Sem vazamentos, a imprensa fica reprisando as notícias sobre o golpe

Cúpula do Exército defende general Freire Gomes e se irrita com vazamentos | Blogs CNN | CNN Brasil

Como ainda não houve vazamentos, a imprensa inventa…

Carlos Newton

Em ambiente de altíssima expectativa, aguarda-se o vazamento de afirmações feitas pelo general Freire Gomes, ex-comandante do Exército, em seu depoimento à Polícia Federal.

Até agora, não vazou absolutamente nada. No desespero, os jornais ficam criando factoides óbvios, tipo Freire Gomes desmentiu declaração do ajudante de ordens de Bolsonaro, tenente-coronel Mauro Cid.

O mais recente falso vazamento diz que Freire Nunes revelou a existência de duas versões da minuta, quando todos já estão cansados de saber que existiam pelo menos três, pois a primeira foi encontrada na casa de Anderson Torres, ex-ministro da Justiça, a segunda na sala de Bolsonaro na sede do PL. e ainda há a terceira versão, entregue pelo assessor Filipe Martins, e que Bolsonaro teria resumido a texto da justificativa do decreto, segundo Mauro Cid, em sua delação premiada.

BUSCAR OS FATOS – Bem, não adianta ficar tentando tirar leite de bode, como se diz no Nordeste. É preciso buscar os fatos. Como ainda não houve o menor vazamento, não há fatos, apenas especulações, que vêm sendo feito feitas até por jornalistas famosos, que nem precisam aparecer, digamos assim, mas gostam de se mostrar.

As grandes dúvidas são as seguintes: 1) O general Freire Gomes, como comandante do Exército, chegou a apoiar de alguma forma o golpe? 2) Quem realmente liderava a conspiração: Bolsonaro ou Braga Netto?  3) Na reta final, Bolsonaro percebeu que ia ser descartado e foi para os Estados Unidos. ou viajou com medo de ser preso?

O povo quer saber, mas enquanto não houver vazamentos, nada feito…

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P.S. – E a Piada do Ano é dizer que a cúpula militar está muito irritada com os vazamentos dos depoimentos à Polícia Federal, porque isso limita a capacidade de respostas das Forças Armadas, já que o processo corre em sigilo. Ora, as Forças Armadas não têm de responder nem se defender de nada. A investigação é sobre pessoas físicas, sejam fardadas, à paisana ou de pijama. (C.N.)

No meio da confusão, Ronaldo Caiado prepara sua candidatura à Presidência

Ato de Bolsonaro em São Paulo reuniu 185 mil pessoas, calcula grupo de pesquisa da USP – CartaExpressa – CartaCapital

Caiado sonha em ser apoiado por Bolsonaro em 2016

Luiz Carlos Azedo
Correio Braziliense

A tentativa de golpe de 8 de janeiro levou o ex-presidente Bolsonaro e seus aliados para o canto do ringue, em função das investigações que estão sendo realizadas pela Polícia Federal (PF), no âmbito do inquérito conduzido pelo ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF).

O vice-presidente Geraldo Alckmin, em entrevista à jornalista Miriam leitão, na GloboNews, resumiu a narrativa do governo: “Eu tenho a convicção de que o presidente Lula salvou a democracia, quando eles tentaram dar um golpe de Estado. Quem defende a Constituição, defende eleição, defende o povo, é democrata. O inverso disso é golpista. Se perdendo a eleição eles tentaram um golpe, imagina se tivessem ganhado. E isso é a pior coisa também para a economia. As ditaduras suprimem a liberdade em nome do pão, não dão o pão nem devolvem a liberdade que tomaram”.

CENTRO-ESQUERDA – O ex-governador paulista, que deixou o PSDB para ser o vice de Lula pela legenda do PSB, ao lado de Simone Tebet, é um representante dos setores de centro-esquerda que apoiaram Lula já no primeiro turno.

Como ministro do Desenvolvimento, é o principal porta-voz da política industrial do governo, que provoca muita polêmica. Entretanto, que ninguém se iluda, é um aliado de Fernando Haddad, como Simone Tebet:

“Na política, você conquista. A questão econômica é central. O risco Brasil era 254, baixou para 130. A inflação estava em 6%, e baixou para 4,5%, dentro do teto da meta. A Bolsa subiu. O dólar baixou de R$ 5,40 para R$ 4,90. O desemprego caiu. É uma combinação de três coisas: eficiência econômica, rede de proteção social e liberdade individual”, avalia.

ACOMODAÇÃO – Fernando Haddad, Geraldo Alckmin, Simone Tebet, Marina Silva, todos foram candidatos a presidente da República e estão bem acomodados no governo.

Isso fecha a porta para o surgimento imediato da terceira via defendida pelo ex-governador de Minas e deputado federal Aécio Neves, um ator decisivo nos bastidores do PSDB.

O governador do Rio Grande do Sul, Eduardo Leite, é o candidato natural dos tucanos, mas não quer pôr o seu bloco na rua e ficar no sereno. Precisa cuidar do seu próprio quintal do ponto de vista administrativo e eleger o maior número possível de prefeitos e vereadores nas eleições municipais deste ano.

CAIADO SE LANÇA – Entretanto, há um movimento de placas tectônicas na oposição, apesar da demonstração de força de Bolsonaro no domingo passado, com o ato realizado na Avenida Paulista.

Nesta quinta-feira, houve uma troca de guarda no União Brasil, patrocinada pelos velhos caciques do antigo DEM, que destituíram o deputado Luciano Bivar (União-PE).

 Com apoio do ex-prefeito de Salvador ACM Neto, o advogado  E ex-deputado Antônio Rueda, vice-presidente, assumiu o comando da legenda. Por trás da manobra, está a candidatura à Presidência do governador de Goiás, Ronaldo Caiado.

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NOTA DA REDAÇÃO DO BLOGCaiado sonha (?) em ser apoiado por Bolsonaro em 2026. Bem, sonhar ainda não é proibido nem paga imposto. Mas Bolsonaro dificilmente deixará de apoiar Tarcísio de Freitas. (C.N.)

Depoimento de Freire Gomes e diário de Heleno reforçam a trama golpista

Depoimento de Freire Gomes e diário de Heleno reforçam trama golpista | Metrópoles

Fotos reproduzidas da Metrópoles

Mariana Andrade
Metrópoles

Nos últimos dias, dois fatos reforçaram a convicção da Polícia Federal (PF) sobre a “trama golpista” durante o governo de Jair Bolsonaro (PL), promovida pelo próprio ex-presidente, seus ministros e integrantes das Forças Armadas.

São elas: a confirmação do ex-comandante do Exército e general da reserva Marco Antônio Freire Gomes sobre as reuniões sobre a chamada “minuta do golpe”; e a descoberta de uma agenda pessoal do ex-ministro do Gabinete de Segurança Institucional (GSI), Augusto Heleno, com instruções para impedir a atuação da PF em certas ocasiões.

MINUTA EM DEBATE – De acordo com a CNN, Freire Gomes teria dito à PF que presenciou encontros sobre a formulação do documento golpista para cancelar as eleições de 2022, que elegeram Lula da Silva (PT).

