática, contou com reuniões com a cúpula das Forças Armadas, rascunhos de minutas golpistas, planilha com detalhes do golpe, minuta de ‘gabinete de crise’ que seria instalado após a ruptura e até o plano de envenenamento de Lula e de eliminar Moraes à bomba.

O ex-presidente tem dado declarações tentando desconstruir a tese sustentada pela Polícia Federal (PF) e pela PGR de que ele liderou uma organização criminosa para se manter no poder após perder as eleições de 2022.

No dia 25 de novembro do ano passado, Bolsonaro afirmou que estudou “todas as medidas possíveis dentro das quatro linhas” para impedir a posse de Lula, mas que, da parte dele, diz, “nunca houve discussão de golpe”.

###
NOTA DA REDAÇÃO DO BLOG
Pelo andar da carruagem, Bolsonaro será condenado pelo Supremo. Sua única esperança é a anistia que deve ser votada no Congresso ainda este ano. Daqui até lá, haja Rivotril e Lexotan!!! (C.N.)

Lula defende que Petrobras venda combustíveis diretamente aos consumidores

Lula precisará encontrar caminho para conter a inflação

Pedro do Coutto

O presidente Lula da Silva, desnorteado pela queda dos seus índices de popularidade, defendeu que a Petrobras venda gasolina, diesel e gás de forma direta aos consumidores para baratear seus preços que dispararam na última semana e vão se adicionar aos cálculos da inflação. Hoje, todos esses combustíveis passam por redes de distribuidoras, que os revendem aos postos antes de chegar ao cliente final.

“A Petrobras tem que tomar uma atitude. A gente precisa vender diesel para os grandes consumidores direto, se puder comprar direto, para que a gente possa baratear o preço do diesel. Se a gente puder vender gasolina direto, se puder vender gás direto… porque o povo, no fundo, é assaltado pelo intermediário. E a fama fica com o governo”, disse Lula, que voltou a criticar a privatização da BR Distribuidora (hoje Vibra).

INFORMAÇÕES – Lula disse que a população não tem as informações necessárias para que possa fazer juízo de valor. “Então, quando sai um anúncio do diesel, da gasolina e do gás, a Petrobras leva a fama e o governo federal leva a fama. E, muitas vezes, a Petrobras não tem culpa nenhuma. O povo não sabe que a gasolina sai da Petrobras a R$ 3,04 e chega na bomba a mais de R$ 6,49. Ou seja, é vendida pelo dobro”, afirmou ao comentar que o mesmo ocorre com o diesel e o gás.

Dificilmente o governo teria êxito, pois para retirar a intermediação das vendas de combustíveis seria preciso que ele incluísse a Petrobras também na venda direta da gasolina e do óleo diesel, o que é praticamente impossível dada a reação que causaria no mercado, com os postos passando para as mãos da estatal e tirando grandes empreendedores do mercado.

A situação de Lula não é confortável. Ele precisará encontrar outro caminho para conter a inflação dos combustíveis que se reflete na inflação dos alimentos. As dificuldades são muito grandes e a solução muito difícil. Intervir agora no comércio da gasolina e do óleo diesel seria a mesma coisa que intervir na comercialização dos gêneros alimentícios. Uma coisa está ligada a outra.  Não é possível conter a inflação com a estatização. O governo terá que optar por outras alternativas, pois caso contrário as consequências poderão ser piores do que as previstas.

Veja quem foi denunciado pela Procuradoria no inquérito do golpe

Bolsonaro tenta jogar trama golpista para Heleno e Braga Netto, e militares  reagem

Heleno e Braga Netto se tornarão réus neste processo

Zeca Ferreira
Estadão

O procurador-geral da República Paulo Gonet denunciou ao Supremo Tribunal Federal, nesta terça-feira, dia 18, o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e outras 33 pessoas no inquérito do golpe. Entre os denunciados, estão ex-membros do primeiro escalão da gestão Jair Bolsonaro e oficiais generais das Forças Armadas.

Caso o Supremo Tribunal Federal (STF) aceite a denúncia, Bolsonaro e seus aliados serão oficialmente réus numa ação penal. Os crimes imputados contra eles são: organização criminosa armada, abolição violenta do Estado Democrático de Direito, dano ao patrimônio da União, entre outros.

###
VEJA OS DENUNCIADOS

  1. Jair Messias Bolsonaro: ex-presidente da República, apontado como líder da organização criminosa.
  2. Walter Souza Braga Netto: general da reserva e ex-candidato a vice-presidente na chapa de Bolsonaro.
  3. Augusto Heleno Ribeiro Pereira: general da reserva e ex-chefe do Gabinete de Segurança Institucional.
  4. Alexandre Rodrigues Ramagem: delegado da Polícia Federal e ex-Diretor-Geral da Agência Brasileira de Inteligência (ABIN).
  5. Almir Garnier Santos: almirante de Esquadra da Marinha.
  6. Anderson Gustavo Torres: ex-ministro da Justiça e Segurança Pública.
  7. Paulo Sérgio Nogueira de Oliveira: general da reserva e ex-ministro da Defesa.
  8. Mauro César Barbosa Cid: tenente-coronel do Exército Brasileiro e ajudante de ordens de Bolsonaro
  9. Ailton Gonçalves Moraes Barros: capitão expulso do Exército.
  10. Angelo Martins Denicoli: major do Exército
  11. Bernardo Romão Correa Netto: coronel do Exército
  12. Carlos Cesar Moretzsohn Rocha: engenheiro contratado pelo partido de Bolsonaro para questionar o resultado das eleições
  13. Cleverson Ney Magalhães: coronel e ex-oficial do Comando de Operações Terrestres
  14. Estevam Cals Theophilo Gaspar De Oliveira: general e ex-chefe do Comandante de Operações Terrestres do Exército
  15. Fabrício Moreira De Bastos: coronel do Exército
  16. Fernando De Sousa Oliveira:
  17. Filipe Garcia Martins Pereira: ex-assessor especial de Assuntos Internacionais da Presidência
  18. Giancarlo Gomes Rodrigues: subtenente do Exército
  19. Guilherme Marques De Almeida: tenente-coronel do Exército
  20. Hélio Ferreira Lima: tenente-coronel do Exército
  21. Marcelo Araújo Bormevet: policia federal
  22. Marcelo Costa Câmara: ex-ajudante de ordens da Presidência
  23. Mario Fernandes: general da reserva do Exército e ex-secretário executivo da Secretaria Geral da Presidência
  24. Marília Ferreira De Alencar: ex-diretora de Inteligência da Secretaria de Operações Integradas do Ministério da Justiça e Segurança Pública
  25. Márcio Nunes De Resende Júnior: coronel do Exército
  26. Nilton Diniz Rodrigues: general do Exército
  27. Paulo Renato De Oliveira Figueiredo Filho: ex-ministro da Defesa e ex-comandante do Exército
  28. Rafael Martins De Oliveira: coronel do Exército
  29. Reginaldo Vieira De Abreu: coronel do Exército
  30. Rodrigo Bezerra De Azevedo: tenente-coronel do Exército
  31. Ronald Ferreira De Araujo Junior: tenente-coronel do Exército
  32. Sergio Ricardo Cavaliere De Medeiros: tenente-coronel do Exército
  33. Silvinei Vasques: ex-diretor-geral da Polícia Rodoviária Federal
  34. Wladimir Matos Soares: policial federal

 

Diálogo de brigadeiro com Bolsonaro comprova a preparação do golpe

GT do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovações vai debater Política  Nacional de Desenvolvimento de Atividades Espaciai

Brigadeiro disse que a tropa está com sangue nos olhos

Deu na CNN

Em uma troca de mensagens entre o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e o major-brigadeiro da Aeronáutica, Maurício Pazini Brandão, então assessor do Palácio do Planalto, o militar afirmou em dezembro que a tropa dele “continua com sangue nos olhos” para dar curso ao plano de golpe de Estado.

