Adeus, paz! Israel invade e usurpa mais 24 quilômetros quadrados na Cisjordânia

This picture taken on June 28, 2024 shows the the Israeli settlement of Maale Adumim in the occupied West Bank on the outskirts of Jerusalem. (Photo by AHMAD GHARABLI / AFP)

Este é o assentamento israelense Maale Adumim, na Cisjordânia ocupada

Deu na Veja

O grupo israelense Peace Now, um órgão de vigilância contra assentamentos judeus em territórios palestinos, afirmou em relatório divulgado nesta quarta-feira, 3, que Israel aprovou a maior usurpação de terras na Cisjordânia em mais de três décadas. A região povoada por palestinos é parcialmente controlada por israelenses, tanto militares quanto colonos civis encarregados de administrar assentamentos.

De acordo com o relatório, autoridades aprovaram a apropriação de 12,7 quilômetros quadrados de terras no Vale do Jordão. Os dados do Peace Now indicam que esta foi a maior cota individual aprovada desde os acordos de Oslo de 1993, no início do processo de paz entre palestinos e israelenses.

“ANEXAÇÃO” – A usurpação, que israelenses qualificam como “anexação” de terras, foi aprovada no final do mês passado. Ela ocorre após 8 quilômetros quadrados de terras na Cisjordânia serem invadidos em março e de 2,6 quilômetros quadrados em fevereiro. As terras são contíguas e localizadas a nordeste da cidade de Ramallah, onde está sediada a Autoridade Palestina, representação apoiada pelo Ocidente.

Ao declará-las como terras estatais, o governo israelense passa a permitir seu arrendamento a cidadãos de Israel e proíbe a propriedade privada por parte de palestinos. 

Segundo o Peace Now, isso faz de 2024, de longe, o ano de pico para a implementação do controle israelense na Cisjordânia.

CISJORDÂNIA OCUPADA – Ao todo, Israel já construiu mais de 100 colonatos em toda a Cisjordânia, alguns dos quais se assemelham a subúrbios totalmente desenvolvidos ou a pequenas cidades. Eles abrigam mais de 500 mil colonos judeus que têm cidadania israelense.

Os 3 milhões de palestinos na Cisjordânia vivem sob um regime militar israelense que tem poucos limites, apesar do governo da Autoridade Palestina (AP).

A AP administra partes do território palestino ocupado por Israel, mas está impedida de operar em cerca de 60% do território, onde estão localizados os colonatos.

AUMENTO DAS TENSÕES – A medida tem potencial de agravar as já crescentes tensões entre os povos, ligadas à guerra entre Israel e o grupo terrorista palestino Hamas em andamento em Gaza. A violência aumentou na Cisjordânia desde o início do conflito, com ataques militares israelenses quase diários, que muitas vezes desencadeiam tiroteios mortais com militantes palestinos.

Os palestinos consideram inaceitável a expansão dos colonatos na Cisjordânia ocupada, afirmando que esta é a principal barreira a qualquer acordo de paz duradouro no Oriente Médio. Além disso, a maior parte da comunidade internacional, incluindo os Estados Unidos, maiores aliados de Israel, considera os assentamentos judeus ilegais ou ilegítimos.

O atual governo israelense considera a Cisjordânia como o coração histórico e religioso do povo judeu, e por isso opõe-se à criação de um Estado palestino na área. Na guerra de 1967, Israel capturou a Cisjordânia, a Faixa de Gaza e Jerusalém Oriental. Esses três territórios são reivindicados pelos palestinos para um futuro Estado independente.

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NOTA DA REDAÇÃO DO BLOG
Para desespero dos israelenses pacifistas, que existem e são muitos, os extremistas liderados por Netanyahu seguem o plano sinistro de anexar a Cisjordânia, a Faixa de Gaza e qualquer outro território onde vivem palestinos. E assim Israel vai perdendo aliados, progressivamente. O resultado final, já se pode antever, será a guerra eterna entre os israelitas e os islamitas, fato que representa uma ameaça concreta à paz no Oriente Médio e no resto do mundo. (C.N.)