As informações sobre as reuniões continuam sob sigilo, mas a delação premiada do tenente-coronel Mauro Cid, ajudante de ordens de Bolsonaro, já havia adiantado a participação do então comandante do Exército em conversas para articular a minuta do golpe e Freire Gomes teria até recusado a tese golpista.

O general depôs por mais de sete horas, começando por volta das 15h da última sexta-feira (1°/3) e terminando às 22h. Essa foi a oitiva mais longa desde o início da Operação Tempus Veritatis.

VAZAMENTOS SELETIVOS – As informações veiculadas pela imprensa causaram reação do núcleo bolsonarista, em especial de Fabio Wajngarten, advogado de Bolsonaro, que criticou o que chamou de “vazamentos seletivos” e reclamou da falta de acesso da defesa aos autos.

Já a revista Veja revelou nesse sábado que investigadores da Polícia Federal encontraram uma agenda do ex-ministro do GSI Augusto Heleno, com diversas anotações que poderiam privar o trabalho da PF e até levar à prisão de delegados.

Nas anotações, Heleno sugere unir o Ministério da Justiça, a Advocacia-geral da União (AGU) e Presidência da República para combater supostas “ordens judiciais exorbitantes”, impedindo, assim, que a Polícia Federal cumprisse determinadas decisões da Justiça, segundo a Veja.

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NOTA DA REDAÇÃO DO BLOG
Desta vez, está difícil vazar informações sobre o depoimento do general Freire Gomes, que era comandante do Exército na época das eleições de 2022 e evitou o golpe militar. Assim, as matérias se tornam repetitivas, sem nada de novo. (C.N.)

Ao se entregar nas mãos do salvador, o Brasil se tornou o país da enganação

Não Existe Salvador da Pátria by Detonautas Roque Clube on TIDAL

Reprodução de disco dos Detonautas

Luís Ernesto Lacombe
Gazeta do Povo

Tadinhos de nós, tão bobinhos, tão ingênuos, tão perdidos, tão desprotegidos… Até que um salvador se apresenta. Só ele mesmo para nos livrar de tantas mentiras, de tanto ódio, da desunião, do desentendimento, das maiores agruras desta vida. Só ele mesmo para nos dizer no que devemos acreditar, em quem podemos confiar. Nele, apenas nele, na sua aliança, apenas no que ele nos indica como correto, como a mais pura verdade.

Estávamos tão abandonados, expostos a nazistas, fascistas, negacionistas, genocidas, aos piores criminosos. Já não víamos saída, já não víamos nada, só escuridão. E veio, enfim, a luz. Nosso salvador nos pegou pela mão. De que nos serve opinião que não seja a dele? De que nos vale viver sem sua proteção, sem um tutor tão bem-intencionado, tão compreensivo, conhecedor de todas as coisas? Nada. Sem ele, não há nada, só sofrimento, só desgraça.

AGRADECIMENTOS – Não cabem em palavras os agradecimentos que lhe devemos. Ele nos salvou da ditadura, do autoritarismo, da injustiça. Ele nos consertou, e, conduzido por ele, ninguém mais falhará, ninguém ficará perdido, ninguém terá a mínima chance de errar, de cometer nem mesmo um deslize, um pequeno equívoco. Só ele nos entregará o mundo perfeito.

Qualquer problema eventual, e ele tem os corretivos, o poder de persuasão, de convencimento. Criticá-lo é imperdoável. Qualquer crítica a ele é uma agressão, uma insanidade. Ele só persegue quem merece ser perseguido, ele só humilha quem merece ser humilhado. Ele só destrói quem merece ser destruído. Quando manda prender e manda soltar, ele está sempre certo. Ele tem sempre razão.

Não há pena imposta por ele que não deva ser cumprida, para o estabelecimento de tudo, tudo de bom. Ele é a palavra, ele é a verdade, a justiça. Nada do que faz é questionável. Seus atos são sempre necessários, na medida certa, não têm malícia. Um eventual exagero sempre envolve dons divinos. Ele é sempre sincero, não consegue ser de outro jeito.

ÓDIO SANTIFICADO – Só ele sabe o que é liberdade, principalmente isso. Sua tirania não é tirania, pois é do bem. A censura que impõe é cuidado de pai, de mãe… Tudo o que ele faz é para nos oferecer um país irretocável.

Seu ódio foi santificado e promove milagres. Seu extremismo é redentor, tem a ver com harmonia e felicidade extremas. Seu poder é pacificador. Faça-se a sua vontade. Devemos a ele gratidão eterna.

Somos abraçados por ele, o salvador, e nossa voz será sua voz. Nossos pensamentos serão seus pensamentos. Seremos um reflexo dele, de suas virtudes infinitas. Para o nosso bem, suas ideias nos dominarão eternamente.

DIVINO MARAVILHOSO – Tudo será maravilhoso. Suas leis serão para sempre nossas leis. O que vale e o que não vale ele nos indicará, na sua bondade infinita. Nosso horizonte é ele. Nosso destino é ele, ele, ele.

A maioria dos brasileiros sabe de quem estou falando e entende que esse texto nada mais é do que uma peça de ficção. Nessas paragens terrenas, o “salvador” é canastrão, apelativo, ridículo. Não é soberano, é selvagem, bárbaro. A ele devemos o contrário de respeito, devoção e gratidão.

Do que precisamos realmente? Da união dos bons de verdade, de sua força despertada e empreendida, ou os que estão em menor número permitirão este alçapão aberto em que desaba o país inteiro.

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NOTA DA REDAÇÃO DO BLOG
Enviado por Mário Assis Causanilhas, este exercício da ironia nos mostra o erro que cometemos ao acreditar naqueles que se apresentam como salvadores da pátria. (C.N.)

Depoimentos de ex-comandantes teriam implicado Bolsonaro no plano golpista

Tribuna da Internet | O golpe do falante capitão Bolsonaro foi abafado pelo silêncio de generais calados

Charge do Miguel Paiva (Arquivo Google)

Bela Megale
O Globo

O ex-comandante do Exército Freire Gomes e o ex-comandante da Aeronáutica Carlos Baptista Júnior teriam implicado diretamente Jair Bolsonaro na trama golpista investigada pela Polícia Federal. Ambos concederam longos e detalhados depoimentos aos investigadores e ajudaram a preencher “lacunas importantes do caso”, segundo envolvidos nas apurações.

Os dois ex-comandantes confirmaram participação na reunião na qual foi discutida uma minuta golpista. O encontro foi revelado pelo ex-ajudante de ordens da Presidência, o tenente-coronel Mauro Cid, em seu acordo de delação premiada. A informação de que Freire Gomes confirmou reuniões sobre um documento com teor golpista foi revelada pela “CNN Brasil” e confirmada pela coluna.

HAVIA A DÚVIDA – O depoimento do general ocorreu na sexta-feira passada e ele respondeu todas as perguntas feitas pela PF. Havia a dúvida, entre os investigadores, se o ex-comandante seria tratado como investigado ou testemunha. Essa decisão seria tomada de acordo com o grau de colaboração do depoimento.

A avaliação foi a de que Freire Gomes adotou a postura de ajudar as investigações e segue como testemunha. Esse é o mesmo status do brigadeiro Baptista Júnior, que também concedeu um longo depoimento à PF, há poucas semanas, na qual trouxe informações importantes aos policiais.