“O plano foi complementado com as contribuições de sua equipe. Aguardamos na esperança de que será implementado. Bom dia. A ‘minha tropa’ (hehehehe) continua com ‘sangue nos olhos’… bom dia. Feliz Ano Novo. Conversa hoje com o Amir. Desmobilizamos a tropa ou permanecemos em alerta?”, diz o texto enviado em 2 de janeiro de 2023.

DENÚNCIA DE GONET – A troca de mensagens foi incluída na denúncia apresentada pelo procurador-geral da República, Paulo Gonet, ao Supremo Tribunal Federal (STF), enviada na noite desta terça-feira (18), contra 36 pessoas por participação em atos contra o Estado Democrático de Direito, incluindo Bolsonaro.

Segundo a acusação, o ex-presidente, junto a integrantes do governo como Anderson Torres, Augusto Heleno e o então comandante da Marinha, Almir Garnier, compôs “o núcleo crucial da organização criminosa”.

O documento aponta que os denunciados “integraram, de maneira livre, consciente e voluntária, uma organização criminosa constituída desde pelo menos o dia 29 de junho de 2021 e operando até o dia 8 de janeiro de 2023”.

TROCA DE MENSAGENS = Entre os elementos apresentados na denúncia, estão trocas de mensagens que, segundo a Procuradoria-Geral da República (PGR), demonstram o planejamento de ações após o dia 15 de dezembro de 2022.

A PGR sustenta que o teor da mensagem sugere a intenção de manter mobilizados os grupos golpistas dentro das Forças Armadas.

O material faz parte do conjunto de provas que embasam a acusação de tentativa de ruptura democrática. O STF analisará a denúncia e, caso aceite, os envolvidos se tornarão réus, iniciando-se o processo judicial.

###
NOTA DA REDAÇÃO DO BLOG
Era esperada essa posição da Procuradoria. Conforme já informamos, a defesa de Bolsonaro vai alegar que não houve “tentativa”, apenas “planejamento”, com posterior desistência do golpe. A acusação dirá que o 8 de Janeiro foi a “tentativa do golpe, que seria aplicado caso o presidente Lula declarasse “estado de emergência”, para garantia da lei e da ordem. Bem, enquanto o processo caminha, o Congresso se prepara para votar uma anistia antes da condenação, o que representa mais uma inovação jurídica nessa Justiça cada vez mais esculhambada. Comprem pipocas. (C.N.)

Bolsonaro diz que já tem maioria na Câmara para anistiar o 8 de janeiro

Bolsonaro se reúne com aliados no Senado

Bolsonaro faz pressão no Congresso para aprovar a anistia

Lauriberto Pompeu
O Globo

O ex-presidente Jair Bolsonaro disse nesta terça-feira que já há maioria na Câmara para a aprovação da anistia aos envolvidos nos ataques de 8 de janeiro. Em meio à expectativa de ser denunciado nesta semana por tentativa de golpe de estado pela Procuradoria-Geral da República, Bolsonaro foi reunir apoio de parlamentares da oposição no início da tarde no Senado.

Perguntado sobre o posicionamento da Procuradoria, o ex-presidente disse ter “zero preocupação” com a manifestação do Ministério Público.

APOIO DE KASSAB – O ex-presidente sinalizou ainda que recebeu o aval do presidente do PSD, Gilberto Kassab, para emplacar a pauta da anistia. “Há dez dias conversei com Kassab, conversa reservada. Ele falou já parte do que aconteceu. Hoje o que eu sinto conversando com parlamentares, como os do PSD, a maioria votaria favorável. Acho que na Câmara já tem quórum para aprovar a anistia”, disse.

Bolsonaro também tratou sobre a recepção do presidente da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB), a familiares de um preso do 8 de janeiro:

“Conversei lá atrás com ele. Hugo Motta dá declarações, recebeu aquela senhora com seis filhos, cujo marido está foragido, talvez esteja na Argentina. Essa punição é justa? Essa dosimetria é justa? 17 anos de cadeia? Foi o que o Hugo Motta disse: ‘Não podemos ignorar a pauta do maior partido da Câmara”.

E O GOLPE? – Ao ser questionado sobre sua suposta participação em uma tentativa de golpe, Bolsonaro citou a fala de um “amigo”. Segundo essa pessoa, nem o serviço secreto de Israel sabia sobre qualquer movimentação neste sentido.

— Você já viu a minuta do golpe? Não viu. Viu a delação do Mauro Cid? Não viu. A frase mais emblemática, tem uns 30 dias mais ou menos, um amigo que deixei em Israel falou o seguinte: “Que golpe é esse que o Mossad não estava sabendo?”. Nenhuma preocupação com essa denúncia, zero

O ex-presidente também reagiu à condenação imposta pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE), que o tornou inelegível por ataques à lisura do pleito de 2022.

DISSE BOLSONARO – “Por que eu estou inelegível pela Justiça Eleitoral? Por ter me reunido com embaixadores? Eu não me reuni com traficantes no morro do Alemão. Por que discursei no 7 de setembro? Usei os meios do 7 de setembro para angariar eleitores? Acabou o desfile, entreguei a faixa, subi no carro de som e fui falar com o povo. Isso é motivo de inelegibilidade? Eles querem negar a democracia e me proibir de disputar a eleição”, afirmou Bolssonaro, acrescentando:

“Estão com medo do quê? A pesquisa hoje diz que estou cinco pontos na frente do nove dedos (Lula), inclusive a dona Michelle (Bolsonaro) na frente dele. É sinal que ele (Lula) está derretendo, é incompetente, o povo está sofrendo”.

COM SENADORES – Bolsonaro foi ao Senado na tarde de hoje para participar de um almoço com senadores da oposição. Estiveram presentes nomes como Tereza Cristina (PP-MS), Flávio Bolsonaro (PL-RJ), Marcos Rogério (PL-RO), Eduardo Gomes (PL-TO), Rogério Marinho (PL-RN) e Hamilton Mourão (Republicanos-RS).

