
Charge do Izanio (Arquivo da Internet)
Pedro do Coutto
A mais recente pesquisa do Instituto Quaest traz um dado já conhecido, mas ainda assim inquietante: o Brasil segue profundamente dividido entre dois polos antagônicos — Lula e Bolsonaro — ambos marcados por rejeições elevadas e, paradoxalmente, com papel decisivo no pleito de 2026.
De um lado, o atual presidente Lula da Silva, com um terço do eleitorado declaradamente refratário ao seu nome. Do outro, Jair Bolsonaro, inelegível, mas com poder de influência que permanece robusto. Em um cenário que já começa a ser delineado, o futuro parece novamente sequestrado pelo passado.
INFLUÊNCIA – A inelegibilidade de Bolsonaro, após decisões do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), não diminuiu sua centralidade na política brasileira. Ao contrário: tornou-o um espécie de “rei no exílio”, cuja palavra de apoio poderá definir o destino da direita no próximo pleito. Apesar de fora da disputa direta, Bolsonaro tem capital político suficiente para impulsionar — ou derrubar — qualquer nome que venha a se alinhar ao seu legado. É, portanto, um ator incontornável, ainda que fora da cédula.
Lula, por sua vez, segue governando em meio a uma popularidade instável. O desafio de conciliar um governo de coalizão com expectativas sociais urgentes, aliado ao desgaste natural de um terceiro mandato, torna sua reeleição uma tarefa hercúlea. A rejeição frontal que enfrenta indica que, embora tenha vencido em 2022, não reconquistou o coração do país como em seus primeiros mandatos. Seu eventual projeto de reeleição já nasce sob o signo da resistência.
É nesse vácuo que surgem outros nomes — e as articulações nos bastidores já começaram. Governadores como Eduardo Leite (RS), Tarcísio de Freitas (SP) e até Ronaldo Caiado (GO) são citados como possíveis alternativas. Porém, há um entrave jurídico-político importante: ao contrário do presidente, os governadores precisam deixar seus cargos até abril de 2026 caso queiram disputar a Presidência. Um paradoxo da legislação eleitoral que, no mínimo, merece questionamento.
REGRAS – Essa assimetria nas regras eleitorais impõe obstáculos concretos para o surgimento de novas lideranças estaduais. Enquanto Lula poderá usar a máquina federal até o último dia antes da eleição — com toda a visibilidade e poder que o cargo proporciona —, seus potenciais adversários terão que abrir mão de seus mandatos, o que envolve riscos políticos e institucionais. Isso distorce o campo de disputa e perpetua um ambiente desfavorável à renovação.
A polarização instalada desde 2018, com momentos intensos de radicalização, impõe ao país uma armadilha emocional: a recusa sistemática do outro. Um terço da população rejeita Lula com veemência; outro terço, Bolsonaro com igual intensidade. Esse duplo veto deixa um espaço estreito para o centro político — mas também cria uma oportunidade rara para quem souber se apresentar como alternativa viável e confiável.
TERCEIRA VIA – No entanto, essa “terceira via” ainda não conseguiu encarnar um nome que desperte paixão ou, ao menos, confiança. Ciro Gomes, que por três eleições tentou se firmar como essa alternativa, parece hoje fora do jogo. Já nomes como Simone Tebet ou Luciano Huck flertam mais com a ideia de moderação do que com projetos concretos de poder. O vazio ainda está aberto — e o tempo está correndo.
Do lado bolsonarista, a aposta mais clara parece recair sobre Tarcísio de Freitas, governador de São Paulo e homem de confiança do ex-presidente. Jovem, discreto e com imagem mais técnica, Tarcísio pode ser o candidato de Bolsonaro sem os desgastes jurídicos do padrinho. Mas ainda precisa demonstrar musculatura política própria e habilidade para navegar em um país cada vez mais complexo e impaciente.
POLARIZAÇÃO – Enquanto isso, o país continua a viver os efeitos dessa polarização crônica: o enfraquecimento do debate racional, a erosão da confiança nas instituições e uma perigosa dependência de figuras carismáticas. A eleição de 2026 pode repetir o roteiro de 2022 — ou finalmente abrir uma nova página. Mas, para isso, é preciso que o eleitor brasileiro se veja representado por algo mais do que a negação do outro. É necessário construir um projeto de país que transcenda Lula e Bolsonaro.
No fim, a pergunta que paira no ar é a seguinte: quem será capaz de encantar esse eleitorado cansado, dividido e descrente? A resposta, talvez, esteja não apenas nos nomes, mas na capacidade de oferecer ao Brasil algo que ele há tempos não vê: esperança concreta.
Ceux qui peuvent vous faire croire à des absurdités peuvent vous faire commetre des atrocités.
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Uma das responsabilidades dos intelectuais é informar o povo inculto que devemos valorizar especialmente a obra da pessoa e não o que ela diz. Assim é em política, em religião, em cultos.
Um exemplo flagrante disso é ainda existir uma grande parte da população disposta a aceitar a candidatura a presidente de Lula, Bolsonaro e as mulheres de ambos. Isso é um absurdo equivalente a acreditar que do nada pode sair algo concreto tal qual a multiplicação de pães!
