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Vitória ficará inscrita na memória coletiva
Pedro do Coutto
O Rio de Janeiro viveu, na noite de sábado, uma daquelas jornadas que marcam uma geração inteira. A vitória monumental do Flamengo, que garantiu ao clube o tetracampeonato da Taça Libertadores da América, ultrapassou o território do esporte e se transformou em um fenômeno cultural, social e emocional. Não foi1 apenas um título. Foi um reencontro de um país com a sua paixão coletiva mais vibrante.
Desde a noite da final, quando o time dominou a partida de forma madura e segura — como destacaram análises de veículos como Globo Esporte, ESPN e Uol Esporte, apontando a superioridade técnica e a consistência tática do Flamengo — a sensação de que algo extraordinário estava acontecendo era evidente. A vitória começou no campo, mas se completou no coração dos torcedores. E isso ficou claro nas ruas.
MULTIDÃO – No domingo, um mar de gente tomou caminhos, avenidas e passarelas rumo ao Aeroporto Tom Jobim. Famílias inteiras deixaram suas casas nas primeiras horas do dia. Jovens com bandeiras amarradas ao corpo. Idosos que já testemunharam títulos antigos, mas que queriam ver de perto a nova geração de campeões.
A cena, registrada amplamente por jornalistas e transmissões ao vivo, lembrava outros momentos históricos da relação entre o Flamengo e o Rio — daqueles em que a cidade parece renunciar ao seu ritmo habitual para se entregar à celebração de um símbolo afetivo comum.
Era mais do que recepcionar um time. Era agradecer. Retribuir. Confirmar, com cada canto e cada lágrima, o que a torcida costuma repetir com orgulho: o Flamengo não é apenas um clube; é uma nação. E essa nação, espalhada de norte a sul, de leste a oeste, fez mais uma vez o Brasil parar. A força que parte das arquibancadas, das ruas e dos lares — aquilo que cronistas esportivos e sociólogos, como já mencionou Ronaldo Helal, chamam de “a mística rubro-negra” — se materializou de forma exuberante.
SENTIMENTO COLETIVO – Confundem-se, nesse tipo de vitória, o desempenho esportivo e o sentimento coletivo. O Flamengo entra em campo com onze jogadores, mas, na prática, carrega um país inteiro nas costas. A torcida exerce esse papel de 12º jogador com naturalidade: é ela que amplifica o entusiasmo, empurra, vibra e transforma o futebol em experiência emocional compartilhada. Na chegada dos campeões, a sensação era a de que ninguém ali era mero espectador. Todos se sentiam parte da conquista.
A cidade amanheceu rubro-negra. As ruas ainda exalam resquícios da celebração — buzinas isoladas, bandeiras penduradas em janelas, crianças imitando seus ídolos nos campos de terra, adultos revivendo lances da final como se os narrassem de dentro do estádio. E as comemorações não devem cessar tão cedo. O título, pelo peso histórico e pela intensidade afetiva que desperta, continuará ecoando ao longo do dia, da semana, talvez do ano.
Vitórias esportivas costumam ser efêmeras. Mas algumas, como esta, ultrapassam o tempo. A do Flamengo na Libertadores de 2025 — marcada pela mobilização monumental, pela comunhão nas ruas e pela reafirmação de identidade — é dessas que se inscrevem na memória coletiva. Uma vitória que, para milhões, não terminou no apito final. Ela apenas começou ali.
Pedro do Coutto
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