Marinho, que é líder da oposição no Senado, acompanhou o ex-presidente no trajeto da sede do PL, em Brasília, até o Congresso. Antes de Bolsonaro chegar para o almoço, senadores aliados minimizaram a iminente denúncia que deve ser oferecida pela PGR e, assim, como fez Bolsonaro, citaram o levantamento feito pelo Paraná Pesquisas, que foi encomendado pelo PL e mostra a ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro, o deputado Eduardo Bolsonaro e o próprio ex-presidente em vantagem numérica em relação ao petista nas intenções de voto para 2026.

FICHA LIMPA – Bolsonaro ainda fez novas críticas à lei da Ficha Limpa, que proíbe pessoas condenadas em segunda instância de se candidatarem. Antes defensor da iniciativa, ele disse hoje que a lei ” está sendo usada para beneficiar a esquerda e perseguir a direita”.

Ele também disse que o presidente americano Donald Trump não teria sido eleito se a legislação existisse nos Estados Unidos.

“A anistia é uma coisa e a lei da Ficha Limpa é outra. Os Estados Unidos não tem a lei da Ficha Limpa, se tivesse o Trump estaria inelegível. A prioridade para mim é a anistia, para essas pessoas que estão presas e são inocentes. Imagina vocês, a mãe acordar e dormir sem o filho do lado”, acentuou.

###
NOTA DA REDAÇÃO DO BLOG
No Congresso, acho que Bolsonaro consegue aprovar a anistia. Seu problema passará a ser o Supremo, que inevitavelmente será acionado para decidir se a anistia aprovada pelo Congresso é constitucional. Aí, como diria o jornalista e cronista Sérgio Porto, “o bode que deu vou te contar”. Comprem mais pipocas. (C.N.)

Procuradoria acusa Jair Bolsonaro de ter “tentado” dar o golpe de estado

Paulo Gonet – Wikipédia, a enciclopédia livre

Gonet diz ao STF que aceita denúncia contra Bolsonaro

Mariana Muniz
O Globo

O ex-presidente Jair Bolsonaro foi denunciado pela Procuradoria-Geral da República (PGR) na investigação envolvendo uma trama golpista para mantê-lo no poder após as eleições de 2022. A acusação foi  apresentada na noite desta terça-feira pelo procurador-geral da República, Paulo Gonet, ao Supremo Tribunal Federal (STF).

Após o oferecimento da denúncia pela PGR, o caso será remetido ao ministro Alexandre de Moraes, relator do processo no Supremo e, depois, apreciado pela Primeira Turma.

DENÚNCIA FATIADA – O Globo apurou que Gonet bateu o martelo e, inicialmente, a denúncia inclui, além do ex-presidente, o general Walter Braga Netto e outros 32 integrantes do plano considerados como parte da “cúpula” da trama golpista.

Mais cedo, Bolsonaro negou que tenha participado de uma trama golpista.

— Você já viu a minuta do golpe? Não viu. Viu a delação do Mauro Cid? Não viu — disse Bolsonaro nesta terça-feira, durante visita ao Senado.

CHEFE DO GOLPE – A Polícia Federal apontou, no relatório de 884 páginas encaminhado ao STF no final do ano passado, que Bolsonaro “planejou, atuou e teve domínio de forma direta e efetiva” em um plano de golpe de Estado para mantê-lo no poder no fim de 2022. Além dele, outras 39 pessoas foram indiciadas pelos investigadores.

As investigações apontaram para o envolvimento do ex-presidente em trama golpista após ser derrotado por Luiz Inácio Lula da Silva nas eleições de 2022.

Além do ex-presidente e do general Braga Netto, foram indiciados e agora denunciados o general Augusto Heleno, ex-Gabinete de Segurança Institucional (GSI), Paulo Sérgio Nogueira, que foi ministro da Defesa e o ex-comandante da Marinha, Almir Garnier.

ESTADO DE DIREITO – Segundo a PF, os “atos executórios” realizados por um grupo “liderado” por Bolsonaro tinham o objetivo de abolir o Estado democrático de direito — “fato que não se consumou em razão de circunstâncias alheias à vontade de Bolsonaro”. Desde que foi indiciado, o ex-presidente tem negado envolvimento em qualquer discussão sobre tentativa de golpe no fim de seu governo.

A expectativa no STF é que ao menos até o final do ano o julgamento seja concluído, evitando que o caso siga para 2026, ano eleitoral.

E o que acontece agora? A denúncia é a acusação formal contra Bolsonaro e seus aliados, que  se tornam réus, após a análise dos indícios levantados pela Polícia Federal e a denúncia da PGR.

MORAES RELATA – O caso tem como relator o ministro Alexandre de Moraes, responsável pela próxima etapa do processo: dar prazo de 15 dias para que as partes se manifestem.

Em seguida, a Primeira Turma do STF decide se a denúncia da PGR será recebida ou rejeitada. Caso os ministros entendam que há indícios do cometimento de crime, a denúncia será recebida, e o ex-presidente vai virar réu, junto com os outros denunciados.

Só então, inicia-se a fase de instrução do processo, em que são apresentadas mais provas e os réus são ouvidos, pode haver solicitação de diligências e perícias, bem como pedidos de nulidade. Uma vez encerrada a instrução do caso, é Moraes, na condição de relator, que deverá elaborar o voto. Não há prazo para que essa análise seja feita e o julgamento só ocorre após a apresentação do relatório.

###
NOTA DA REDAÇÃO DO BLOG
– Como já se sabia de antemão, Bolsonaro e os demais acabam de ser denunciados, mas há carência de provas materiais. A base da denúncia e do julgamento é considerar que o 8 de Janeiro foi “tentativa” de golpe. A defesa vai alegar que até pode ter havido “planejamento”, mas não ocorreu a “tentativa”, porque planejar sem tentar não é considerado crime. Diante disso, comprem pipocas, porque a novela será demorada. (C.N.)

Credibilidade das Forças Armadas cai devido ao apoio militar ao golpe

Charge do André Dahmer (Piauí)

Eliane Cantanhêde
Estadão

No ano do julgamento da tentativa de golpe, a dias do parecer da Procuradoria sobre os golpistas e na véspera da ida do presidente Lula a uma cerimônia da Marinha no Rio, pesquisa Atlas apontou que 72% dos entrevistados não confiam nas Forças Armadas.

Mesmo militares que consideram esse percentual exagerado admitem que a imagem da instituição vem sofrendo desgaste e que nenhum outro presidente foi tão pernicioso para as FA do que o capitão insubordinado Jair Bolsonaro.

POR UMA PORTA… – “Quando a política entra por uma porta no quartel, a ordem e a disciplina saem pela outra”, diz a máxima jogada no lixo por Bolsonaro, que entupiu o Planalto de generais e acentuou privilégios da carreira que um dia foi a sua. Enquanto “comprava” militares no varejo, ele infiltrava a política nos comandos e nas tropas de uma forma jamais vista após a redemocratização.

O presidente Lula, que não tinha motivo para ser amigão de generais, brigadeiros e almirantes, soube conviver muito bem com eles nos seus dois primeiros mandatos e investiu no atacado: renovação dos caças da FAB, dos submarinos da Marinha e dos tanques do Exército, além de estabelecer a Estratégia Nacional de Defesa.

