TSE julga ações contra Lula e Bolsonaro que a Procuradoria considera inválidas

Corregedor do TSE nega pedido de Bolsonaro para retirar minuta de  investigação

Benedito desprezou parecer e quer condenar Bolsonaro

Levy Teles
Estadão

Ao mesmo tempo em que o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) continua o julgamento de três ações contra o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) nesta semana, a Corte analisará duas ações contra o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). A coligação da campanha de Bolsonaro moveu ambos os casos contra o atual chefe do Executivo. Em caso de condenação, Lula poderia ter o mandato cassado e ficar inelegível por oito anos, assim como aconteceu com Bolsonaro em junho. Todas essas matérias estão na pauta desta terça-feira, 17.

O corregedor-eleitoral, Benedito Gonçalves,cé o relator de todas as ações contra Bolsonaro e Lula na pauta do TSE desta terça-feira.

ABUSO DE PODER – No primeiro caso contra Lula, os autores afirmam que a campanha petista cometeu abuso de poder econômico e dos meios de comunicação. A alegação é que, ao pesquisar palavras-chave como “Lula corrupção PT”, “Lula corrupto”, “Lula Lava Jato”, entre outros, em buscadores na internet, um anúncio pago pela campanha que falava de sua inocência e de uma perseguição ao atual presidente era o primeiro resultado na busca.

De acordo com a campanha de Bolsonaro, a estratégia “tinha a intenção de ocultar/falsear a verdade” e que só seria possível saber sobre as condenações sofridas por Lula na segunda página de pesquisas, “devido ao especial número de outras matérias que se antepunham à sua busca”.

Na segunda ação, a coligação de Bolsonaro argumenta que Lula teria cometido a prática do uso indevido dos meios de comunicação, ao fazer propaganda eleitoral irregular no dia do primeiro turno, 2 de outubro, e contou com o apoio de uma das principais emissoras de TV do Brasil para isso.

PROCURADORIA REJEITA – Em ambos os casos contra Lula, a Procuradoria-Geral Eleitoral ofereceu parecer em que julga a improcedência do pedido — o mesmo acontece com as três ações contra Bolsonaro. Benedito Gonçalves, o corregedor-geral eleitoral, é o relator de todas elas.

Por ser um braço do Ministério Público Federal (MPF), mesmo sem ser autora do processo, a Procuradoria Eleitoral se manifesta nas ações de investigação judicial eleitoral, opinando pela procedência ou pela improcedência dos pedidos.

O julgamento das ações contra Bolsonaro começou na última terça-feira, 10, com a leitura do relatório de Benedito Gonçalves, a apresentação dos argumentos da acusação e da defesa e a manifestação da Procuradoria-Geral Eleitoral. O julgamento será retomado na próxima terça-feira com o voto do relator.

INELEGIBILIDADE – Duas ações foram propostas pelo PDT e são assinadas pelo advogado Walber Agra, que foi à tribuna do TSE defender a inelegibilidade de Bolsonaro. Essas ações são sobre as lives feitas pelo ex-presidente nos dias 18 de agosto e 21 de setembro de 2022. A sigla argumentou que Bolsonaro teria usado as estruturas do poder público para pedir votos para ele mesmo e para apoiadores.

A live de agosto, por exemplo, foi feita dentro do Palácio do Planalto. No final dela, o ex-presidente pediu voto para correligionários e chegou a mostrar os santinhos deles. O PDT conseguiu uma liminar do TSE para que a live de setembro fosse retirada do ar.

A terceira ação que vai a julgamento nesta terça é de autoria da coligação do PT e foi assinada, na época, pelo então advogado e hoje ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Cristiano Zanin. O alvo são encontros que Bolsonaro fez nos dias 3, 4 e 6 de outubro de 2022 com governadores e artistas no Palácio do Alvorada para demonstrar apoio e pedir votos.

JÁ É INELEGÍVEL – Em junho deste ano, o TSE tornou Bolsonaro inelegível por oito anos, pelo placar de 5 a 2, após ele ser considerado culpado por abuso de poder político e uso indevido dos meios de comunicação, em razão de uma reunião em que atacou as urnas eletrônicas diante de diplomatas.

Em setembro, a Corte rejeitou um recurso apresentado pela defesa do ex-presidente manteve sua inelegibilidade até 2030. Neste caso, a derrota de Bolsonaro se deu por sete votos a zero.

Depois disso, Bolsonaro entrou com novo recurso, agora no Supremo Tribunal Federal (STF), que não costuma derrubar decisões tomadas pelo plenário do TSE.

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NOTA DA REDAÇÃO DO BLOG
As acusações são frágeis, tanto no que se refere a Bolsonaro quanto a Lula. O mais correto seria absolvê-los, mas o relator já pediu a condenação de Bolsonaro nos três processos. Como diz a velha piada política referente a Benedito Valadares, governador de Minas na ditadura de Vargas durante 12 anos, “será o Benedito?”. (C.N.)

“Escrevo uma vez mais um poema… Ou outra vez mais outro lamento”

André Luiz Schossland - Desenhista projetista - Free lancer | LinkedIn

Schossland, um poeta  inspirado

Paulo Peres
Poemas & Canções

Autor de 195 poemas, o projetista e poeta André Luiz Schossland (1973-2021), nascido em Joinville (SC), no poema “Surdina”, expressa o que escreveu sobre momentos, sentimentos, caminhos e pessoas durante a vida.

SURDINA…
André Luiz Schossland

Escrevi tanta coisa
Nesta vida…
Foram tantos versos

Falei sobre o dia… Falei sobre a noite
Povoei-me de dores, mas também
Sem querer, falei de amores…

Fiz paralelos, trilhei por caminhos
Que nem mesmo conheci, mas também
Foram tantos que com certeza vivi.

Falei de meu pai,
Construí versos para meu irmão
Lembrei-me de meu filho,
Mas não consegui nem mesmo
Escrever versos para minha mãe.

Foram tantos versos sobre amor,
Solidão, foram lágrimas, foram choros
Foram por certo incontidas as investidas,
Mas já estão cansadas minhas pálpebras
Na surdina desta noite que suporto…

Escrevo uma vez mais um poema…
Ou outra vez mais outro lamento?

Gilmar e Barroso deviam botar na cabeça que o golpe foi evitado pelos militares

AO VIVO: Gilmar Mendes 'fala demais' (veja o vídeo)

Gilmar Mendes arrasou com sua reconstrução facial

Carlos Newton

Algumas vezes, o jornalista de política mais parece um cronista social. Quer falar sobre os importantes assuntos na pauta do Supremo Tribunal Federal, mas sabe que naqueles luxuosos palácios –  (a sede e o anexo II) – o que mais se comenta hoje não são os processos, mas a fabulosa reconstrução facial a que se submeteu Gilmar Mendes e a discreta peruca attaché que o novo presidente Luís Roberto Barroso passou a usar.

Em sociedade tudo se sabe, dizia Ibrahim Sued, e os ministros do Supremo se tornaram mais vaidosos desde que entrou no ar a TV Justiça, uma inovação mundial, que transformou os integrantes da corte numa espécie de atores de uma novela jurídica que não tem mais fim e que justifica esses recursos estéticos.

Barroso liga para Pacheco para se explicar

A peruca discreta rejuvenesceu Barroso

ESTÁ NA MODA – O fato concreto é que a peruca está na moda no Supremo a partir da posse de Luiz Fux, que sempre usou, desde os tempos de juiz, e recentemente adotou um modelo grisalho. Na atual composição, temos também Barros Nunes e André Mendonça, que disseram ter feito implantes, mas usam peruca, mesmo.