(PARTE II). 40 ANOS DE MULTIPLICAÇÃO DOS EVANGÉLICOS NA POLÍTICA, PASSO A PASSO COM A MULTIPLICAÇÃO DAS DESGRAÇAS NO BRASIL! Nos últimos 40 anos, igualmente, o analfabetismo e o analfabetismo funcional no Brasil se multiplicaram na mesma proporção e ritmo do evangelismo cristão. A Educação e o ensino-aprendizagem, também, sendo que o descompasso, a distorção idade-série, a repetência, abandono escolar, etc., também estão devastando o Brasil já que diabolicamente foi dado a esses jovens evangélicos o direito de votar e abarrotar de evangélicos o Congresso Nacional, as Assembleias Legislativas, as Câmaras de Vereadores, as Prefeituras, etc. O grande cenário apocalíptico de provações está montado para a desgraça do Brasil como nação, como país, como sociedade do bem, como Estado. A França apresenta dados de um país desenvolvido de 60% de ateus, a Suécia, 85% de ateus, Dinamarca, 85%, Noruega, 72%, e assim por diante! O Brasil, desgraçadamente, tem 87% de cristãos, com altas, desastrosas e apocalípticas taxas de fanatismo e fundamentalismo bíblico engajado na política, como eleitores, candidatos e eleitos. Trata-se de um contexto de fim de tempos; é o Brasil das Diretas-Já, 40 anos, em forma de ‘’demôniocracia’’, de corrupção, de criminalidade sanguinária, bem como de todos os tipos de bestialidades criminais imagináveis e inimagináveis, a partir dos anos 80, de demonização democrática e de anarquia ampla, geral e irrestrita. Tal situação se ajusta muito bem à explosão do cristianismo evangélico e ao boom de centenas de organizações criminosas dentro e fora da política, do Estado e dos Três Poderes da República em suas Três esferas de poder, federal, estadual, municipal. Os partidos políticos são organizações criminosas que abarcam os 5.570 municípios brasileiros; portanto, muitos mais do que o PCC, Comando Vermelho e todas as demais centenas de organizações ou grupos criminosos extrapartidários. O Centrão, infestado de fanáticos e fundamentalistas imprestáveis, vão abocanhar grande parte dos municípios brasileiros nas próximas eleições. Aconselho a todos os livres-pensadores a fugirem do Brasil, pois a nova Idade das Trevas do cristianismo se aproxima; quem ficar no Brasil sofrerá muito mais tribulações apocalípticas do que aquelas que estão acontecendo há 40 anos. Da mesma forma com que Jesus Cristo ludibriou a todos por mais de 2 mil anos, os evangélicos do Brasil estão logrando o Brasil há 40 anos. LUÍS CARLOS BALREIRA. PRESIDENTE MUNDIAL DA LEGIÃO CIENTÍFICA BRASILEIRA
40 ANOS DE MULTIPLICAÇÃO DOS EVANGÉLICOS NA POLÍTICA, PASSO A PASSO COM A MULTIPLICAÇÃO DAS DESGRAÇAS NO BRASIL! (PARTE I). Hoje, vamos tratar somente da explosão demográfica apocalíptica dos cristãos brasileiros. No próximo artigo eu vou revelar o maior e mais devastador segredo cristão de todos os tempos. Isto vai impactar todos os fanáticos e fundamentalistas cristãos para sempre. O tema será: Por que Jesus Cristo fazia milagres seletivos, isto é, curava uns, não curava e/ou não ressuscitava outros? Pela ‘’falta de fé’’? Por ‘’decisão ou escolha de Deus’’? Tudo mentira dos cristãos! Todo e qualquer corrupto, vigarista, trambiqueiro, estuprador em série, como ‘’João de Deus’’ pode curar, doentes, com ou sem fé! Além disso, ‘’Jesus’’ não curou doença ou peste alguma, quem está fazendo todos os males desaparecerem é Ciência, seus métodos, metodologias, suas tecnologias. Eu vou explicar a verdade e todos vão compreender facilmente! Será uma explicação inserida em uma lógica simples, insofismável, elementar, que até as crianças absorverão com facilidade e confiança! Mas vamos ao Título de hoje: de acordo com o IBGE, a multiplicação dos evangélicos acontece maiormente nas camadas mais jovens da população brasileira; acredito nisso, já que os idosos e pessoas de meia idade não têm mais tanta disposição para fazerem macaquices, bizarrices, trejeitos caretas, nos cultos evangélicos e ou nas “Marcha pra Jesus’’. Esse ‘’crescimento’’ e essa ‘’multiplicação’’ apocalíptica de fanáticos vai ao encontro do feroz e fanático engajamento político do cristianismo primitivo, em um mundo de 99% de analfabetos e mais 0,99 % de analfabetos funcionais, sendo que possivelmente os letrados eram somente Herodes, o Grande, os membros do Sinédrio, e o astuto chefe de seita Jesus Cristo, todos envolvidos em meio às disputas políticas e carnificinas religiosa sujas, ferinas, brutais, sanguinárias. Esse era o contexto da criação do Cristianismo à imagem e semelhança do ‘’estouro da boiada’’ dos evangélicos nos anos 80 e na eleição do ‘’Messias-Mito Bolsonaro, e sua Madalena-Mijoia!, 2025 anos depois. LUÍS CARLOS BALREIRA. PRESIDENTE MUNDIAL DA LEGIÃO CIENTÍFICA BRASILEIRA
Nada contra religiões.
Mas a crença egoísta de que se é o centro do universo, de que se deve prosperar pisando, humilhando, enganando, mentindo e prevalecendo, porque “deus está do seu lado perverso” significa o mesmo que desprezar, zombar e crer que é maior e mais poderoso do que o criador.
Quantos não vemos com essa crença vitalícia pela Terra?