MILITARES ENVOLVIDOS – O que se tem depois de Bolsonaro são 28 militares, inclusive de altas patentes, entre os 40 indiciados na tentativa de golpe.

Não há dúvida de que o procurador-geral Paulo Gonet vai deixar muito clara a responsabilidade de cada um, com base na minuciosa investigação da PF, mensagens de internet, planos impressos, reuniões, delações e depoimentos, inclusive de ex-comandantes.

Gonet foi implacável com sete ex-integrantes do comando da PM do Distrito Federal que já foram para a Praça dos Três Poderes no 8/1 dispostos a lavar as mãos. Se foi assim com PMs, como o PGR será com o ex-presidente e os generais que articularam o golpe a partir do Planalto?

UMA RESSALVA – A área militar considera a pesquisa Atlas muito triste, mas previsível, com uma ressalva: Datafolha e IPEC de dezembro de 2024 detectaram perda de aprovação das FA, mas elas se mantinham como instituição mais bem avaliada do País. Isso pode continuar se houver separação entre CPFs (culpados) e CNPJ (FA), como diz o ministro da Defesa, José Múcio.

Não depende de Supremo, governo e mídia, mas sim do Exército, da Marinha e da Aeronáutica, que não devem, jamais, defender qualquer um que tenha imaginado, discutido e articulado o assassinato de um presidente legitimamente eleito, seu vice e o então presidente do TSE.

Quanto mais distantes desse tipo de gente e quanto mais baterem a porta para a política nos quartéis, melhor para as Forças Armadas.

Paradoxo brasileiro: pouca corrupção trivial e muita corrupção institucional

Charge Benett

Charge do Benett (Folha)

Marcus André Melo
Folha

Como mensurar a corrupção em um país? Através de pesquisa de opinião sobre a extensão da corrupção, como muitos alegaram após a divulgação do desempenho pífio do país no Relatório Anual da Transparência Internacional 2025? Elas aferem a centralidade do tema na opinião pública, tema obviamente de grande interesse, mas não a extensão da corrupção real.

Aqui a distinção entre o que a literatura chama de pequena (petty) e de grande (grand) corrupção. A pequena corrupção envolve transações singulares, individualizadas, e não institucionalizadas de pequeno valor; a grande, é institucionalizada, envolvendo burocracias públicas, partidos políticos, estatais, sendo recorrente e de elevado valor.

PAGANDO PROPINA – As pesquisas de vitimização são as mais relevantes sobre a extensão da corrupção. As perguntas relevantes típicas referem-se a se no último ano o/a respondente pagou propina. Há técnicas para mitigar o problema de respostas em temas sensíveis: além do anonimato, a pergunta pode ser feita com referência a tentativas de se cobrar propina em vez de pagamento efetivo.

E mesmo aqui há viés. As pessoas têm experiência direta —mas seletiva— apenas da pequena corrupção. Ela vem de sua experiência com a polícia, o serviço de saúde, fiscais, alfândegas, prefeituras.

Ela não envolve experiência em participar de licitações, emendas parlamentares, investimentos de fundos de pensão etc. E mesmo esta experiência deve ser calibrada.

PONDERAÇÕES – A opinião sobre quem não usa diretamente um serviço —por exemplo, o SUS— é desconsiderada, ou as respostas ponderadas pela frequência do uso (maior frequência, maior peso).

No caso da grande corrupção —aquela que efetivamente impacta a economia e subverte a democracia ao garantir vantagens aos incumbentes—, os envolvidos são o alto escalão de empresas multinacionais e altos funcionários. Eles são os principais agentes envolvidos e suas respostas são uma das fontes mais importantes.

O tamanho das amostras e pesquisas utilizadas —em geral milhares de observações e agregação de resultados de pesquisas para a maioria dos países— permite que as respostas extremas (outliers) sejam controladas. As opiniões de especialistas que monitoram a corrupção nos países são outra fonte de dados para os índices internacionais utilizados.

PETTY E GRAND – A pequena corrupção no país é similar à média da OCDE (Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico) e à menor da América Latina. A porcentagem de brasileiros que declararam ter pago propina (a policiais, fiscais, provedores de serviço etc.) aumentou de 2011 a 2019. Passou de 4% (12% na Argentina, 21% no Chile e 31% do México) para uma média de 11%.

Quanto aos dados sobre “tentativas de obtenção de propina”, as mais recentes (2021), As percentagens de pessoas que responderam positivamente à pergunta “alguma vez nos últimos 12 meses algum funcionário público lhe pediu uma propina” foram de 4.8% (Brasil), 26,2% (México), 19% (Paraguai), 13,9% (Peru) e 7,7% (Argentina).

A grande corrupção vem à tona através da exposição pública de casos como o da leniência da Odebrecht, nos EUA, que permitiu comparações sobre a distribuição das propinas entre 11 países na região e a razão entre propina/vantagem obtida. Aqui o Brasil ocupou a segunda razão mais baixa (18%), após a Argentina. Mas em valores absolutos somos o campeão da América Latina.

Conheça as três causas da baixa aprovação de Lula, segundo o Planalto

Presidente Lula e Janja no Palácio do Planalto

Desaprovação a Janja também pode prejudicar Lula

Lauro Jardim
O Globo

Essa era para ser uma semana em que o governo pensou que surfaria no desgaste da oposição, uma vez que está previsto o oferecimento nos próximos dias da denúncia da Procuradoria-Geral da República ao Supremo dos acusados de tentarem dar um golpe de estado. Entre esses denunciados, estará Jair Bolsonaro, o líder maior da oposição.

Só que a semana começa com os ecos da pesquisa do Datafolha divulgada na sexta-feira, que mostrou o Lula no seu pior momento em dez anos como presidente.

RECORDE NEGATIVO – Nem no auge do mensalão, lá por 2005, tão poucos brasileiros aprovaram o governo. Hoje, segundo o Datafolha, apenas 24% acham o governo Lula bom ou ótimo.

Dentro do governo, a explicação para o resultado ruim é que ele consequência de três causas principais.

* A alta do dólar ocorrida entre novembro e dezembro. Embora tenha refluído a partir de janeiro, trouxe consequências para os preços em geral e para o humor da população.

* A crise do PIX, que nem necessita de maiores explicações.

* E a terceira causa é o grande ponto de vulnerabilidade do governo: a inflação de alimentos, que castiga justamente o que sempre foi a base mais forte do eleitorado do Lula, a população mais pobre.

JANJA EM ROMA – A viagem de Janja para representar oficialmente o governo Lula — a convite do ministro do Desenvolvimento Social, Wellington Dias, no evento Aliança Global contra a Fome e a Pobreza —, sem que a primeira-dama tenha cargo público, virou alvo de uma notícia de fato no Ministério Público Federal.

A peça, apresentada pelo advogado Jefrey Chiquini e pelo vereador Guilherme Ferreira Kilter Lira, aponta eventual “improbidade administrativa cometida por servidores públicos”. Janja não tem cargo público e levou doze servidores para acompanhá-la. Até o momento, os gastos preliminares com a comitiva que acompanha a primeira-dama são de R$ 140 mil.