Quem fez implante foi Dias Toffoli, mas sua genética é perversa e ele está cada vez mais calvo, assim como Gilmar Mendes e Edson Fachin, mas deles nenhum chega aos pés de Alexandre de Moraes, que usava peruca quando jovem, depois desistiu.

E agora, com a entrada de Cristiano Zanin, já pertinho da calvície, constata-se que ser careca é um dos principais pré-requisitos para ministro, o que deixa de fora o mais famoso advogado de Brasília, o milionário franco-brasileiro Antonio Carlos de Almeida Castro, o Kakay, que não tem a menor chance de ser indicado.

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P.S. 1 –
Nada tenho contra os carecas. Aliás, estou quase chegando lá. Sinto um frio enorme no telheiro, e no inverno uso uma boina tipo Che Guevara, fico mais jovem e revolucionário. De toda forma, realmente seria interessante que os ministros do Supremo tivessem alguma coisa na cabeça, respeitassem as leis e suas limitações no equilíbrio dos Poderes.

P.S. 2 – Assim, quando vejo Gilmar e Barroso se jactando de que o Supremo elegeu Lula e manteve a democracia no Brasil, fico surpreso e estarrecido. Não sei como eles podem ficar dizendo essas lorotas, se até os porteiros do STF sabem que o tal golpe de Estado foi impedido pelos militares (leia-se: Alto Comando do Exército). É para eles, os milicos, que devemos tirar os chapéus, com peruca e tudo. O resto é folclore, como diz nosso amigo Sebastião Nery, que por acaso também é careca. (C.N.)

Lewandowski diz a Pacheco que apoia PEC que fixa um mandato para ministro do STF

Lewandowski prepara saída do STF com poder de opinar sobre sucessor | VEJA

Lewandowski saiu do STF,  mas continua como advogado

Igor Gadelha
Metrópoles

Recém-aposentado do STF, Ricardo Lewandowski defendeu ao presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), a PEC que institui mandato para ministros do Supremo. Os dois conversaram sobre o assunto no decorrer de um fórum internacional em Paris, durante o fim de semana. O evento foi promovido pelo grupo empresarial Esfera Brasil.

Em uma conversa reservada, Lewandowski sugeriu a Pacheco que a PEC seja debatida por um grupo de trabalho, como o criado para discutir a revisão da Lei do Impeachment.

Aposentado compulsoriamente do STF desde abril, após completar 75 anos de idade, Lewandowski defende prazo entre 10 e 12 anos para mandato de ministros da Corte.

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NOTA DA REDAÇÃO DO BLOG
Parece Piada do Ano! Ricardo Lewandowski ficou como ministro do Supremo até completar 75 anos, quando poderia ter se aposentado muito antes, e agora defende mandato de 10 ou 12 anos para os novos ministros a serem empossados. Com isso, Lewandowski desagradou grandes amigos, como Gilmar Mendes, que está lutando contra o mandato a ministros. Como ensina o ditado, nada como um dia atrás do outro… (C.N.)

Conflitos entre forças de Israel e Hezbollah se intensificam na fronteira com o Líbano

A bandeira palestina e a bandeira do Hezbollah balançam ao vento em um mastro enquanto as forças de manutenção da paz da Força Interina das Nações Unidas no Líbano (UNIFIL) patrulham a área fronteiriça entre o Líbano e Israel na colina Hamames, na área de Khiyam, no sul do Líbano, em 13 de outubro , 2023. — Foto: Joseph EID / AFP

As bandeiras da Palestina e do Hezbollah tremulam juntas

Deu no g1

Os combatentes libaneses do Hezbollah lançaram ataques contra postos do exército israelense e uma vila na fronteira norte neste domingo (15). E Israel retaliou com ataques no Líbano.

Os disparos esporádicos na fronteira Israel-Líbano durante a semana passada levantaram preocupações de que os combates com militantes do Hamas em Gaza pudessem evoluir para um conflito mais amplo.

PRIMEIRAS VÍTIMAS – O ataque do Hezbollah a Shtula, uma comunidade agrícola israelense, matou uma pessoa e feriu outras três, disseram o grupo e médicos israelenses. O Hezbollah também disse que atacou quartéis em Hanita, em Israel, com mísseis guiados e disse que infligiu baixas “às fileiras inimigas”.

Os militares israelenses afirmaram ter conduzido ataques no Líbano em retaliação e declararam uma zona a 4 km da fronteira libanesa fora dos limites ao acesso público. Três fontes de segurança confirmaram à Reuters que a artilharia israelense atingiu diversas áreas no sul.

O braço armado do Hamas, as Brigadas Al Qassam, disse ter disparado 20 foguetes do Líbano contra dois assentamentos israelenses.

ESCALADA AUMENTA – A força de manutenção da paz das Nações Unidas, Unifil, disse que a sua sede no sul do Líbano foi atingida por um foguete, mas ninguém ficou ferido. A organização disse que estava trabalhando para determinar de onde veio o projétil.

“Continuamos a envolver-nos ativamente com as autoridades de ambos os lados, mas, lamentavelmente, apesar dos nossos esforços, a escalada militar continua”, afirmou a Unifil em comunicado.

O ministro da Defesa de Israel disse no domingo que Israel não tem interesse em travar uma guerra na sua frente norte. “Não queremos agravar a situação”, disse o ministro da Defesa, Yoav Gallant. “Se o Hezbollah escolher o caminho da guerra, pagará um preço muito alto. Muito pesado. Mas se conter as agressões, respeitaremos isso e manteremos a situação como está.”

GRUPO RESPONDE – O Hezbollah disse que está pronto para lutar contra Israel e que não se deixará influenciar pelos apelos dos Estados árabes e de potências estrangeiras para que fique à margem.

Fontes dizem que o Hezbollah concebeu as suas ações até agora para serem de âmbito limitado, evitando uma grande repercussão no Líbano e mantendo as forças israelenses ocupadas.

Mas Israel pode lutar em duas ou mais frentes, dizem militares. O país está preparado, informou seu principal porta-voz militar neste domingo, assinalando que o movimento Hezbollah, apoiado pelo Irã, está aumentando as tensões na fronteira com o Líbano para impedir uma ofensiva de Israel em Gaza.

Constatação! É melhor discutir o futuro do Brasil em Paris do que na Favela da Maré

Em Paris, Rodrigo Pacheco e Gilmar Mendes protagonizam embate sobre limites dos Três Poderes - Diplomacia Business

Gilmar, Dantas e Pacheco, mediados por William Waack

Vicente Limongi Netto

“Melhor ser infeliz em Paris”, dizia Sérgio Porto. “Como Paris é linda no outono”, vibra o jornalista Cláudio Magnavita. A capital francesa realmente é cenário ideal para fugir dos maníacos matando inocentes em Israel e Faixa de Gaza.

Também para esquecer das enchentes destruindo casas e desalojando moradores, no Paraná e Santa Catarina. Ou, ainda, para aliviar a secura da fumaça das queimadas que maltratam a saúde e o humor dos moradores de Manaus.

TAPETES E BANDEIROLAS – Nesse sentido, como ninguém é de ferro, o feriadão abriu passagem, com tapetes e bandeirolas, ao som de violinos, para acolher, em Paris, os notáveis e operosos presidentes do Senado e da Câmara dos Deputados, Rodrigo Pacheco e Arthur Lira.

