Meta diz à AGU que fim da checagem só vale nos Estados Unidos

Charges

Charge do Genildo (Arquivo Google)

Deu na IstoÉ News

A Meta, empresa dona das redes sociais Facebook, Instagram e WhatsApp, apresentou na segunda-feira, 13, a carta-resposta aos questionamentos enviados pela Advocacia-Geral da União (AGU) após o anúncio de novas políticas de moderação de conteúdo pelo CEO da companhia, Mark Zuckerberg.

No documento de quatro páginas, a Meta salientou que o encerramento do Programa de Verificação de Fatos por agências independentes de checagem de informação para dar lugar à política de “notas da comunidade”, como é aplicada atualmente no X, valerá apenas para os Estados Unidos neste primeiro momento.

TESTE MUNDIAL – O modelo é testado em território norte-americano com objetivo de ser replicado futuramente em outras partes do mundo, como indicou Zuckerberg no vídeo de anúncio das alterações no último dia 7.

“A substituição do atual Programa de Verificação de Fatos independente pelas Notas da Comunidade busca garantir que pessoas com diferentes perspectivas decidam que tipo de contexto é útil para outros usuários verem”, justificou a Meta.

A AGU demonstrou preocupação com as mudanças anunciadas pela empresa e cobrou na notificação extrajudicial enviada na sexta-feira, 10, que fossem dadas explicações sobre as medidas que serão adotadas para coibir crimes como violência de gênero, racismo e homofobia nas suas plataformas.

DIREITOS HUMANOS – Em resposta, a Meta amainou o discurso de Zuckerberg e afirmou estar “comprometida em respeitar os direitos humanos e seus princípios subjacentes de igualdade, segurança, dignidade, privacidade e voz”.

O CEO da companhia disse no vídeo de anúncio da nova política de moderação que a checagem independente de fatos passou a ser usada para “calar opiniões”.

“Na Meta, estamos comprometidos em respeitar os direitos humanos, conforme estabelecido nos Princípios Orientadores das Nações Unidas sobre Empresas e Direitos Humanos (UNGPs) em nossas operações comerciais, desenvolvimento de produtos, políticas e programação”, disse a Meta à AGU.

ABRIR DEBATES – A empresa justificou ao governo que as mudanças foram feitas para tornar mais permissivas as discussões políticas e sociais, mas que continuará a remover informações falsas “quando houver a possibilidade de ela contribuir diretamente para risco de lesão corporal iminente” ou a capacidade de “interferir diretamente no funcionamento de processos políticos, como eleições e censos”.

Um dos motivos que também levou o governo a cobrar explicações da Meta foi o fato de Zuckerberg ter afirmado que a América Latina tem “tribunais secretos de censura”, no que foi entendido pelo Palácio do Planalto como uma referência ao Supremo Tribunal Federal (STF).

A guinada na moderação de conteúdo pela Meta ocorre às vésperas da posse do presidente eleito dos EUA, Donald Trump, e demonstra um alinhamento da empresa ao discurso de liberdade de expressão irrestrita defendida pelo político norte-americanos e seus seguidores.

DIREITO FUNDAMENTAL – “A Meta está profundamente comprometida com a liberdade de expressão, direito humano fundamental que permite o exercício de muitos outros direitos”, afirmou.

De acordo com a empresa, os esforços para coibir discursos danosos a grupos vulneráveis foram exagerados, “limitando debate político legítimo e, com frequência, impedindo a livre expressão que pretendemos viabilizar”.

“As mudanças recentemente anunciadas pretendem enfrentar essa questão, como parte de nosso compromisso contínuo de melhorar e buscar o equilíbrio ideal entre a liberdade de expressão e a segurança”, prosseguiu.

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NOTA DA REDAÇÃO DO BLOG
Com essa explicação, a Meta coloca o ministro Moraes no corner, como se diz na linguagem do box. Como o afrouxamento no controle ao discurso de ódio é para garantir liberdade de expressão e nada mudou para a Meta, também para Moraes nada pode mudar. (C.N.)

Lula já tem ministro-marqueteiro, só falta arranjar uma marca melhor

Ministro Sidônio Palmeira toma posse em cerimônia com Lula — Foto: YouTube/Reprodução

Lula empossa Sidônio Palmeira como seu novo ministro

Josias de Souza
do UOL

No comitê eleitoral, o marketing político é uma atividade-meio. Seu propósito é vender esperança. Ao transformar o marqueteiro de 2022 em ministro-chefe da Secretaria de Comunicação do Planalto, Lula como que se rende à evidência de que o resultado dos dois primeiros anos do seu terceiro governo não correspondeu a todas as expectativas.

Empossado formalmente no comando da Secom nesta terça-feira, Sidônio Palmeira passará a manejar o marketing como atividade-fim. Sua missão agora é construir um enredo capaz de evitar que a conversão da esperança em decepção comprometa a competitividade de Lula para 2026.

EFEITO TRUMP – A lufada de centro-direita da eleição municipal e a volta de Donald Trump mostraram à esquerda que já não basta defender a democracia. É preciso conectar o regime à geladeira.

No Brasil, como nos Estados Unidos, a macroeconomia não vai mal. O PIB cresceu acima do esperado, gerando empregos formais e melhorando a renda. Mas a inflação, sobretudo a dos alimentos, atiça o fantasma da impopularidade.

A aproximação das linhas de aprovação e reprovação do governo nas pesquisas mostrou que algo vai mal. Em dois anos, Lula 3 não conseguiu transmitir uma simbologia, uma marca. Programas sociais são vistos como direitos adquiridos.

ALGO NOVO – Cobra-se agora, além da picanha prometida em 2022, solução para o que parece insolúvel —o combate ao crime organizado, por exemplo. Ou proteção social para trabalhadores sem CLT.

Nesse contexto, o problema do governo não se restringe à debilidade da comunicação. Falta a Lula algo novo para expor na vitrine.

Ibaneis quer um lugar no Senado e já sonha com objetivo maior em 2030

Governador do DF Ibaneis Rocha quer ampliar modelo de saúde | Política

Ibaneis ainda tem muitos anos no prazo de validade

Vicente Limongi Netto

Coluna Eixo Capital (Correio Braziliense – 12/01) revela que o governador Ibaneis Rocha não pretende chegar no Senado “como mais um entre 81”. Boas falas. O senado já está cheio de figuras medonhas. O governador vai trabalhar para servir, de fato, a coletividade.

Ibaneis é homem rico e independente. Advogado vitorioso. Outro ponto saudável. Forte indício que não será mais um sabujo, entre tantos, do patético Davi Alcolumbre, ao que tudo indica, futuro presidente da Câmara Alta, no lugar de Rodrigo Pacheco, que não deixará saudades. 

Ibaneis sonha com voos maiores. É relativamente moço. Tem todo o direito de falar grosso. É do MDB, partido forte e respeitado no Brasil. Síntese: Ibaneis Rocha desde já ingressa na passarela dos que sonham com o lugar de Lula, no pleito de 2030. 

HONRADO E FELIZ – Estou honrado, agradecido e feliz com as palavras da competente e respeitada Lia Dinorah.  

“O texto de Vicente Limongi Netto, publicado no livro “Essa é Minha História – Volume II: Relatos de Servidores Aposentados do Senado Federal”, é uma verdadeira declaração de amor à câmara alta do Congresso Nacional e à nobre arte do jornalismo político.