O ex-comandante de Marinha Almir Garnier, apontado como o único dos três que teria aceitado aderir ao golpe, segundo a delação de Mauro Cid, ficou em silêncio na PF. Ele faz parte do rol de investigados.

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NOTA DA REDAÇÃO DO BLOG
Nada de novo no front. O vazamento foi mínimo. Para sair alguma novidade, é preciso aumentar o vazamento sobre os envolvidos e testemunhas que já depuseram. (C.N.)

Bukele massacra a esquerda e elege 43 dos 44 prefeitos salvadorenhos

O presidente Nayib Bukele vota nas eleições municipais

Deu  na Folha

O presidente reeleito de El Salvador, Nayib Bukele, conquistou uma nova vitória esmagadora nas eleições municipais do país no último domingo (dia 3) e elegeu aliados em 43 dos 44 municípios. Em resposta, o principal partido de esquerda do país, a Frente Farabundo Martí para a Libertação Nacional (FMLN), anunciou nesta segunda-feira (dia 4) uma “reorganização total” —a sigla não elegeu nenhum prefeito.

Bukele também controla o Congresso do país da América Central, com 54 das 60 cadeiras, e venceu as eleições de 4 de fevereiro com mais de 80% dos votos. O candidato da FMLN, Manuel Flores, obteve apenas 6,5%, e a sigla ficou de fora do parlamento.

ESQUERDA ARRASADA – “Depois destes resultados deve haver um novo começo, uma reorganização total de nosso projeto político, olhando para o futuro”, declarou o secretário-geral da FMNL, Óscar Ortiz, em coletiva de imprensa. A renovação passará por “estabelecer novas formas de trabalho, de organização e de como vincular” com os distintos setores, disse.

Em junho de 2023, o Congresso reduziu os municípios de 262 para 44, uma reforma que beneficiou o partido de Bukele, o Novas Ideias. A sigla vai governar a maioria das 14 capitais departamentais, incluindo a capital San Salvador, onde o prefeito Mario Durán foi reeleito.

A Constituição salvadorenha proíbe a reeleição, mas Bukele realizou uma manobra no Tribunal Constitucional, destituindo juízes e nomeando outros, e conseguiu permissão para concorrer novamente.

CONTRA O CRIME – O presidente conta com altas taxas de aprovação por conta da sua cruzada contra o crime organizado, criticada por organizações internacionais, que acusam o governo de prender inocentes e violar direitos humanos.

Bukele disse no domingo que “o povo é sábio” e que alguns dos novos prefeitos pertencem a partidos que sempre apoiaram “todas as mudanças” que o país necessitava, mesmo antes da sua primeira vitória nas eleições presidenciais em 2019.

Com 90% das cadeiras no Congresso conquistadas, Bukele tem votos suficientes para aprovar facilmente qualquer projeto de lei, definir juízes do Supremo Tribunal e o procurador-geral e manter o estado de exceção com o qual combate as gangues há dois anos.

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NOTA DA REDAÇÃO DO BLOG
O pessoal da Frente Farabundo Marti está furibundo e meditabundo, sem saber o que fazer, porque o partido de esquerda parece moribundo. Vejam a força da luta contra o crime, que transforma o presidente de El Salvador num herói. Aqui no Brasil é o contrário. O presidente é um ex-presidiário, o crime domina tudo e os presídios de segurança máxima têm eficiência mínima. Na verdade, ninguém liga para o combate ao crime aqui nesse país de governantes vagabundos, desculpem a abundância de rimas. (C.N.)

Dois conselheiros da Vale, apelidados de “centrão”, estão dando apoio a Lula

Lula lembra cinco anos de Brumadinho e cobra mais responsabilidade da Vale  - Brasil 247

Lula continua insistindo em controlar a Vale (Brasil 247)

Robson Bonin
Veja

A cúpula da Vale está mergulhada em intrigas. Conselheiros cooptados por Lula agora são chamados, nas reuniões internas, de “centrão” da empresa. É que dois figurões da empresa decidiram acompanhar o governo em diferentes movimentos na companhia. Lula, como se sabe, vem intimidando a Vale abertamente com suas falas, o que tem provocado prejuízos para a empresa privada.

Recentemente, pós Lula fracassar ao tentar empregar Guido Mantega na empresa, o governo aplicou uma multa contra a Vale, despertando rumores de uso da máquina para perseguição política.

Como se pudesse interferir numa empresa privada, Lula disse o seguinte outro dia: “A Vale não pode pensar que ela é dona do Brasil, não pode pensar que ela pode mais do que o Brasil. Então o que nós queremos é o seguinte: empresas brasileiras precisam estar de acordo com aquilo que é o pensamento de desenvolvimento do governo brasileiro. É isso que nós queremos”.

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NOTA DA REDAÇÃO DO BLOG
Já comentamos aqui que Lula da Silva não parece bem. Dá declarações sem sentido, cria problemas para o próprio governo. Há tanto tempo na política, agora exercendo a Presidência pela terceira vez, é inacreditável que Lula ainda não perceba que existe diferença entre empresa estatal e privada. Há algo estranho nesse proceder do presidente, que provoca insegurança no mercado. (C.N.)

Para formar livre opinião, é indispensável confrontar as ideias contrárias

Memorial da Democracia - Nova lei criminaliza a livre expressão

Charge do Fortuna (Arquivo Pasquim)

Duarte Bertolini

Existem pontos pacíficos no Brasil. Aqui, se criticarmos qualquer coisa, no presente, no passado ou no receio do futuro, em relação ao mito Jair Bolsonaro, somos obviamente tachados de comunistas, petistas e defensores do ladrão nove dedos.

Da mesma forma, se criticarmos Lula, seus sequazes ou o comportamento quadrilheiro do PT, lembrando seu passado de “malfeitos”, seu presente de nulidades e desastres, e temendo pelo futuro, somos obviamente chamados de fascistas, bozistas, amantes da ditadura e lambebotas de militares golpistas

SEM ALINHAMENTO – Portanto, quando recebemos críticas dos dois lados, é porque… não estamos alinhados automaticamente a qualquer das correntes de fanatismo e obediência cega a comandos polarizantes, mesmo que a realidade lhes mostre que o posicionamento livre, sem amarras de qualquer espécie, é sempre o mais acertado.

Então, aqui na Tribuna da Internet, podemos estar num caminho difícil e pedregoso, mas certamente não estamos nos rebanhos de zumbis que acreditam estar salvando o mundo e o Brasil com seus disparates.

O caminho é difícil, as pedradas e os vitupérios são muitos e constantes, principalmente para os jornalistas independentes, que se expõem com frequência ao tentar mostrar um caminho de isenção e equilíbrio.

FORMAR OPINIÃO – Felizes daqueles que mantêm a mente aberta, não se deixam iludir por ideologias, facções e partidarismos, mantendo sua independência e que podem desfrutar da Tribuna da Internet para tomar conhecimento das ideias adversas, que possibilitem formar opinião com total liberdade.

É claro que se torna necessário suportar robôs, fanáticos e simpatizantes de tempo integral, que defendem seus pontos de vista como se fossem autômatos.

Assim, vamos em frente. Como diz o velho ditado árabe, citado por Ibrahim Sued, os cães ladram, enquanto passa a caravana que conduz a democracia, o equilíbrio e a ética, sob o signo da liberdade.

