Perseguir Bolsonaro vai fortalecer a direita e enfraquecer a esquerda

charge - Epidemiologia

Charge do Fr@nk (Arquivo Google)

Carlos Newton

Por enquanto, não se consegue envergar a verdade. Somente após superada essa fase de furor uterino na paixão política, digamos assim, os analistas terão condições de raciocinar melhor sobre o atual momento político, que desde 2019 está manchado pelo excesso de partidarismo.

Passada essa fase, os historiadores registrarão que foi um erro o Supremo ter-se imiscuído em política, ao tirar Lula da Silva de merecida cadeia, na tosca justificativa de se tratar do único nome de esquerda capaz de enfrentar o radicalismo de direita liderado por Jair Bolsonaro. Para atingir esse ignóbil objetivo, o STF transformou o Brasil no único país da ONU (são 193) que não prende criminoso após condenação em segunda instância. Foi o que aconteceu, uma vergonha mundial.

FICHA LIMPA – Muito pior ainda foi o mesmo Supremo trafegar outra vez fora da lei, em 2021, para limpar a ficha imundo de Lula e possibilitar que um criminoso notório pudesse disputar as eleições presidenciais no ano seguinte. E vencê-las.

É assim que os livros de História registrarão essa fase em que vivemos hoje. Ficará marcada a decadência do Supremo, com a criação da “presunção de culpa” que cassou o deputado federal Deltan Dallagnol, com o fim da suspeição de magistrados e com a debochada anistia concedida a muitos dos empresários mais corruptos do mundo.

Essas teratologias jurídicas, que mais parecem uma escatologia institucional, mancharam o país, e isso ficará assinalado na História.

CIDADÃO-ELEITOR – Como dizia Helio Fernandes, muitos cidadãos-contribuintes-eleitores não aceitam essas distorções. Os aficionados de direita estão revoltados, porque sentem que a Justiça está claramente perseguindo Bolsonaro e seu grupo político.

Como explicar que Valdemar Costa Neto esteja indiciado. Tem um passado nebuloso, mas o que foi que ele fez nessa trama rocambolesca?

Alexandre de Moraes é tão idiota quanto os golpistas e vai passar o trator sobre os indiciados, considerando que houve “tentativa” de golpe e não apenas “planejamento”.

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P.S. 1 –
O país está dividido ao meio. Essa perseguição à facção de Bolsonaro vai fortalecer a direita e enfraquecer a esquerda. A meu ver, é uma idiotice, não interessa a ninguém. O Supremo melhor faria se voltasse a respeitar as leis e não ficasse se metendo em política. Ora, se os doutos ministros não compreendem a enorme diferença entre “planejamento” e “tentativa”, deviam voltar aos bancos escolares e perguntar às professoras de verdade, porque Moraes e seus alunos da Polícia Federal desconhecem. (C.N.)

Únicos terroristas no 8 de Janeiro eram os “kid pretos” do Exército

invasão aos Três Poderes

Vejam os “kids pretos” ensinando como se faz vandalismo

Carlos Newton

Com o indiciamento de Jair Bolsonaro e outros 36 envolvidos na segunda versão do golpe que foi planejado mas não chegou a ocorrer, a partir de agora cessa a estupefação e pode-se começar a analisar com mais seriedade os acontecimentos, embora sejam pavorosamente ridículos.

Desde o início das investigações sobre o 8 de Janeiro, já se sabia que existiu a preparação do golpe de estado antes mesmo da eleição e o gatilho seria a famosa fraude na urna eletrônica ou na apuração, que vem a ser a mesma coisa.

Assim que se comprovasse a fraude, haveria prisão do presidente do Tribunal Superior Eleitoral, Alexandre de Moraes, com anulação do resultado e decreto do estado de emergência, até ser convocada nova eleição – este era o plano, que tinha aprovação entusiástica das Forças Armadas.

TUDO ERRADO – Sonhar não é proibido e os gênios que assessoravam Bolsonaro não conseguiram provar a fraude, porque os resultados de cada urna são impressos e afixados no mural da respectiva Vara, não há mesmo como fraudar.

Assim, na reunião decisiva com Bolsonaro, os comandantes do Exército e da Aeronáutica abandonaram o golpe, somente a Marinha manteve o apoio, e os generais do Planalto passaram a procurar outro gatilho. Foi quando se intensificou a trama envolvendo os “kid pretos”, que foram chamados para semear o caos em Brasília na noite de 12 de dezembro, após a diplomação de Bolsonaro.

Apesar da violência, com a malta tentando invadir a Polícia Federal, incendiando ônibus e automóveis, invadindo postos de gasolina e roubando botijões de gás, mesmo assim não havia clima para o golpe e Bolsonaro desistiu desse segundo gatilho para decretar estado de emergência. 

GOLPE FRACASSADO – Assim, essa história de matar Jeca, Joca e a Professora era uma fantasia que pontuava o verdadeiro plano, para criar um terceiro gatilho capaz de justificar estado de emergência, que seria a explosão do caminhão-tanque no Aeroporto de Brasília, na véspera de Natal, porque poderia morrer muita gente.

O certo é que Bolsonaro viu as coisas saírem de controle, ficou apavorado, com medo de ser preso pela Professora, e fugiu para a Flórida no dia 30 de dezembro.

Sem Bolsonaro para atrapalhar, os golpistas chamaram novamente os “kids pretos” e armaram a depredação do 8 de Janeiro, para forçar Lula a baixar o estado de emergência. Mas Lula não caiu na esparrela e o golpe morreu ali mesmo, com a prisão de mais de 1,5 manifestantes, que Alexandre de Moraes transformou em perigosos terroristas.

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P.S.
Os únicos terroristas de verdade foram os soldados “kids pretos”, que até hoje não sofreram investigação e nada vai acontecer com eles. Mas quem se interessa? (C.N.)

Moraes, mais uma vez, está conduzindo errado a investigação dos “kids pretos”

Manifestantes invadem Congresso, Planalto e STF | Agência Brasil

Os “kids pretos” inflamaram a multidão em 8 de Janeiro

Carlos Newton

Infelizmente, está sendo desperdiçado esse patético escândalo sobre o planejamento dos assassinatos de “Jeca”, “Joca” e da “Professora”, como eram chamados pelos golpistas o presidente Lula da Silva, o vice Geraldo Alckmin e o ministro Alexandre de Moraes.

Eliminando-se o lado folclórico que cerca esses oficiais do Exército, que se comportaram como verdadeiros desequilibrados mentais, as informações colhidas vieram preencher uma lacuna nas investigações do 8 de Janeiro, mas estão sendo desperdiçadas.