Com emoção e riqueza de detalhes, ele resgata décadas de vivências, amizades e aprendizado, revelando a importância do ambiente institucional como espaço de ideias, crescimento e serviço público exemplar.

MESMA PAIXÃO – Limongi honra o papel do servidor e do repórter com a mesma paixão, destacando o valor do trabalho comprometido e ético em tempos em que as ferramentas eram mais escassas, mas a dedicação era imensa. Sua narrativa carrega o peso da experiência e o brilho da memória afetiva, servindo de inspiração para quem valoriza a história e o legado daqueles que, como ele, dedicaram suas vidas ao fortalecimento das instituições democráticas.

Seu relato não é apenas um registro, mas um testemunho sensível e valioso de um tempo em que o Senado era visto, vivido e respeitado como um centro de grandes debates e de atuação comprometida com o país. Um texto digno de admiração, assim como o autor que o escreve.

Parabéns e obrigada pela aula de mestre, meu amigo querido! Grande abraço,”

Lia Dinorah, colunista do Jornal de Brasília

SOCORRO, BRASIL! – Primeiro tem queimada em todo canto. Depois, a chuva grossa, irritante e temerosa.  Desabam as pontes, motoristas  e passageiros morrem em trânsito.

 Brasil alagado, enlameado, humilhado, largado, ultrajado, despedaçado, indignado, cansado, desmoralizado, envenenado, chutado, abandonado, desesperado, quebrado, desequilibrado, carbonizado e avacalhado. 

Fiquem bem,

“Com o Brasil caminhando desse jeito, não se sabe onde ele vai chegar…”

Chico Salles, grande cantor paraibano

Paulo Peres
Poemas & Canções

O engenheiro civil, cantor, compositor e cordelista paraibano Francisco de Salles Araújo (1951-2017), neste martelo agalopado, deixou seu pensamento percorrer “Os Caminhos do Brasil”.

OS CAMINHOS DO BRASIL
Chico Salles

Com o Brasil caminhando desse jeito
Não se sabe onde ele vai chegar.
Esse papo vem do meu pensamento
Sem querer envolver outra pessoa
Falo assim deste jeito e numa boa,
Escrevendo aqui o meu lamento,
Construir uma família é um tormento
A canção não se tem pra quem mostrar
No amigo não se pode confiar
Eu só vejo vaidade e preconceito,
Com o Brasil caminhando desse jeito
Não se sabe onde ele vai chegar.

Nossos rios estão todos poluídos
Nossa mata tá sendo derrubada
Guris assaltando a mão armada
O saber bem longe dos oprimidos
Os homens cada vez mais desunidos
O futuro demorando a chegar
Assim é difícil ate sonhar
Nunca mais ouvi falar em respeito,
Com o Brasil caminhando desse jeito
Não se sabe onde ele vai chegar.

As noticias nos deixam descontentes
Confusas com assuntos arrumados
Ate os escritores renomados
São a todos os fatos indiferentes
Tão de férias descansando e ausentes
Omissos e sem nada a declarar
Quando é que iremos despertar
E exigir o que nos é de direito,
Com o Brasil caminhando desse jeito
Não se sabe onde ele vai chegar.

O progresso aqui é só pretexto
Cresce mesmo é a ponta da miséria
Esta é a afirmação mais séria
Que trago neste meu martelo texto
Afirmando, confirmando no contexto
Já saí por aí a pesquisar
Com tristeza e revolta constatar,
Para aqui apontar este conceito,
Com o Brasil caminhando desse jeito
Não se sabe onde ele vai chegar.

Na política é só corrupção
O modelo econômico indecente
A impunidade está presente
Muita hipocrisia e ambição
O descaso com a população
Tá na hora do povo acordar
Botar fogo para a chapa esquentar
E da vida tirar melhor proveito,
Com o Brasil caminhando desse jeito
Não se sabe onde ele vai chegar.

E assim, sempre pela contra mão.
A família tem a bolsa como esmola
Juventude aí cheirando cola
A maior desgraça da Nação
Sem saber o que é educação,
A TV ajudando alienar
Algum dia esse bicho vai pegar
A causa passará a ser efeito,
Com o Brasil caminhando desse jeito
Não se sabe onde ele vai chegar.

Chineses avaliam vender TikTok a Musk para escapar da proibição nos EUA

TikTok: o que é e como funciona a rede social - Olhar Digital

Trump pede que a Tik Tok não seja suspensa nos EUA

por Bloomberg

Autoridades chinesas estão avaliando uma possível alternativa que envolve Elon Musk adquirir as operações americanas do TikTok, caso a empresa não consiga evitar uma polêmica proibição do aplicativo de vídeos curtos, segundo pessoas familiarizadas com o assunto disseram à agência Bloomberg.

Sob um dos cenários discutidos pelo governo chinês, a plataforma X de Musk — anteriormente Twitter — assumiria o controle do TikTok nos EUA e operaria as empresas juntas, disseram as fontes.

ATRAIR ANUNCIANTES – Com mais de 170 milhões de usuários nos EUA, o TikTok poderia reforçar os esforços da X para atrair anunciantes. Musk também fundou uma empresa separada de inteligência artificial, a xAI, que poderia se beneficiar dos grandes volumes de dados gerados pelo TikTok.

Autoridades em Pequim preferem fortemente que o TikTok permaneça sob a propriedade da ByteDance Ltd., disseram as fontes, e a empresa está contestando a iminente proibição com um recurso na Suprema Corte dos EUA.

No entanto, os juízes indicaram durante os argumentos em 10 de janeiro que provavelmente manterão a lei que afasta a possibilidade de uma empresa chinesa por trás da rede social em solo americano.

EFEITO TRUMP – Altos funcionários chineses já começaram a debater planos de contingência para o TikTok como parte de uma discussão ampla sobre como lidar com o futuro governo de Donald Trump, que assume em 20 de janeiro, sendo um deles envolvendo Musk, afirmaram fontes, que pediram anonimato para revelar discussões confidenciais, à agência Bloomberg.

Um acordo de alto nível com um dos aliados mais próximos de Trump tem certo apelo para o governo chinês, que deve ter alguma influência sobre a venda final do TikTok, disseram as fontes.

Musk investiu mais de US$ 250 milhões na reeleição de Trump e foi indicado para um papel importante na melhoria da eficiência governamental após a posse do republicano.

SEM CONSENSO – As autoridades chinesas ainda não chegaram a um consenso definitivo sobre como proceder, e as deliberações são preliminares, disseram as fontes. Não está claro quanto a ByteDance sabe sobre as discussões do governo chinês ou se o TikTok e Musk foram envolvidos. Também não está claro se Musk, TikTok e ByteDance já mantiveram conversas sobre os termos de um possível acordo.

Musk e seus representantes não responderam aos pedidos de comentário da Bloomberg. Em abril, Musk postou que acredita que o TikTok deveria permanecer disponível nos EUA.

“Na minha opinião, o TikTok não deveria ser proibido nos EUA, mesmo que tal proibição possa beneficiar a plataforma X”, escreveu ele na X. “Fazer isso seria contrário à liberdade de expressão. Não é o que os EUA representam.”

SEM COMENTÁRIOS – Representantes da ByteDance e do TikTok também não responderam às mensagens buscando comentários. A Administração do Ciberespaço da China e o Ministério do Comércio da China, agências governamentais que poderiam estar envolvidas nas decisões sobre o futuro do TikTok, também não responderam aos pedidos de comentário.

