“O mar, quando quebra na praia, é bonito, é bonito”, cantava o genial Caymmi

Quem vem pra beira do mar Dorival Caymmi - Letra e Música

Caymmi tinha o mar como inspiração

Paulo Peres
Poemas & Canções

O violonista, cantor, pintor e compositor baiano Dorival Caymmi (1914-2008) construiu sua obra inspirado pelos hábitos, costumes e tradições do povo baiano, tanto que desenvolveu um estilo pessoal de compor e cantar, demonstrando espontaneidade nos versos, sensualidade e riqueza melódica.

A letra de “O Mar” relata a tragédia de Pedro, símbolo do pescador que (quando sai, nunca sabe se volta) e de Rosinha, a mulher sofrida que (vive na beira da praia) e enlouquece ao constatar que Pedro não volta mais.

“A canção “O Mar” foi gravada por Dorival Caymmi no LP Caymmi e o Mar, em 1957, pela Odeon.

O MAR
Dorival Caymmi

O mar quando quebra na praia
É bonito, é bonito
O mar… pescador quando sai
Nunca sabe se volta, nem sabe se fica
Quanta gente perdeu seus maridos seus filhos
Nas ondas do mar
O mar quando quebra na praia
É bonito, é bonito

Pedro vivia da pesca
Saia no barco
Seis horas da tarde
Só vinha na hora do sol raiá
Todos gostavam de Pedro
E mais do que todas
Rosinha de Chica
A mais bonitinha
E mais bem feitinha
De todas as mocinha lá do arraiá

Pedro saiu no seu barco
Seis horas da tarde
Passou toda a noite
Não veio na hora do sol raiá
Deram com o corpo de Pedro
Jogado na praia
Roído de peixe
Sem barco sem nada
Num canto bem longe lá do arraiá

Pobre Rosinha de Chica
Que era bonita
Agora parece
Que endoideceu
Vive na beira da praia
Olhando pras ondas
Andando rondando
Dizendo baixinho
Morreu, morreu, morreu, oh…

O mar quando quebra na praia.
É bonito, é bonito…

Luppi foi alertado sobre golpes em aposentadorias muito antes das investigações

Lupi protelou o máximo para agir contra fraudes

Pedro do Coutto

O ministro da Previdência Social, Carlos Lupi, foi informado ainda em junho de 2023 sobre indícios de irregularidades nos descontos aplicados diretamente na folha de pagamento de aposentados e pensionistas. Apesar dos alertas apresentados em reunião do Conselho Nacional de Previdência Social, presidido por ele, as providências foram postergadas, e o tema só voltou à pauta quase um ano depois, já sob intensa investigação de órgãos de controle.

Na reunião, a conselheira Tonia Galleti pediu que fosse discutida a situação dos Acordos de Cooperação Técnica firmados entre o Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) e entidades que realizavam descontos em benefícios. Segundo a ata do encontro, o pedido foi negado com a justificativa de que a pauta já estava previamente definida.

DENÚNCIAS – Diante da negativa, Galleti insistiu, citando a existência de “inúmeras denúncias”, e sugeriu ainda que fossem apresentados dados sobre a quantidade de entidades conveniadas, a evolução no número de associados e propostas de maior regulamentação.

O ministro reconheceu a importância do tema, mas afirmou que seria necessário um “levantamento mais preciso” e prometeu que o assunto seria o primeiro item da próxima reunião. O compromisso, no entanto, não foi cumprido.

A falta de ação permitiu que as suspeitas crescessem sem enfrentamento. O CNPS só retomou o debate em abril de 2024, quando o Tribunal de Contas da União já concluía uma investigação e a Controladoria-Geral da União avançava em auditorias que revelariam um esquema bilionário.

COBRANÇAS – As investigações apontaram que, entre 2019 e 2024, entidades sindicais e associações cobraram indevidamente cerca de R$ 6,3 bilhões de aposentados e pensionistas, segundo a Polícia Federal. A fraude consistia em firmar ACTs com o INSS para descontar mensalidades como se os beneficiários fossem associados às entidades — sem que, na maioria dos casos, houvesse qualquer autorização formal.

Relatórios da CGU identificaram falhas graves nos mecanismos de controle do INSS, incluindo a ausência de verificação rigorosa das autorizações de desconto e indícios de falsificação de documentos. Parte das vítimas sequer teria condições de firmar associações legalmente, como pessoas com deficiência, indígenas analfabetos e cidadãos que residem no exterior.

Embora as entidades justificassem os descontos prometendo supostos serviços e benefícios, como descontos em academias e planos de saúde, muitas sequer tinham estrutura para cumprir o que ofereciam, conforme afirmou o ministro da CGU, Vinícius Carvalho.

SUSPENSÃO – Diante das evidências, o INSS suspendeu novos ACTs e endureceu as regras para parcerias com entidades no segundo semestre de 2023. Ainda assim, foi apenas nesta última semana que 11 entidades tiveram oficialmente seus acordos suspensos por decisão judicial.

O caso lança luz sobre falhas estruturais no sistema de proteção dos aposentados e sobre a demora na resposta institucional, mesmo após alertas explícitos. A evolução das investigações deverá trazer novos desdobramentos sobre responsabilidades administrativas e possíveis omissões no âmbito do Ministério da Previdência Social.

O escândalo que marca a corrupção no INSS funciona para que se tenha uma noção aproximada de como é colossal a roubalheira no Brasil. Se um grupo de criminosos conseguiu se apoderar de R$ 6 bilhões em alguns anos, a quanto atingirá o total do produto do roubo em diversos setores em todo o país ?