Com a mesma pompa, o presidente do Supremo, ministro Luiz Roberto Barroso, com o agora amigo Gilmar Mendes, o presidente do Tribunal de Contas da União, ministro Bruno Dantas, e o governador do Pará, Helder Barbalho, entre outros felizes, premiados e garbosos cidadãos brasileiros, escalados para elegante e sacrificante regabofe do grupo Esfera.

Nota-se como a vida é bela. Para os mesmos.

DIA DO MESTRE – Tive bons professores. No jornalismo, nas escolas, em casa e na vida. Guardo eespeito e admiração por todos eles. Alguns deles estão no céu. Constatam que não erraram em acreditar em minhas virtudes.

A jornalista Ana Dubeux (Correio- Braziliense – 15/10) deposita todas suas esperanças nos professores. A seu ver, os mestres “são passaporte para o futuro”. Professores ganham prêmio Nobel em todas as categorias. São premiados com títulos de Honoris Causa, são eternizados em nomes de ruas, praças e avenidas. Professores são amigos e confidentes. Bons alunos amam os professores.

No Brasil, porém, geralmente são vítimas do descaso. São humilhados, insultados, ganham pouco. Nunca são valorizados como merecem. A gratidão e louvores de Ana Dubeux expressam bem a alegria da maioria das famílias: “A todos os que abraçaram esse ofício revolucionário, o nosso agradecimento e a nossa eterna homenagem. Sempre estaremos aqui para reforçar sua importância”.

Lula diz que não há obrigatoriedade de indicar mulher ou negro para Supremo

De olho no STF? Veja charges do Tacho sobre a Justiça - Entretenimento -  Jornal NH

Chsrge do Tacho (Jornal NH)

José Carlos Werneck

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva afirma que não pretende adotar o gênero ou a cor como critério para escolha do novo ministro do Supremo Tribunal Federal na vaga aberta com a aposentadoria da ministra Rosa Weber. Perguntado sobre a indicação, disse ter “várias pessoas na mira” e que definição será feita “no momento certo”

“O critério não será mais esse. Eu estou muito tranquilo de escolher uma pessoa que possa atender os interesses do Brasil. Uma pessoa que tenha respeito pela sociedade brasileira. Que tenha respeito, mas não medo da imprensa. Sem precisar ficar votando pela imprensa. Já tem várias pessoas em mira. Não precisa perguntar questão de gênero ou de cor. No momento certo vão saber quem eu vou indicar”, ressaltou o presidente.

PROCURADORIA – Sobre a sucessão na Procuradoria-Geral da República, em que ele também precisa decidir um nome, disse que ainda está mantendo entendimentos. Por enquanto a procuradora Elizeta Maria de Paiva Ramos está ocupando interinamente o cargo.

“Vou escolher tudo no seu tempo. Estou ouvindo, conversando para tomar uma decisão”.

Lula tem sido cobrado por indicações de mulheres e negros para a Suprema Corte. A pressão aumentou após Lula demitir a ministra Ana Moser dos Esportes e reduzir o número de mulheres no primeiro escalão. Antes disso, indicou o advogado Cristiano Zanin para a vaga do ex-ministro Ricardo Lewandowski no Supremo.

UM GRANDE NOME – A hora das indicações está chegando, as pressões aumentam a cada dia e em Brasília se comenta que Lula já fez sua escolha.

Bem que ele poderia escolher alguém como Márcio Thomaz Bastos, que foi ministro da Justiça durante seu primeiro mandato e durante três meses do segundo, e que morreu em 20 de novembro de 2014, em São Paulo.

Márcio Thomaz Bastos, uma escolha pessoal de Lula, era um jurista brilhante, que honrou a Pasta por ele ocupada. Precisamos torcer muito para que o presidente acerte em suas indicações, tanto para o STF quanto para a PGR.

Israel atende aos apelos e restabelece serviço de água ao sul da Faixa de Gaza

Palestinos enchem recipientes com água potável de um veículo de distribuição de água, em meio à crise hídrica causada pelo cerco israelense à Faixa de Gaza

Caminhões-pipas levaram água aos moradores palestinos

Jessica Bernardo
Metrópoles

O Ministro da Energia e Infraestruturas israelense, Israel Katz, anunciou neste domingo (15/10) que o governo voltará a fornecer água para o sul da Faixa de Gaza. Desde 9 de outubro, o serviço estava totalmente interrompido na região. A mudança de postura se deu após acordo entre o primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, e o presidente dos Estados Unidos, Joe Biden.

“A decisão de abrir as águas ao sul da Faixa de Gaza, acordada entre o primeiro-ministro Netanyahu e o presidente Biden, resultará no deslocamento da população civil para o sul da Faixa de Gaza e permitirá reforçar o cerco geral em Gaza nas áreas de eletricidade, água e combustível”, escreveu Katz na rede social X, antigo Twitter.

DESTRUIR O HAMAS – Para ele, a ação facilitará a operação das forças de segurança israelenses no sentido de “destruir a infraestrutura do Hamas” durante o conflito no Oriente Médio.

O corte de água, eletricidade e combustíveis a palestinos foi criticado por integrantes da Organização das Nações Unidas (ONU), que lembraram o risco do aumento da propagação de doenças entre a população forçada a usar água suja.

Nesse sábado (14/10), a Agência das Nações Unidas para os Refugiados da Palestina (UNRWA, na sigla em inglês) publicou nota pedindo que o fornecimento de combustível fosse restabelecido para disponibilizar água aos cidadãos.

VIDA OU MORTE – “Tornou-se uma questão de vida ou morte. É obrigatório. É necessário entregar agora combustível a Gaza, para disponibilizar água a 2 milhões de pessoas”, afirmou Philippe Lazzarini, comissário-geral da UNRWA.

A agência calcula que 650 mil pessoas tenham sido afetadas pela escassez de água potável na região.

No mesmo dia, o ministro de Energia e Infraestruturas compartilhou imagens de satélite que mostram o apagão provocado em Gaza após o corte de energia.

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NOTA DA REDAÇÃO DO BLOG
O presidente americano entrou na questão em boa hora. Matar de sede e de fome é até mais cruel do que dar um tiro. Surge uma tênue esperança de paz, mas muito tênue, mesmo. (C.N.)

Lula ainda busca fórmula para lidar com aplicativos e o novo mundo do trabalho

Yahoo Noticias - Taxistas, sejam realistas: alguma vez na história adiantou  ir na contramão das novas tecnologias? O que você, consumidor, pensa a  respeito disso tudo? Comente a charge do Alpino. #yahoobr |

Charge do Alpino (Yahoo Notícias)

Bruno Boghossian
Folha

Lula tinha uma ideia fixa antes de sair de cena para a cirurgia no quadril. Nos dez dias que antecederam a operação, o presidente falou oito vezes sobre o que já chamou de “novo mundo do trabalho”. Afirmou estar incomodado com empregos precários e bateu na tecla da regulação dos aplicativos de entregas.

“Tem muita gente trabalhando em condições quase subumanas”, disse. “A gente não está naquela de exigir que tenha carteira profissional assinada se não quiser. […] O que a gente tem preocupação é garantir para ele um sistema de seguridade social, que, quando ele estiver numa situação difícil, tenha o Estado para dar um suporte de sobrevivência.”

UM MUNDO NOVO – O mundo do trabalho é hoje bem diferente daquele com que Lula conviveu até 2010. Ainda que uma política para o salário mínimo e o incentivo à abertura de vagas na construção civil tenham efeitos positivos, formuladores petistas reconhecem que o governo precisa encontrar soluções que representem uma atualização de sua plataforma.