As conversas em Pequim sugerem que o destino do TikTok pode não estar mais sob controle exclusivo da ByteDance, disseram as fontes. Autoridades chinesas reconhecem que enfrentarão negociações difíceis com o governo Trump sobre tarifas, controles de exportação e outras questões, e veem as negociações sobre o TikTok como uma potencial área de reconciliação.

O governo chinês possui uma chamada “ação dourada” em uma afiliada da ByteDance que lhe dá influência sobre a estratégia e as operações da empresa.

US$ 40 BILHÕES – App vale ao menos US$ 40 bi nos EUA. As operações americanas do TikTok podem ser avaliadas entre US$ 40 bilhões e US$ 50 bilhões, estimaram os analistas da Bloomberg Intelligence, Mandeep Singh e Damian Reimertz, no ano passado. Esse é um valor substancial, mesmo para a pessoa mais rica do mundo.

Não está claro como Musk poderia realizar tal transação, se exigiria a venda de outros ativos ou se o governo dos EUA aprovaria. Ele pagou US$ 44 bilhões pelo Twitter em 2022 e ainda está pagando empréstimos significativos.

Trump pediu à Suprema Corte que suspenda lei que ameaça proibir o TikTok até que ele tome posse e possa atuar na negociação.

Meta envia esclarecimentos à AGU, e o governo Lula discutirá medidas

Zuckerberg diz que o monitoramento tornou-se censura

Luis Eduardo de Sousa
Folha

A Meta, do bilionário Mark Zuckerberg, respondeu aos questionamentos da AGU (Advocacia Geral da União) nesta segunda-feira (13), nas últimas horas antes do encerramento do prazo estabelecido pelo órgão ligado ao governo Lula (PT).

Na última sexta-feira (10), a AGU deu 72 horas para que a empresa responsável por Facebook, Instagram, Threads e WhatsApp prestasse esclarecimentos sobre o fim de seu programa de checagem de fatos, anunciado por Zuckerberg na semana passada. A notificação não tinha caráter judicial –não obrigava, portanto, a empresa a se manifestar sobre sua decisão.

ACENO A TRUMP – As mudanças protagonizadas pela plataforma configuram um aceno de Zuckerberg ao presidente eleito dos Estados Unidos, Donald Trump.

Em nota enviada à Folha na madrugada desta terça (14), a Assessoria Especial de Comunicação Social da AGU informou que a empresa respondeu, no fim da noite desta segunda, às informações solicitadas pela PNDD (Procuradoria Nacional de Defesa da Democracia).

“As informações enviadas serão agora analisadas pela equipe da PNDD. A resposta da empresa será discutida em reunião técnica que deverá ocorrer ainda hoje”, complementa o texto.

DISCUSSÃO AMPLA – Conforme adiantou a Folha, o órgão federal pretende analisar a resposta da Meta e discutir seu conteúdo com representantes dos ministérios que têm relação com o tema.

Entre eles estão as pastas da Justiça e Segurança Pública; Direitos Humanos e Cidadania; e ainda a Secom (Secretaria de Comunicação Social da Presidência), agora liderada pelo marqueteiro Sidônio Palmeira.

“Somente após essa análise, a AGU, em conjunto com os demais órgãos, se pronunciará sobre os próximos passos em relação ao assunto e tornará público o teor da manifestação”, finaliza a nota enviada pela comunicação do órgão.

QUESTÃO DE SOBERANIA – Um dia antes de o governo enviar o pedido de informações, Lula mandou um recado a Mark Zuckerberg, CEO da Meta, ao dizer que um cidadão não pode achar que tem condição de ferir a soberania de uma nação.

Zuckerberg criticou nesta semana tribunais da América Latina e disse que trabalhará com o presidente eleito dos Estados Unidos, Donald Trump, “para resistir a governos ao redor do mundo que estão perseguindo empresas americanas e pressionando por mais censura”.

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NOTA DA REDAÇÃO DO BLOG
Comprem mais pipocas, porque a novela está apenas começando e o tema censura ainda corre o risco de ser censurado… (C.N.)

Fazenda sinaliza que deve adotar novas medidas fiscais para manter arcabouço

Charge do J. Bosco (oliberal.com)

Pedro do Coutto

O secretário executivo do Ministério da Fazenda, Dario Durigan, sinalizou que o governo deve adotar novas medidas fiscais neste ano, o que, na prática, pode diminuir as frustrações dos investidores com o pacote considerado tímido de ajuste de gastos. No ano passado, a desconfiança com o governo fez o dólar disparar e ficar acima do patamar de R$ 6. A cotação da moeda americana se mantém nesse nível em 2025.

De acordo com o número 2 de Fernando Haddad, as novas propostas de corte de despesas e arrecadação devem começar a ser debatidas após a aprovação pelo Congresso do Orçamento de 2025. Segundo ele, a equipe econômica deve voltar a insistir em impor limites aos “supersalários”, pagamentos que extrapolam o limite estabelecido pela Constituição, porque a revisão de gastos deve atingir “o andar de cima”. Durigan ainda rechaça o impacto de políticas fiscais na inflação do ano passado.

ESPECULAÇÕES – É curioso, pois se novas medidas ainda cabem no projeto de arrecadação e despesas, por que não foram colocadas antes da elaboração do projeto, evitando dar margem a especulações? Agora, possíveis alterações podem indicar a falta de segurança sobre as previsões. Com a retomada da limitação dos supersalários, com a proposta de uma Medida Provisória, incluindo aposentadoria de militares, o governo mostra que parece estar confuso sobre a questão,tendo em vista os avanços e recuos na área da Fazenda que é muito sensível e delicada de ser operada.

Cortar os supersalários não adianta. Em relação ao mapa geral não pesam tanta coisa, pois não teriam um efeito percentual tão forte sobre as contas públicas. É preciso equacionar, portanto, o peso percentual de cada medida para se ver se no conjunto cada ação poderá ter reflexos na economia.

Mas, conforme dito, isso deveria ter sido previsto antes da elaboração do projeto apresentado. Qualquer nova restrição à aposentadoria de militares com base na aprovação da idade mínima, provocará uma reação contrária ao governo de grande intensidade, pois é difícil mexer nessa área sem que ela produza efeitos negativos na política governamental.

Defesa de Bolsonaro alega que convite para posse de Trump é “o próprio e-mail”

Jair Bolsonaro durante entrevista no aeroporto de Brasília

Se receber o passaporte, Bolsonaro foge ou não foge?

Daniel Gullino
O Globo

A defesa do ex-presidente Jair Bolsonaro afirmou ao ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), que o convite para a posse do presidente eleito dos Estados Unidos, Donald Trump, é o próprio e-mail que foi apresentado.

Na semana passada, os advogados de Bolsonaro, que está com passaporte apreendido, pediram autorização para ele viajar para a posse de Trump, que será realizada no próximo dia 20, e apresentaram um e-mail enviado pela organização do evento.

MORAES BLOQUEIA – No sábado, contudo, Moraes afirmou que a solicitação não tinha os “documentos necessários”, já que a mensagem tinha sido enviada por um “endereço não identificado” e “sem qualquer horário ou programação do evento a ser realizado”.