Intimar Bolsonaro na UTI foi abuso do STF, diz jornal britânico “The Times” 

STF diz que live com Bolsonaro demonstrou possibilidade de intimação

Depois da intimação, a pressão de Bolsonaro subiu muito

José Carlos Werneck

A revista “Oeste” publicou matéria informando que o jornal britânico “The Times” publicou reportagem sobre a intimação do ex-presidente da República do Brasil, Jair Bolsonaro, enquanto se recuperava em uma UTI, no Hospital DF Star, em Brasília, após uma cirurgia abdominal.

Diz a “Oeste” que o jornal britânico destacou “que a ação judicial foi tida como um abuso sem precedentes, gerando indignação internacional”.

DENTRO DA UTI – Segundo a reportagem, Jair Bolsonaro foi formalmente notificado do início de seu julgamento mesmo em estado delicado, internado em uma Unidade de Terapia Intensiva. O jornal ressalta o impacto negativo que a intimação causou em sua saúde, agravando seu quadro clínico.

A matéria igualmente falou sobre as acusações imputadas ao ex-presidente, tratadas como “esdrúxulas”, entre elas, a alegação de que Bolsonaro teria articulado com militares e políticos um golpe para anular o resultado das eleições de 2022, tese sem nenhuma comprovação concreta até o hoje.

A matéria, republicada pela “Oeste” diz, ainda, que, conforme destacou o “The Times”, Bolsonaro foi declarado inelegível pelo Tribunal Superior Eleitoral, até 2030. Mas, mesmo assim, reforçou o seu desejo de disputar, novamente, a Presidência da República em 2026, deixando claro que não se retirará da vida pública.

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NOTA DA REDAÇÃO DO BLOG
Com um Supremo de baixíssimo nível, a tendência é de que a imagem do Brasil no exterior fique cada vez mais desgastada. (C.N.)

Papa ensinou que o mais importante para todos é aprender a viver em paz

Papa: os pobres são pessoas, têm rosto, uma história, coração e alma |  Pontifícias Obras Missionárias

Papa Francisco deixou um importante legado ao mundo

Vicente Limongi Netto

Perto dos 81 anos de idade, estou aprendendo a não acumular ódios, mágoas nem ressentimentos, com o Papa Francisco pregava. Alimentar raiva e inveja faz mal ao coração. É preciso também não se envolver em brigas alheias. O desgaste emocional é imenso. Geralmente os brigões acabam fazendo as pazes e a gente é que fica com cara de bobo.

Jamais desisto de brigar pelo que acho justo. Não fujo da raia. É do meu temperamento. Devolvo insultos no tom que o assunto exigir.  Apenas procuro conter o ímpeto que afaste os bons argumentos e atraia bobagens que acabam me levando para a praça dos tolos e iludidos. 

Procuro sentir a melodia da alma. Embalar minhas energias em bons sentimentos. Com filhas, genro, netos e amigo de fé. Envolvido em uma vida melhor e feliz. É isso. 

CLAREZA E TERNURA – Impecáveis textos da jornalista Ilze Scamparini, da TV Globo, morando há anos, na Itália, sobre o velório e funerais do Papa Francisco.

Relatando todos os detalhes e histórias do amado Francisco, com muita riqueza, clareza e ternura, Ilze deu show especial no excelente trabalho de Willian Bonner e equipe. Rica e importante contribuição para o jornalismo brasileiro o trabalho de Ilze Scamparini. 

O “mal secreto” de Raimundo Correia ridiculariza a hipocrisia humana

A tempestade vem assombrado por onde... Raimundo Correia - PensadorPaulo Peres
Poemas & Canções

O magistrado, professor, diplomata e poeta maranhense Raimundo da Mota de Azevedo Correia (1859-1911), no soneto “Mal Secreto”, procura mostrar uma visão da hipocrisia humana, pois muitos usam uma máscara que esconde a realidade.

MAL SECRETO
Raimundo Correia

Se a cólera que espuma, a dor que mora
N’alma, e destrói cada ilusão que nasce,
Tudo o que punge, tudo o que devora
O coração, no rosto se estampasse;

Se se pudesse o espírito que chora,
Ver através da máscara da face,
Quanta gente, talvez, que inveja agora
Nos causa, então piedade nos causasse!

Quanta gente que ri, talvez, consigo
Guarda um atroz, recôndito inimigo,
Como invisível chaga cancerosa!

Quanta gente que ri, talvez existe,
Cuja ventura única consiste
Em parecer aos outros venturosa!

Papa Francisco: A sua mensagem ficará marcada através dos tempos

Na luta da alma, os sentimentos se misturam e enfrentam em cada um de nós

Brasília 61 anos, em 21 de abril

Limongi nos caminhos da alma

Paulo Peres
Poemas & Canções

O jornalista e poeta amazonense Vicente Limongi Netto, radicado há anos em Brasília, em poucos versos sintetizou todos os elementos e sentimentos por ele utilizados na “Luta da Alma”, que todos nós travamos intimamente.

LUTA DA ALMA            

Vicente Limongi Netto
Enfrento a escuridão
andando no corpo
sangrando apelos
ameaçando emoções
brincando com minhas ilusões
meus olhos choram
em busca do perdão
abraçados na escuridão.

Ausência de fiscalização rigorosa viabilizou a fraude bilionária no INSS

Charge do Gilmar Fraga (gauchazh.clicrbs.com.br)

Pedro do Coutto

A explosão do roubo organizado pelo bando que atuava no INSS preocupa profundamente o presidente Lula da Silva, pois o assalto foi tão grande e generalizado nos descontos dos aposentados e pensionistas que isso poderá repercutir nas eleições de 2026. É um tema difícil para o presidente se livrar, uma vez que o seu governo foi incapaz de chegar a tempo de estancar a corrupção.