###
NOTA DA REDAÇÃO DO BLOG
Pegando uma carona no texto de Lauro Jardim, as estrepolias de Janja no Brasil e no mundo certamente também estão contribuindo para jogar a popularidade de Lula na lata do lixo. União de homem velho com mulher mais nova e espalhafatosa é coisa que nunca dá certo. Como diz a comediante Gorete Milagres, “Ah, coitado!”. (C.N.)

O jornalismo decidiu inventar que agora rico gosta de bancar o pobre

Página 2 | Modelos Carros Chiques Imagens – Download Grátis no Freepik

Nada mudou e os ricos gostam mesmo é de ostentação

Mario Sabino
Metrópoles

Existe o jornalismo e existe o mundo real, e existem poucos vasos comunicantes entre um e outro. O jornalismo agora tirou do seu boné puído a história de que rico deixou de se comportar como rico. A historieta surgiu no jornalismo americano e está sendo reproduzida pelo jornalismo nacional.

A adesão ao “subconsumo”, com o perdão da palavra, estaria bem documentada em comunidades nas redes sociais que praticariam este novo hobby de rico: o de viver como pobre — pobre, aqui, entendido como alguém de classe média.

FRANCAMENTE… – É o “menos é mais”. Ricos teriam renunciado a comprar roupas de grife, passado a dirigir carros usados e descoberto o prazer de cozinhar pratos à base de alimentos congelados, muito mais em conta. Francamente…

Sempre houve rico disposto a não parecer tão rico. Sempre foi uma minoria insignificante e sempre será. Em geral, são ricos mais intelectualizados, de fortuna mais antiga.

Eles estão longe de comportar como se fossem de classe média, mas não ostentam tanto a sua riqueza como milionário árabe, oligarca russo, empresário comunista chinês e essa gente do agronegócio brasileiro que acha que São Paulo é igual a Nova York, com a vantagem de não ter de saber inglês.

RECORDE NA CRISE – Se rico está deixando de se comportar como rico, o jornalismo deveria explicar como é possível que a LVMH, o maior conglomerado de luxo do mundo, pertencente ao bilionário francês Bernard Arnault, tenha tido um lucro recorde de 84,7 bilhões de euros em 2024, apesar do contexto mundial difícil.

Aqui neste fim de mundo, o jornalismo teria de explicar também como é possível que se multipliquem em São Paulo, nos “bairros nobres” da cidade, lançamentos de prédios com apartamentos vendidos a R$ 40 mil o metro quadrado ou mais.

Não é possível que jornalistas achem que apartamentos como esses serão decorados com móveis da Tok&Stok ou equipados com eletrodomésticos comprados no Magazine Luiza.

EXIBIR A RIQUEZA – É intrínseco a gente rica mostrar a sua riqueza. Eram de ricos as joias exibidas nos museus de arte romana e medieval. Eram de ricos, principalmente, as casas com arquitetura, afrescos e mosaicos maravilhosos de Pompeia, na Itália, ou de Delos, na Grécia.

Vem sendo assim desde a aurora dos tempos, e o motivo é humano, demasiado humano, como resumido pelo ensaísta e analista de riscos libanês-americano Nassim Taleb, no livro “A Cama de Procusto”:

“As pessoas o invejarão pelo seu sucesso, por sua riqueza, por sua inteligência, por sua aparência, por seu status — mas raramente por sua sabedoria”.

GOSTO DO DINHEIRO – Outro aforismo de Nassim Taleb: “Você é rico se o dinheiro que você recusa tem um gosto melhor do que o dinheiro que você aceita”.

O tal “subconsumo”, a modinha restrita que o jornalismo acha que é tendência geral, parece ter esse gosto para os seus adeptos.

Mas eles voltarão ao velho normal no lançamento da próxima bolsa Hermès (e, por favor, pronuncie o “s” final do nome da marca).

Um mundo hostil para o negro, na poesia realista de Cruz e Sousa

Tribuna da Internet | Não há nada que domine e vença a alma romântica do  poeta, dizia Cruz e SousaPaulo Peres 
Poemas & Canções

O poeta João da Cruz e Sousa (1861-1898) nasceu em Desterro, atual Florianópolis, tornou-se conhecido como o “cisne negro” de nosso Simbolismo, seu “arcanjo rebelde”, seu “esteta sofredor”, seu “divino mestre”. Procurou na arte a transfiguração da dor de viver e de enfrentar os duros problemas decorrentes da discriminação racial e social, características contidas no soneto “Vida Obscura”.

VIDA OBSCURA
Cruz e Sousa

Ninguém sentiu o teu espasmo obscuro,
Ó ser humilde entre os humildes seres,
Embriagado, tonto dos prazeres,
O mundo para ti foi negro e duro.

Atravessaste no silêncio escuro
A vida presa a trágicos deveres
E chegaste ao saber de altos saberes
Tornando-te mais simples e mais puro.

Ninguém te viu o sentimento inquieto,
Magoado, oculto e aterrador, secreto,
Que o coração te apunhalou no mundo.

Mas eu que sempre te segui os passos
Sei que cruz infernal prendeu-te os braços
E o teu suspiro como foi profundo!

Michelle já aparece empatando com Lula em pesquisa encomendada pelo PL

A ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro (PL) e o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT)

Michelle ultrapassa Lula, mas fica no empate técnico

Bela Megale
O Globo

O desgaste de Lula com a crise de credibilidade do Pix e o aumento da inflação rendeu frutos para Michelle Bolsonaro, ao menos na nova pesquisa contratada pelo PL.

Pela primeira vez, a ex-primeira-dama aprece numericamente à frente do presidente nas intenções de voto do levantamento da Paraná Pesquisas, que vêm sendo feitos há mais de um ano.

SEGUNDO TURNO – No cenário estimulado em um eventual segundo turno, Michelle está com 42,9% da preferência e, Lula, com 40,5%. Há empate técnico entre ambos devido à margem de erro. Declararam votar em branco ou nulo 12,4% e não opinaram 4,2%.

No primeiro turno da pesquisa estimulada, porém, Lula aparece na dianteira. O presidente tem 34,1% da preferência e Michelle, 27,2%.

O terceiro colocado é Ciro Gomes (9%), seguido por Gusttavo Lima (8,7%), o governador de Goiás, Ronaldo Caiado (4,7%), o governador do do Grande do Sul, Eduardo Leite (3,1%), e do Pará, Helder Barbalho (1,3%).

###
NOTA DA REDAÇÃO DO BLOG
É conveniente dar um belo desconto nesses números, porque a pesquisa foi paga pelo PL, partido de Lula e de Michelle. Vocês sabem que pesquisa política jamais é confiável, porque sempre tem de agradar a quem está pagando a conta. Outro detalhe: é preciso incluir a ministra Simone Tebet na lista de candidatos. (C.N.)