A gestão de Lula ainda patina. Nas últimas semanas, o ministro do Trabalho lançou provocações aos aplicativos (propondo uma ideia incipiente de concorrência estatal e sugerindo que as empresas podem ir embora se quiserem) e retomou a pauta do financiamento de sindicatos.

Aliados do presidente admitem que os desafios são maiores e que faltam planos para enfrentar temas como a qualificação profissional para a economia verde e para setores dependentes de novas tecnologias.

ASSUNTO DELICADO – No caso dos aplicativos, o perigo é aborrecer uma parcela de trabalhadores que temem perder autonomia e rejeitam o controle do governo.

O PT considera o assunto delicado porque sua relação política com a classe trabalhadora mudou depois de 2013.

Além das transformações nas relações entre patrão e empregado, a última década foi marcada por uma expansão de visões conservadoras sobre o papel do Estado, pelo enfraquecimento do movimento sindical e por uma perda de espaço do partido nas periferias.

Europa teme apoiar uma “limpeza étnica” dos palestinos, que Israel está ameaçando realizar

Isaac Herzog: Israel's new president is softly spoken veteran of  centre-left | Israel | The Guardian

Presidente de Israel diz que todos os palestinos são culpados

Nelson de Sá
Folha

O Financial Times noticia o “nervosismo” da União Europeia com a chegada da alemã Ursula von der Leyen no momento do ultimato de Israel aos palestinos: “A preocupação é que a presidente da Comissão Europeia pareça estar apoiando ações que causarão vítimas civis em massa — e que serão rotuladas como crimes de guerra”.

“Nós podemos estar prestes a assistir a uma limpeza étnica massiva”, afirma uma autoridade da UE a Gideon Rachman, do FT. “A UE já deveria ter se alinhado aos apelos do secretário-geral da ONU para que Israel respeite o direito humanitário internacional”, fala outra.

PREÇO ELEVADO – O problema é a Europa ser prejudicada por isso. “As autoridades europeias dizem que estão se focando na resposta fora do Ocidente. ‘Nosso receio é que paguemos um preço elevado no Sul Global por causa deste conflito’, afirma uma autoridade da UE.”

Ecoa pela plataforma X a resposta do presidente israelense Isaac Herzog a uma pergunta da rede britânica ITV: “O que Israel pode fazer para aliviar o impacto deste conflito sobre dois milhões de civis, muitos dos quais não têm nada a ver com o Hamas?”

“É uma nação inteira que é responsável. Não é verdade essa retórica sobre os civis não estarem conscientes, não estarem envolvidos. Não é verdade, absolutamente. Eles poderiam ter-se levantado, poderiam ter lutado contra aquele regime maligno que tomou o controle de Gaza.”

“SÃO NAZISTAS” – Em seguida, também a CNN cobrou resposta, sem conseguir. A rede americana enfatizou que “a punição coletiva de uma população civil equivale a um crime de guerra”.

A britânica Sky News já havia questionado um ex-primeiro-ministro: “E aqueles palestinos no hospital, bebês cujo suporte de vida terá de ser desligado porque os israelenses cortaram a energia?”

“Você está falando sério, continua me perguntando sobre os civis palestinos? O que há de errado com você? Você não viu o que aconteceu? Estamos lutando contra nazistas” – foi a resposta.

Após atritos com Congresso, o Supremo agora deve se desgastar com o governo

Conhecimento além da sala de aula: OAB defenderá, no STF, regra que obriga  cartório a aceitar casamento gay

Charge do Nani (nanihumor.com)

Danielle Brant
Folha

Depois de ser alvo de uma ofensiva do Congresso nas últimas semanas, o STF (Supremo Tribunal Federal) se prepara para se desgastar com o Executivo por causa da retomada do julgamento sobre a revisão da correção do FGTS (Fundo de Garantia do Tempo de Serviço), marcada para esta quarta-feira, dia 18.

A ADI (ação direta de inconstitucionalidade) apresentada pelo Solidariedade questiona a atual correção do saldo das contas do fundo —TR (Taxa Referencial) mais 3% ao ano. O partido afirma que a fórmula prejudica o patrimônio do trabalhador por não repor perdas inflacionárias.

REMUNERAÇÕES – A caderneta é remunerada em 0,5% ao mês mais TR (Taxa Referencial) se a taxa Selic for maior que 8,5% ao ano. Se o juro básico for menor que esse patamar, rende 70% da Selic mais a TR. Para depósitos até 3 de maio de 2012, a remuneração é de 0,5% ao mês mais TR.

Em apresentação de agosto que acompanha memorial da AGU (Advocacia-Geral da União) sobre a ação, a Caixa Econômica Federal argumenta que, caso o FGTS passe a remunerar as contas vinculadas pela poupança, “haverá a inversão da lógica da gestão do Fundo”.

Alega a Caixa que o Fundo passará a privilegiar a rentabilidade ao invés da promoção da aplicação nas áreas prioritárias de desenvolvimento da infraestrutura, do saneamento básico e da moradia de interesse social.”

DIZ O MINISTÉRIO – Segundo estimativas do Ministério das Cidades validadas pela Caixa, se o FGTS deixar de cumprir esse papel, o custo para os cofres públicos seria de aproximadamente R$ 17 bilhões ao ano.

A pasta afirma que o fundo perderia “capacidade de financiar o público de menor renda, maioria dos cotistas, deixando-o sem alternativa de crédito para a aquisição da moradia própria.”

Nos bastidores, Barroso argumenta que, para minimizar o impacto sobre a política habitacional, o governo poderia estudar novas fontes de financiamento ao setor sem precisar prejudicar recursos do trabalhador.

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NOTA DA REDAÇÃO DO BLOG
É tudo conversa fiada. O dinheiro do FGTS pertence ao trabalhador e não é justo que o receba corroído pela inflação. E a mudança não vai prejudicar a política da casa própria. Pelo contrário, haverá muito mais recursos para distribuir em financiamento. Continuar o sistema atual é a mesmo coisa que assaltar o trabalhador na fila do ônibus. (C.N.)

Israel pode dar mais prazo para o deslocamento de palestinos, mas atenção máxima permanece

Vários países apelam para evitar um massacre generalizado

Pedro do Coutto

Surgiram notícias na manhã deste sábado de que, atendendo a apelos formalizados por vários países, o governo de Israel poderá ampliar o prazo para que seja cumprido o seu ultimato ao deslocamento dos palestinos que vivem ao Norte de Gaza para o Sul da Faixa. Mas a atenção máxima permanece, sobretudo em relação ao posicionamento do Egito quanto à abertura de uma rota de saída através de seu país para que as populações ameaçadas possam sair de Gaza.

Brasileiros que saíram da área Norte buscando retorno ao nosso país pelo território egípcio estão vivendo uma atmosfera de temor e incerteza, pois é possível que forças israelenses atuem para bloquear a rota para a liberdade.

CUIDADO – A situação exige um cuidado absoluto nos entendimentos entre as autoridades, já que a rota de saída pelo Egito pode motivar parcelas muito grandes da população que, como é natural, encontram-se sensivelmente pressionadas pelas circunstâncias, principalmente em relação aos prováveis combates na Faixa de Gaza quando a invasão terrestre israelense se consumar.  