MORAES NÃO VÊ – O fato concreto é que a força-tarefa formada por Moraes, reunindo juiz auxiliar, serventuários do Supremo, delegado e agentes da Polícia Federal, é de um baixo nível constrangedor.

Para atender à Moraes, a investigação é conduzida de forma manipulada e ardilosa, que desrespeita as leis e utiliza apenas as informações que interessam ao fim desejado pelo ministro do Supremo, que não tem a menor vocação para ser juiz e não se preocupa com a rigorosa verdade dos fatos.

Assim, as novas provas estão sendo conduzidas exclusivamente para demonstrar provar que havia um golpe de estado e o então presidente Jair Bolsonaro estava envolvido e era o grande líder.

BUSQUEM UMA NOVIDADE… – Ora, já é mais do que sabido que houve a preparação do golpe, com participação de Bolsonaro, dos generais do Planalto, dos comandantes militares etc. e tal, que aguardavam fraudes nas eleições.

Como não houve provas de fraude, na undécima hora o comandante do Exército, Freire Gomes, desistiu do golpe, com respaldo do Alto Comando, e foi acompanhado pelo comandante da Aeronáutica, Baptista Júnior. Deixaram sozinho o comandante da Marinha, Almir Garnier, único que seguiu apoiando a aventura de Bolsonaro.

O golpe morreu aí, tudo isso está mais do que provado nos autos. O que faltava comprovar era como se deu a ação dos “kids pretos”, que comandaram o caos na noite de 12 de dezembro de 2022 (diplomação de Lula) e na invasão dos Três Poderes em 8 de Janeiro de 2023, conforme desde o início denunciamos aqui na Tribuna, com absoluta exclusividade.

O QUE SIGNIFICA? – Com as novas provas, agora fica comprovada a ação dos “kids pretos” na incitação dos manifestantes bolsonaristas. Isso significa que todas as condenações do 8 de Janeiro têm de ser revistas, porque foram exageradíssimas, como é o vingativo estilo de Moraes.

Os verdadeiros terroristas eram os “kids pretos” do Comando de Operações Especiais em Goiânia e agora sabemos que seus próprios chefes estavam no esquema criminoso do Planalto.

Assim, é preciso rever os processos e inocentar os mais de 1,2 terroristas inventados por Moraes. Essas provas são do bem e servem para isso. Mas podem também ser usadas para acabar com a carreira de todos os militares envolvidos e puni-los com o máximo rigor, porque eles são os verdadeiros réus do 8 de Janeiro.

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P.S. –
Infelizmente, quem pode confiar no bom senso de um homem explosivo como Alexandre de Moraes? Dificilmente conduzirá as investigações contra os “kids pretos”. Aliás, apelidá-lo de “Professora” foi um erro absurdo e inaceitável. As professoras de verdade não merecem tamanha humilhação. (C.N.)

Explosões e golpes e atentado fracassados aumentam complexo de vira-latas

Portal BP - Você sabia que o termo "complexo de vira lata"... | FacebookCarlos Newton

Têm certas horas em que me bate aquele complexo de vira-latas celebrizado por Nelson Rodrigues. E não é para menos. Primeiro, em pleno G20, nos aparece aquele unabomber à brasileira, que não consegue montar uma explosão de verdade e é obrigado a gastar R$ 1.525 em fogos de artifício, para não perder a viagem.

Nosso chaveiro-bomba era um romântico no estilo do célebre personagem de Walt Whitman, e sonhava ser um herói nacional e conquistar o amor da bela Débora Rodrigues dos Santos, a terrorista que escreveu com batom “Perdeu, Mané!” na estátua da Justiça, para gozar o ministro Luís Roberto Barroso.

Bem no estilo de Whitman, era tudo um sonho, porque nosso unabomber tinha programado também se suicidar, jamais chegaria nem perto da fascinante Débora.

NOVO GOLPE – Agora, ainda em pleno G20, o Brasil surpreende novamente o mundo ao apresentar mais uma versão de seus mirabolantes planos terroristas de golpe de estado.

Desta vez, os líderes seriam um general da reserva e três tenentes-coronéis que não chegaram a dar um só tiro nem compraram fogos de artifício, mas sonhavam em matar o presidente Lula da Silva, o vice Geraldo Alckmin e o ministro Alexandre de Moraes, e os três assassinatos seriam cumpridos em 15/12/22, mas neste dia não aconteceu nada, rigorosamente nada.

Aí me bateu aquela certeza – somos mesmo vira-latas. Aqui no Brasil, qualquer conspiração, por mais vagabunda que seja, jamais dá resultado.

VIRA-LATICES – Em qualquer país de mais respeito, o unabomber teria destruído logo o Supremo e tudo o que há lá dentro. E os quatro heroicos milicos, com apenas as três armas requeridas (metralhadora, lança-granada e lança-rojão) teriam mudado o curso da História.

Segundo um analista literário que conhece a genial obra de Walt Whitman, o golpe só não deu certo porque os conspiradores não conseguiram reunir Lula, Alckmin e Moraes no dia 15 de dezembro, para matá-los de uma só vez e economizar munição.

E assim o Brasil ficou na humilhante situação de ser um país que sofreu dois golpes de estado que ninguém percebeu, pois não houve tiros nem tanques na rua, e agora teve um atentado terrorista com fogos de artifício. É desanimador tudo isso, em pleno G20. Não há vira-latas que aguente…

Lula sonhou em brilhar no G20, mas Janja acabou destruindo tudo  

Ricardo Noblat | Charge do Aroeira | Instagram

Charge do Aroeira (Brasil 247)

Carlos Newton

Lula é ignorante, mas isso não significa que seja estúpido. Pelo contrário, em muitas ocasiões já mostrou que é muito inteligente, um verdadeiro fenômeno. Será muito difícil que algum outro homem como ele, que jamais tenha lido um livro, consiga chegar tão longe quanto o famoso e admirado presidente brasileiro.

Ele sempre se orgulhou dessa ojeriza à leitura. Até que, há alguns anos, quando fez grande sucesso uma nova biografia de Abraham Lincoln, Lula foi convencido a dar declarações de que havia lido a obra de Doris Kearns Goodwin (“Team of Rivals: The Political Genius of Abraham Lincoln”). Mas era mentira; ele nunca leu nada e acabou sendo desmentido.