‘Jabutis’ das eólicas podem gerar 25 anos de conta de luz escorchante

Existe apreensão de que parlamentares derrubem os vetos na lei

Pedro do Coutto

Os custos adicionais às tarifas de energia da população, causados pelos “jabutis” da lei das eólicas offshore, podem ser equivalentes a 25 anos de “bandeira vermelha”, conforme estudo divulgado pela Frente Nacional dos Consumidores de Energia. Apesar dos “jabutis”, trechos inseridos em uma proposição sem que tenha relação com o tema, terem sido vetados pelo presidente Lula no começo deste ano, ainda existe apreensão de que parlamentares derrubem os vetos na lei.

Os cálculos da entidade é que os jabutis teriam um custo anual de R$ 20 bilhões até 2050. Foi utilizado uma comparação de que 12 meses de bandeira vermelha 2 levariam a cerca de R$ 20 bilhões em tarifas adicionais aos brasileiros. Caso os vetos do presidente Lula sejam derrubados pelos senadores e deputados, haverá custo adicional de R$ 7,63/100kwh às tarifas. O valor estabelecido pela  Agência Nacional de Energia Elétrica para bandeira vermelha 2 é de R$7,87/100kwh.

BANDEIRA VERMELHA – “Ao contrário das bandeiras tarifárias legítimas, que se ajustam tão logo os reservatórios retomam os níveis seguros, se as emendas entrarem em vigor, veremos o Congresso impor à população um aumento na conta de luz equivalente à Bandeira vermelha 2. Só que esse aumento permanecerá vigente por 25 anos, faça chuva ou faça sol”, disse a FNCE em nota.

Os jabutis no PL 576/21 consideravam uma prorrogação nos contratos das usinas térmicas a carvão até 2050, bem como a contratação obrigatória de quase 5 mil megawatts em pequenas centrais hidrelétricas, mesmo sem demanda. Além disso, eles também flexibilizavam a contratação compulsória de 8 mil MW de usinas a gás natural.

Em matéria de legislação, todo cuidado é pouco. Muitas vezes o dispositivo colocado numa linha pouco relevante, produz efeitos extremamente importantes. A questão é que em todos os projetos de energia, sejam eles de petróleo ou de energia eólica, a leitura tem que ser feita com extremo cuidado, pois caso contrário em vez de se fazer um avanço, poder-se-ia promovendo uma ação contrária, especialmente em relação aos consumidores.

Por um Brasil sem Lula e Bolsonaro, dando chance a novos candidatos

Datafolha: vantagem de Lula contra Bolsonaro cai dois pontos nos votos válidos

O Brasil agradeceria caso conseguisse se livrar desses dois

Fabiano Lana
Estadão

Neste exato momento político o Brasil conta com uma janela de oportunidade. De superar, de deixar definitivamente para trás, poderosos líderes políticos que, a sua maneira, se pautaram pelo populismo e por dividir o país entre os “bons”, no caso os que os apoiam, e os “maus”, os da oposição.

Políticos que vieram de uma conjuntura internacional pré-muro de Berlim e possuem uma visão antiquada do mundo. Que em 2025 olham muito mais para trás do que para o futuro.

ESGOTAMENTO – Sim, os políticos em questão são Luiz Inácio Lula da Silva e Jair Bolsonaro. De um lado as seguidas pesquisas mostram que há uma rápida erosão da popularidade de Lula – temos o Datafolha como o exemplo mais recente.

O estilo petista de gerir o Estado por meio de aumento contínuo dos gastos públicos parece ter encontrado um esgotamento. A sociedade simplesmente não quer mais pagar a conta de uma gestão que vê ineficiente, como ficou comprovado com a chamada crise do Pix. Não se trata de um problema de comunicação, mas de concepção.

De outro lado, há um ex-militar que nunca se deu ao trabalho de esconder sua paixão pela ditadura brasileira. Que abusou de verbos como torturar, fuzilar, estuprar, para se referir aos adversários políticos. Que fez da grosseria e da vulgaridade um dos pilares da sua carreira.

E MAIS…  – Bolsonaro é um político que bajula e se inferioriza frente a mais poderosos como o presidente americano Donald Trump. Que por décadas votou juntinho com o Partido dos Trabalhadores contra qualquer proposta que significasse modernizar o Estado brasileiro – tome-se como maior exemplo o Plano Real. Que, por provável tentativa de golpe, corre gigantesco risco de passar uma temporada razoável na prisão.

Ambos, sempre a sua maneira, são nostálgicos de ditaduras, mesmo que sejam com sinais ideológicos trocados. Souberam manipular e conduzir bem uma multidão capaz de defender qualquer um dos seus atos e palavras, por mais bizarras que tenham sido em algumas ocasiões – e muitas vezes com notável agressividade.

Tome-se o exemplo as falas de Bolsonaro do auge da pandemia da Covid.

FALAS DE LULA – Vamos observar agora como os acólitos irão se comportar com as falas do Lula, perigosamente próximas daquele incompreensível dialeto proferido pela ex-presidente Dilma, o dilmês (vocês ouviram a digressão de Lula sobre o ovo de ema no Amapá?).

Muito diferentes entre si, Bolsonaro e Lula trabalham com o medo do outro. Política é como nuvem, diz o clichê, você olha e está de um jeito e pouco depois está diferente. Mas nesse período o País só ganharia se a classe política e os segmentos atuantes da sociedade começassem a trabalhar com novos candidatos, com novas cabeças mais arejadas – antes que oportunistas de ocasião como os Gusttavos Limas e Pablos Marçais da vida ocupem este espaço.

Enquanto isso, o PSDB, que antes representava o centro ideológico brasileiro, segue indeciso se irá se suicidar ou não.

Governo Lula desesperado é um perigo e aumenta risco Brasil

Avaliação do governo Lula é negativa para 90% do mercado - BPMoney

Encurralado, Lula não sabe o que fazer, e isso é um perigo

Carlos Andreazza
Estadão

Importam mais as reações à pesquisa do que aquilo fotografado pelo levantamento. Governo sem firmeza, que não tem identidade, que é desprovido de projeto, responde à impopularidade oscilando entre desânimo e desespero.

Desespero é um perigo. Como sentimento de quem controla o Tesouro, é mesmo uma ameaça. O governo Lula está desesperado. Condição essencial para se fazer o diabo. O tiro é curto até o ano eleitoral e a caixa de ferramentas já está aberta. Será arreganhada.

PERPLEXIDADE – No caso do governo popular impopular, do presidente que deveria ser – que já foi – quase unanimidade, o desespero vai robustecido pela perplexidade. A turma do Planalto, que não sabe o que fazer ante a novidade da desaprovação espalhada, fica mais suscetível aos cantos das respostas rápidas, repetidas e erradas.

Por exemplo: a retomada – de novo – da indústria naval brasileira. Filme já visto; a rapaziada voltando ao local do… A rapaziada voltando ao set. A Transpetro em cena. A Petrobras mais uma vez usada para revitalizar um setor que não compete sem estímulos estatais.

O petismo pressiona por radicalização. Será objetivamente atendido, com Gleisi Hoffmann ministra palaciana.

