Marcos Augusto Gonçalves
Folha
No balanço de perdas e ganhos das eleições municipais, Gilberto Kassab tem aparecido consensualmente como um grande vitorioso. Logo após a divulgação dos resultados do segundo turno, o professor Bruno Reis, numa participação na TV Folha, comentou que o ex-prefeito de São Paulo vem se dedicando desde início da década de 10 à criação do que seria um novo partido “pivotal” no Brasil, uma sigla que de certa forma possa recriar no futuro a função do MDB no passado.
O termo pivotal, muito usado em língua inglesa, nos remete à ideia de alguma coisa que funcione como um eixo central.
DEFINIÇÃO – Não foi por acaso, portanto, que na ocasião do lançamento da legenda, Kassab —ao lado de nomes como Kátia Abreu e Guilherme Afif Domingos— tenha se saído com a sempre lembrada declaração: “Não será de direita, não será de esquerda, nem de centro. É um partido que terá um programa a favor do Brasil, como qualquer outro deve ter.”
A definição, que nega ou tenta escapar dos pontos cardeais históricos da política, foi motivo de justificáveis gracejos. Soou, afinal, como espécie de piada pronta na geleia geral do pluripartidarismo brasileiro, a levantar suspeitas sobre mais uma legenda de aluguel ou destinada a faturar no balcão da fisiologia, onde apoios são comprados e vendidos a cada nova eleição.
O PSD, no entanto, com fraquezas e defeitos que existam, vem contrariando os prognósticos mais pessimistas e ganhando terreno como uma espécie de partido do senso comum brasileiro, sem bandeiras ideológicas marcantes e discursos inflamados.
IDEÁRIO BÁSICO – O PSD guia-se por seu ideário básico favorável à liberdade econômica, ao direito de propriedade, à sustentabilidade, à inovação tecnológica, à transparência e eficiência da administração pública e às liberdades individuais.
A agremiação de Kassab foi a que mais conquistou prefeituras nas eleições municipais. Além disso, foi ele “pivotal” em São Paulo, como secretário e espécie de coach político do governador Tarcísio de Freitas. Com os pés em duas canoas, como se diz, mantém ministérios no governo Lula e procura esfriar os ânimos e deslocar a direita radical.
Pretende construir, e vai se aproximando disso, uma representação política menos exaltada para o establishment e as classes emergentes, que em grande parte se jogaram nos braços de Jair Bolsonaro em 2018.
NOME DA DIREITA – Atribui-se a Kassab a avaliação de que Tarcísio deveria evitar o risco de enfrentar Lula em 2026. Sua reeleição em São Paulo, vista de hoje, são favas contadas, o que fortaleceria sua posição para 2030. É claro que o pós-Lula seria o palco adequado para o sonho apoteótico de Kassab.
Mas a dinâmica política nem sempre favorece cálculos tão alongados. Tudo dependerá dos sinais da capacidade de Lula vencer e até do potencial de quem, senão Tarcísio, venha a ser o nome da direita.
Lula, apesar do natural desgaste, poderá colocar-se em posição de favorito. Para isso, contudo, terá de ganhar mais popularidade e superar logo o persistente negacionismo fiscal alimentado por seu partido. A ver o que a aventada proposta de uma PEC apresentará de fato. Se o governo não patrocinar um plano crível de contenção de gastos vai perder a queda de braço com o mercado e pode ser engolfado por uma crise de confiança.
Não foi por acaso, portanto, que na ocasião do lançamento da legenda, Kassab —ao lado de nomes como Kátia Abreu e Guilherme Afif Domingos— tenha se saído com a sempre lembrada declaração: “Não será de direita, não será de esquerda, nem de centro. É um partido que terá um programa a favor do Brasil, como qualquer outro deve ter.”
Qualquer adulto que completou a quarta série sabe que esses três nomes em um mesmo parágrafo significa.
O Governo faz muito bem em estar na contra mão.
O CN nem quis meter a colher nessa cumbuca suja.
Ele, como bom comerciante que sempre foi, não trabalhará para o bem do país, senão que para seu negócio, digo seu partido.
A melada será também subordinadas à INTERNACIONAL “Mãe da Impunidade & C Ol ngêneres” e estas por suas vez à “Máfia Khazariana”, através do Sindicato Internacional do Crime Organizado”, todos e para tanto, mercenáriamente locupletos!
Alma, pátria e família, adulteradamente, nada significam!
Traduzindo: Homer Simpson só aguarda a decisão de Kim-LI sobre o seu negacionismo fiscal para decidir-se entre entre a cruz e a caldeirinha. Porém, todavia, contudo, eis que, alegre e retumbante, insinua-se desinteressada salvação na ideia central do texto de ‘All Gustus’:
“É claro que o pós-Lula seria o palco adequado para o sonho apoteótico de Kassab.”…
“Ave Caesar, morituri te salutant.”.
O fundador e dono do partido da boquinha tem uma grande virtude, é pragmático ao máximo, ama o Poder mas não põe o carro na frente dos bois, sabe que é “devagar que se chega ao longe”. Com certeza vai ficar até 2026 “cozinhando” o galo como se dizia antigamente, e de preferência em fogo lento, vai dar uma de morcego, morde e depois assopra. O cara aposta no inevitável desgaste de Biden da Silva, vai deixar o cara se ferrar sozinho, porque é melhor não atravessar o samba se comprometendo com uma candidatura fracassada co imbrochável, gente pragmática não dá voo de galinha.
Roubo?
O que explica o rombo histórico das estatais no governo Lula
https://www.gazetadopovo.com.br/economia/o-que-explica-o-rombo-historico-das-estatais-no-governo-lula/