A CENA ERRADA – Entrevistado a respeito, não somente confirmou “ter lido” a biografia, como até contou ao repórter a parte que mais o tinha impressionado, que era a dificuldade de comunicação com a Casa Branca na época de Lincoln.

Narrou então a cena em que o presidente americano teve de ir a um posto numa ferrovia para “passar um telex” (nas palavras de Lula, que não sabia a diferença entre “telex” e telégrafo”).

Porém, era mais uma mentira. Com tantas coisas para comentar, Lula foi escolher justamente uma cena que não existe na biografia e aparece apenas no filme, criada pelo roteirista Tony Kushner, que fez a adaptação da biografia. Ou seja, Lula mentiu ao dizer que tinha lido o livro, pois tinha apenas assistiu ao filme de Spielberg.

“GRAND FINALE” – Envelhecido e envilecido, como dizia Rubem Braga, Lula agora vê sua cinematográfica carreira se eclipsar, sonhando com um grand finale. Quer o Nobel da Paz ou da Economia, qualquer um serve, dá pitaco em tudo na política internacional, julga ser um superstar mundial, e realmente é.

Assim, quer apagar muitos fatos da História, como sua atuação de agente do regime militar, quando traia e entregava os próprios companheiros sindicalistas. Seus admiradores atuais o absolvem, por achar que ele mudou e hoje até seria de esquerda. Mas na verdade Lula não muda e jamais deixará de ser “o amigo do amigo”.

Agora, pensava usar a reunião do G20 para se projetar como a grande atração do evento. Mas não contava com a concorrência da própria primeira-dama, cuja ânsia de se tornar celebridade é ainda maior do que a dele e chega a ser constrangedora.

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P.S.
1 – Quando Lula da Silva é citado junto a um político de verdade, como Abraham Lincoln, nota-se que a distância entre os dois é abissal; e não é questão de ideologia, mas apenas de caráter.

P.S. 2 – Quem pensa que dona Janja vai parar por aqui está redondamente enganado. Ela jamais apreenderá a lição e vai dar muito trabalho ao maridão. (C.N.)

Chamar este suicida de “terrorista” parece ser um bocado de exagero

Quem é o homem que morreu em explosão de bomba perto do STF

Este era Francisco, que se explodiu sem explodir ninguém

Carlos Newton

De vez em quando, o editor da Tribuna da Internet tem uma epifania, como os gregos chamavam o sentimento de compreensão ou entendimento súbito da essência de algo, como uma manifestação que pode ter até mesmo um fundo religioso e espiritual.

Pois minha mais recente epifania ou “insight”, como dizem os americanos, é essa história do lobo solitário que atacou a Praça dos Três Poderes nesta quarta-feira à noite. Os suspeitos de sempre dizem que o objetivo maior era atacar o Supremo Tribunal Federal, para matar o ministro Alexandre de Moraes, aquele que anda com um alvo pintado na careca e virou um sonho de consumo de âmbito internacional para todo tipo de terrorista, seja pé de chinelo ou empresário quase trilionário.

RESPEITAR OS MORTOS – Minha epifania/insight foi a necessidade de respeitar os mortos, sem tentar entender o que passou pela cabeça deles no último momento ou na undécima hora, mesmo que sejam perigosos terroristas.

O quê? Eu disse “perigosos terroristas”? Desculpem, foi um engano. É óbvio que o cidadão catarinense nada tem a ver com terrorismo. Muito pelo contrário, sua apresentação foi de um mero aprendiz de feiticeiro, absolutamente incapaz de criar uma bomba que prestasse.

Notem que os artefatos que colocou nos dois automóveis eram do tipo cabeça de nego, nem chegaram a estragar a lataria, os reparos ficarão baratíssimos, abaixo da taxa de risco da seguradora…

QUASE-MORTE – No desespero, ao sentir que poderia ser preso, o candidato dos 93 votos resolveu acabar com tudo de uma vez. Mas a autoexplosão foi mínima, o terrorista só morreu porque pressionou o artefato contra a cabeça, o resto do corpo ficou incólume.

Assim, diante de tão importantes detalhes, tive o insight/epifania de que é um erro chamar de “terrorista” um cidadão sofrido, candidato a vereador, arrasado pelos 93 votos recebidos. Como comparar Francisco Wanderley Luiz com os verdadeiros terroristas do World Trade Center? Ou do Estado Islâmico, do Hamas, do Hezbollah e do Iêmen???

Realmente, não há a menor base para esse tipo de comparação. Aliás, a fotografia de Francisco Wanderley Luiz diz tudo. Como na música de Luiz Reis e Haroldo Barbosa, o personagem principal não tem cara de terrorista, pinta de terrorista nem roupa de terrorista. Portanto, não deveria ser rotulado assim, tão despudoradamente. Morreu sem tentar fazer mal a ninguém. É isso que interessa.

Pela primeira vez, os brasileiros precisam se unir em torno de Lula

Tribuna da Internet | Com teimosia e soberba, Lula puxa o próprio tapete e Haddad faz o mesmo

Lula reclama que Haddad só corta benefícios dos pobres

Carlos Newton

Na política, há determinados momentos em que as paixões partidárias devem ser superadas para que possa prevalecer o verdadeiro interesse nacional, e estamos justamente numa dessas ocasiões especiais.

O presidente Lula da Silva não é flor que se cheire e piorou muito com a influência negativa de Janja da Silva, cujo deslumbramento com o poder é realmente extraordinário. Mas as circunstâncias citadas pelo pensador espanhol Ortega Y Gasset nos impõem que passemos a borracha na suja biografia de Lula, esqueçamos até seu desempenho como “Barba”, informante da Polícia Federal no regime militar, para apoiá-lo agora nesse momento decisivo de sua carreira política.

A FAVOR DO POBRES – Desde sempre, Lula se diz a favor dos pobres e muitas vezes tenta proceder assim, embora o faça de maneira demagógica, como no crédito estudantil que enriquece o ensino superior privado, sem trazer benefícios educacionais concretos aos pobres, ou na política de cotas raciais que discrimina e pune os pobres de raça branca. O que deveria haver são cotas sociais, jamais deveriam ser admitidas essas cotas raciais.

Agora, Lula está diante do maior desafio de sua vida pública. Tem de enviar ao Congresso um pacote para cortar gastos públicos, mas se recusa a punir os pobres.

“Se é para cortar, cortamos de militares, políticos, empresas, todo mundo”, disse o presidente, segundo o jornalista Tales Faria, do UOL.