Bolsonaristas querem culpar Freire Gomes pelos acampamentos nos quartéis

General Freire Gomes confirma ordem de Bolsonaro para sustentar acampamentos golpistas

Jair Bolsonaro não conseguiu convencer Freire Gomes

Andréia Sadi
g1 Política

Militares suspeitos de participação na tentativa de golpe de Estado e aliados políticos de Bolsonaro passaram o final de semana organizando uma estratégia para ‘’fritar’’ Freire Gomes após o ex-comandante do Exército passar cerca de 7 horas depondo à Polícia Federal sobre o roteiro do golpe em curso durante o governo Bolsonaro.

Freire Gomes, na condição de testemunha, colaborou – e muito – com as investigações. A preocupação de golpistas é com o que pode haver de detalhamento de Freire Gomes a respeito de discussões sobre minuta do golpe e sobre o papel do Ministério da Justiça, além de negativas de forma categórica de que houvesse qualquer indício de fraude em urnas.

QUEIMAR GOMES – Para investigadores ouvidos pelo blog, Freire Gomes é um personagem que teria evitado o golpe – por isso, para bolsonaristas e militares – e a informação de que ele decidiu falar como testemunha fez com que militares repassassem, no fim de semana, mensagens e vídeos uns aos outros chamando Freire Gomes de ‘’traidor’’ e traçando estratégia para “queimar” Gomes.

Num desses vídeos recebidos pelo blog que circula há dias entre militares, antes até do depoimento de Gomes à PF, aliados de Bolsonaro afirmam que ‘’general que traiu Bolsonaro pode se complicar’’ e que ele ‘’enrolou’’ e “enganou’ Bolsonaro com discussões sobre artigos da Constituição. E que ele não ia interferir – mas tinha que ‘’parecer’’ que ia.

Bolsonaristas irritados, agora, se esforçam para atribuir a Freire Gomes omissão por não ter esvaziado os acampamentos golpistas. Essa é a principal estratégia dos golpistas irritado com Gomes para ‘’fritá-lo’’.

ESCLARECEDOR – Para a Polícia Federal, o depoimento dele foi bastante esclarecedor, inclusive em relação a superiores dele, e ao papel do Ministério da Justiça à época.

A PF espera fechar o enredo da investigação do roteiro do golpe com as informações obtidas no depoimento de Freire Gomes- e cruzando com Mauro Cid.

Cid será chamado a depor novamente para confirmar as informações levantadas pela PF sobre as minutas do golpe encontradas na investigação. Se mentir ou omitir, pode perder benefícios de sua delação premiada.

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NOTA DA REDAÇÃO DO BLOG Nada de novo no front ocidental. Tudo isso já era sabido. Os jornalistas continuam esperando os vazamentos, porque os depoimentos estão sob sigilo. (C.N.)

Freire Gomes tornou-se um personagem chave para a história do Brasil

Ex-comandantes contam à PF como seria o golpe contra a democracia

Pedro do Coutto

Quanto mais se acentuam os debates e a busca pela verdade sobre a tentativa de golpe contra a democracia, mais claro se torna o comprometimento do bolsonarismo através da investida que tramou contra o resultado das urnas. Bela Megale focalizou o assunto ontem em sua coluna online no O Globo.

O ex-comandante do Exército Freire Gomes e o ex-comandante da Aeronáutica Carlos Baptista Júnior implicaram diretamente Jair Bolsonaro na trama golpista investigada pela Polícia Federal. Ambos concederam longos e detalhados depoimentos aos investigadores e ajudaram a preencher “lacunas importantes do caso”, segundo envolvidos nas apurações.

PARTICIPAÇÃO – Os dois ex-comandantes confirmaram participação na reunião na qual foi discutida uma minuta golpista. O encontro foi revelado pelo ex-ajudante de ordens da Presidência, o tenente-coronel Mauro Cid, em seu acordo de delação premiada. O depoimento do general ocorreu na sexta-feira passada e ele respondeu todas as perguntas feitas pela PF.

Havia a dúvida, entre os investigadores, se o ex-comandante seria tratado como investigado ou testemunha. Essa decisão seria tomada de acordo com o grau de colaboração do depoimento. A avaliação foi a de que Freire Gomes adotou a postura de ajudar nas investigações e segue como testemunha. Esse é o mesmo status do brigadeiro Baptista Júnior, que também concedeu um longo depoimento à PF, há poucas semanas, na qual trouxe informações importantes aos policiais.

Verifica-se assim mais um desses eventos políticos inesperados, mas que mudam o curso da história, dos governos e dos países. Em 1955, por exemplo, o golpismo da época não esperava a atuação fortemente legalista do general Teixeira Lott. O golpismo foi derrotado e Juscelino Kubitschek assumiu o comando do país.

COLISÃO – Nos tempos de hoje, o papel de Freire Gomes marca uma coincidência democrática do destino, pois incorporou o pensamento e a posição do Alto Comando militar que não embarcou na caravana no rumo de uma versão inconstitucional que hoje se vê representava um ponto de colisão entre a vontade das urnas e a posição dos que desejavam negá-la, mas que não contavam com o compromisso democrático da grande maioria das Forças Armadas.  Freire Gomes tornou-se um personagem chave para a história do Brasil.

Ele interpretou o sentimento da população ou da disposição das próprias Forças Armadas. Na medida em que o bolsonarismo o acusam até de traidor, esquecem que traição maior foi a invasão de Brasília com o propósito de explodir os alicerces da democracia. O episódio deve ser eternamente lembrado. O quadro verdadeiro a cada dia vai se dissipando com as sombras.  

Ciro Gomes denuncia novo escândalo sobre precatórios de R$ 93 bilhões

Ciro Gomes - Notícias e tudo sobre | CNN Brasil

Ciro Gomes não mencionou os bancos favorecidos

Deu na Gazeta Brasil

Durante entrevista à CNN Brasil no último sábado (02), o ex-governador do Ceará e ex-candidato à presidência Ciro Gomes (PDT) denunciou um suposto esquema envolvendo o governo Lula, precatórios e bancos. De acordo com ele, o escândalo seria de proporções maiores que o mensalão e o petrolão.

Ciro Gomes afirmou à emissora que o governo Lula vendeu R$ 93 bilhões de precatórios para dois bancos do país. Segundo ele, a compra foi feita com um deságio de até 50%.

“Eles [o governo] venderam os precatórios para bancos, para poucos bancos, dois bancos, que compraram esses precatórios com deságio de até 50%”, afirmou Ciro Gomes.

“Isso é uma falcatrua maior que a do mensalão e do petrolão juntos”, disse o ex-ministro de Lula durante a entrevista.

INVESTIGAÇÃO – Após a fala de Ciro Gomes, o deputado federal Nikolas Ferreira anunciou que acionará o Ministério Público (MP) para que a acusação feita por Ciro Gomes seja investigada. Ele também defendeu a criação de uma CPI para investigar o caso.

“Ciro Gomes denunciou hoje à CNN um possível escândalo do governo Lula envolvendo precatórios e bancos. Segundo ele, este escândalo seria de proporções maiores que o Mensalão e Petrolão. Diante disso, protocolarei ao MP uma representação para que as acusações sejam investigadas. Ao mesmo tempo, solicitarei informações à Ministra do Planejamento, Simone Tebet, questionando o processo de quitação integral destes precatórios. Caso a resposta não seja esclarecedora, cabe ao Parlamento avaliar por meio de uma CPI a validade destas transações”.