Em manifestação protocolada nesta segunda-feira, a defesa de Bolsonaro alega que o endereço de e-mail consta no site oficial da organização da posse de Trump.

“Por considerar que o e-mail info@t47inaugural.com e o domínio “t47inaugural.com” são de fato utilizados pelo Trump Vance Inaugural Committee, Inc. é que consta no website oficial do comitê em ao menos 04 (quatro) oportunidades”, diz o texto.

EXIGÊNCIA CUMPRIDA – Os advogados afirmam que o convite é “o próprio e-mail datado de 08/01/2025 e enviado por info@t47inaugural.com ao Deputado Eduardo Bolsonaro”.

Portanto, dizem que por isso consideram que a exigência do ministro Alexandre de Moraes foi cumprida com a apresentação da mensagem, junto com sua tradução juramentada.

No sábado, Moraes também solicitou o parecer da Procuradoria-Geral da República (PGR), após a complementação do pedido de Bolsonaro.

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NOTA DA REDAÇÃO DO BLOG
Bolsonaro já fugiu do país duas vezes e depois voltou. Primeiro, viajou no avião da Presidência para os Estados Unidos às vésperas da posse de Lula, temendo ser preso por causa da venda do relógio. Depois, fugiu de novo, passando três noites na embaixada da Hungria. Agora, que já está condenado pelo TSE e respondendo a outras ações e a outros inquéritos, quem pode garantir que permanecerá no país? Sua renda pessoal de aplicações financeiras está atingindo R$ 1 milhão por ano. Ou seja, pode viver como um nababo nos Estados Unidos, ao lado do amigo Trump, ou numa cela de 15 metros quadrados, igual à de Lula, aqui no Brasil.  (C.N.)

Petistas inventam que Lula foi “inocentado”, fato que jamais aconteceu

As redes estão falando do Lula condenado - Estadão

Charge do Sponholz (sponholz.arq.br)

Merval Pereira
O Globo

“No Brasil, até o passado é incerto”, definiu o economista Pedro Malan, ex-ministro da Fazenda do Plano Real e um pensador do país dos mais consistentes. Mais incerto ainda porque, como já disse o grande escritor George Orwell, “a historia é escrita pelos vencedores”.

Com o advento da internet, as fake news substituíram com vigor insuperável os boatos, que já tiveram seu papel na nossa história, como a acusação de que o brigadeiro Eduardo Gomes teria desprezado os votos dos “marmiteiros” na eleição presidencial de 1945 contra Eurico Gaspar Dutra, que acabou vencendo por larga margem.

EM DISCUSSÃO – O uso das redes sociais nas campanhas políticas, agravado agora pela Inteligência Artificial (IA) está em discussão há algum tempo no mundo, e agora mais do que nunca com a decisão de Mark Zuckerberg de retirar de suas plataformas digitais (Facebook, Instagram, WhatsApp) as checagens sobre a veracidade do que é publicado.

A vontade de distorcer os fatos dos vencedores do momento em benefício próprio não é novidade. Em 1924, após a morte de Lênin, principal líder da Revolução Bolchevique de 1917, Leon Trotsky e Josef Stalin passaram a dividir a influência sobre o partido comunista que, na prática, governava a União Soviética.

Depois de intensa disputa interna, em 1925 Stalin assumiu o poder e tratou de eliminar a memória do rival. Fotos em que Trotsky aparecia foram simplesmente destruídas, ou sua imagem foi apagada pelos parcos recursos da época.

APENAS NARRATIVAS – Hoje, na era da pós verdade iniciada por Trump, as versões oficiais não passam de narrativas, isto é, criações de marqueteiros que levam a História para o lado que lhes convém. No Brasil, a situação é mais grave, pois os vencedores de hoje são os perdedores de amanhã numa velocidade alarmante.

Lula, por exemplo, foi julgado e condenado por corrupção, no processo conhecido como do “petrolão”, sobre o esquema de corrupção da Petrobras classificado pelo ministro do Superior Tribunal Federal (STF) Gilmar Mendes de “cleptocracia”.

O juiz Sérgio Moro, hoje senador, foi por anos a fio um herói nacional, e teve a respalda-lo as decisões do TRF da região e o próprio STF. O mesmo tribunal que, a partir 2019, mudou seu entendimento depois que foram reveladas conversas entre Moro e os procuradores de Curitiba que desvendaram um indevido conluio entre as partes.

ERA BOLSONARO – Nesse intervalo, Bolsonaro venceu uma eleição presidencial e governou desastrosamente o país por quatro longos anos, culminados na descoberta de uma tentativa de golpe de estado para impedir, justamente, a volta ao poder de Lula, em 2022.

Nesse período, a história brasileira passou por revisões próprias “dos vencedores”. Bolsonaro governou afirmando que nunca houve golpe militar no Brasil, elogiou os torturadores como patriotas, tentou mudar, através de legislações ou de decisões pessoais os avanços sociais que o Brasil conquistara, como casamento homoafetivos, direito a aborto legal, liberdade de expressão.

LULA ABSOLVIDO? – Os petistas, por sua vez, tentam até hoje passar à História a balela de que Lula foi absolvido pela Justiça, quando seus processos foram simplesmente arquivados ou prescreveram. Semana passada, o hoje presidente assumiu o controle da história nos seus domínios provisórios, no Palácio do Planalto, querendo reescrevê-la do seu ponto de vista.

Na galeria de fotos dos presidentes, orientou para que as legendas “contassem a historia”. E o que Lula pensa que é verdade? “A Dilma [Rousseff] foi eleita, foi reeleita e depois sofreu um impeachment por um golpe. Depois esse aqui [Michel Temer] não foi eleito, tomou posse em função do impeachment da Dilma, e depois esse aqui [Jair Bolsonaro] foi eleito em função das mentiras. É isso que tem que colocar”.

Quanto a Getúlio Vargas, nunca foi ditador, na visão histórica de Lula.

Atenção! Ainda existe quem defenda a coexistência de israelenses e palestinos

Palestinos caminham em uma estrada de terra repleta de escombros de edifícios destruídos no bairro de Shujaiya, na Cidade de Gaza, em 7 de outubro, no primeiro aniversário da guerra em curso na Faixa de Gaza entre Israel e o grupo palestino Hamas

A guerra continuará até o final dos tempos? Claro que não.

Ari Roitman
O Globo

O presidente Lula fez duas declarações extraordinárias sobre o conflito no Oriente Médio: disse que a contraofensiva israelense em Gaza foi o maior massacre no planeta desde 1945 e que Israel matou 42 mil mulheres e crianças. Como ambas são falsas, é triste ver um líder democrático espalhar fake news como um “patriota” da internet.

Alguns dizem que foram meros lapsus. Não faria muita diferença (valei-me, São Sigmund!), mas Lula, claro, não é o único. Uso seu exemplo para chamar a atenção para aqueles que, com o propósito de combater Israel e seus governos, acabam insuflando o antissemitismo. Caso exemplar é o ex-deputado José Genoino, que sugeriu um boicote aos judeus no Brasil — esquecendo que o nazismo não começou com as câmaras de gás…

FECHAR OS OLHOS – Por que será que os progressistas, que costumam combater todo tipo de preconceito, preferem fechar os olhos ao antissemitismo?

O conflito no Oriente Médio, em última instância, é uma disputa territorial entre dois povos que reivindicam a mesma terra — a terra dos respectivos ancestrais.