ESQUERDIZAÇÃO – O discurso – pela guinada ainda mais à esquerda – é delirante: para que se interrompa a agenda de “ajuste fiscal”. Agenda que nunca teve lugar neste Dilma III – governo fundado pela gastadora PEC da Transição. Governo do pacotinho fiscal. Do Auxílio Gás, prometido gratuitamente para 22 milhões de famílias, à margem do Orçamento.

Delirante também é a reação da Fazenda à impopularidade. A pasta ora preocupada com os riscos de um “cavalo de pau” na economia. A mãe do arcabouço natimorto fiscal, da meta cumprida com bilhões despejados parafiscalmente, de repente preocupada com a possibilidade de Lula radicalizar na gastança.

A mãe de um programa educacional – o Pé de Meia – que, custando R$ 15 bilhões, só tem previsto R$ 1 bilhão na proposta orçamentária, preocupada com barbaridades fiscais.

CORTE DE DESPESAS – Cavalo de pau seria o presidente ordenar corte de despesas – um verdadeiro – para 2025. Não rolará, pedalada a bomba para 2027. Acelerar gastos, em variadas frentes, é apenas dar novo ritmo à continuidade. É dobrar a aposta. Para – encharcando os pobres de créditos estatais (e endividando as famílias) – sustentar o voo de galinha até 2026.

No Pará, na sexta, o presidente deu a letra sobre como bancará a corrida de cobre-descobre com a inflação: “O Brasil vai crescer mais, porque tem uma coisa acontecendo nesse país. Temos o menor nível de desemprego da história, crescimento da massa salarial e a quantidade de crédito que nunca teve. E vamos anunciar mais três políticas de crédito nesse país”.

A radicalização, na economia, está contratada.

Equipe de Alcolumbre não cabe no gabinete e terá de haver um revezamento

Novo presidente do Senado, Davi Alcolumbre (União Brasil-AP)

Alcolumbre promete exigir respeito entre os três poderes

Vicente Limongi Netto

Duas primorosas notícias da premiada colunista Denise Rothenburg no Correio Braziliense (14/02), sobre o monumental Davi Alcolumbre, enchem de orgulho o noticiário político. Denise é esmerada em notas interessantes e profundamente jornalísticas. A emoção é imensa, para este veterano repórter, ao tratar do tema. As pernas tremem, as mãos enfraquecem.

Denise mostra que o colunismo impresso continua vivo. Iluminando as letras do jornal. Na primeira espetacular e interessante nota, Denise destaca a felicidade de Alcolumbre por Lula pisar com ele solo do Amapá. Por pouco Denise não disse que Lula não vive sem Davi. Dois fofos. 

VAI SE REELEGER – Denise completa a maravilhosa informação revelando para o Brasil e para o mundo que, desde já, Alcolumbre é pule de dez para se reeleger. para a presidência do Senado, na próxima legislatura.

A segunda nota de Denise, sempre adoçando o leitor com sensacionais revelações em primeira mão sobre Alcolumbre, diz que a numerosa equipe do senador não cabe toda no gabinete da presidência do senado. Para evitar briguinhas e ciumeiras, os servidores vão fazer sorteio e revezamento para saber quais serão os felizardos que ficarão ao lado do divino chefe e os outros que ficarão em casa.

O próprio Alcolumbre cunhou o seguinte lema para as servidoras fantasmas e rachadistas do gabinete dele, no primeiro mandato como presidente do Senado: “Vocês me ajudam e eu ajudo vocês”. Os arquivos da revista Veja não mentem.  Quem perder, ficará longe do cativante sorriso do pançudo Davi. A depressão será enorme. 

UM NOVO BONÉ – Com fogos e banda de música, a coluna Eixo Capital ( 09/02) informa que vice-governadora Celina Leão abriu garbosamente a temporada dos bonés, em Brasília. Com um vistoso boné azul, Celina foi taxativa: “Nosso compromisso é com o DF”. Bom saber. Fico aliviado.   

Como acredito na sinceridade da vice-governadora, sugiro que ela mande fazer outros sugestivos lindos bonés, para circular pelo Distrito Federal. O sucesso e o apoio popular estarão garantidos:  “Brasília esburacada”, “Brasília mal iluminada”, “Caos completo na saúde do DF”, “Estacionamento medonho”, “Insegurança dói na alma”, “Crianças com fome nas ruas” e “Feminicídio, praga que não acaba”. 

Bonés de Celina e do fracassado governador Ibaneis iluminam o céu de Brasília. 

ILANA DE NOVO – Cumprimentos â nova Mesa Diretora do Senado pela confirmação da competente servidora, Ilana Trombka, como Diretora-Geral da Câmara Alta. Há 10 anos na função, Ilana dedica seu tempo em benefício da valorização do servidor do Senado.

Faz palestras, escreve artigos para jornais, revistas e redes sociais, publica livros e comanda a eficiente e exemplar “Liga do Bem”, iniciativa que ajuda famílias carentes de todo o Brasil, com a participação efetiva de funcionários do Senado e voluntários. Atitude marcante, que ilumina corações grandiosos.

Senadores e senadoras só têm elogios à atuação vigilante e atenciosa de Ivana Trombka. 

Bolsonaro se prepara para virar réu no golpe e também nas joias

Aproximação com Trump "racha" defesa de Bolsonaro às vésperas de denúncia da PGR | Brasil 247

Jair Bolsonaro teria sido “líder” de um golpe desarmado

Igor Gadelha
Metrópoles

Auxiliares de Jair Bolsonaro preveem que o procurador-geral da República, Paulo Gonet, deve denunciar o ex-presidente ao Supremo Tribunal Federal (STF) nos próximos dias.

Com a expectativa da denúncia iminente, auxiliares do ex-presidente já começam a preparar reação. Bolsonaro, inclusive, deve permanecer em Brasília durante a semana para alinhar sua defesa.

DENÚNCIA IMEDIATA? – Conforme noticiou a coluna, a expectativa no Ministério Público é de que Gonet denuncie o ex-presidente antes do jantar que o presidente Lula terá com ministros do STF nesta quarta-feira (19/2).

A avaliação a é de que a denúncia sairá antes do jantar para não dar brechas a interpretações de que Lula teria discutido a peça da Procuradoria com os ministros do STF e com o próprio procurador Gonet, que foi convidado para o encontro.

Como noticiou a coluna, integrantes da defesa de Bolsonaro esperam que Gonet faça um gesto ao ex-presidente em pelo menos um dos inquéritos nos quais ele foi indiciado pela Polícia Federal.

DUAS DENÚNCIAS – Nos bastidores, advogados de Bolsonaro já dão como certo que o ex-presidente será denunciado por Gonet para virar réu em dois inquéritos: o que apura a tentativa de golpe e o que investiga a fraude em certificados de vacinação.

A defesa de Bolsonaro tem esperança, no entanto, que o procurador-geral da República não denuncie o ex-presidente no caso das joias sauditas que ganhou de presente e vendeu no exterior.