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NOTA DA REDAÇÃO DO BLOG –
A matéria foi enviada por Duarte Bertolini. Pode ser mais uma denúncia que Ciro Gomes não conseguirá provar. O governo não tem como vender precatório. Pelo contrário, ele (a União) é devedor do precatório e responsável pelo pagamento. Quem pode vender o precatório é seu titular, ou seja, o credor da União, que pode ser pessoa física ou jurídica. A venda de precatório é legal e usual. Tinha diminuído muito, porque o governo, até Bolsonaro, vinha pagando em dia essas dívidas. Por isso, mesmo se fosse verdade. Ciro Gomes jamais conseguiria provar a acusação, a não ser que seja precatório a ser recebido por estatal. (C.N.)

Duas marionetes sem brio e a relação por um fio, na poesia de Jorge Ventura

Jorge Ventura, poeta e ator carioca

Paulo Peres
Poemas & Canções

O publicitário, ator, jornalista e poeta carioca Jorge Ventura, no poema “Marionetes”, destacou as dualidades sempre existentes nas relações entre as pessoas.

MARIONETES
Jorge Ventura  

Existe entre nós
um par com duas pontas.
Cada qual com dois prós,
cada qual com dois contras.

Puxa-se uma corda daqui,
outra dali,
mãos e pernas espalham-se
emaranhados
em movimentos manipulados,
sabe Deus por quem.

O vaivém dos gonzos
range os limites estipulados,
em meio a trapos, farrapos
e desculpas esfarrapadas.

Duas marionetes sem brio
e a relação por um fio

Não é só o STF, todas as instituições públicas estão sendo desmoralizadas

Brasil-Corrupção-2016-Charge-Crise-Charge de Alexandre de Oliveira em  07.09.2016 | Brasil corrupção, Corrupção brasileira, Corrupção

Charge do Oliveira (Arquivo Google)

José Antonio Perez

Não somente o Supremo Tribunal Federal, mas as demais instituições públicas perdem cada vez a credibilidade. O Estado brasileiro pode ser declarado falido, pois não consegue entregar o mínimo ao contribuinte, mesmo achacando impostos ao máximo, elevando a dívida trilionária de todos nós.

Critica-se muito o Supremo, mas o fenômeno de degradação moral e funcional atinge todas as instituições brasileiras, como as Forças Armadas e auxiliares, como o Corpo de Bombeiros, que passou a “fabricar” criminosos e milicianos, como todos sabem.

ENDIVIDAMENTO – Todos teremos que pagar essa dívida, por várias gerações. O pior é estarmos nos endividando em bola de neve apenas para pagar benefícios de toda a sorte, salários de nababos a servidores públicos (que não foram reduzidos nem mesmo na pandemia, quando trancafiados em casa), além de aposentadorias vultosas, inexistentes em outros países. Há anos, não se encontra um escasso juiz no Forum, às sextas-feiras; agora, a grande maioria trabalha em “home office”.

A grande massa do povo não percebe a importância desse endividamento que o país enfrenta, ao tomar recursos emprestados para pagar juros a vencer. Investimento que é bom, nada! Nos orçamentos dos órgãos públicos federais, estaduais e municipais, pouco sobre para investimentos públicos que possam atrair outros investimentos do setor privado, com efeito multiplicador.

O país necessita de estradas, portos, ferrovias, hidrovias, aeroportos etc., para reduzir o chamado Custo Brasil, aumentar as exportações, beneficiar nossos produtores e distribuir renda. Mas preferimos tomar calotes construindo porto em Cuba e metrô na Venezuela.

POLÍTICA RASTEIRA – Não vejo solução com essa classe política rasteira, incapaz e egoísta, que mantém o baixo nível educacional das massas. Agora, não é mais luta de classes, isso já está superado pela disputa ferrenha da polarização.

E as facções não têm medo do ridículo. Petistas desdenharam tanto de uma Avenida Paulista lotada de bolsonaristas, dizendo que havia muito menos gente que o esperado, e logo em seguida resolveram fazer um evento ainda maior. Nem igual conseguirão. Será um fracasso retumbante.

Lula parece meio gagá, solta um disparate atrás do outro, ninguém sabe se ele aguenta até 2026, e sua sucessão já está sendo disputada abertamente entre os petistas Fernando Haddad e Gleisi Hoffmann. Mesmo assim, vamos em frente.

E se Braga Netto tiver sido o grande mentor do golpe que não ocorreu?

Braga Netto coordena programa de governo de Bolsonaro | Política | Valor Econômico

Braga Netto se comportava como grande líder do golpe

Carlos Newton

Como os depoimentos ficam sob sigilo, a novela sobre o golpe que não houve, sem a menor dúvida, tende a se prolongar per secula seculorum, como diziam os latinistas. A investigação caiu no universo do chamado inquérito do fim do mundo, aquele que não acaba nunca, embora produza resultados, inclusive longas penas de prisão, absolutamente inconstitucionais, que já atingiram 116 cidadãos suspeitos de atos de vandalismo, sem haver provas materiais, mas quem se interessa?  

A imprensa abre enorme espaço ao assunto, que realmente é muito importante e atraente, por envolver grandes personalidades da República.

FALTA UM DEPOIMENTO – Aqui na Tribuna da Internet, apontamos a falta do depoimento do general Freire Gomes, ex-comandante do Exército que evitou o golpe, e rapidamente a Polícia Federal supriu a lacuna, interrogando-o como testemunha e não como investigado.

Agora, cumprimos mais uma vez a obrigação de indicar que falta outro depoimento, desta vez do general Luiz Eduardo Ramos.

Ex-secretário de Governo e ex-ministro-chefe da Casa Civil, era o único companheiro da Academia Militar das Agulhas Negras que restara no governo.

Se há alguém que saiba das coisas, é o próprio Ramos, o mais próximo amigo que Bolsonaro tinha no Planalto e no governo, o único que o chamava de Jair. No entanto, ainda não foi ouvido nem mesmo como testemunha pela Polícia Federal.

SAINDO DE FININHO – Há poucos dias, o general Luíz Eduardo Ramos deu declarações dizendo que não se envolveu no golpe, jamais o apoiou, por isso não é investigado.

Ora, quem pode acreditar que Bolsonaro tramava um golpe de estado, mas seu ministro mais próximo, amigo íntimo desde a juventude, não estava envolvido? Pode até ser verdade, mas a Polícia Federal precisa conferir por que e como isso aconteceu, pois Ramos não se demitiu.

Só existe uma possibilidade. Ramos não se envolveu porque na realidade o golpe não estava sendo liderado por Bolsonaro, que estaria servindo de marionete nas mãos do general Braga Netto, que se comportava como verdadeiro líder da conspiração.

MUITO PARA FALAR – Na manifestação da Avenida Paulista, disse Bolsonaro: “Tenho muito a falar. Tem gente que sabe o que eu falaria. Mas quero passar uma borracha. Já tivemos uma anistia no Brasil. Peço outra”, afirmou o ex-presidente.