3 thoughts on “Adeus, paz! Israel invade e usurpa mais 24 quilômetros quadrados na Cisjordânia

  1. O mundo tem suas loucuras, alguns influenciados por dinheiro, poder ou sabe-se lá Deus o que é …. Nunca tivemos tão próximo de um conflito global, existem especialistas que já falam que vivemos a terceira guerra mundial na Ucrânia com militares dos EUA e Europa morrendo nesse conflito contra a Rússia que começou a ter apoio militar do pessoal de engenharia da Coreia do Norte. Recentemente o Maj. Gen. William F. Mullen morreu supostamente após o retorno de uma viagem na Ucrânia …. Muitas militares dos EUA e Europeus estão morrendo de causas naturais, nessa conta já temos algumas dezenas de oficiais de alta patente sem contar com soldados. Todos morrem de causas naturais de forma recente.
    Em Israel um grupo de radicais querem que o país tenha a mesma área da Grande Israel no apogeu da civilização passada ocupando áreas do Egito, Arábia Saudita Jordânia (que seria totalmente ocupada), Iraque e até o Irã. Militarmente falando, Israel enfrenta um problema que não tem solução, o país é ridiculamente pequeno sem uma população expressiva. As baixas militares do lado de Israel ultrapassam as dezenas de milhares em um país que está perdendo gente, qualquer 10 mil jovens gera um impacto absurdo na sua economia.
    Israel está pensando em acabar com o conflito em Gaza para entrar em uma roubada ainda maior contra o Hezbollah que é muito mais forte que o Hamas. Se isso acontecer, existe a possibilidade de o Irã atuar com possível envolvimento (direto ou indireto) maior. Outro grande problema é que Israel estava sendo neutro, mas recentemente pensa em apoiar a Ucrania com armas. Fazendo isso, a Rússia que sempre segurou a Síria, Irá e Hezbollah, vai soltar o freio e pode até oferecer ajuda militar para esses países.
    Isso vai dar outra grande possibilidade de um conflito militar global, sem contar com a situação militar no mar do Japão, China e outros países. Japão enfrenta um problema grave de crescimento e envelhecimento populacional, mas está investindo pesado em guerra eletrônica. Com frota de drones (ar e mar) além de frota aérea e naval de ponta. OTAN voltou a investir pesado no orçamento militar e os países membro já discutem serviço militar obrigatório. O mundo está voltando a se armar e o palco dessa luta está sendo moldado para acontecer na Europa, Oriente Médio e Ásia. Espero que isso não gere um conflito nuclear, apesar de achar que isso vai acontecer. Países como Rússia, China, Coreia do Norte e Irã , caso se sintam ameaçados, não irão esperar ver que algo aconteça. Vai fazer uso do seu arsenal nuclear. O mundo deveria sentar e discutir a paz, mas outros querem a guerra para tentar recuperar a hegemonia que tinha (exemplo os EUA).

  2. Senhor Cláudio , esses países não só querem recuperar a tal ” hegemonia ” , mas sim , recuperar a perda econômica ao ” patrocinar e financiar ” o golpe de estado na Ucrânia em 2014 e sua consequente guerra contra a Rússia , as sabotagens e explosões dos oleodutos/gasodutos Rússia & Alemanha , culminando na enfraquecimento econômico e tiro nos pés dos países envolvidos nessa trama contra Rússia , por isso estão forçando uma guerra total na Europa , mesmo o líder da extrema-direita Britânico tendo confessado nessa semana em ” alto e bom som ” , que foram os USA e a OTAN quem provocaram e iniciaram a guerra Ucrânia & Rússia , uma vez que os golpistas iniciaram uma campanha de matança , massacre do povo da Crimeia de descendência Russa , culminando na intervenção legítima da Rússia na Crimeia .

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