Por isso, as ações que agora se desenvolvem trazem consigo a preocupação do reflexo nas urnas pelo roubo sistemático que envolveu a estrutura do INSS, que por omissão ou não, terminou proporcionando uma situação bastante vulnerável. Entidades de classe, como associações e sindicatos, formalizaram Acordos de Cooperação Técnica com o Instituto Nacional do Seguro Social e esses acordos permitiam que as entidades realizassem descontos de mensalidades associativas diretamente na folha de pagamento de aposentados e pensionistas do INSS, sem a autorização dos beneficiários.

SEM AUTORIZAÇÃO – Segundo relatório da Controladoria-Geral da União, 97% dos beneficiários entrevistados não autorizaram o desconto. Além disso, a CGU identificou que 70% das 29 entidades analisadas não entregaram a documentação completa ao INSS para a assinatura dos ACTs.

Em 2022, o número de entidades que passaram a operar com descontos associativos se ampliou, bem como o quantitativo de valores repassados às associações por força dos descontos. As mensalidades estipuladas pelas entidades associativas chegaram ao valor de R$ 81,57. Seis milhões de aposentados e pensionistas foram lesados. O impacto financeiro com descontos associativos é da ordem de R$ 6,3 bilhões.

A CGU recomendou ao INSS a adoção de uma série de medidas urgentes, entre elas o bloqueio cautelar imediato de novos descontos de mensalidades associativas. Sugeriu ainda o aprimoramento dos procedimentos relacionados à formalização, execução, suspensão e cancelamento dos Acordos de Cooperação Técnica.

FISCALIZAÇÃO – É claro que a ausência de fiscalização rigorosa permitia esse tipo de fraude. Isso ocorreu também em função do aumento do número de descontos, que foi gerando uma bola de neve. Incrível o que aconteceu. Um crime hediondo, pois roubar de aposentados e pensionistas através do desconto em suas contas é algo tão absurdo que se questiona o motivo pelo qual o Instituto não viu a tempo toda a questão que permitiu uma fraude bilionária nos últimos anos.

Os titulares das contas não autorizaram débito algum. Logo, o INSS deveria ter sido capaz de defendê-los. A conivência parece generalizada, sobretudo pela alta cúpula do Instituto. Uma quantia dessa evidentemente deveria ter chamado a atenção dos responsáveis pela fiscalização. A omissão foi enorme e a quantia roubada foi gigantesca.

DÉBITOS – É preciso que Lula continue a agir com firmeza. No caso do INSS não pode haver presunção de inocência tamanha o volume do roubo e de contas atingidas. Por que a direção do Instituto não estranhou tantos débitos nas contas ? Violaram todas as normas da decência e da legalidade.

Os segurados agora se sentem vulneráveis diante de tudo isso.  Agora, as atenções se voltam para a devolução do dinheiro roubado. Basta procurar em que momento foi feito o desconto e a quem se destinou.  É o maior roubo da história feito em bloco. Lula precisa acompanhar a identificação dos lesados para poder ressarci-los.

Voto histórico de Fux deixa Moraes numa situação péssima no Supremo

Fux pede vista e interrompe julgamento de mulher que pichou estátua do STF  | Brasil 247

Fux destruiu os argumentos insanos usados por Moraes

Carlos Newton

Sem medo de errar, pode-se dizer que a atual formação do Supremo tem apenas dois juízes, com efetiva experiência na magistratura – Luiz Fux e Flávio Dino, os únicos que fizeram concurso e foram aprovados, embora isso nada signifique em termos de notório saber, pois têm a mesma função e os mesmos direitos de Dias Toffoli, aquele que foi reprovado duas vezes em concurso de juiz e que se notabiliza em destruir a Lava Jato e proteger corruptos e corruptores, vejam bem a que ponto chegamos.

Como Dino abandonou a carreira cedo, para entrar na política, Fux é o único ministro com carreira exclusiva na magistratura, subindo de juiz a desembargador; depois, ministro do Superior Tribunal de Justiça; e afinal, membro do Supremo.

CÓDIGO DO FUX – Aos poucos, o ministro Fux foi-se tornando conhecido como grande processualista, a ponto de o novo Código de Processo Civil ter ganhado o apelido de “Código do Fux”.

No Supremo, os únicos erros atribuídos a ele nesses 14 anos como ministro foram a concessão do penduricalho da moradia para juízes e a pena de 17 ou 14 anos para os “terroristas” criados por Alexandre de Moraes no 8 de Janeiro.

Essas penas jamais poderiam ser aplicadas, porque havia precedente. Em 2006, a Câmara dos Deputados foi invadida pelo MST (Movimento dos Trabalhadores Sem-Terra). Os invasores foram destruindo tudo o que encontravam pela frente. Ficaram feridas 50 pessoas, a maioria integrantes da Polícia Legislativa.

AFUNDAMENTO CRANIANO – O chefe do Serviço de Segurança da Câmara, Normando Fernandes, teve de ser hospitalizado com afundamento craniano. Um de seus auxiliares foi atirado do alto de uma escada rolante e ficou com sérias sequelas.

O então presidente Lula da Silva pediu ao presidente da Câmara, Aldo Rebelo (PCdoB-SP), que não prendesse o líder Bruno Maranhão e não fizesse carga contra os invasores do MST. Foi atendido e ninguém respondeu a  processo.

Dezenove anos depois, o mesmo Lula, de novo na Presidência, agora exige punição exemplar aos invasores e aos golpistas, enquanto Aldo Rebelo faz o contrário e reclama das punições excessivas.