ATÉ QUE ENFIM… – Sucessivos governantes, inclusive o próprio Lula, sempre adotaram a política de valorização do serviço público, promovendo a farra do boi dos três poderes e fazendo com que o Brasil passasse a pagar salários funcionais superiores aos países mais ricos do mundo.

Com isso, criou-se também a maior disparidade salarial.  Quando o teto (R$ 44 mil, jamais respeitado) recebe 10% de aumento, o marajá passa a ganhar R$ 48,4 mil, enquanto o bagrinho do salário mínimo (R$ 1.412) vai para R$ 1.553. Até quando essa política salarial perversa, desumana e anticristã vai prevalecer, como se fosse algo normal?

Lula quer cortar no ‘andar de cima’. Isso inclui emendas dos parlamentares ao orçamento, aposentadorias de militares, subsídios às empresas, vantagens e penduricalhos do Judiciário e. Legislativo. Mas seus impiedosos ministros Fernando Haddad e Simone Tebet só prepararam cortes no andar de baixo…

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P.S. 1
Detalhe: jamais se viu um presidente da República fazer nada igual, desde Getúlio Vargas, quando o ministro do Trabalho, João Goulart, mandou dobrar o salário mínimo.

P.S. 2A posição de Lula precisa ser apoiada entusiasticamente pela opinião pública, e o silêncio está falando mais alto. Mas quem pode apoiar Lula quando se vê a mulher dele organizando shows de “Janjapalooza” patrocinados por estatais? Se Lula não consegue conter a terceira-dama, lídima substituta de Rosemary Noronha, como conseguirá conter o governo? Por favor, apaguem tudo o que escrevi neste artigo. Acho que ainda estava ardendo em febre.  (C.N.)

Bolsonaro nem precisa da ajuda de Trump para se tornar elegível

Pintou um clima': Juiz nega pedido de indenização contra Bolsonaro

Jair Bolsonaro muita chance de recuperar a elegibilidade

Carlos Newton

Sonhar ainda não é proibido nem paga imposto. Justamente por isso, pode-se cultivar qualquer tipo de sonho, como se vê agora na euforia da família Bolsonaro com o péssimo desempenho do PT na eleição brasileira e com o passeio que Donald Trump deu na eleição americana.

Os resultados das urnas na matriz USA e na filial Brazil, segundo as análises combinatórias que se procedem em toda a imprensa, incluindo também as redes sociais, têm dado margem às mais variadas especulações e alucinações políticas. Portanto, necessitam de tradução simultânea.

NADA DE NOVO – Fica parecendo que tudo mudou, já estaríamos em outra situação, mas na verdade não há nada de novo na frente ocidental que possa despertar tanto entusiasmo.

Vejamos a situação de Jair Bolsonaro, por exemplo. O mais importante para ele continua imutável – está inelegível até 2030 e isso só pode sofrer mudança quando o Supremo julgar seu recurso, cujo relator é Luiz Fux, um ministro que costuma votar contra a maioria silenciosa e submissa.

Se o recurso ao STF for rejeitado, só restará a Bolsonaro a Lei da Anistia, que está tramitando para beneficiar os 1,2 mil pés de chinelo que invadiram a Praça dos Três Poderes e foram condenados como “terroristas”.

MUITAS CHANCES – O recurso ao Supremo tem pouca chance de prosperar, mas a nova Lei da Anistia tem caminho aberto para Bolsonaro, porque basta incluir um item, dizendo o seguinte:

“Estão incluídos na Anistia os crimes cometidos na divulgação de supostas fraudes no sistema eletrônico”.

Assim, Bolsonaro poderá concorrer em 2026, para a felicidade de Lula da Silva, que sabe não ter chances contra nenhum candidato que possa atrair votos do centro e da direita, tipo Tarcísio de Freitas, vamos deixar de hipocrisia. Para Lula, é enfrentar Bolsonaro ou aposentadoria aos 81 anos. Se dona Janja da Silva deixar, é claro.

Quando tenta “desmentir” a Tribuna, o Planalto sempre faz papel ridículo

Emenda cria censura na internet para quem falar mal de político em redes sociais - Flávio Chaves

Charge do Rice (Arquivo Google)

Carlos Newton

De início, um pedido de desculpas, porque nas últimas semanas escrevi raros artigos e poucos comentários. A tal influenza B invadiu minha área e veio muito forte, tipo Trump nesse final de campanha. Tive – e ainda estou tendo dificuldades para editar o Blog e somente agora estou me recuperando e o médico até suspendeu o antibiótico.

Ainda com muitas dores no abdômen, por causa da tosse, faço como o velho marinheiro do Paulinho da Viola e durante o nevoeiro levo o barco devagar…

ERA TRUMP – Minha ausência coincidiu com o início da nova e última Era de Trump, que tanto surpreendeu aos analistas e mais ainda vai surpreender, porque são os últimos anos desse grande ator que nasceu para interpretar o papel de homem mais importante do mundo e conseguiu chegar lá duas vezes.

Não foi, não é e nunca será um grande político, mas atingiu o máximo a que se pode chegar como ator, ao interpretar o próprio papel na Casa Branca, e a maioria do público verdadeiramente o adora.

Aos 78 anos, Trump chega ao final do prazo de validade justamente quando a América se mostra um deserto de homens e ideias, como dizia Oswaldo Aranha, um político de verdade.

DIRCEU E LULA – Um dos artigos que publiquei foi sobre José Dirceu e Lula da Silva, que estão rompidos desde 2015, quando Lula lhe pediu que cuidasse da defesa de Rosemary Noronha. Dirceu atendeu ao pedido, e na fase inicial chegou a recorrer a três grandes escritórios de advocacia, Rose acabou absolvida por passagem de tempo (prescrição).

Mas Dirceu caiu na Lava Jato e Lula desistiu dele. Não atendia mais seus telefonemas, Dirceu foi preso novamente, nunca mais se viram ou falaram. Agora, também aos 78 anos, todo plastificado, o ex-ministro voltou à política e pretende retomar seu espaço no PT.

Ou seja, queira ou não queira, em breve Lula terá de reatar com o ex-primeiro amigo, num festival de cinismo que vocês podem imaginar.

PLANALTO DESMENTE – No dia seguinte, o Planalto tentou desmentir a Tribuna da Internet e “vazou” a informação de que Lula e Dirceu tinham se reunido em segredo, no Alvorada, “antes do 1º turno das eleições de 2024”.

Foi a primeira conversa tête-à-tête de Lula e Dirceu após o presidente tomar posse, em 2023. Os dois já tinham se encontrado em eventos do PT, mas nunca haviam tido um papo reservado”.