Uma situação, portanto, aterrorizante está sendo acompanhada pelo mundo inteiro na busca por uma possível saída, evitando-se um massacre generalizado que inevitavelmente atingirá centenas de milhares de seres humanos que nada tem a ver com o Hamas, mas que poderão sofrer as consequências pelos ataques terroristas no fim da semana passado ao Estado de Israel. O problema é gravíssimo.

APOIO – O primeiro-ministro Netanyahu tem o apoio da oposição para um ataque. Mas é preciso considerar o pensamento da população de Israel de modo geral e também a opinião pública universal, já que o conflito envolve quase que diretamente todos os países, entre eles as grandes potências.

O Conselho de Segurança da ONU, presidido este mês pelo Brasil, não chegou a um consenso sobre a saída da crise. O aspecto humanitário não foi suficiente para se sobrepor a realidade da guerra. Com isso, todos os humanistas deploram a falta de uma solução viável e, sobretudo, humana. A morte de inocentes de todos os lados é um trauma incrível.

No Dia do Mestre, um poema de Cora Coralina em homenagem aos professores

12 ideias de Cora Coralina em 2023 | cora coralina, frases de cora coralina, cora coralina poemasPaulo Peres
Poemas & Canções

Cora Coralina, pseudônimo de Ana Lins dos Guimarães Peixoto Bretas (1889-1985), nasceu em Goiás Velho. Mulher simples, doceira de profissão, tendo vivido longe dos grandes centros urbanos, alheia a modismos literários, produziu uma obra poética rica, conforme o belo poema “Elevar”, que publicamos hoje para homenagear o Dia do Mestre.

ELEVAR 
Cora Coralina

Professor, “sois o sal da terra e a luz do mundo”.
Sem vós tudo seria baço e a terra escura.
Professor, faze de tua cadeira,
a cátedra de um mestre.
Se souberes elevar teu magistério,
ele te elevará à magnificência.
Tu és um jovem, sê, com o tempo e competência,
um excelente mestre.

Meu jovem Professor,
quem mais ensina e quem mais aprende?
O professor ou o aluno?
De quem maior responsabilidade na classe,
do professor ou do aluno?
Professor, sê um mestre. Há uma diferença sutil
entre este e aquele.
Este leciona e vai prestes a outros afazeres.
Aquele mestreia e ajuda seus discípulos.
O professor tem uma tabela a que se apega.
O mestre excede a qualquer tabela e é sempre um mestre.

Feliz é o professor que aprende ensinando.
A criatura humana pode ter qualidades e faculdades.
Podemos aperfeiçoar as duas.
A mais importante faculdade de quem ensina
é a sua ascendência sobre a classe.
Ascendência é uma irradiação magnética, dominadora
que se impõe sem palavras ou gestos,
sem criar atritos, ordem e aproveitamento.
É uma força sensível que emana da personalidade
e a faz querida e respeitada, aceita.
Pode ser consciente, pode ser desenvolvida na escola,
no lar, no trabalho e na sociedade.
Um poder condutor sobre o auditório, filhos, dependentes, alunos.
É tranquila e atuante. É um alto comando obscuro
e sempre presente. É a marca dos líderes.

A estrada da vida é uma reta marcada de encruzilhadas.
Caminhos certos e errados, encontros e desencontros
do começo ao fim.
Feliz aquele que transfere o que sabe e aprende o que ensina.
O melhor professor nem sempre é o de mais saber,
é sim aquele que, modesto, tem a faculdade de transferir
e manter o respeito e a disciplina da classe.

Há digitais internacionais na trama para liquidar a indústria de petróleo do Brasil

A Margem Equatorial

Margem Equatorial da Amazônia é riquíssima em petróleo

Allan Kardec Barros e Alberto Garcia Figueiredo
O Globo

Os corais da Amazônia são um mito! Há anos circulam imagens que seriam de corais originários da Bacia Sedimentar da Foz do Amazonas. Elas causaram tanta comoção no Brasil que até apareceram em camisetas e novelas. E, em recente coluna no Globo, assinada por Miguel De Almeida, encontramos a afirmação de que “existe um recife de corais, descoberto em 2016, riquíssimo em biodiversidade, do tamanho do estado da Paraíba”.

Precisamos de mais ciência no debate brasileiro, até para dar conforto aos decisores sobre os próximos passos. Seguindo esse raciocínio, um grande grupo de cientistas foi formado e há cinco anos vem estudando e pesquisando a Margem Equatorial Brasileira (MEQ).

AMAZÔNIA AZUL – Hoje temos a maior rede de especialistas — formada por pesquisadores de 14 universidades brasileiras, entre instituições do Norte e Nordeste e outras com grande tradição e conhecimento sobre a Margem Equatorial Brasileira (MEQ) —, chamada Rede Amazônia Azul.

Os corais podem ser entendidos como pequenos animais marinhos que se agrupam em colônias e muitas vezes têm esqueletos duros. Algas calcárias, por sua vez, possuem carbonato de cálcio, um mineral que forma o calcário, em suas paredes celulares. Elas são como “algas que se tornaram pedra”.

Em termos simples, a borda da plataforma continental é como a “borda” ou “fronteira” entre a parte rasa do oceano próximo à costa e sua parte mais profunda. A região de borda de plataforma da Bacia da Foz do Amazonas é recoberta por algas calcárias, em sua maioria mortas, pois seu ápice de desenvolvimento aconteceu entre 17 mil e 11 mil anos atrás, quando o nível do mar estava entre cem e 120 metros abaixo do atual, portanto na última Era do Gelo.

FALSO CORAL – Na borda da plataforma continental da Bacia da Foz do Amazonas, é possível que se encontre um ou outro indivíduo de coral vivo, mas não são formadores de colônias ou recifes, tanto pela espécie de coral quanto pela quantidade.

Da mesma forma, algas calcárias vivas também podem ser encontradas, mas tampouco formam recifes em função das qualidades ambientais atuais, em que são essenciais luminosidade, transparência da água e pequena profundidade.

Não foram os cientistas, mas leigos, possivelmente ligados a movimentos internacionais muito ricos e muito bem articulados, que criaram o mito, distribuindo imagens de corais cujas características nos fazem suspeitar que possivelmente foram feitas no Caribe.

OUTRA REALIDADE – Faixa carbonática de borda de plataforma é uma região geológica onde as rochas sedimentares predominantes são compostas de carbonato de cálcio. No Brasil, as algas calcárias formam uma faixa carbonática na borda de plataforma da Bacia Sedimentar da Foz do Amazonas e se estendem rumo ao sul até Santa Catarina.

A faixa carbonática atravessa também as bacias sedimentares de Sergipe-Alagoas, Espírito Santo, Campos e Santos.

A presença de algas calcárias vivas é bem maior nessas duas últimas e, bom enfatizar, é também onde há maior proximidade dos campos de petróleo quando se compara com a Bacia Sedimentar da Foz do Amazonas.

ABAIXO A PETROBRAS – Subjacente ao debate sobre os corais — ou maior que ele — é a clara intenção de acabar com a indústria de petróleo e gás do Brasil, o que se entende como um claro movimento com digitais internacionais. Em termos simples, o intuito claro é fechar um dos maiores orgulhos da História nacional: a Petrobras.

Nenhuma fonte de energia nos dois últimos séculos foi dizimada ou desapareceu no mundo. Todas continuam sendo usadas há décadas, algumas sem seu uso cair (lenha ou nuclear) e outras (petróleo, carvão, gás natural, renováveis) com seu consumo aumentando diariamente, com tendência de alta.

A História mostra que a diversificação da matriz energética aconteceu — e nesse quesito o Brasil está onde o planeta gostaria de estar em 2050 — com uma matriz exuberantemente limpa. Mais ciência e menos ardil!