Em tradução simultânea, Bolsonaro pode estar dizendo que o mentor do golpe era Braga Netto, que tencionava assumir o poder no Estado de Defesa, na condição de general de quatro estrelas, como era exigido na ditadura militar.

Diante dessa confusão desconcertante, é necessário ouvir o general Luiz Eduardo Ramos, porque Bolsonaro está embromando o depoimento, com medo de ser preso. E ser preso é justamente o que vai acontecer, caso Bolsonaro continue protegendo Braga Netto, conforme está ficando mais do que evidente.

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P.S. – Se realmente fosse amigo de Bolsonaro, o general Luiz Eduardo Ramos deveria se apresentar para depor e contar o que realmente aconteceu na transição do governo. Caso contrário, teremos de esperar o encerramento do inquérito do fim do mundo para saber o que houve. (C.N.)

Com mão de gato, o imposto sindical vai subtrair dinheiro do trabalhador

Tribuna da Internet | Volta do novo imposto sindical é jogo sujo, com  reajuste de 200% em relação ao anterior

Charge reproduzida do Arquivo Google

Elio Gaspari
O Globo/Folha

Com mão de gato, arma-se a volta do imposto sindical, embutindo-a num projeto que regula o trabalho aos domingos e feriados. O imposto sindical foi criado por Getúlio Vargas durante o Estado Novo e custava aos trabalhadores o equivalente a um dia de trabalho por ano.

Durante o governo de Michel Temer ele foi extinto. Com isso, os sindicatos perderam cerca de 90% de seus recursos e cerca de 6 milhões de filiados.

CAMUFLAGEM – Desde a posse de Lula, o ministro do Trabalho, Luiz Marinho, batalha para recriar o tributo, mudando-lhe o nome e a metodologia da mordida. Passaria a ser uma contribuição mandatória a ser paga pelos trabalhadores de uma categoria, desde que ela tenha sido aprovada numa assembleia.

O sindicato que presta bons serviços aos seus associados e negocia direito um dissídio deve ser remunerado por isso. Sindicatos de papel e pelegos devem se remunerar noutro tipo de caridade.

Eis que os sindicatos foram ao Supremo Tribunal Federal, e lá decidiu-se que a cobrança de uma contribuição de todos os trabalhadores de uma categoria é constitucional, desde que seja assegurado o direito de oposição. O que é isso o STF não explicou. Coisa típica de um tribunal que vive uma fase de jurisprudência-roleta, a cada sessão sai um número. Segundo o professor José Pastore, “o STF escolheu o caminho da confusão”.

CULPA DE VARGAS? – Toda essa encrenca surgiu quando Vargas decidiu que uma categoria só poderia ter um sindicato no município, criando monopólios, tanto no sindicalismo dos trabalhadores como nos patronais.

Os patrões livraram-se parcialmente desse peso esquecendo-os e criaram associações privadas para a defesa dos seus interesses.

Pelo andar da carruagem, essa história terminará no de sempre: o sindicato da categoria serve para nada, o trabalhador não é filiado a ele e, mesmo assim, tomam-lhe algum, com desconto na folha.

Mais vexame! Petros aponta erro de Toffoli ao tentar favorecer o grupo J&F

O ministro Dias Toffoli, durante sessão da Segunda Turma do STF

Toffoli não tem preparo nem isenção para estar no Supremo

Rafael Moraes Moura
O Globo

A Petros, fundo de pensão dos trabalhadores da Petrobras, protocolou no Supremo Tribunal Federal um recurso em que acusa a J&F de omitir informações e apresentar uma narrativa “repleta de contradições e falsidades”, com o “claro intuito” de induzir a erro o ministro Dias Toffoli.

Em dezembro do ano passado, Toffoli atendeu a um pedido da J&F e suspendeu os pagamentos da multa de R$ 10,3 bilhões prevista no acordo de leniência fechado pelo grupo dos irmãos Joesley e Wesley Batista em 2017.

FUNDOS DE PENSÃO – Dos R$ 10,3 bilhões do acordo de leniência, a previsão era a de que R$ 1,75 bilhão fosse destinado à Petros ao longo de um prazo de 25 anos — o fundo alega ter recebido cerca de R$ 133 milhões até hoje.

Outro R$ 1,75 bilhão seria destinado à Funcef, o fundo de previdência dos empregados da Caixa, que também deixa de receber os recursos com a suspensão da multa e já protocolou seu próprio recurso contra a decisão de Toffoli.

No recurso protocolado na sexta-feira passada, a Petros alega que a decisão de suspender a multa “se encontra eivada de vícios de fundamentação, certamente decorrentes da omissão de fatos e elementos relevantes por parte da J&F que induziram Sua Excelência a erro, impedindo-o de exercer o escorreito juízo de valor e dar o devido deslinde à controvérsia”.

DIZ A HOLDING – O grupo dos irmãos Batista alegou que fechou o acordo de R$ 10,3 bilhões “num período da história brasileira marcado pela violação generalizada de diversos direitos fundamentais, capitaneada pela atuação parcial e nitidamente persecutória de determinados agentes do Estado”.

O acordo que a companhia dos irmãos Batista contesta foi fechado em 2017 com os procuradores da Operação Greenfield, em Brasília, que investigou crimes de fraude e gestão temerária contra a Petros e o Funcef.

A companhia confessou um esquema que teria sido articulado entre 2009 e 2015, tendo como pano de fundo os aportes dos fundos de pensão no FIP Florestal, que tinha entre seus principais acionistas a J&F.

PELA SEGUNDA VEZ – A tentativa de suspender a multa via Supremo veio depois que a J&F viu naufragar as manobras capitaneadas pelo subprocurador Ronaldo Albo, aliado de Augusto Aras.

Em junho do ano passado, ao ser derrotado na 5ª Câmara de Coordenação e Revisão do MPF, ele tentou sozinho dar um desconto de R$ 6,8 bilhões ao grupo. Mas o despacho de Albo acabou derrubado pelo Conselho Institucional do Ministério Público Federal (MPF) em setembro do ano passado, por 17 votos a 2.

NADA A VER – Só então a empresa mudou de estratégia e investiu em um atalho jurídico, pedindo a suspensão dos pagamentos bilionários no processo derivado de uma reclamação movida por Lula contra a 13ª Vara Federal de Curitiba, da Lava-Jato – que nada tem a ver, portanto, com o acordo de leniência da J&F.

No recurso, a Petros “relembra” Toffoli que o acordo de leniência da J&F foi fechado no âmbito da Operação Greenfield, “que não guarda qualquer relação com os desmandos realizados na Operação Lava-Jato”.

E prossegue: “Ou seja, (no caso da J&F) trata-se de outro foro (da Odebrecht), outros investigadores, outra operação e, em última análise, outra situação que não guardam qualquer relação com a Operação Lava-Jato. Não há, até o presente, quaisquer indícios ou elementos de prova que levem a crer que houve a contaminação da Operação Greenfield pelos abusos cometidos pelos agentes da referida força-tarefa paranaense e pelo juiz da 13ª Vara Federal Criminal de Curitiba”, escreveram os advogados do fundo de pensão.

DEBATE AMPO – “Até porque, em verdade, o que se verifica da situação da J&F é justamente o contrário: os termos do pacto firmado foram amplamente debatidos em um longo processo que se estendeu de fevereiro a maio de 2017, período no qual a empresa contou com a contínua orientação de seus advogados e economistas e foi capaz, inclusive, de negociar a redução do valor da multa e a dilatação do prazo de pagamento”, afirma o fundo de pensão.