Como o desmentido não funcionou, porque no PT todo mundo sabe que não houve esse “papo reservado”, no dia seguinte o Metropóles procurou Dirceu, que não teve coragem ou desfaçatez de confirmar a reunião que não houve. “Somente nosso PR (presidente da República) fala sobre suas agendas”, respondeu secamente, por escrito.

BALANÇO DE OUTUBRO – Agora, vamos aproveitar para publicar o balanço de outubro, com as contribuições feitas ao blog no banco Itaú. Não conseguimos imprimir o extrato da Caixa Econômica Federal, porque o cartão venceu, igual à validade do Joe Biden. E o Bradesco também está de mal conosco.

DIA REGISTRO/OPERAÇÃO          VALOR
01    PIX TRANSF PAULORO……………….100,00

02    PIX TRANSF JOSE FR………………….150,00
02    TED 001.5977.JOSE APJ…………….302,10
15    TED 001.4416.MARIO ACR…………300,00
31    TED 033.3591.ROBERTO SNA…….200,00     

Agradecendo muitíssimo aos amigos e amigas que nos possibilitam manter essa utopia de exercitar um jornalismo independente, vamos em frente, sempre juntos.        

“Analistas” consideram Trump muito pior do que Armagedon e Apocalipse

Um partido desesperadamente corrupto | Exame

Trump em cena, fazendo o papel de presidente na Casa Branca

Carlos Newton

Sinceramente, em quase 60 anos de jornalismo, em exercício diário, posso dizer que jamais se viu nada igual. A vitória de Donald Trump está sendo encarada como se estivéssemos à beira do abismo, para o qual estamos sendo empurrados pelo ex futuro presidente americano, como se ele representasse as forças do mal incorporadas e somadas ao Armagedon e aos quatro cavaleiros do Apocalipse.

É tanto exagero, tanta notícia ruim, que a gente fica até com medo de sair de casa. Mas quando chega na rua, descobre que nada mudou. As crianças saem para ir à escola, os adultos vão trabalhar, os aposentados batem o ponto no boteco para tomar uma gelada, fica até parecendo que nada mudou, e na verdade é justamente isso que espanta, porque nada mudou, mesmo.

PODEM AGUARDAR – Nos jornais da velha imprensa, nos portais e redes sociais, nas rádios e televisões, realmente nada mudou, mas logo irá mudar, porque o assustador Trump vai tomar posse dia 20 de janeiro.

Portanto, esperem mais um pouco que a nova ordem mundial vem por aí, e o maior sinal é Caetano Veloso estar se tornando evangélico, para acompanhar dois de seus filhos já convertidos.

Há outros sinais acontecendo, que precisam estar em linha, como na astrologia. Um deles foi a reeleição dos cinco congressistas americanos que pretendem proibir que o ministro Alexandre de Moraes pise em território norte-americano, igualando-o ao ex-deputado Fernando Gabeira, que até hoje é meio complexado por não conhecer a Disneylândia nem o personagem Pateta.

OUTROS SINAIS – O fato é que a opinião pública aqui no Brasil estará esperando o pior quando Trump tomar posse dia 20 de janeiro, mais bronzeado do que Aristóteles Onassis. Nesse histórico dia, vão surgir outros sinais.

Se Jair Bolsonaro estiver lá, será o significado A; se continuar com o passaporte retido, o significado será B, mas o sábio Olavo de Carvalho não está mais entre nós para destrinchar toda a mensagem.

Outros sinais estarão contidos no pronunciamento de Trump, que o mundo vai parar para ouvir e a imprensa vai fazer um escarcéu danado.

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P.S. –
Quanto a mim, prometo ficar atento aos sinais de que alguma coisa está fora da ordem. Por enquanto, confesso que não estou vendo nada, apenas a posse de um velho cafajeste de 78 anos, já bastante consumido pelo tempo, com uma extraordinária vocação de ator, que não foi aproveitada na hora certa, mas ele seguiu em frente como eterno aprendiz, até se julgar capaz de fazer papel de presidente da república. Ganhou quatro anos de mandato e não fez nada que prestasse, absolutamente nada. Mesmo assim, pediu bis e ganhou mais quatro anos para desenvolver melhor o papel. A única coisa que se sabe é que o único Oscar que pode ganhar é o de Efeitos Especiais, por causa da plataforma de laquê que usa para manter o extravagante topete na posição viagra. (C.N.)

Tentar demonizar Trump é um exercício eleitoral ridículo, patético e fracassado

Trump anda em caminhão de lixo e ataca Biden durante campanha

Trump é um velho cansado, que está brincando de ser presidente

Carlos Newton

Se o republicano Donald Trump vencer aquela jovem senhora sorridente que os democratas escolheram, não será surpresa nenhuma e não muda nada para nosso país aqui do lado debaixo do Equador. Não há muita diferença entre ele e Kamala Harris. O script que  têm de obedecer está escrito há muito tempo. Os dois são como apresentadores de televisão – um sai, o outro substitui e ganha um texto na hora em que senta à bancada.

O mais intrigante é esse exercício da imprensa internacional, que tenta demonizar Trump, como se ele fosse o guardião do oitavo círculo do inferno de Dante, aquele reservado aos corruptos.

ANJOS E DEMÔNIOS – Ora, Trump nem precisa se corromper, pois é corrupto pela própria natureza, já nasceu assim. Nem tem ideia de como se fecha um negócio sem corrupção.

Os democratas são infantis. Não se pode demonizar o demônio, é missão impossível, porque todo político se diz democrata, desconhecendo que a palavra demônio tem a mesma origem grega – o radical “dêmos”. Aliás, no início dos tempos, na Bíblia, todos os anjos eram demônios, depois é que foi feita alguma diferenciação,

E Kamala Harris? Por que os republicanos também não trataram logo de demonizá-la? Afinal, o pai é da Jamaica, que é o país de origem das práticas do vudu, dava um belo enredo de escola de samba.

SEM DIFERENÇAS – Sinceramente, não vejo muitas diferenças entre os dois. No caso de Israel, nada de novo no front ocidental, tanto Trump como Kamala estão prontos a ajudar Israel ao máximo, conforme desde sempre está escrito no roteiro.

O premier israelense Netanyahu não perde um minuto de sono com isso. Sabe que a dizimação do povo palestino não comove nenhum dos dois candidatos norte-americanos.