Mas esse conflito tem três lados. Além dos extremismos — israelense e palestino — hoje dominantes, cujo projeto é o extermínio físico do oponente, há um terceiro lado: os que defendem a coexistência de dois Estados. E condenam os intolerantes, cujos atentados, sequestros e bombardeios indiscriminados atingem sobretudo a população civil.

LONGE DE ARAFAT – Infelizmente, a maior parte da esquerda optou por apoiar o terrorismo islâmico, esquecendo que essas organizações atuais estão muito longe dos grupos laicos e nacionalistas do tempo de Arafat — que foram dizimados por elas. Hamas e Hezbollah não defendem a causa do Estado palestino.

Defendem, seguindo as diretrizes do Irã, a destruição de Israel. E de toda a civilização ocidental, pois seu objetivo final é impor as leis corânicas ao mundo. Preparem-se mulheres e homossexuais, liberais e progressistas!

Os franceses, tantas vezes vítimas do terror islâmico, apelidaram isso de islamo-gauchisme — que traduzo, na mesma linha irônica, como marxismo-jihadismo…

CONTAS A PRESTAR – Muitos não são tão explícitos como Genoino e se contentam em formular narrativas distorcidas do conflito. Multiplicam as maldades de Israel — como fez Lula — e omitem ou justificam as dos palestinos.

Sejamos claros: os dois lados têm muitas contas a prestar no que se refere a decência e direitos humanos.

Mas denunciar os massacres em Gaza sem mencionar as atrocidades cometidas pelos palestinos tem uma intenção: demonizar Israel — e, com isso, queira-se ou não, fomentar o antissemitismo.

ANTISSEMITISMO – Ora, mas criticar Israel é antissemitismo? Claro que não — eu mesmo sou muito crítico ao governo extremista e expansionista desse país e sempre defendi a criação de um Estado palestino.

Mas nem por isso apoio a destruição de Israel e a limpeza étnica (“do rio ao mar…”), como fazem tantos porta-vozes da esquerda.

Entendo que Israel é um país de refugiados, e, do ponto de vista macro-histórico, o povo judeu é um dos que mais precisam de um Estado nacional.

Elon Musk alerta também para desequilíbrio do crescimento populacional

Elon Musk alerta: Novo maior problema do mundo pode levar China e Índia a perderem 773 milhões de pessoas até 2100

Musk analisa situação da Índia, da China e da Nigéria

Bruno Teles
Site CPG

O empresário americano Elon Musk alerta que novo maior problema do mundo pode levar China e Índia a perderem 773 milhões de pessoas até 2100. Diz que será um grave problema porque menos pessoas significa menos trabalhadores, menos inovação e mais dificuldades para sustentar idosos.

Isso pode levar a crises econômicas e sociais graves no futuro, diz Musk, que considera o colapso populacional como a maior ameaça à humanidade, enquanto China e Índia enfrentam uma queda histórica e a Nigéria assume a subliderança populacional até 2100.

DECLÍNIO POPULACIONAL – Conhecido por suas inovações e opiniões controversas, Elon Musk chamou atenção recentemente para o problema que, segundo ele, é a maior ameaça à humanidade – o declínio populacional.

Utilizando sua conta no X (antigo Twitter), Musk reafirmou sua preocupação com um gráfico alarmante que mostra uma queda acentuada na população de países como China e Índia, totalizando a perda de 773 milhões de pessoas até 2100.

Com 12 filhos, Elon Musk não apenas discursa sobre o tema, mas também exemplifica sua visão de que taxas de fertilidade reduzidas, envelhecimento populacional e emigração são problemas que precisam de atenção urgente.

MENOS NASCIMENTOS – O que levou Elon Musk a destacar o declínio populacional? Desde 1963, as taxas de fertilidade global caíram mais da metade. Enquanto uma média de 5,3 filhos por mulher era comum há 60 anos, hoje muitos países não alcançam sequer a taxa de reposição de 2,1 filhos por mulher. Países como Inglaterra e País de Gales, por exemplo, registraram um número médio de 1,44 filhos em 2023, o menor já observado.

Essa tendência reflete mudanças sociais, econômicas e culturais. Educação, carreira e acesso a métodos contraceptivos estão entre os fatores que diminuíram a taxa de natalidade ao redor do mundo.

Além da baixa natalidade, a emigração contribui para o esvaziamento populacional em alguns países. Simultaneamente, o envelhecimento da população aumenta a dependência econômica de uma geração sobre outra, reduzindo a força de trabalho ativa e trazendo desafios econômicos.

SITUAÇÃO ALARMANTE – China e Índia, atualmente as nações mais populosas, enfrentarão quedas históricas. Enquanto a população indiana deve cair de 1,5 bilhão para 1,1 bilhão, a China verá uma redução ainda mais drástica, chegando a 731 milhões de habitantes. Essas projeções indicam que a China será ultrapassada pela Nigéria, cuja população deve atingir 790 milhões até o final do século.

Na contramão dessa tendência,  outros países africanos como República Democrática do Congo e Etiópia continuarão a crescer seus números de habitantes. Isso evidencia um deslocamento demográfico global, com a África se tornando o novo centro de crescimento populacional.

VISÃO DE MUSK – Para o empresário americano, a redução populacional é mais do que uma questão numérica: é uma ameaça existencial. Ele argumenta que uma menor base de jovens impactará diretamente a inovação, a economia e a capacidade de resolver problemas globais.

Como pai de 12 filhos, Musk defende que grandes famílias podem ser uma solução prática. Ele também utiliza suas redes para debater o tema, incentivando diálogos sobre possíveis soluções.

Não somente as nações europeias, mas também Estados Unidos, Canadá e Austrália mantêm níveis populacionais quase estáveis graças à migração líquida positiva. Esses países utilizam políticas de imigração para compensar taxas de natalidade baixas e envelhecimento.

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NOTA DA REDAÇÃO DO BLOG
A preocupação do empresário Elon Musk é procedente. O descontrolado crescimento populacional da África significa que a miséria se alastra no continente, que fornece para o resto do mundo uma força de trabalho jovem e ativa, mas de baixo nível. Esse crescimento descontrolado levanta inquietantes dúvidas sobre infraestrutura, educação emprego e matéria-prima para sustentar esse aumento no número de habitantes na África. Mas quem se interessa? (C.N.)

Caminho da esquerda no Brasil e no EUA seria o populismo?

Os populistas amam tanto os pobres que os multiplicam” - Blog do Ari Cunha

Charge do Wilmar (Arquivo Google)

Bruno Boghossian
Folha

O estrategista James Carville, ligado ao Partido Democrata, estava errado. Dias antes da eleição de 2024, ele publicou no New York Times a previsão de uma vitória de Kamala Harris. Agora, ele voltou para reconhecer a falha e discutir suas razões.

O erro de Carville teve um aspecto particular. Ao fazer a previsão, o estrategista ignorou a máxima que ele mesmo cunhou, em 1992, ao estabelecer que o fator determinante de qualquer eleição “é a economia, estúpido”.

EFEITO 2024 – A derrota de 2024 levou o Partido Democrata à constatação de que sua plataforma econômica não convence mais o eleitorado e empurrou classes trabalhadoras para Trump.

Carville sugere uma alternativa que representa um mergulho profundo (para padrões americanos) no que descreve como um programa populista.