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NOTA DA REDAÇÃO DO BLOG
Os autores do artigo estão entre os maiores especialistas brasileiros em energia e sabem muito bem o que estão denunciando. Allan Kardec Barros é professor titular da Universidade Federal do Maranhão e presidente da Gasmar, tem pós-doutorado no Riken, Japão, é ph.D. pela Universidade Nagoya, Japão, e foi diretor da Agência Nacional do Petróleo. Alberto Garcia Figueiredo é professor titular da Universidade Federal Fluminense e doutor em geologia e geofísica marinha pela Universidade de Miami. O artigo deles, curto e grosso, é um primor de informação. (C.N.)

Gilmar critica empresários bolsonaristas e diz que foi o Supremo que elegeu Lula

Gilmar defende reforma para proibir militar no Ministério da Defesa

Gilmar deixa claro: Quem manda no Brasil é o Supremo

Hugo Marques
Veja

O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Gilmar Mendes afirmou neste sábado, 14, que parte dos brasileiros mais ricos deu apoio a ideias contrárias à democracia no Brasil e à atuação da Corte. O ministro participou de painel no Fórum Internacional do Grupo Esfera, em Paris.

Além dele também participaram do evento o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG) e o presidente do Tribunal de Contas da União, Bruno Dantas.

DEFESA DA DEMOCRACIA – Gilmar Mendes foi incisivo: “Contamos a história de sucesso de uma instituição que soube defender a democracia até contra os impulsos de uma parte significativa da elite”, disse o ministro.

“Certamente, muitos aqui defenderam concepções que, se vitoriosas, levariam à derrocada do Supremo Tribunal Federal”, criticou o ministro, no discurso para uma plateia formada em grande parte por empresários famosos.

No mesmo discurso, Gilmar Mendes exaltou o papel do Supremo ao enfrentar a parcela que queria um golpe. “Se hoje nós temos a eleição do presidente Lula, isso se deveu a uma decisão do Supremo Tribunal Federal ”, disse Gilmar. Ele também não poupou a Lava-Jato. “Nós estávamos ordenando, em nome do combate à corrução, um modelo totalitário de Estado”.

PACHECO REAGE – O presidente do Senado, Rodrigo Pacheco, afirmou que há no Brasil uma crise de legitimidade de decisões judiciais e que as medidas que o Senado discute sobre o Supremo, no sentido de limitar o poder da Corte, seria para melhorar o quadro atual. Pacheco disse que “não há perspectiva de enfrentamento e retaliação” do Senado em relação ao STF.

Bruno Dantas afirmou que o descontentamento em relação a decisões do Supremo seria resultado do excesso e processos que a Corte julga. Ele lembrou que o Supremo julga cerca de 20 mil processos por ano. “Em 20 mil casos, sempre teremos um momento de tensão”, disse, lembrando que a Suprema Corte dos Estados Unidos julga cerca de 60 casos por ano.

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NOTA DA REDAÇÃO DO BLOG
Gilmar Mendes, cujo codinome é “Vaidade”, sonhava em ser aclamado em público como salvador da democracia e grande responsável pela eleição de Lula. Infelizmente, na vida real não é bem assim. Ao contrário, tornou-se um homem odiado e que não pode entrar num supermercado ou assistir a um simples jogo de futebol. Vamos voltar ao assunto, que é tragicômico. (C.N.)

Há monstros que relativizam crimes de guerra e se despojam do senso de humanidade

Chamado de "lixo", Leonardo Boff ganha processo contra | Geral

Boff esquece as criançs e diz que nesta guerra não há inocentes

Eduardo Affonso
O Globo

Cerca de 3 mil jovens se divertem num festival de música eletrônica. Em poucos minutos, ao menos 260 estarão mortos. Haverá estupros. Transeuntes serão baleados, aleatoriamente, nas estradas, nas ruas. Famílias, chacinadas dentro de casa. Pessoas torturadas serão exibidas como troféus. Pelo menos 150 civis — entre eles, idosos e crianças —, levados como reféns.

Talvez tenha havido um tempo em que a simples leitura desse parágrafo fosse suficiente para definir quem são os algozes, quem são as vítimas. Não mais. Um filósofo contemporâneo terá material de sobra — nos jornais, nas conversas, nas redes sociais — para desenvolver uma teoria sobre a relatividade do mal.

“UM DIA HISTÓRICO” – Poderá começar com as notas do Partido Comunista Operário (PCO), presidido pelo jornalista Rui Costa Pimenta. Com os cadáveres ainda insepultos, ali se festejava:

“Ontem foi um dia histórico não só para o povo palestino, mas para todos que querem ver o mundo livre da opressão, da tirania e do terrorismo. Todo apoio ao Hamas! Fim de Israel!” e “A violência e a guerra pode [sic] ser um espetáculo repugnante, mas elas são parte da política”.

E prosseguir com as declarações do jornalista Breno Altman, para quem “A guerra de um povo subjugado contra um Estado colonial é sempre justa. Esse é um marcador essencial para ler a situação palestina”. Quem precisa da Convenção de Genebra quando está do lado progressista da Força?

DISSE BOFF -“O que o Hamas fez contra Israel é condenável e repudiamos. Mas nesta guerra não há inocentes”, ecoou o teólogo, filósofo e defensor dos pobres e excluídos, o ex-frei Leonardo Boff. Do seu ponto de vista, as crianças mortas no ataque de 7 de outubro carregariam o pecado original de ser judias.

Todos ignoram, por conveniência, que, além dos mais de mil assassinados em Israel, o Hamas também condenou à morte milhares de palestinos, ao fazê-los de escudo humano. Que, para o grupo terrorista, vidas palestinas importam tão pouco quanto quaisquer outras.

Soubemos, por fotografias e relatos, das tragédias do colonialismo, da escravidão, do Holodomor, do Holocausto. Pela televisão, tomamos contato com as atrocidades no Vietnã, na Bósnia, no Camboja, no Iraque, em Ruanda e Burundi. No que parecia ser o limite, assistimos aos vídeos da degola de prisioneiros, feitos por jihadistas. Chegamos agora a outro patamar: a transmissão, ao vivo, das execuções e dos abusos, orgulhosamente gravados pelos criminosos. Nossa geração não precisa estar no campo de batalha para ter uma experiência imersiva no horror.

NÃO SE HORRORIZAM – “A ocasião faz o furto; o ladrão já nasce feito”, escreveu Machado de Assis. Esses que olham o horror nos olhos e não se horrorizam — ao contrário, debocham das vítimas em rede social, celebram nas universidades, abusam das conjunções adversativas, transbordam em eufemismos — há pouco bradavam por vacinas para salvar vidas, se comoviam com o drama dos ianomâmis, tinham na ponta da língua slogans para preservar o planeta.

São monstros que sempre estiveram, mais ou menos despercebidos, à nossa volta. Bastou a ocasião, e ei-los relativizando crimes de guerra, em negacionismo do pacto civilizatório. Monstros que desalojaram do cérebro todo senso de humanidade, para acomodar uma ideologia.

A sabedoria judaica ensina que quem salva uma vida salva o mundo inteiro. Mundos inteiros se perdem, neste instante, em Israel, na Faixa de Gaza. Os monstros comemoram.