Certamente há diferença no caso da Ucrânia. Enquanto Kamala continuará a sustentar a guerra per secula seculorum, Trump pode dar um jeito de conseguir um cessar-fogo com seu amigo Vladimir Putin.

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P.S. –
Ainda bem que a eleição na matriz americana chega ao final. E daqui a dois anos nova eleição aqui na filial Brazil, que Deus nos proteja de tanta enganação. (C.N.)

Confirmado! Em 2026, Lula enfrentará Bolsonaro e será novamente favorito

Lula será mais decisivo que Bolsonaro nas eleições 2024, aponta pesquisa -  Vermelho

Em 2026, vai começar tudo como antes, neste pais que não se renova

Carlos Newton

É impressionante o que está acontecendo em Brasília neste final de ano. As negociações caminham numa velocidade impressionante. Já se pode dar como certo que a Câmara será presidida pelo deputado Hugo Motta (Republicanos-PB) e tudo indica que será candidato único, porque Elmar Nascimento (União-BA) e Antonio Brito (PSD-BA), estão sendo levados a desistir.

No Senado, também está ganhando força total o nome (sujo) de Davi Alcolumbre, cuja família está envolvida até em tráfico de drogas no Amapá. Especulado com possível candidato da oposição, Rogério Marinho (PL-RN) já transferiu seus votos para Alcolumbre. E outros candidatos, como Eduardo Girão (Podemos-CE) e Soraya Thronicke (Podemos-MS), podem fazer o mesmo.

SUMA IMPORTÂNCIA – As eleições parlamentares internas serão muito importantes, porque têm tudo a ver com a disputa presidencial de 2026. Os novos dirigentes vão influir, por exemplo, na votação da anistia a Jair Bolsonaro e aos envolvidos no golpe de estado. Da mesma forma estarão atuando na regulamentação do novo esquema das emendas parlamentares e em outra matéria fundamental – a disputa de prerrogativas entre Congresso, Supremo e Executivo.

Para se ter uma ideia dos conchavos e da promiscuidade, Lula da Silva e Jair Bolsonaro estão apoiando os dois candidatos favoritos.

Essa circunstância nos traz outras perspectivas. A mais importante é que também já se pode dar como certo que teremos na próxima eleição Lula da Silva e Jair Bolsonaro se digladiando outra vez.

TUDO DEPENDE – É clara que essa é uma visão linear do que virá, caso as situações não mudem, pois são dois políticos gastos pela idade e pelas vicissitudes. Em 2026, Lula fará 81 anos em plena eleição. Terá a mesma idade em que Biden foi obrigado a desistir.

E Bolsonaro estará chegando aos 72 anos, e com a saúde bastante debilitada. A grade que carregada no abdômen é um corpo estranho, que o organismo tem compulsão a expelir. Por isso, precisa tomar imunossupressores, sua saúde é complicada.

Esses remédios diminuem ou inibem a ação do sistema imunológico, sendo normalmente indicados para prevenir rejeição de órgãos transplantados. Sua atuação melhora de um lado o organismo e piora do outro.

SEM JÚIZO – Bolsonaro é do tipo que enlouquece os médicos. Se tivesse um mínimo de juízo, jamais andaria montado em cavalo ou jegue, não permitiria ser alçado nos braços da multidão, nem andaria de jet-ski ou moto, nada que forçasse o abdômen.

Lula é da mesma coudelaria e não gosta de restrições médicas. Essa queda de costas, quando estava sentado num banco no banheiro, é contorcionismo com alto grau de dificuldade.

Em tradução simultânea: a anistia a Bolsonaro é do maior interesse para Lula e já pode ser considerada garantida. Ou seja, em 2026, prepara-se para mais uma eleição de sofrimento e desânimo.   

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P.S.
A candidatura mais cobiçada será a de vice-presidente na chapa de Lula, porque as chances de assumir serão enormes. Com mais de 81 anos, Lula vai estar cada vez espiroqueta e os médicos terão de mantê-lo contido, como os americanos estão fazendo com Biden, que está proibido de dar entrevista e mais parece um robô com data de validade vencida há tempos. (C.N.)

De volta à política, Dirceu é “um pote até aqui de mágoas”, em relação a Lula

Condenações de José Dirceu na Lava Jato assinadas por Sergio Moro são anuladas

José Dirceu já fez tanta plástica que está difícil reconhecê-lo

Carlos Newton

Já faz tempo que José Dirceu começou a voltar à política, de maneira discreta, por não estar no gozo dos direitos políticos, devido às sucessivas condenações. Ainda assim, ele marcava presença nos atos de manifestação ou congraçamento do PT, mas sempre distante das mesas diretoras, para não ter o desprazer de cruzar com o presidente Lula da Silva e outros dirigentes que o abandonaram no meio do caminho.

Dirceu pode ter sido “inocentado” ou “descondenado” pelas decisões sucessivas de Edson Fachin, Ricardo Lewandowski, Dias Toffoli e Gilmar Mendes, mas seus crimes de corrupção, tráfico de influência e lavagem de dinheiro foram mais do que comprovados. É um mau político, desprovido de caráter, sem a menor dúvida.

FIM DE CASO – Desde agosto de 2015, quando a Polícia Federal fez uma operação na luxuosa empresa de lobby que Dirceu montou em São Paulo, prendendo o ex-ministro, o irmão dele e um assessor, o relacionamento com Lula terminou.

Eles já estavam afastados e a última vez em que o Lula recorreu a Dirceu tinha sido em novembro de 2012, quando a Operação Porto Seguro envolveu Rosemary Noronha e membros de sua família num esquema de venda de pareceres em agências reguladoras.

Dirceu era amigo da amante de Lula e fez um belo trabalho. Contratou três grandes escritórios de advocacia, com diferentes especializações, para armarem juntos a defesa de Rose, e a empreitada foi bem-sucedida – apesar do excesso de provas, há alguns anos ela foi declarada inocente.

ALÔ, ALÔ… – Lula nunca mais atendeu a nenhum telefonema de Dirceu. O presidente não usa celular e manda que liguem para um aparelho que fica com a segurança. Dirceu nunca mais teve acesso a Lula.

Mas não passou recibo. Continuou a tocar sua vida, escreveu livros, rodou pelo Brasil, voltou a frequentar os eventos do PT, preparando a volta.

Em março, deu uma festa de aniversário que parou Brasília. Até o vice-presidente Geraldo Alckmin, com quem nunca teve relações, fez questão de comparecer. E agora, depois de Gilmar Mendes passar alvejante em sua ficha suja, Dirceu vai começar a campanha para ser eleito deputado por São Paulo.