O argumento central é que a esquerda precisa enfrentar a direita na arena econômica recorrendo a uma frustração parecida com aquela que foi instrumentalizada por Trump e obrigando os republicanos a recuarem aos pontos impopulares de sua agenda.

FALSAS BANDEIRAS – Para isso, o establishment de esquerda deveria assumir bandeiras consideradas extravagantes, como o aumento do salário mínimo de US$ 7,25 para US$ 15 por hora, forçando a direita a se opor à ideia.

Assim, os republicanos ficariam com o peso de defender o corte de impostos para os mais ricos e o aumento do custo da saúde para os mais pobres.

O termo populismo aparece na definição de Carville sem a carga pejorativa das últimas décadas. A palavra se refere principalmente à oposição entre povo e elites que, no ciclo político atual, também vem sendo explorada por líderes de direita pelo mundo.

CASO DO PT -No caso da esquerda americana, a ideia de uma guinada populista remete à bifurcação que os democratas enfrentaram em 2016, quando seguiram o establishment atrás de Hillary Clinton em vez de abraçar Bernie Sanders, que tinha uma plataforma digna daquele adjetivo.

O caminho aparece, com suas nuances, diante de uma esquerda brasileira que procura se reconectar às classes trabalhadoras.

Não à toa, o tópico mais citado como trunfo nesses setores é a proposta de redução expressiva da jornada de trabalho.

Erros frequentes de Lula estão sendo usados para fortalecer a oposição

O presidente #Lula (PT) disse, nesta quarta-feira (8), que maridos são mais  apaixonados por amantes do que pelas esposas. A fala aconteceu durante  discurso no evento sobre #democracia, em alusão aos doisRoberto Nascimento

Essa tragédia do 08 de janeiro não deveria ser comemorada, o que é diferente de ser esquecida. É certo que as ditaduras já estão no passado, como o golpe que levou Getúlio Vargas ao poder em 1930 e também o golpe de 1964, que o pretenso “historiador” Dias Toffoli prefere chamar de revolução….

Porém, jamais devemos esquecer a tentativa mais recente, quando assistimos ao passado pretender voltar como farsa, com uma versão tardia de 1964 assombrando a sociedade brasileira no final de 2022.

TUDO SE SABE – Não há mais segredos, porque tudo se sabe sobre as ditaduras do passado. Livros foram escritos aos borbotões sobre o período medieval da ditadura de 64.

Cito duas obras emblemáticas: “O General do Pijama Vermelho”, da diplomata Laurita Mourão, filha do general Olympio Mourão Filho, que deu início ao golpe e depois se arrependeu, dizendo ser “uma vaca fardada”; e “Ditadura Envergonhada”, escrita pelo jornalista Elio Gaspari, que revisitou o regime militar por inteiro.

Falta saber a verdade sobre o malogrado golpe de 2022, que perdeu apoio militar a partir do fracasso do governo Bolsonaro na tentativa de provar fraude na eleição/apuração.

SEM COMEMORAR – Dois anos depois, o presidente Lula cometeu grave erro ao insistir em “comemorar” o 08/01.  O pronunciamento preparado para ser lido por Lula foi muito bom. Mas o discurso de improviso acabou sendo um desastre monumental.

Não citava nada de democracia e sim fatos pessoais da vida do presidente, mencionados na sua versão pessoal, além de gracinhas desnecessárias, como chamar o ministro presente na cerimonial de “Xandão”.

A grande bola fora e com tiro no pé de Lula foi dizer que ”na maioria das vezes, a amante é melhor do que as esposas”.

MUNIÇÃO DE GRAÇA – Desse jeito, o presidente deu munição de graça para a oposição e com certeza ainda perderá o apoio de muitas mulheres casadas, se concorrer à reeleição.

Pode-se esperar que esse recorte desastroso será reverberado à exaustão na campanha eleitoral de 2026. Lula era muito bom de improviso, mas agora caiu demais.

“Por que não te calas, senhor Lula?”, podíamos perguntar, parodiando o então rei Juan Carlos, da Espanha, que sentiu o peso da idade, não quis se perpetuar no trono e abdicou em favor do príncipe Filipe.

Uma experiência magnífica é passar 12 dias no mais absoluto silêncio

Meditação do silêncio - Conheça o centro Vipassana

Para meditação do silêncio, conheça o Retiro Vipássana

Antonio Carlos Rocha

Entre os dias 26/12/24 e 06/01/2025 ficamos em Retiro de Meditação Vipássana (budista), na cidade de Engenheiro Paulo Frontin, RJ, eu e minha esposa, no mais absoluto silêncio por 12 dias. Mais de 100 participantes de todas as idades, 50 homens e 50 mulheres, sem contar os servidores voluntários, mais de 20, preparando as refeições lacto-vegetarianas e duas professoras.

Ninguém paga um centavo, nem recebe, tudo fruto de doações. Ao final do curso, os que quiserem fazem donativos, a critério de cada um.

CELAS MEDITATIVAS – Em miniquartos individuais (celas meditativas) o Centro de Meditação tem separação de corpos, importante para esse período. Homens de um lado, mulheres do outro. Não se comunicam. Só no final do evento se reencontram.

O local existe há mais de 20 anos e pertence à linhagem leiga (não tem sacerdotes, nem monges) fundada pelo próspero industrial Sathya Narayan Goenka, que nasceu na antiga Birmânia, hoje Mianmar, (1920-1971), era casado e teve seis filhos. E depois viveu na Índia.

Tem locais de meditação espalhados por vários países, seguindo sempre o mesmo princípio, absolutamente grátis. Ecumênicos, todas as religiões são aceitas, é mais uma Filosofia de vida.

NUM PRESÍDIO – Na grande Belo Horizonte, já foi realizado um retiro de meditação dentro de um presídio masculino. Inspirado em um vídeo do Youtube sobre um curso semelhante realizado em uma prisão da Índia.

Goenka, como era conhecido, fez palestras na ONU sobre o seu projeto educacional para crianças, jovens e adultos de todas as idades.

No Brasil há centros de meditação em São Paulo, Rio de Janeiro e estão sendo construídos novos locais na Bahia e no Paraná.

IMERSÃO TOTAL – Quem experimenta essa prática do silêncio absoluto, a sensação de paz e tranquilidade chega a ser indescritível. Perguntei à minha esposa o que ela tinha sentido, ela respondeu: “Não tenho palavras para comentar, é um mergulho muito profundo em nosso interior”

Eu, de minha parte, declaro que chega um momento que transcendemos as palavras, a comunicação é intuitiva. Por mais que eu tente explicar o sentimento, a sensação é de amplitude, uma imersão total na Natureza.

Feliz 2025, Ano da Serpente, que começa em fevereiro, de acordo com a Astrologia Budista, também conhecida como Astrologia Chinesa. Diz a lenda que, certa feita, uma grande serpente Naja protegeu o Buda de uma chuva torrencial, ou seja, a cobra era domesticada…

Sem Marçal, Bolsonaro supera Lula em 2026, diz Paraná Pesquisas

Buscas por Lula superam Bolsonaro na Wikipédia pela 1ª vez desde 2018 |  Metrópoles

Bolsonaro e Lula parecem duas faces da mesma moeda

Lucas Schroeder e Renata Souza
CNN , São Paulo

Em cenário sem a presença de Pablo Marçal (PRTB), o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) supera o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) na disputa presencial de 2026 em números absolutos, segundo levantamento divulgado pelo instituto Paraná Pesquisas nesta segunda-feira (13).