VOTO HISTÓRICO – Voltando ao 8 de Janeiro, espera-se que os responsáveis sejam punidos, mas na forma da lei, sem os absurdos exageros de Alexandre de Moraes.

Nesta sexta-feira, Fux deu um voto histórico. Enquanto Moraes pede 14 anos de prisão para Débora dos Santos, a mulher do batom, com pagamento de multa de R$ 50 mil, além de parte da indenização de R$ 30 milhões por danos morais coletivos (em conjunto com os demais condenados pelo caso), Fux propõe apenas 1 ano e seis meses, o que significa soltá-la imediatamente, pois já cumpriu mais de dois anos.

Veremos como os demais ministros irão se pronunciar. Será que mudarão os votos, ou a vaidade não permitirá e continuarão apoiando a insanidade de Moraes, que é cruel. Para aumentar artificialmente as penas, o relator duplicou os crimes e fica tudo por isso mesmo…

CINCO CRIMES – Com apoio da quase totalidade dos ministros, Moraes atribuiu aos réus cinco crimes, que na verdade seriam apenas três. Por exemplo, “tentativa de abolição do Estado Democrático de Direito” e “golpe de Estado” não podem ser atribuídos em conjunto – o réu cometeu um crime ou o outro.

Da mesma forma, ninguém pode responder por “dano qualificado” e “deterioração de patrimônio tombado”. É um crime ou o outro, jamais os dois, ao mesmo tempo.

Por fim, incluir “associação criminosa armada” é um delírio total, porque ninguém portava arma e para haver associação é preciso existir um ou vários chefes.

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P.S.
Moraes não é nem nunca foi juiz. Fux, ao contrário, parece ter sido criado para esta função. Qual dos dois votos será seguido pela maioria dos demais ministros? Se Fux vencer, a anistia vai para o espaço, fica supérflua. No entanto, se Moraes sair vitorioso, a anistia virá com força total. Mas quem se interessa? (C.N.)

Moraes consegue transformar o STF em puxadinho do Palácio do Planalto

A sinalização de Lula a Alexandre de Moraes que pa... | VEJA

Lula e Moraes estão em permanente conluio institucional

Vicente Limongi Netto

A farsa, o oportunismo, a covardia, a canalhice, a infâmia e a hipocrisia integram os autos de duas decisões do arrogante ministro do STF, Alexandre de Moraes, ao determinar a intimação de Jair Bolsonaro em plena UTI, descumprindo o Código de Processo Civil, assim como ao determinar a prisão do ex-presidente Collor antes que o plenário do Supremo analisasse o recurso apresentado pela defesa do ex-presidente.

Com isso, o relator criou um fato consumado, forçando os demais ministros a concordarem com a prisão de Collor, pois seria um escândalo se eles desautorizassem Moraes e mantivessem a liberdade do ex-presidente até o trânsito em julgado.

A SERVIÇO DE LULA – O fato concreto é que o Supremo vem se comportando como serviçal do petismo desde 2019, quando mudou a lei para libertar Lula da cadeia, humilhando o país, que passou a se a única das 194 nações da ONU que não prendem criminosos condenados em segunda instância.

Depois, em 2021, outra humilhação, quando o STF “inventou” a descondenação de Lula, limpando a ficha imunda dele e permitindo que se candidatasse de novo.

No caso de Collor, acredito que seu maior pecado foi apoiar Bolsonaro nas eleições presidenciais. E outro serviçal do Palácio do Planalto é o procurador-geral da República. Mandou acusações velhas e ultrapassadas de um delator contra Collor.

PARTIDARISMO – O fato é que Lula manda e desmanda nas ações dos ministros da Suprema Corte. Todos os benefícios para acusados que tenham a simpatia do governo Lula. Prisão imediata, sem perdão, para aqueles pendurados no STF que não sejam do agrado do PT.

Assim, a toga preta vai perdendo a dignidade. Perdendo a compostura. Ministros que não têm coragem de ir sozinhos na padaria. Odiados pelos brasileiros. Ultrajante e vergonhoso Supremo Tribunal Federal.

Faz tempo que o STF virou massa de manobras, vistoso puxadinho de Lula e do PT.

Thiago de Mello, um poeta que não aprendeu a lição de que é melhor ser acomodado

Tribuna da Internet | Os Estatutos do Homem, segundo o inesquecível poeta  Thiago de MelloPaulo Peres
Poemas & Canções

O poeta amazonense Amadeu Thiago de Mello (1926-2022), no poema “Não Aprendo a Lição”, mostra como é difícil conviver no mundo feroz dos homens, frente ao poder que se alimenta da fome dos injustiçados.

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NÃO APRENDO A LIÇÃO
Thiago de Mello

A lição de conviver,
senão de sobreviver
no mundo feroz dos homens,
me ensina que não convém
permitir que o tempo injusto
e a vida iníqua me impeçam
de dormir tranquilamente.
Pois sucede que não durmo.

Frente à verdade ferida
pelos guardiães da injustiça,
ao escárnio da opulência
e o poderio dourado
cujo esplendor se alimenta
da fome dos humilhados,
o melhor é acostumar-se,
o mundo foi sempre assim.
Contudo, não me acostumo.

A lição persiste sábia:
convém cabeça, cuidado,
que as engrenagens esmagam
o sonho que não se submete.
E que a razão prevaleça
vigilante e não conceda
espaços para a emoção.
Perante a vida ofendida
não vale a indignação.
Complexas são as causas
do desamparo do povo.
Mas não aprendo a lição.
Concedo que me comovo.