UM MOMENTO – Vai chegar um momento em Lula e Dirceu se encontrarão, cara a cara, em circunstância de grande constrangimento. Será um momento cavernoso, seria conveniente que se encontrassem antes para combinar o que dizer no dia D e na hora H.

Não duvido nada que até se abracem, ensaiem um choro compulsivo, pois são dois farsantes, desprovidos de caráter e dignidade.

Lula, o presidente que criou um cargo elevado (chefe de gabinete da Presidência) para sustentar regiamente a amante, mandando montar luxuoso escritório para ela, com assessores, secretárias, motorista e carro de luxo, com tudo pago em cartão cooperativo; e Dirceu, o revolucionário esquerdista que se vendeu por 30 dinheiros, desviando recursos públicos para enriquecer ilicitamente.

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P.S.
Agora, só falta o Gilmar Mendes descondenar o Sérgio Cabral, para completar a lambança. Todos sabem que lugar de criminoso é na cadeia, mas esqueceram de combinar com os ministros do Supremo. (C.N.)

Altos índices de rejeição ameaçam candidaturas de Lula e Bolsonaro

Pesquisa Quaest para presidente: Lula tem 42%; e Bolsonaro, 34% - Blog do Pávulo

Bolsonaro tem 58% de rejeição e Lula está com 48% para 2026

Carlos Newton

Depois do vendaval que marcou essas eleições, com temporais  que desabaram sobre a cabeça dos maiores líderes políticos do país, é hora de discutir uma pesquisa aparentemente despretensiosa, realizada pelo Instituto Datafolha às vésperas da disputa do segundo turno na capital de São Paulo.

Ao invés de indagarem sobre os candidatos Ricardo Nunes e Guilherme Boulos, os entrevistadores saíram em campo para indagar o que os eleitores da maior cidade da América Latina pensam dos principais lideres políticos do país – o atual presidente Lula da Silva (PT) e o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL).

PESQUISA ESPONTÂNEA – O método utilizado pelo Datafolha foi a chamada pesquisa espontânea, considerada a mais confiável, porque esse tipo de levantamento tem índice zero de indução ao entrevistado.

As perguntas feitas foram absolutamente claras e diretas: “O que você acha de Lula?”. “E o que você acha de Bolsonaro?”. Simples assim, como devem ser as coisas na política.

O resultado foi surpreendente, porque demonstrou que o presidente Lula e o ex-presidente Bolsonaro (PL) despertam mais associações negativas do que positivas entre os eleitores da capital paulista.

RESULTADO NEGATIVO – Segundo a repórter Ana Luiza Albuquerque, da Folha, “quando perguntados sobre qual é a primeira coisa que vem à cabeça quando pensam em Lula, 48% dos entrevistados fazem menções negativas e 39%, positivas”.

No caso de Bolsonaro, o resultado é ainda pior: 58% o associam a referências negativas e apenas 30%, a positivas.

As associações negativas aos dois políticos foram variadíssimas. Por exemplo, as mais comuns referentes a Lula são “bandido” ou “ladrão” (13%); “corrupção” ou “fraude” (3%); “péssimo” (2%); “mentiroso” ou “divulgador de fake News” (2%).

TRADUZINDO – Bem, em tradução simultânea, o resultado é significativo em relação à próxima disputa presidencial em 2026. Entre as citações positivas em relação a Lula, as principais foram: “bom” ou “melhor presidente” (5%); “simpatiza” ou “gosta dele” (2%); apoia a população mais pobre (2%); bom trabalho ou governo (2%); ajuda o povo ou o país (2%).

No caso de Bolsonaro, as referências negativas mais citadas foram: “péssimo” (5%); “não gosta dele” ou “não deixou saudades” (4%); “não foi um bom presidente” (3%); “gestão ruim” (3%); “doido ou insano” (3%); “bandido ou corrupto” (2%); “não votaria nele” (2%).

Já as principais associações positivas ao ex-presidente foram: “bom” ou “melhor presidente” (7%); “votaria nele” (2%); “bom trabalho” (2%).

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P. S –
A pesquisa espontânea é a mais confiável, porém a margem de erro máxima também é de três pontos percentuais, para mais ou para menos. De toda forma, o resultado deve ser considerado auspicioso, porque políticos com grau de rejeição de 58% (Bolsonaro) ou 48% (Lula) têm mais chances de vitória quando um enfrenta o outro, o que pode facilitar a ascensão de candidatura de terceira via. (C.N.)

Resultado final da eleição mostra que o eleitor não aguenta mais a Era do PT

Tribuna da Internet | Polarização, que é obra de lideranças, depende muito do futuro incerto de Bolsonaro

Charge do Nani (nanihumor.com)

Carlos Newton

Às vésperas do segundo turno, que vai se realizar dia 27, exatamente quando Lula da Silva completa 79 anos, os resultados previstos não podem ser considerados nenhum presente de aniversário, muito pelo contrário. As perspectivas são de que pode nem haver motivos para comemorar.

Das prefeituras das capitais ainda em disputa, o PT tem chances em Fortaleza, onde as cinco pesquisas indicam empate técnico, mas com pequena vantagem para André Fernandes (PL) sobre 45% Evandro Leitão (PT), dentro da margem de erro. Em Cuiabá, idêntica situação, com Abilio Brunini (PL) à frente de: Lúdio Cabral (PT), mas empatados na margem de erro.

MUITO POUCO – Quando um presidente da República  consegue fazer apenas dois prefeitos de capital, arriscando-se a não eleger nenhum deles, é sinal de que há alguma coisa muito errada no Palácio do Planalto, em sua conexão com o eleitoraso.

Esperava-se que prevalecesse a tal polarização entre Lula da Silva e Jair Bolsonaro, mas não está ocorrendo exatamente isso. Pode-se argumentar que, como se trata de eleição municipal, a situação muda de figura.

É certo que isso aconteça, porém jamais atingindo o descolamento que está se verificando. Nas 27 grandes cidades que terão segundo turno, o PT não lidera em nenhuma delas…

É UM SINAL – Não há dúvida de que se trata de um sinal de que a polarização está perdendo influência. E o fato concreto é que está havendo uma migração da esquerda para o centro. Mas por que isso estaria acontecendo?

Uma das causas é que muitos eleitores não aceitam a esculhambação que caracteriza o funcionamento dos Três Poderes no Brasil, onde o Executivo governa mal, o Congresso legisla péssimo e o Supremo julga porcamente.