Pela margem de erro, de 2,2 pontos percentuais, há empate técnico entre Bolsonaro e Lula. Foram ouvidas 2.018 pessoas entre os dias 7 e 10 de janeiro, e o nível de confiança é de 95%.

INELEGÍVEL – Bolsonaro está inelegível até 2030 por decisão do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), que entendeu que o ex-presidente cometeu abuso de poder político e uso indevido dos meios de comunicação ao fazer uma reunião com embaixadores em julho de 2022 e atacar, sem provas, o sistema eleitoral.

Na pesquisa, quando excluído Pablo Marçal, o resultado é o seguinte: Jair Bolsonaro (PL): 37,3%; Lula (PT): 34,4%; Ciro Gomes (PDT): 11,7%; Ronaldo Caiado (União Brasil): 5,4%; Helder Barbalho (MDB): 1,4%; Nenhum/Branco/Nulo: 6,2%; Não sabe/Não opinou: 3,6%

EMPATE TÉCNICO – Com o nome de Marçal na disputa, Lula e Bolsonaro surgem empatados tecnicamente: Lula (PT): 34,0%; Jair Bolsonaro (PL): 33,9%; Ciro Gomes (PDT): 11,3%; Pablo Marçal (PRTB): 6,1%; Ronaldo Caiado (União Brasil): 4,7%; Helder Barbalho (MDB): 1,2%; Nenhum/Branco/Nulo: 5,6%; Não sabe/Não opinou: 3,3%.

Já em cenário sem Bolsonaro, Lula vence a ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro (PL). Lula (PT): 34,5%; Michelle Bolsonaro (PL): 20,7%; Ciro Gomes (PDT): 12,9%; Pablo Marçal (PRTB): 11,5%; Ronaldo Caiado (União Brasil): 6,6%

COM TARCÍSIO – Em um quarto cenário, sem as presenças de Bolsonaro e Marçal, Lula também derrota o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas.

Lula (PT): 35,2%; Tarcísio de Freitas (Republicanos): 25,3%; Ciro Gomes (PDT): 15,2%; Ronaldo Caiado (União): 7,4%; Helder Barbalho (MDB): 1,8%; Não sabe/não opinou: 4,3%; Nenhum/Branco/Nulo: 10,9%

O instituto também avaliou um cenário espontâneo – quando não são apresentados os nomes dos candiatos aos eleitores. Veja os detalhes:

Lula (PT): 20,1%; Jair Bolsonaro (PL): 16,7%; Tarcísio de Freitas (Republicanos): 1,6%; Ciro Gomes (PDT): 1,2%; Pablo Marçal (PRTB): 0,7%; Ronaldo Caiado (União Brasil): 0,5%; Eduardo Bolsonaro (PL): 0,4%; Gusttavo Lima (Sem partido): 0,4%; Michelle Bolsonaro (PL): 0,4%; Outros nomes citados: 1,2%; Ninguém/Branco/Nulo: 6,8%; Não sabe/Não opinou: 49,8%.

Adélia Prado declara amor ao mundo, apesar do sofrimento inerente à vida

Tribuna da Internet | “Eu quero uma licença de dormir, perdão pra descansar  horas a fio…'Paulo Peres
Poemas & Canções

A professora, escritora e poeta mineira Adélia Luzia Prado de Freitas , no poema “O Tesouro Escondido”, afirma seu amor ao mundo e à natureza, apesar do sofrimento inerente à vida.

O TESOURO ESCONDIDO
Adélia Prado

Tanto mais perto quanto mais remoto,
o tempo burla as ciências.
Quantos milhões de anos tem o fóssil?
A mesma idade do meu sofrimento.
O amor se ri de vanglórias,
de homens insones nas calculadoras.
O inimigo invisível se atavia,
pra que eu não diga o que me faz eterna:
te amo, ó mundo, desde quando
irrebelados os querubins assistiam.
De pensamentos aos quais nada se segue,
a salvação vem de dizer: adoro-Vos,
com os joelhos em terra, adoro-Vos,
ó grão de mostarda aurífera,
coração diminuto na entranha dos minerais.
Em lama, excremento e secreção suspeitosa,
adoro-Vos, amo-Vos sobre todas as coisas.

Marketing não resolve inflação, dengue, má gestão nem base aliada

Arquivos marketing - Mindflow - Divulgando a Divulgação Científica

Charge do Cazo (Blogo do AFTM)

Eliane Cantanhêde
Estadão

Demorou, mas aconteceu o que Brasília inteira previa: o petista gaúcho Paulo Pimenta sai e o baiano Sidônio Palmeira entra na Secretaria de Comunicação da Presidência, com “carta branca” para montar a própria equipe e dar ordem de comando para que ministros e altos funcionários defendam o presidente Lula, o governo e eles próprios de ataques e fake news.

Daqui pra frente, tudo será diferente? Bem… marketing não faz milagre.

DIZEM OS NÚMEROS – Nenhum gênio da comunicação e do marketing tem poderes extraordinários para esconder, ou de preferência apagar, dados objetivos e oficiais.

Dois exemplos fresquinhos, de 2024: a inflação fechou em 4,83%, muito acima do centro da meta, 3%, e até do teto, 4,5%, e as mortes por dengue dispararam para 6.041, 400% a mais do que no ano anterior e ultrapassando a soma de 2015 a 2023.

Economia e Saúde são áreas críticas em qualquer país, para qualquer governo e não dá para jogar os números e a realidade debaixo do tapete.

ALTA DE PREÇOS – Além de pressionar juros e ameaçar os bons índices de crescimento que o Brasil vem atingindo no terceiro mandato de Lula, a inflação, sobretudo de alimentos, é um dos fatores econômicos que mais impactam a política e a popularidade dos governantes. Foi decisiva, por exemplo, para a derrota dos democratas para Donald Trump nos EUA.

O que falar da Saúde, que foi trágica no governo Bolsonaro e poderia ter gerado uma comparação nitidamente favorável para Lula? Não se viu nem ouviu nenhuma ação direta ou manifestação de Lula diante da dengue, que atingiu mais de seis milhões de brasileiros, nem se vê ou ouve um grande programa ou um grande sucesso do Ministério da Saúde.

Ao contrário, há registros de falta de vacinas, especialmente para crianças, contra catapora, Covid, meningite, hepatite…

CARTA BRANCA – As primeiras providências de Sidônio, engenheiro civil que se converteu ao marketing político, foram botar Fernando Haddad e o próprio Lula para desarmar as fake news contra mudanças no Pix e trocar a equipe de Pimenta, inclusive a responsável pelas redes sociais, amigona de Janja. Um teste e tanto para a tal carta branca.

E ele já assume com a Meta (Instagram, Facebook e WhatsApp) gerando um deus-nos-acuda e deixando rolar interesses políticos, religiosos, conservadores e financeiros nas redes.

É um desafio para o mundo democrático e o Brasil. Não dá para combater bomba atômica com armas convencionais, nem mísseis digitais com munição analógica. Sidônio sabe muito bem.

MÁ SITUAÇÃO – Lula chega a 2025 com aliança de Trump e big techs para agitar a extrema direita internacional, o que tem reflexos no Brasil.