A bomba no INSS: corrupção, descontos ilegais e a queda de Stefanutto

Escancarada à Lua, a casa poética e musical de Walter Queiroz na Lapinha

IMMuB | Compositor - Walter Queiroz

Queiroz, 80 anos, de bem com a vida

Paulo Peres
Poemas & Canções

O advogado, publicitário, cantor e compositor baiano Walter Pinheiro de Queiroz Júnior usa várias figuras de linguagem, tornando mais bonito o conteúdo poético da letra de “Pode Entrar”, na qual ele fala da sua casa.

Walter Queiroz gravou a música “Pode Entrar” no LP “Filho do Povo”, em 1975, pela Phonogram.

PODE ENTRAR
Walter Queiroz

A casa escancarada à Lua ali
Meu cachorro nunca morde
Meu quintal tem sapoti
Tem um roseiral crescendo lindo
Quem for louco ou for poeta
Pode entrar, seja bem-vindo

Aqui passa o bonde da Lapinha
Passa a filha da rainha
Passa um disco voador
As vezes ele gira, para e pisca
Como quem quase se arrisca
A parar pra conversar

Mas não me sinto só
Tenho um vizinho
Que é um bêbado velhinho
Que acredita no destino.
Ele mora em cima do arvoredo
Ele tem muitos brinquedos
Ele sempre foi menino

Agora se vocês me dão licença
Eu vou ver um passarinho
Que me chama no quintal
Depois vou me deitar para sonhar
E dançar com a cigana
Que eu perdi no carnaval

Pedro Lucas recusa convite para assumir o Ministério das Comunicações

Governo busca ampliar sua base de apoio no Congresso

Pedro do Coutto

O líder do União Brasil na Câmara dos Deputados, Pedro Lucas Fernandes, comunicou oficialmente, na noite da última terça-feira, sua decisão de não aceitar o convite feito pelo presidente Lula da Silva para assumir o Ministério das Comunicações.

Em nota pública, o parlamentar agradeceu a confiança depositada em seu nome, mas afirmou que, neste momento, considera mais adequado permanecer na função que atualmente exerce no Legislativo, onde acredita poder oferecer uma contribuição mais significativa ao país.

CONVICÇÃO – “Tenho plena convicção de que, neste momento, posso contribuir mais com o país e com o próprio governo na função que exerço na Câmara dos Deputados”, declarou Fernandes. Ele ressaltou ainda o papel estratégico de sua liderança no diálogo com diversas correntes políticas e na articulação de consensos em torno de pautas de interesse nacional.

A recusa foi acompanhada de um gesto de respeito institucional. O deputado apresentou suas desculpas ao presidente da República por não poder aceitar o convite, reiterando sua disposição para manter um diálogo institucional permanente e construtivo. “Recebo seu gesto com gratidão e reafirmo minha disposição para o diálogo institucional, sempre em favor do Brasil”, afirmou.

O episódio ocorre em um contexto no qual o governo federal busca ampliar sua base de apoio no Congresso Nacional. A eventual presença de lideranças partidárias no Executivo tem sido interpretada como parte da estratégia de consolidação de alianças políticas. Nesse cenário, a decisão de Pedro Lucas Fernandes foi entendida como uma sinalização de que o União Brasil pretende manter e fortalecer sua atuação no Parlamento, onde exerce influência decisiva em votações relevantes.

COMPROMISSO – O deputado reafirmou seu compromisso com a boa prática política e com a defesa dos valores democráticos. “Seguirei lutando pelo bem-estar de todos os brasileiros, especialmente daqueles que mais precisam”, concluiu.

Embora o nome de Fernandes tenha sido previamente anunciado pelo presidente como certo para o cargo, a decisão final do parlamentar, respaldada por sua bancada, revelou divergências na condução do processo por parte do Executivo. A negativa, interpretada como um gesto de firmeza política, lança luz sobre a importância da articulação institucional e da escuta partidária nas decisões de governo, e poderá influenciar futuras nomeações no alto escalão.

Moraes dá novo vexame jurídico e manda prender o megatraficante búlgaro

A PRETEXTO DE COMBATER A "EXTREMA DIREITA" , MORAES INVENTA A "DEMOCRACIA DEFENSIVA" - Cariri é Isso

Charge do Schmock (Revista Oeste)

Carlos Newton

O ministro Alexandre de Moraes deu mais um vexame jurídico no Supremo Tribunal Federal. Não mais que de repente, como diria Vinicius de Moraes, nesta quarta-feira (dia 23) ele viu-se obrigado a determinar novamente a prisão preventiva do megatraficante búlgaro, cujo processo de extradição pedido pela Espanha tinha sido suspenso pelo próprio Moraes.

Na ânsia de retaliar a Suprema Corte espanhola, que negara extradição do blogueiro Oswaldo Eustáquio, por se tratar de “perseguido político”, na semana passada Moraes nem raciocinou sobre a estultice que estava fazendo e, além de suspender o processo, cedeu prisão domiciliar ao búlgaro, que na Espanha negociava 52 quilos de cocaína, que valem cerca de 80 milhões de dólares no mercado do pó.

PIADA DO ANO – Além de soltar o traficante, Moraes deu prazo de cinco dias para a embaixadora da Espanha explicar por que a Suprema Corte de seu país não aceitou a forçada reciprocidade, tipo “eu extradito um e você também extradita o outro”.

A repercussão foi a pior possível e o destrambelhado Moraes teve de recuar, porque cometera um gravíssimo erro jurídico, no estilo Piada do Ano. O ministro brasileiro mostrou desconhecer a regra jurídica de que  jamais poderia ter oferecido prisão domiciliar a quem não tem domicílio no país…

Assim, Moraes teve de recuar de sua suprema mancada, mas ficará pela metade, porque não pedirá desculpas à embaixadora Maria del Mar Fernández-Palacios.