Barroso justifica “protagonismo” do STF e defende a volta do imposto sindical

Em Paris, Barroso faz defesa do empreendedorismo | LeiaJá

Incoerente, Barroso compra outra briga com o Congresso

Bruno Caniato
Veja

O presidente do Supremo Tribunal Federal, Luís Roberto Barroso, apresentou uma série de razões que explicam, em sua visão, “um certo protagonismo” desempenhado pelo STF em relação às atividades das Supremas Cortes em outros países. As declarações foram dadas nesta sexta-feira, 13, no discurso de abertura do evento empresarial Fórum Esfera Brasil Internacional, em Paris.

Segundo o ministro, o Brasil tem uma Constituição mais abrangente que a de outras grandes democracias, que em geral se limitam à organização do Estado e dos poderes políticos e a definição dos direitos fundamentais.

ENGLOBA TUDO – A Carta Magna brasileira, disse, engloba também os sistemas tributário, previdenciário, de saúde, educação, proteção ambiental, proteção da comunidade indígena, da família, criança e adolescente, cultura e meios de comunicação. “Trazer uma matéria para a Constituição é, de certa forma, tirá-la da política e trazê-la para o direito”, afirmou Barroso.

Outra pontuação feita pelo ministro é a relativa facilidade de acesso ao STF por meio de ações diretas que, além dos poderes Executivo e Legislativo, podem ser movidas por partidos, entidades de classe e confederações sindicais.

Segundo Barroso, isso torna possível que leis e políticas públicas sejam questionadas com mais frequência mediante o Supremo.

ALTA VISIBILIDADE – Além disso, o presidente da Corte destacou que as sessões do STF são integralmente televisionadas, ao contrário do que ocorre em outros países – dada a grande quantidade de temas políticos, econômicos e sociais discutidas pelo tribunal, isso aumenta a exposição pública dos julgamentos e incentiva uma cobertura mais extensa por parte da imprensa.

“Com muita frequência, é preciso vir ao espaço público e explicar o que está acontecendo”, declarou.

As justificativas de Barroso vêm em momento de acalorado debate na esfera pública sobre o papel do Judiciário na política brasileira. Nos últimos meses, têm se intensificado os questionamentos de parlamentares – principalmente, ligados à oposição ao governo – em relação a uma suposta interferência do STF em temas que seriam de competência do Legislativo, como demarcação terras indígenas e descriminalização do aborto e da posse de drogas para consumo próprio.

IMPOSTO SINDICAL – O ministro, inclusive, citou um dos casos que geraram controvérsia nas últimas semanas – o retorno do imposto sindical obrigatório, que havia sido extinguido pela reforma trabalhista sancionada em 2017 e foi reinstituído por decisão do Supremo em setembro. Barroso explicou que o STF validou a nova legislação, à época, e que a reversão da norma foi “um grande equívoco que é preciso superar”.

Entre outras pautas, o presidente do Supremo abordou a insegurança jurídica no país, particularmente na complexidade do tributário, que, segundo ele, pode ser parcialmente atribuída à “voracidade fiscal do Estado” e representa uma barreira aos investimentos da iniciativa privada no Brasil.

“Temos um grande problema nessa área e penso que a reforma tributária pode ajudar a diminuí-lo”, pontuou.

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NOTA DA REDAÇÃO DO BLOG Barroso perdeu uma boa oportunidade de ficar calado. Na entrevista coletiva que deu no dia seguinte à sua posse, com um serviço impecável de café da manhã que encantou os jornalistas, ele disse uma verdade absoluta e irretratável. Admitiu que o Supremo só tem poderes para contestar decisão do Congresso que descumpra cláusula pétrea. Poucos dias depois, dá uma recueta e agora defende a volta do imposto sindical, que acaba de ser rejeitada no Senado. E a coerência, ministro? Onde está a coerência? (C.N.) 

Em meio às discussões, é claro que o STF deve decidir logo sobre o aborto

Manifestação no Rio de Janeiro pela legalização do aborto

Conrado Hübner Mendes
Folha

A criminalização do aborto mata mulheres negras e pobres. A criminalização do aborto não diminui o número da realização de abortos. Pelo contrário, só faz aumentar, pois dificulta orientação à saúde reprodutiva de mulheres. Em todos os países em que foi adotada, a descriminalização representou queda da morte materna. Curiosamente.

Esses dois postulados empíricos são reiterados pesquisa após pesquisa no Brasil e no mundo. A saúde reprodutiva de mulheres, quando tratada pela política criminal e sua ameaça de prisão, desagregação familiar e reprodução da pobreza, consegue essa façanha dupla contra a vida.

PELA VIDA – Além da autonomia e da saúde, portanto, é em nome da vida da mulher que a regulação do aborto deve ser discutida. E também em nome do interesse do Estado em proteger a vida em potencial e o embrião. E também em nome de qualquer doutrina religiosa interpretada sem a mediação do autoritarismo religioso. Sem dose de pânico moral.

O STF tem a oportunidade de decidir sobre a criminalização do aborto. Rosa Weber deixou para o tribunal um dos votos mais rigorosos, tanto do ponto de vista da argumentação jurídica quanto da análise empírica, da história do STF.

Luís Roberto Barroso suspendeu o julgamento. O adiamento do STF foi elogiado por editorial desta Folha como “prudente”. Uma “matéria tão explosiva na arena política”, se decidida pela corte, poderia ser vista como “ativismo judicial” que invadiria “terreno do Legislativo”. Seria mais recomendável a “autocontenção” e preferível a “mais sólida” via congressual.

TUDO É DISCUTÍVEL – Os argumentos do editorial são conhecidos e equivocados. Tanto do ponto de vista da teoria política que professa e do exemplo exclusivo que invoca. Vale discutir os conceitos de autocontenção, ativismo judicial e superioridade da via congressual. Vale também esclarecer os termos dessa relação entre parlamento e cortes constitucionais na proteção de direitos em democracias.

Combinar os ideais da democracia e do constitucionalismo significa aceitar que o poder é do povo, mas ele tem limites. E se o povo costuma estar mais bem espelhado no Parlamento eleito, esse Parlamento está sujeito ao contrapeso de uma corte constitucional.

E se as decisões de uma corte constitucional são falíveis, também é falível a representatividade popular de um Parlamento. Cada vez mais.

LINHA NEBULOSA – Em nenhuma democracia constitucional o Parlamento decide sozinho sobre a extensão de direitos fundamentais. E se isso torna nebulosa a linha entre legislar e interpretar o direito, que supostamente organiza a divisão de trabalho entre parlamentos e cortes, conviva com isso. Porque toda decisão judicial que desagrada será acusada de “ativismo judicial”.

O Congresso brasileiro já decidiu sobre aborto. Há décadas decidiu deixar tudo como está: a mulher que interrompe a gravidez em clínicas clandestinas, se não morrer, estará sujeita ao assédio do sistema de saúde, do fundamentalismo religioso e do sistema de Justiça.

O Congresso não tem ficado em silêncio: quando fala em aborto, tem sido para aprofundar a violação de direitos e revogar as três hipóteses de aborto legal hoje (risco de vida da mulher, estupro, feto anencéfalo).

SEPARAÇÃO DOS PODERES – Se o STF descriminaliza o aborto, o Congresso poderá regular as formas em que isso se dá. Poderá até mesmo confrontar o tribunal. Se censurável do ponto de vista constitucional, é viável do ponto de vista político. E o jogo da separação de Poderes continua. Nem Parlamento nem corte, sozinhos, “pacificarão” o conflito.