A Petros também sustenta que o faturamento do grupo praticamente dobrou desde que o acordo de leniência foi fechado, saltando de R$ 183 bilhões para R$ 365 bilhões entre 2016 (um ano antes da celebração do acordo) e 2021.

E ainda aponta que a revisão dos termos do acordo de leniência de R$ 10,3 bilhões já é alvo de uma ação que tramita na 10ª Vara Federal de Brasília, onde a repactuação do valor bilionário da multa já foi negado.

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NOTA DA REDAÇÃO DO BLOG
Em tradução simultânea, Dias Toffoli fez papel feio ao defender os interesses de uma empresa que tem sua mulher, Roberta Andrade, como advogada sob contrato. É um vexame, um escândalo absurdo, mas nada vai acontecer a Toffoli nem aos irmãos Joesley e Wesley Batista, acostumados a subornar autoridades neste país. Com o Supremo desse jeito, o que se pode esperar do resto da Justiça? (C.N.)

General Freire Gomes  pode unir pontas soltas e dar um formato à trama golpista

Ex-comandante do Exército confirma reuniões sobre suposta “minuta do  golpe”, segundo a imprensa - Pátria Digital

Ainda não vazou o longo depoimento de Freire Gomes

Eliane Cantanhêde
Estadão

Na semana passada, enquanto todas expectativas em Brasília estavam voltadas para o depoimento do ex-comandante do Exército, general Freire Gomes, à Polícia Federal, o Superior Tribunal Militar (STM) dava um exemplo lamentável e cruel de corporativismo no julgamento de oito militares que fuzilaram covardemente o músico Evaldo Rosa e o catador de latinhas Luciano Macedo, no Rio, em 2019.

Freire Gomes, que depôs durante oito horas à PF sobre a tentativa de golpe no governo Jair Bolsonaro, está numa espécie de limbo, de onde pode ir para o céu ou para o inferno, dependendo do que disse, do que não disse, das declarações de outros militares e das provas contundentes em mãos da polícia.

A SER PROVADO – O destino do ex-comandante depende do que realmente aconteceu e de qual foi a sua participação em tudo aquilo.

Para a atual cúpula militar, que é legalista, Freire Gomes estava do lado certo da história e vai para o céu, por resistir às pressões de Bolsonaro e se negar a jogar as tropas numa aventura golpista, diferentemente do então comandante da Marinha, almirante Almir Garnier, que já sofreu busca e apreensão da PF e está numa posição muito mais complicada e correndo risco maior de parar no inferno.

Sem querer, generais, coronéis e capitães do círculo íntimo de Bolsonaro produziram provas a favor de Freire Gomes e da tese do atual Comando do Exército.

OMISSÃO E INDECISÃO – Em trocas de mensagens recolhidas pela PF, o major Ailton Barros reclama que o então comandante não estava aderindo ao golpe e o general Braga Netto concorda: “Omissão e indecisão não cabem a um combatente”. Barros sugere: “Então, vamos continuar na pressão (…), vamos oferecer a cabeça dele aos leões”. E Braga Netto conclui: “Oferece a cabeça dele. Cagão”, ataca o ex-vice-presidente.

Duas, digamos, curiosidades. A primeira é que o guru da extrema direita brasileira, Olavo de Carvalho, que já morreu, usava esse mesmo palavrão para atacar os generais, inclusive Braga Netto, para atiçar a radicalização contra a democracia.

A segunda é que o tal major Ailton, valentão, bastante amigo de Bolsonaro e ativo na defesa do golpe, foi expulso do Exército há décadas e foi recentemente preso na operação contra a falsificação de atestados de vacina, inclusive da filha de Bolsonaro. “Tutti buona gente.”

CÉU E INFERNO – E a PF, que destino quer dar a Freire Gomes, o céu ou o inferno? A favor do céu, além de mensagens e ataques bolsonaristas desse tipo, há também a versão de uma reação contundente dele contra Bolsonaro, numa reunião em que a tese do golpe teria sido colocada aos comandantes militares. Um não vigoroso, digamos assim.

Já a favor do inferno, há o fato de que Freire Gomes permitiu e manteve o acampamento golpista em torno do Quartel General do Exército, além de uma mensagem que ele recebeu do então ajudante de ordens de Bolsonaro, Mauro Cid, comprovando que ele conhecia a minuta do decreto golpista e não denunciou o esquema e a evolução do golpe. Prevaricação?

Freire Gomes pode unir pontas soltas e dar um formato a tudo isso, mas é importante que as Forças Armadas mantenham uma posição mais legalista do que corporativista, mais democrática do que golpista. Logo, o julgamento iniciado no STM sobre os assassinatos do músico e do catador assusta e irrita.

INTENÇÃO DE MATAR – O voto do relator, brigadeiro Carlos Augusto Amaral de Oliveira, foi pela troca de crime doloso para culposo e redução das penas dos oito militares, de 28 e 31 anos para três, portanto, em regime aberto. Ele alegou que os criminosos agiram em “legítima defesa” e que não havia intenção de matar. Um escândalo!

Quem dispara 257 tiros sem intenção de matar? E como foi “legítima defesa”, se as duas vítimas estavam desarmadas? Evaldo ia para um chá de bebê com a família, Luciano foi tentar ajudá-lo após os tiros, morreu por ter empatia. Mas o ministro revisor, José Coelho Ferreira, acompanhou o relator.

O julgamento foi suspenso pela ministra Maria Elizabeth Rocha – aliás, a primeira mulher a assumir uma cadeira no STM e a primeira a presidi-lo –, mas nada poderia ser pior para o tribunal, a Justiça Militar e o momento já tão difícil para a imagem das Forças Armadas. Nessas horas, aumentam a dúvida sobre uma justiça exclusiva para militares e uma certeza: Ah!, se não fosse o Xandão?

Ao condenar Bolsonaro antes de julgar, Gilmar deveria sofrer impeachment

Gilmar Mendes afirmou, em entrevista ao Broadcast Político, que Bolsonaro parece ter confessado participação em golpe

Gilmar Mendes mostra sentir prazer em antecipar seus votos

J.R. Guzzo
Estadão

Se o Supremo Tribunal Federal fosse uma corte de justiça de verdade e se os seus integrantes tivessem de respeitar as leis que são pagos para aplicar, o ministro Gilmar Mendes não poderia nunca julgar o ex-presidente Jair Bolsonaro nos processos penais que correm contra ele.

Mais que isso: teria de responder à violação da Lei Orgânica da Magistratura, o livro de regras dos juízes brasileiros, e se ver submetido a um processo de impeachment no Senado Federal.

O ministro, como outros colegas seus, tem um longo histórico de entreveros com a legalidade, mas, desta vez, parece ter cruzado a linha “vermelha”, pois declarou em público que o réu que ele mesmo vai julgar mais adiante é provavelmente culpado, desde já, do delito pelo qual está sendo acusado.