DISSE MORAES – “Considerando a inexistência de endereço fixo no Brasil que possibilite a prisão domiciliar, mantenho a prisão de Vasil Georgiev Vasilev, na unidade prisional Ricardo Brandão de Ponta Porã/MS, até a chegada das informações solicitadas ao governo da Espanha’, diz a decisão.

De acordo com o governo espanhol, o búlgaro cometeu o crime de tráfico de drogas em Barcelona, em 2022. Em 15 de abril, Moraes decidiu suspender um pedido de extradição do governo da Espanha, depois de a Espanha negar a extradição do jornalista brasileiro Oswaldo Eustáquio, com o argumento de que o governo do Brasil tem “motivação política” para o pedido.

Moraes argumentou que sua decisão foi tomada tendo em vista a exigência de “reciprocidade” prevista na Lei de Imigração. Eustáquio tem dois mandados de prisão preventiva no Brasil por determinação do STF, a propósito de ameaça, corrupção de menores e tentativa de abolição do Estado Democrático de Direito pelos atos de 8 de janeiro de 2023. Ele está foragido há mais de dois anos.

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P.S. –
A pergunta que não quer calar: Quem vai parar Moraes? – indaga o genial chargista Leandro Spett, o Schmock (C.N.)

Escândalo do INSS prova realmente que o Brasil é o país dos infames e canalhas

Charge reproduzida do Arquivo  Google

Vicente Limongi Netto

Quadrilhas de todos tamanhos humilham e desonram a Nação. A novidade cruel descoberta pelas autoridades policiais é o assalto nas aposentadorias dos milhões de brasileiros aposentados pelo INSS. Pessoas humildes que trabalharam durante décadas, para finalmente receber miserável aposentadoria.

A Polícia Federal cumpre seu papel e finalidade com desassombro. Dezenas de patifes e corruptos foram presos. Resta saber quanto tempo ficarão na cadeia, já que estamos no paraíso da impunidade, onde criminoso da elite dos corruptos ou narcotraficantes, por mais vigarista e ladrão que seja, se dispor de bons advogados, é logo solto. Rindo e debochando dos cidadãos honestos.

BRASÍLIA E SARNEY – Amo minha terra e seu Rio Amazonas, mas também adoro Brasília. Transformo em anjos os regaços de seus eixos. Em pétalas de esperanças o ferro e o cimento das construções. Aqui, o verde acolhe o escurecer dos viadutos. Concretos brincam com a brisa. São parceiros do pôr-do-sol. 

O cerrado encanta o planeta. Pioneiros energizam o amanhecer. O aroma das árvores frutíferas lança sementes para o céu. Moldando, pintando e eternizando Brasília. Para os Deuses do amor, Brasília inventou o encanto.

E votos para um encantado e feliz dia 24 de abril ao ex-presidente José Sarney, completando 95 anos de idade. Saúde e alegrias, aqui nesta Brasília, a cidade que ele também ama e escolheu para morar. 

DURO DE AGUENTAR – Volto ao assunto. Não tem jeito, “Galvão e amigos” é remédio ruim. Embrulha o estômago. Duro aguentar tanta porcariada. Pior do que purgante. Ouvir parvos como Casagrande e Mauro Naves é uma tortura.

Galvão comanda a patetice. Esmerado em abissais tolices. Fala pelos cotovelos. Não diz nada aproveitável. Reginaldo Leme ouvindo as asneiras, certamente lembrando que Nelson Piquet tinha razão quando perguntou, na televisão: “Reginaldo, como você aguentou tanto tempo na Fórmula 1 a besta do Galvão?”.

O tempo passa, e o povo continua na vida de gado que Zé Ramalho denunciou

Zé Ramalho faz show 'Especial Dia dos Pais' em Goiânia - Goiás Notícia

Zé Ramalho, ligado no sofrimento do povo

Paulo Peres
Poemas & Canções 

O cantor e compositor paraibano José Ramalho Neto, mais conhecido como Zé Ramalho, em 1979 lançou o LP A Peleja do Diabo Com o Dono do Céu, pela EPIC/CBS, onde a música “Admirável Gado Novo” destacou-se como sucesso, mormente, pela crítica que sua letra fazia à ditadura militar e ao conformismo da maior parte do povo, comparado ao gado, “povo marcado, povo feliz”. Povo (massa) que paga impostos (dá muito mais do que recebe).

A ditadura militar acabou, mas a letra da música continua bastante atual, diante do quadro econômico-político-social vigente no país.

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ADMIRÁVEL GADO NOVO
Zé Ramalho

Vocês que fazem parte dessa massa
Que passa nos projetos do futuro
É duro tanto ter que caminhar
E dar muito mais do que receber
E ter que demonstrar sua coragem
À margem do que possa parecer
E ver que toda essa engrenagem
Já sente a ferrugem lhe comer
Êh, oô, vida de gado
Povo marcado
Êh, povo feliz!

Lá fora faz um tempo confortável
A vigilância cuida do normal
Os automóveis ouvem a notícia
Os homens a publicam no jornal
E correm através da madrugada
A única velhice que chegou
Demoram-se na beira da estrada
E passam a contar o que sobrou!
Êh, oô, vida de gado
Povo marcado
Êh, povo feliz!

O povo foge da ignorância
Apesar de viver tão perto dela
E sonham com melhores tempos idos
Contemplam esta vida numa cela
Esperam nova possibilidade
De verem esse mundo se acabar
A arca de Noé, o dirigível,
Não voam, nem se pode flutuar
Êh, oô, vida de gado
Povo marcado
Êh, povo feliz!