###
NOTA DA REDAÇÃO DO BLOGO caso das joias é uma bobagem, porque Bolsonaro recuperou o único relógio vendido e devolveu à Presidência sem que à época se soubesse se era bem pessoal dele ou não. A denúncia mais grave é do golpe, que foi planejado, porém não chegou a ser tentado. Mesmo assim, o ministro Moraes pretende condenar Bolsonaro ao máximo possível de anos de prisão, por considerar o 8 de janeiro como terrorismo e tentativa de golpe. Ou seja, Bolsonaro teria sido “líder” de um golpe desarmado. (C.N.)

Inocentado de assédio pelo Planalto, Silvio Almeida agora diz querer justiça

Silvio Almeida: “Sou homem preto e não vou abrir mão de ser ministro”

Silvio Almeida afirma que foi vítima de uma “armação”

Deu na Folha

O ex-ministro dos Direitos Humanos Silvio Almeida publicou neste sábado (15) um manifesto nas redes sociais sobre as acusações de assédio sexual que levaram à sua demissão do governo Lula (PT) em setembro do ano passado.

“Eu estou vivo, continuo indignado e não quero compaixão nem ‘segunda chance’. Eu quero justiça”, diz ele na publicação.

FORTE REAÇÃO – No texto divulgado em sua conta no Instagram, Almeida afirma que tentaram apagar sua história e transformá-lo em um monstro.

“Queriam me apagar. Apagar o professor respeitado e tantas vezes homenageado pelos alunos. O advogado diligente. O companheiro, o amigo, o pai. Tentaram me transformar repentinamente em um monstro, um homem que sempre enganou milhares de pessoas, um ‘abusador’ de mulheres”, afirmou.

As acusações contra Almeida foram recebidas pela organização Me Too Brasil. As vítimas relataram uma série de casos de assédio que teriam acontecido em 2023.

SEGREDO DE JUSTIÇA – Dois inquéritos foram abertos para investigar o caso, um pelo MPT (Ministério Público do Trabalho) e outro no STF (Supremo Tribunal Federal), a pedido da PF. A investigação, que tem o ministro André Mendonça como relator, está sob segredo de Justiça.

Uma das vítimas seria a ministra da Igualdade Racial, Anielle Franco. Ela confirmou a acusação em depoimento à PF em outubro passado. Segundo seu relato, as “abordagens inadequadas” de Almeida, como definiu, começaram no fim de 2022, quando os dois passaram a fazer parte do grupo de transição de governo nomeado por Lula antes da posse dele como presidente da República.

Almeida nega as acusações. Na época, falou que elas seriam “ilações absurdas com o único intuito de me prejudicar, apagar nossas lutas e histórias, e bloquear o nosso futuro”.

VOLTA ÀS ATIVIDADES -Na postagem deste sábado, ele afirma que irá retomar suas atividades públicas. Cita o retorno de seu canal no YouTube e o lançamento de uma nova edição, revisada e ampliada, de sua principal obra, “Racismo Estrutural”, além do lançamento de outros quatro livros.

“Eu vou continuar escrevendo. Eu vou continuar falando. Eu vou continuar acreditando que esse país tem jeito. Eu vou continuar acreditando no povo brasileiro. Eu vou continuar advogando em alto nível para quem pode e para quem não pode me pagar”, afirmou.

###
NOTA DA REDAÇÃO DO BLOG
A matéria tem uma falha absurda. Não cita o fato de que há alguns meses Silvio Almeida foi inocentado na investigação da Comissão de Ética da Presidência da República. Lula ficou tão constrangido que não aparece mais em público ao lado da ministra Anielle Franco, que já está recolhida à sua insignificância. Tudo indica que houve um tórrido caso de amor entre os dois ministros, sem nenhum episódio de assédio sexual. (C.N.)

Malafaia manda bolsonaristas desistirem do impeachment de Lula

Silas Malafaia defende candidatura de Bolsonaro no Twitter

Bispo Malafaia manda mais do Bolsonaro e dá as ordens

Igor Gadelha e Gustavo Zucchi
Metrópoles

Responsável por organizar algumas das manifestações pró-Jair Bolsonaro nos últimos anos, o pastor Silas Malafaia deu um “pito” nos aliados do ex-presidente que defendem que os atos de 16 de março tenham o “impeachment” de Lula entre as pautas.

À coluna, Malafaia defendeu a postura de Bolsonaro, que anunciou que participará da manifestação no Rio de Janeiro para defender o projeto de anistia aos condenados pelo 8 de Janeiro, e não para pedir o impeachment do atual presidente da República.

ENTRA ALCKMIN – “O que o sistema quer é isso, derruba Lula e entra (Geraldo) Alckmin. Essa conversa fiada de que impeachment de Dilma ajudou Bolsonaro, é para quem não conhece a história. O povo deu uma resposta, não foi para o impeachment de Dilma que ajudou Bolsonaro, foi para o desgoverno e a corrupção, tá certo? De 14 anos de governo do PT. Quem está falando isso ou desconhece a história ou quer se ou quer se aproveitar de momento político. Acho que nós temos que ter uma visão lá na frente”, afirmou Malafaia.

O pastor defendeu que Lula e Alckmim “têm que ser derrotado é nas urnas”. “Não tem que dar prêmio para Alckmin substituir Lula. Eles (bolsonaristas que defendem o impeachment) só veem o momento e são pautados pela opinião de redes sociais”, declarou o religioso.

NAS REDES SOCIAIS – A crítica de Malafaia é direcionada principalmente ao deputado Nikolas Ferreira (PL-MG). O parlamentar mineiro tem usado as redes sociais para defender o impeachment de Lula como principal pauta dos atos marcados para 16 de março, em São Paulo.

“O que fizeram na campanha de prefeito, estão fazendo de novo: desmoralizando Bolsonaro. Não é a mim, não. Desmoralizam Bolsonaro. E depois vêm com ‘aí que eu morro, que dou minha vida, que o que ele quer, eu faço’. Isso é conversa de hipócrita, de soberbo e vaidoso. Não têm a dignidade de ligar para o cara e dizer: ‘Presidente, é isso mesmo? Vamos, vamos marchar nisso? Então, OK.’”, disse o pastor à coluna.

BOLSONARO NO RIO – Como a coluna noticiou no sábado (15/2), Bolsonaro pretende ir à manifestação no Rio de Janeiro, e não em São Paulo.

O ex-presidente disse que sua principal pauta será o projeto de anistia aos condenados pelo 8 de Janeiro, e não o impeachment de Lula.

“É previsão, não é certeza porque preciso acertar com mais gente… eu gostaria de ir ao Rio de Janeiro, no dia 16. E a pauta lá seria anistia e as questões nacionais”, disse Bolsonaro à coluna.

###
NOTA DA REDAÇÃO DO BLOG
Essa conversa de pedir impeachment de Lula é mais uma irresponsabilidade. Lula não tem feito nada no governo. Ora, se não tem feito nada, isso não pode ser motivo para impeachment. Não fazer nada é uma especialidade que Lula cultiva desde o sindicalismo, quando era conhecido como Barba, o informante da Polícia Federal. (C.N.)