E mais: falta de marca, críticas na gestão e na economia, Congresso guloso e arisco, popularidade claudicando, a candidatura à reeleição incerta e Haddad, o “plano B”, cercado por todos os lados.

Sidônio vem a calhar, mas não é salvador da lavoura nem da Pátria.

Piada do Ano! Petistas querem lançar Dirceu para presidir o partido

O ex-ministro José Dirceu

Com novo implante e nova plástica, Dirceu está tinindo

Mônica Bergamo
Folha

Lideranças do PT e de movimentos sindicais começam a se movimentar para lançar o nome de José Dirceu à presidência do PT. Na análise delas, o ex-ministro seria o único nome com estofo para defender a legenda nos dois anos que faltam para as eleições presidenciais, de governadores e de deputados e senadores, consideradas desafiadoras.

De acordo com um parlamentar do partido, uma eventual candidatura de Dirceu correria como rastilho de pólvora, e seria apoiada pela ampla maioria da legenda.

DIRCEU E GLEISI – De acordo com o mesmo deputado, há duas pessoas que são adoradas pelos militantes da legenda: o ex-ministro e Gleisi Hoffmann, que deixa o comando do partido em julho de 2025. A renovação da direção do partido nas esferas municipal, estadual e federal será feita por eleição direta.

Sindicalistas já procuraram o ex-ministro para falar sobre o assunto, e volta e meia, depois de discursar em eventos partidários, ele é abordado sobre uma possível candidatura.

O ex-ministro, no entanto, repete que vai fazer 80 anos e não quer “de jeito nenhum” presidir a legenda, já que fez isso “a vida inteira” em décadas passadas. Entre 1995 e 2003, ele comandava o partido, sendo considerado o principal artífice da primeira eleição de Lula para presidente, em 2002.

E EDINHO? – O nome de Dirceu também enfrentaria resistência em setores ligados ao governo. E o ex-ministro já tem candidato para o cargo: o prefeito de Araraquara (SP), Edinho Silva —que tem também o aval de Lula.

Em dezembro, o Superior Tribunal de Justiça (STJ) encerrou todos os processos contra o petista, após o ministro do STF (Supremo Tribunal Federal) Gilmar Mendes ter anulado suas condenações.

Depois da decisão de Gilmar, os demais tribunais ficaram com a responsabilidade de analisar se os casos ainda poderiam ser reiniciados na Justiça. Foram julgados três processos que envolvem o ex-ministro-chefe da Casa Civil do primeiro mandato de Lula, todos sob a relatoria da ministra Daniela Teixeira.

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NOTA DA REDAÇÃO DO BLOG
Faz sentido essa movimentação a favor de Dirceu. Se o PT pode ter na Presidência da República um corrupto tríplice coroado como Lula da Silva, condenado em três instâncias, sempre por unanimidade, por que o partido não pode ser presidido por José Dirceu, também tríplice coroado? Faz sentido. (C.N.)

A população do Rio e do Brasil não aguenta mais tanta violência e medo

Trump escapou sem receber pena, mas Bolsonaro não conseguirá escapar

Bolsonaro mostra confiança de que estará na posse de Trump

Bolsonaro mantém um bom relacionamento com Trump

Wálter Maierovitch
do UOL

Donald Trump, por ter sido eleito presidente, recebeu uma colher de chá. Passaram o pano antes da dosagem (individualização), numa pena que poderia ter chegado a quatro anos. Ele foi sentenciado pelo caso dos pagamentos à atriz pornô Stormy Daniels e entra para a história como o primeiro chefe de Estado condenado a assumir o poder nos EUA.

Jair Bolsonaro, pelo risco de fuga, deverá ter indeferido, mais uma vez, pelo STF a restituição de seu passaporte, documento necessário para sair do país, após ele divulgar que foi convidado para a posse de Trump. Com isso, aparecer, como papagaio de pirata, ao lado de figurões internacionais, representantes da direita não democrática e a daquela radical, de matriz fascista.

ANISTIA DO VOTO – Pela cabeça americana, nada mais justo aconteceu com Trump. Os cidadãos votantes, que sabiam da sua condenação por júri estadual no caso da compra do silêncio da atriz, cassaram a condenação e deram-lhe um mandato presidencial, ganho com folga contra a democrata Kamala Harris.

No sistema jurídico da common law, a decisão de reconhecer o crime e suspender incondicionalmente a execução da pena não surpreende em nada.

Na plea-bargaining pode-se apagar tudo, como se não tivesse acontecido nada. No Brasil, até quatro anos daria regime prisional aberto.

Trump, sem precisar cumprir pena por ser presidente eleito, estabelece o precedente jurisprudencial — valerá para um próximo presidente em igual situação.

NÃO HOUVE PENA – Como nenhum presidente americano pode ter mais do que dois mandatos, simultâneos ou não, Trump não poderá, no futuro, beneficiar-se do próprio precedente. Enfim, Trump ficou com condenação, mas sem nenhuma pena. Como se diz no popular, ficou incensurável.

No Brasil, durante todo o seu mandato presidencial, Jair Bolsonaro se preocupou com um plano golpista para permanecer no poder.

Cansou de imitar Trump, sem a mesma competência. Em todo 7 de setembro, querendo se apropriar da data, tornava explícita a intenção de passar por cima da Constituição, acabar com o Estado de Direito e se perpetuar no poder.

CRIMES GRAVES – A invasão e destruição das sedes dos Três Poderes, no 8 de janeiro, foi outra imitação. Na verdade, o 8 de janeiro foi o Capitólio de Bolsonaro.

Em breve —e não vai passar de fevereiro próximo—, Bolsonaro deverá ser processado criminalmente por crimes graves. Dentre eles, golpe de Estado e tentativa de abolição violenta do Estado Democrático de Direito.

Desde quando teve negado o primeiro pedido de devolução do passaporte, a sua situação só se agravou. Pode-se presumir, com indicativos consistentes, a fuga de Bolsonaro, para evitar ir para a cadeia em regime fechado.

Com a fuga, uma vez exilado, poderá ter um palanque golpista e desestabilizador fora do Brasil.

OUTRAS FUGAS – Bolsonaro já fugiu uma vez para Miami. Um ano depois, passou três dias na embaixada da Hungria, do autocrata e amigo Viktor Orbán, e está à véspera de ser denunciado criminalmente e processado.

Além disso, o seu homem forte do golpismo, general Braga Netto, está preso. E existe a delação do seu “pau-mandado”, o ajudante golpista tenente-coronel Mauro Cid.

Como Bolsonaro não adota o princípio ético militar de “não abandone o companheiro ferido numa batalha”, existe, entre os militares do time golpista abandonados e jogados ao mar por Bolsonaro, uma forte inclinação de colaboração com a Justiça —juridicamente, uma busca do direito premial pela delação, mas, acima de tudo, transmitir um ato de arrependimento, de contrição por amor à pátria.

SEM O PODER – Trump não é fujão. Não entrega aliados. É poderoso economicamente e chegará ao poder real no dia 20. Goza de amplo apoio popular, esperteza, desonestidade e falta de escrúpulos.

Já Bolsonaro não tem mais o poder, o mandato presidencial. É fujão e covarde ao entregar aliados. Não é poderoso economicamente, apenas um peculatário de joias da União. Não goza de apoio popular majoritário.

No fundo, só é desonesto, golpista e populista como Trump.