Reforma ministerial adiada e os desafios de composição do governo Lula até 2026

Lula deve ‘perder’ mais da metade dos ministros para as eleições

Pedro do Coutto

Com a reforma ministerial ainda indefinida, o presidente Lula da Silva aproxima-se de um cenário praticamente inevitável: a saída de mais da metade dos atuais ministros até abril de 2026, prazo estipulado pela legislação eleitoral para a desincompatibilização de ocupantes de cargos públicos que pretendem disputar as eleições. Dos 38 ministros que atualmente compõem a Esplanada, ao menos 20 manifestam interesse em concorrer a cargos eletivos no pleito do próximo ano.

A decisão do presidente de postergar uma ampla reestruturação ministerial — aguardada desde o final de 2023 — poderá forçá-lo a promover mudanças em um curto intervalo de tempo, sem margem suficiente para articulações políticas consistentes ou substituições estratégicas.

MOMENTO IDEAL – Avaliações internas no governo, ainda que reservadas, indicam que Lula pode ter perdido o momento ideal para uma reformulação substancial de sua equipe. Com o calendário eleitoral se aproximando, a tendência é que as alterações sejam pontuais, priorizando aliados estratégicos ou respondendo a eventuais crises administrativas. Uma reconfiguração mais abrangente deve ocorrer apenas após abril de 2026, quando ficará evidente quais ministros permanecerão até o fim do mandato e quais buscarão novos cargos no Executivo ou no Legislativo.

A legislação eleitoral determina o afastamento de ministros e outros ocupantes de cargos públicos até seis meses antes do pleito — marco que se encerra no início de abril de 2026. Diversos ministros já sinalizaram intenção de disputar cargos como deputado federal, senador ou governador. O caso mais emblemático é o do ministro-chefe da Casa Civil, Rui Costa, que cogita concorrer ao Senado pela Bahia. Já a ministra das Relações Institucionais, Gleisi Hoffmann, deve retomar sua atuação na Câmara dos Deputados. Para o Partido dos Trabalhadores (PT), a presença de Gleisi no Parlamento é estratégica, tanto por seu capital eleitoral quanto por sua atuação combativa — considerada essencial em um eventual cenário adverso.

Outro nome sob análise é o do ministro da Fazenda, Fernando Haddad. Embora ele tenha afirmado que não pretende se candidatar, Lula avalia que Haddad poderia representar uma candidatura competitiva ao Senado por São Paulo. Preocupado com o avanço da oposição, especialmente do bolsonarismo, no Congresso Nacional, o presidente planeja lançar candidaturas de peso nos principais colégios eleitorais. Essa estratégia inclui também o ministro do Empreendedorismo, Márcio França, que manifesta interesse em disputar o governo paulista, ainda que sua candidatura dependa do apoio do PT.

LICENCIADOS – Entre os ministros em exercício, quatro são senadores licenciados. Apenas Carlos Fávaro (Agricultura) possui mandato com término previsto para 2026 e deve buscar a reeleição. Já Camilo Santana (Educação) e Wellington Dias (Desenvolvimento Social), com mandatos até 2030, pretendem permanecer no Executivo. Renan Filho (Transportes), também com mandato vigente até 2030, já anunciou que deixará o ministério em abril de 2026. Seu objetivo é compor a chapa de reeleição de Lula como candidato à vice-presidência. Caso isso não se concretize, deve disputar novamente o governo de Alagoas.

As saídas de Simone Tebet (Planejamento) e Alexandre Silveira (Minas e Energia) são dadas como certas. Tebet pretende disputar o Senado, mas enfrenta resistências no MDB de Mato Grosso do Sul, seu estado de origem. Cogita-se a transferência de seu domicílio eleitoral para São Paulo, alternativa que enfrenta obstáculos, sobretudo pela influência de figuras como Michel Temer e Ricardo Nunes no MDB paulista. Silveira, por sua vez, avalia disputar o Senado ou o governo de Minas Gerais, caso o atual presidente do Senado, Rodrigo Pacheco, decida não concorrer. Se não for candidato, Silveira poderá coordenar a campanha de Lula no estado, onde o presidente busca ampliar sua base de apoio.

Alguns ministros de perfil político manifestam a intenção de permanecer no cargo até o final do mandato, como Alexandre Padilha (Saúde), Macaé Evaristo (Direitos Humanos), Carlos Lupi (Previdência), além de Camilo Santana e Wellington Dias. Todavia, esse cenário poderá ser alterado em função de rearranjos partidários e pressões regionais.

RELEVÂNCIA – É necessário destacar que há, no atual quadro ministerial, titulares cujas ações são pouco visíveis ou praticamente desconhecidas da opinião pública. Muitos permanecem no cargo desde o início do governo sem protagonizar iniciativas relevantes que impactem diretamente a melhoria das condições de vida da população. Uma análise criteriosa da atuação de cada ministério revela uma performance aquém das expectativas, o que pode comprometer o capital político do presidente da República e da administração federal como um todo.

Diante desse panorama, seria oportuno que o presidente exigisse de cada ministro um balanço das ações realizadas, com metas e resultados concretos, para que se possa prestar contas à população de forma transparente e efetiva.

Atualmente, o governo empreende uma ofensiva publicitária sob a coordenação do ministro Sidônio Palmeira, titular da Secretaria de Comunicação Social. Entretanto, a estratégia de comunicação tem priorizado uma abordagem estética e institucional, sem atingir diretamente seu público-alvo: os eleitores. A narrativa oficial destaca programas e iniciativas, mas falha em conectar essas ações a resultados tangíveis que sensibilizem a população. A publicidade governamental, embora bem produzida, carece de efetividade ao transmitir uma mensagem que reverbere nas camadas sociais mais amplas, especialmente aquelas que mais dependem das políticas públicas.