Da perspectiva histórica, não há evidência de que decisão do Parlamento “concilia” uma sociedade. De que o tema deixa de ser “explosivo”. O Parlamento argentino aprovou o aborto e a sociedade continua a lutar. O seu novo candidato a autocrata, líder das pesquisas, está gritando contra o aborto e pode ganhar as eleições.

Da perspectiva da teoria democrática, há muito se sustenta a legitimidade de decisão judicial contra o Parlamento. Decisões judiciais que descriminalizaram o aborto, como na Colômbia e no México, lidam com riscos políticos adiante. Mas têm protegido a vida. Além da prudência, o STF precisa de coragem para proteger a vida. Pois não controla o futuro.

Para todos os países, está cada vez mais difícil equilibrar as contas públicas, diz o FMI

Tribuna da internet: "O esquema internacional das dívidas públicas  transforma os países em reféns", por M.L.Fattorelli - Auditoria Cidadã da  DívidaRosana Hessel
Correio Braziliense

De acordo com o Fundo Monetário Internacional (FMI), que prevê o endividamento dos países crescendo um ponto percentual por ano a médio prazo, os desafios têm origem na demanda cada vez maior por gastos públicos, associada às altas expectativas sobre o que o Estado pode e deve fazer, circunstância que eleva o endividamento e as taxas de juros.

Diz o Fundo que  as dívidas públicas estão elevadas em todo o mundo e os custos dos empréstimos estão crescendo devido aos juros cada vez mais elevados pelos bancos centrais, no intuito de convergir a inflação para a meta, algo que, pelas estimativas, só deverá ocorrer a partir de 2025.

AUMENTO ANUAL – Pelos cálculos, a dívida pública mundial deverá crescer cerca de um ponto percentual por ano, a médio prazo. “A dívida pública global está, agora, substancialmente mais alta e prevê-se que cresça consideravelmente mais rápido do que nas projeções pré-pandemia.

No ritmo projetado, a média da dívida pública global aproximar-se-ia dos 100% do PIB até ao fim da década”, alertou o relatório Monitor Fiscal, divulgado nesta semana, durante o evento do organismo multilateral em Marraquexe, Marrocos.

Conforme as projeções do FMI, que tem uma metodologia diferente do Banco Central no cálculo da dívida pública bruta, incluindo títulos do Tesouro sob custódia da autoridade monetária, por exemplo, prevê que a dívida pública bruta do Brasil volte a crescer neste ano, chegando a 88,1% do Produto Interno Bruto (PIB) e subindo para 90,3% do PIB, em 2024, apesar de prever rombos fiscais menores do que o mercado, de 1,2% do PIB, neste ano, e de 0,2%, no ano que vem.

ACIMA DA MÉDIA – Os números brasileiros estão bem acima da média dos países emergentes projetada pelo FMI, de 68,3% do PIB, em 2023, e de 70,1%, em 2024. 

 Pelas estimativas do Fundo, a dívida pública bruta do Brasil continuará crescendo nos próximos anos e voltará aos patamares de 2020, de 96% do PIB, em 2028, bem a cima da média prevista para as economias emergentes, de 78,1% do PIB. 

 De acordo com dados do relatório, a restrição orçamentária varia amplamente entre os países pobres, que têm mais dificuldade para conseguir financiamento e têm os juros como grande consumidor das receitas de impostos, e os mais ricos, que estão vendo as atuais políticas caminhando para uma trajetória fiscal insustentável.

ARROCHO FISCAL – “Além disso, há outra consideração importante quando ponderando políticas orçamentárias. Em muitos países, são necessárias políticas fiscais mais rigorosas, não apenas para reconstituir reservas e conter riscos para as finanças públicas, mas também para contribuir para os esforços dos bancos centrais em favor de um retorno oportuno às metas de inflação”, alertou Vitor Gaspar, diretor do Departamento de Assuntos Fiscais do FMI.

O Monitor Fiscal também analisa as implicações fiscais da transição verde, pois é possível identificar “lacunas de ambição” – a diferença entre contribuições definidas nacionalmente pelos próprios países e o que é necessário para cumprir o Acordo de Paris objetivos.

Da mesma forma, há “lacunas políticas” – a diferença entre as metas nacionais e os resultados alcançáveis sob condições de normais de negócios.

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NOTA DA REDAÇÃO DO BLOG
Em tradução simultânea, reina a irresponsabilidade administrativa, e muitos outros governantes querem fazer como Lula e declarar ultrapassados os compêndios e as teses principais da Economia Política, com a criação de novas doutrinas, como a de que “o dinheiro vai sair de onde está para ser aplicado onde deveria estar”, uma das favoritas de Lula. (C.N.)

Netanyahu condena os civis palestinos a morrer de fome e sede na Faixa de Gaza                                                                                       

Presidente Lula publica 'apelo' em defesa das crianças palestinas e  israelenses - Brasil Popular

Maiores vítimas da guerra são a verdade e as crianças

Roberto Nascimento

Cortar água, comida e eletricidade para as populações de palestinos, que vivem na Faixa de Gasa e que também são vítimas dos terroristas do Hamas, é uma tragédia de grandes proporções. Evidentemente, em poucos dias, crianças e idosos vão morrer de fome e de sede.

Na Faixa de Gaza, há uma incidência de doenças renais graves, por causa da poluição das águas que é fornecida para o povo palestino. No entanto, águas poluídas, nesse sentido, são um mal muito menor do que a falta de água.

CONFRONTO ETERNO – Extremistas dos dois lados lucram com as hostilidades. Israel tem que focar nos terroristas do Hamas, e a população palestina não pode sofrer pela ação de grupos que optaram pela via do terror. Igualmente, o povo israelense não pode pagar a conta pela intransigência de setores conservadores, que não aceitam os apelos pela paz e apostam no confronto eterno.

Sobre as narrativas dos dois lados, é preciso enfatizar, como dizia o dramaturgo grego Ésquilo, que numa guerra a verdade é sempre a primeira vítima.

Os líderes nunca falam a verdade, é uma mentira atrás da outra. Quando são desmentidos pelos fatos, o efeito da mentira já passou. Por esse motivo, não devemos jamais acreditar nas declarações dos governantes em guerra.

DINHEIRO E PODER – O grupo extremista do Hamas, que não representa o povo palestino, somente existe devido à possibilidade de guerra. Se houver paz, será imediatamente extinto. Por seu turno, os extremistas religiosos de Israel também não querem ouvir falar de acordo de paz.

Quais as razões? Ora, as de sempre – Dinheiro e Poder. Os religiosos de Israel e grupos conservadores perderiam faturamento e cargos na máquina pública do governo israelense, assim como o grupo extremista do Hamas perderia os recursos para compra de armas e prática de atos terroristas, caso o Estado palestino convivesse pacificamente com o Estado Israelense.

Tenho esse entendimento desde o século passado, quando o presidente egípcio Anwar Sadat, que assinou o Acordo de Paz de Camp David, foi morto por jihadistas em 1981, durante uma parada militar no Cairo.

RABIN ASSASSINADO – Depois, em 1995, um extremista matou o primeiro-ministro israelense Ythzhak Rabin por ser opor aos acordos de paz de Oslo, assinados com o líder palestino Yasser Arafat.

Em suma, houve importantes tentativas de paz, mas foram em vão. Quem cultua o ódio e menospreza a vida, está provado, quer a guerra e o genocídio de seus povos, para lucrar com o sofrimento da população. Ninguém pode ter o direito de matar em nome de entidades religiosas, mas isso continua a ser comum.

Assim, quase 30 anos depois, nada mudou e o Oriente Médio continua numa guerra religiosa que nada tem de santa.