DISSE O MINISTRO – Gilmar Mendes afirmou, em entrevista ao Broadcast Político, que Bolsonaro parece ter confessado participação em golpe

Pode isso? É óbvio que não pode – não num sistema de justiça em que as questões são tratadas um mínimo de seriedade. Está tudo errado. Gilmar disse que as declarações de Bolsonaro sobre as chamadas “minutas do golpe” parecem “uma confissão”. Parecem? Em justiça não se pode falar em “parece ser” – ou é uma confissão ou não é.

Pior ainda, ao expor as suas impressões pessoais, o ministro do Supremo antecipou a sentença que vai dar no caso em julgamento.

FORA DA LEI – É proibido fazer o que ele fez. Nenhum juiz pode antecipar sua decisão numa ação ainda não julgada. Não pode, obviamente, tomar partido contra o réu – como não poderia tomar partido a favor. Não pode declarar-se parcial. Não pode, para resumir esta ópera, dar entrevistas à imprensa dizendo o que acha ou não acha da ação que ele vai julgar. É falar “fora dos autos”. É um desrespeito primário à lei.

Não interessa se as afirmações de Bolsonaro, ou de qualquer outro ser vivo, parecem ou não parecem uma “confissão”. Também não interessa se as “minutas” são uma prova – ou não são nada, como alega o ex-presidente. Não interessa minimamente, enfim, que Gilmar esteja certo ou errado em suas opiniões sobre o caso todo. Ele não tem de dizer o que acha.

SUA OBRIGAÇÃO – Tem, na hora certa, de assinar uma sentença – e até lá não pode ficar dizendo para que lado vai ser sua decisão. Em qualquer democracia do mundo, diante disso, Bolsonaro poderia sustentar que não está recebendo um julgamento subordinado ao processo legal.

Seus verdadeiros juízes são Lula, o PT e o restante de seus inimigos políticos – apenas terceirizaram o STF para cuidar da condenação.

Como acontece em 100% dos casos como esse, o Supremo vai resolver que não há nada de ilegal na conduta de Gilmar Mendes. Não há prisões ilegais. Não há ilegalidade no perdão de multas bilionárias para grandes empresas que confessaram atos de corrupção ativa. Não há nada de errado, nunca.

Críticas à Tribuna da Internet podem ser, na verdade, críticas à democracia

Reprodução do Arquivo Google

Carlos Newton

A polarização está se acirrando cada vez mais, no Brasil e no mundo. Esperava-se que o mundo fosse se encaminhar para um predomínio da social democracia, com seu regime de bem-estar social, adotado com sucesso nos chamados países nórdicos, que ainda têm problemas graves, especialmente devido à imigração, mas não há comparação com os demais países. E a extrema-direita passou a ter motivos para se fortalecer.

O certo é que nas Américas e na Europa a polarização está se agravando, como se fosse uma praga. Aqui no Brasil, esse acirramento da disputa política faz aumentarem as críticas a espaços independentes como a Tribuna da Internet.

DEMOCRACIA, SEMPRE – É compreensível, porque cada um de nós tem opiniões já formadas e nem aceita tomar conhecimento de visões alternativas. Assim, há os que tentam fazer com que a Tribuna assuma uma posição mais antibolsonarista, enquanto outra parte dos participantes do blog exige que adotemos uma postura rígida contra Lula da Silva.

É claro que isso jamais irá acontecer. Desde sempre, defendemos um espaço livre, no qual todas as correntes de opinião possam se expressar. Assim, o timão deve estar sempre voltado para o centro, não pode haver inclinação.

É difícil se comportar assim, mas não é impossível. Basta apoiar medidas administrativas e jurídicas que consideremos certas, independentemente de serem de direita ou esquerda, e criticar o que for errado. É claro que se trata de uma utopia. E todo veículo de comunicação alega proceder assim, mas isso non ecziste, diria Padre Quevedo.

BELA UTOPIA – Ser justo, distinguindo o que é certo ou errado, representa o maior desafio humano, que ninguém consegue superar, nem mesmo o Papa, como admitiu Francisco, reconhecendo que pode errar.

De toda forma, é uma bela utopia, que alimentamos graças ao apoio de nossos amigos e amigas. E assim, agradecemos muitíssimo as contribuições feitas ao blog, no mês de fevereiro, na Caixa Econômica Federal.

DIA   REGISTRO   OPERAÇÃO        VALOR
14     000001        CRED TED………160,00
29     000001        CRED TED………..30,00

Agora, os créditos no banco Itaú:

01    PIX TRANSF PAULO RO……….100,00
02    PIX TRANSF JOSE FR…………..100,00
06    TED 001.5977.JOSE A P J…….300,06
15    TED 001.4416. MAR. ACRO…300,00
27     PIX TRANSF JOAO AN………….50,00
29     TED 033.3591.ROBER SN……200,00
29     PIX TRANSF PAULO RO………100,00

Por fim, no Bradesco:

19 Transf L.C. Branco Paim………..300,00

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P.S. –
Agradecendo muitíssimo a todos, vamos em frente nesta utopia, sempre juntos, sob o signo da liberdade e sem recaídas à direita ou à esquerda, apenas tentando vislumbrar o que é certo. (C.N.)

Golpistas agora tentam desacreditar o general Freire Gomes, que desfez a trama

Operação Perfídia e o general Braga Netto: como a farda encobriu a suspeita  de corrupção - Joaquim de Carvalho - Brasil 247

Braga Netto era o principal lider entre os generais do Planalto

Roberto Nascimento

Não pode haver discussão se ocorreu ou não a preparação para o golpe de estado. Basta assistir aquele vídeo do tiro no pé na reunião ministerial no Planalto, no dia 5 de julho de 2022.
Está tudo lá, ao vivo e as cores, com os personagens, cada um com uma missão específica para minar as instituições republicanas. Gente com sangue nos olhos, civis e militares.

O ardiloso Anderson Torres, delegado federal e ministro da Justiça, chegou a ser ridículo na sua fala. Entre os civis, foi o pior de todos, longe, na minha visão.

FREIRE GOMES – Os golpistas agora estão tentando desacreditar o general Freire Gomes. Não terão sucesso, pois o então comandante do Exército atuou nas quatro linhas da Constituição, contrário ao golpe.

Inclusive o principal líder dos golpistas, general Braga Netto, deu indiretamente um atestado de boa conduta ao general Freire Gomes. É o que se depreende da mensagem que Braga Netto enviou ao major Ailton Barros, que Mauro Cid disponibilizou na delação premiada:

“Bota a cabeça do Freire Gomes aos leões. Ele é traidor, cagão e melancia”. E falou até em infernizar a família do general, disse Mauro Cid, ao depor na Polícia Federal.

REPÚBLICA DE CORONÉIS – Em recente comentário aqui na Tribuna, José Luiz Espectro citou o caso venezuelano com muita propriedade, porque também aqui no Brasil seria criada uma República de Coronéis, liderada por aquele grupo raivoso e disposto a tudo. que pressionou o comandante do Exército, general Freire Gomes, para que o militar aderisse ao golpe.

Difícil nomear entre eles quem seria o coronel Hugo Chávez brasileiro. Já pensaram o que poderia acontecer com esses caras no comando revolucionário?

Quem se opusesse ao novo regime militar seria preso e torturado nos moldes de 1964, pois o coronel Brilhante Ustra é um modelo para esses militares golpistas. E ainda há quem defenda a anistia a esses pobres coitados.