Criminalista que pediu o afastamento de Moraes alega transtornos psiquiátricos

OAB é cúmplice da ditadura de toga e viola o Estatuto", afirma advogado Paulo Faria - Donny Silva

Paulo Faria diz que há evidências de desequilíbrio emocional

Carlos Newton

O advogado Paulo Faria, que defende o ex-deputado Daniel Silveira, publicou nas redes sociais a notícia de que protocolou um requerimento ao presidente do Supremo Tribunal Federal pedindo o afastamento imediato do ministro Alexandre de Moraes por motivos psicológicos e psiquiátricos.

No texto, o advogado explica que se baseou na Resolução do Conselho Nacional de Justiça nº 207/2015 — que se refere à saúde mental de magistrados.

CONDUTAS INCOMPATÍVEIS – O requerimento protocolado no CNJ aponta condutas graves e incompatíveis com o cargo, como decisões impulsivas e autoritárias; perseguição a advogados, jornalistas e cidadãos; desrespeito às normas constitucionais, como a impessoalidade; linguagem inapropriada e personalista nas decisões; multas abusivas e desprezo por direitos humanos.

O advogado do ex-deputado Daniel Silveira revela que o requerimento também menciona incidentes diplomáticos envolvendo o ministro Moraes, como a suspensão da rede social X (antigo Twitter), gerando atritos com os Estados Unidos, e a recusa em extraditar um traficante búlgaro para a Espanha, enquanto tenta pressionar pela extradição do jornalista Oswaldo Eustáquio, investigado por crime de opinião, que vive na Espanha, foi protegido pela Suprema Corte em Madri e não pretende sair daquele país.

PROTEGER O STF – O objetivo, segundo Faria, “é proteger a Suprema Corte diante dos arbítrios monocráticos de Moraes” em diversos inquéritos e processos que o ministro está relatando no Supremo.

Com base em indícios de transtorno de personalidade antissocial (psicopatia), o advogado solicita avaliação médica multidisciplinar, afastamento cautelar e, se for o caso, tratamento compulsório.

Além das decisões equivocadas do próprio Moraes, claramente exageradas e passionais, a petição de Paulo Faria está fundamentada também por notícias publicadas em fontes como The Economist, CNN Brasil, Estadão, Senado Federal e Organização Mundial de Saúde.

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P.S.
A informação sobre o requerimento do advogado Paulo Faria foi enviada à Tribuna por Mário Assis Causanilhas. É preciso lembrar que realmente existe a possibilidade de uma autoridade sofrer transtornos mentais, como está previsto na Resolução 207 do CNJ. Aqui na Tribuna há meses estamos publicando comentários a esse respeito. Aliás, é impressionante que os demais ministros do STF e o procurador-geral da República, que trabalham diariamente com Moraes, ainda não tenham percebido que há algo de podre no reino da Dinamarca, porque tudo indica que o ministro realmente necessita de tratamento especializado. Na História do Supremo, jamais se viu algum de seus integrantes agindo da forma destrambelhada como ele procede. (C.N.)

Leia uma bela mensagem que o Papa enviou ao jurista brasileiro Jorge Béja

Jorge Béja - Blog - Jornal da Cidade Online

Poucos sabem que Béja também é pianista

Carlos Newton

O jurista carioca Jorge Béja conheceu Jorge Mario Bergoglio em 1993, no Teatro Colón em Buenos Aires, quando ele era cardeal. O advogado estava se apresentando ao piano num evento musical organizado pela Igreja argentina.

Bergoglio era cardeal e pediu que Béja tocasse uma música – “Clair de Lune”, de Claude Debussy. Depois, conversaram muito, nos camarins do belíssimo Teatro Colón, um dos mais famosos do mundo.

AMBOS, SALESIANOS – Bergoglio, antes de ingressar na ordem dos jesuítas, tinha estudado no Colégio Salesiano de Buenos Aires. E o brasileiro Béja também fora aluno dos Salesianos. Lembraram a vida e obra de Dom Bosco (Giovanni Melchior Bosco, 16.8.1815/31.1.1888).

Um deu ao outro os endereços para correspondência, que Béja só veio a usar ao enviar mensagem congratulatória a Bergoglio por ter sido eleito Papa em 15 de março de 2013, quando escolheu ser chamado de Papa Francisco.

Ainda no ano de 2013 trocaram mais duas mensagens. Em 2014, apenas uma. 

ESCREVEU O PAPA – Na primeira mensagem que o jurista recebeu, o Papa referiu-se diretamente à Páscoa e à Ressurreição. Ao lê-la, Béja teve um dos momentos mais felizes de sua vida, também ligada aos pobres, pois jamais cobrou honorários de qualquer cliente de seu escritório.

Oi, Jorge Beja:

Lhe agradeço escrever.

Você se lembra que nossa fé só deveria estar em Cristo Jesus, cabeça da igreja. Se nós acreditamos que Ele é o Sr. e que o Pai Celestial ressuscitou isto dentre os mortos, nós seremos desculpados.

Eu dedico a você a bênção escrita nas Escritas Sagradas em Números 6:24-27: “Yahvé o abençoa, e o mantém. O Sr. faz para brilho a face deles/delas em você, e tem de você clemência; Yahvé sobre ti levante a tua face, e pôs em você a paz. E eles porão meu nome nas crianças do Israel, e eu os abençoarei”. 

Se você tiver uma Bíblia, você pode ler em família o Evangelho inteiro de acordo com San Juan e você será abençoado.

Uma saudação,

Franciscus