É certo também que a grande parte da classe média, que sempre contribuiu expressivamente para fortalecer a esquerda, está decepcionada com os resultados pífios dessa Era do PT.

ANTIPETISMO – O resultado dessa situação óbvia que se descortina perante os brasileiros é o progressivo fortalecimento de um sentimento antipetista. Isso não significa que esses eleitores estejam abandonando a esquerda, mas indica claramente que estão cansados da corrupção, das mordomias, dos penduricalhos e da perseguição à liberdade de expressão nas redes sociais, um desafio que atinge o mundo inteiro, sem que nenhum país até agora tenha conseguido solucionar a questão, salvo as ditaduras, que proíbem tudo, e estamos conversados.

É nesse clima que caminhamos para o segundo turno, com a polarização tão desgastada e desmoralizada quanto os dois líderes que se julgam (ou julgavam) senhores do nosso destino.

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P.S. –
Detalhe importante: a derrocada petista não demonstra que a maioria dos eleitores esteja disposta a trazer Bolsonaro de volta ao poder. Sinceramente, polarizar entre dois políticos desclassificados como Lula da Silva e Jair Bolsonaro significa tentar escolher o menos ruim, e isso não é saudável para nenhuma democracia. (C.N.)

Haddad quer reduzir os supersalários, mas esqueceu de combinar com Lula

Fernando Haddad: o ministro de Lula que vai baixando a guarda do mercado

Haddad tem boa intenção, mas está no governo errado

Carlos Newton

Faz tempo que não se ouviam tantas gargalhadas na Praça dos Três Poderes e na Esplanada dos Ministérios, em Brasília. Foi na semana passada, quando a mídia e as redes sociais divulgaram a notícia de que o governo vai estabelecer limites aos supersalários no setor público, como uma das medidas em estudo no governo e que serão encaminhadas ao presidente Lula da Silva.

Não se trata de fake news, nada disso. A importante informação não pretende sabotar o governo nem destruir a democracia, o ministro Alexandre de Moraes pode até dormir tranquilo, se é que ele consegue. Trata-se de uma notícia oficial, divulgada pelo próprio ministro da Fazenda, Fernando Haddad, que até então não havia revelado seus dotes humorísticos.

ESTRANHEZA – Esse tipo de procedimento contra supersalários jamais constou em programa de partido político de porte nem em campanha de candidato com chance, por isso a notícia causou muita estranheza e descrédito.

Enquanto as elites do funcionalismo caíam na risada e espalhavam a Piada do Ano, tipo “sabem da última?”, os jornalistas ficaram atônitos e foram buscar confirmação. E conseguiram.

Um integrante da equipe econômica confirmou à Folha que a ideia é buscar um acordo no Congresso para aprovação do projeto de lei que regulamenta os supersalários e limita a poucas exceções o pagamento fora do teto remuneratório do funcionalismo, que tem como base o salário dos ministros do STF (Supremo Tribunal Federal), atualmente em R$ 44 mil.

MEIA VERDADE – Era tudo verdade, o ministro Fernando Haddad não estava de brincadeira, e todos o brasileiros de boa vontade têm obrigação de apoiá-lo nessa guerra insana do rochedo contra o mar. Com essa disposição de enfrentar os mais poderosos inimigos do povo, o chefe da equipe econômica não percebe que está sozinho nessa briga.

Ninguém o ajudará nessa empreitada, especialmente Lula, que foi tirado da cadeia e ganhou uma ficha limpa justamente para servir a essa elite do funcionalismo civil e militar, que corre em dobradinha com as elites empresariais do poder econômico.

É lugar comum dizer que o Brasil é o país da corrupção e da impunidade, mas essas distorções só ocorrem quando as elites funcionais e empresariais entram em acordo, para se beneficiarem desviando recursos públicos.

SEM NEGÓCIO – Repetindo: a corrupção só acontece quando essas duas elites se entendem, digamos assim. Quando uma delas diz não, a negociata cai por terra. Assim, Haddad cometeu um ato falho, ao anunciar uma iniciativa do governo que não acontecerá.

Os supersalários são absolutamente inconstitucionais, a pretexto de constituírem “direito adquirido” ou outras embromações aparentemente judiciais.

A culpa é toda do Supremo, cujos ministros, envergonhados ao garantir la dolce vita dos operadores do direito, tiveram que estendê-la aos demais servidores civis e militares.

DEU ERRADO – Na Constituinte, houve um esforço enorme para reduzir os supersalários. Para garantir que isso de fato aconteceria, os parlamentares aprovaram as restrições em dois dispositivos diferentes. Um deles foi o art. 17 das Disposições Transitórias, que deveria ser lido em toda reunião ministerial.

Os vencimentos, a remuneração, as vantagens e os adicionais, bem como os proventos de aposentadoria que estejam sendo percebidos em desacordo com a Constituição serão imediatamente reduzidos aos limites dela decorrentes, não se admitindo, neste caso, invocação de direito adquirido ou percepção de excesso a qualquer título.”

O texto e claríssimo e foi revisado por Celso Cunha, da Academia Brasileira de Letras, e dois lexicólogos contratados por Dr. Ulysses Guimarães.

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P.S.
E os penduricalhos? Como surgiram? Ora, foram sendo inventados pela elite dos servidores e depois legalizados pelo Supremo, que os reinterpretou com invulgar criatividade. Aliás, o Supremo brasileiro faz a merecer o Oscar de Efeitos Especiais justamente pela consagração desses penduricalhos, que seriam motivo de escárnio em qualquer país minimamente civilizado. (C.N.)

Lava Jato não morreu e os crimes da Odebretch continuam sendo investigados

Veja as provas que a Lava Jato reuniu contra Marcelo Odebrecht, beneficiado por Toffoli

Marcelo Odebrecht é investigado por suborno e lavagem

Carlos Newton

A Lava Jato não morreu… Quer dizer, morreu aqui no Brasil, onde os ministros petistas Ricardo Lewandowski e Dias Toffoli se encarregaram da execução, acobertados pelos demais integrantes do Supremo Tribunal Federal, a pretexto de salvarem a democracia, vejam a que ponto chega a hipocrisia do lado debaixo do Equador. Mas a Lava Jato continua viva em outros países, onde ainda há juízes.

Reportagem de Joaquín Gil e José Maria Irujo, no jornal espanhol El Pais, que nos foi enviada por Duarte Bertolini, revela que no Principado de Andorra a construtora Odebrecht é investigada por subornos de 314 milhões de euros, que beneficiaram 145 dirigentes da empresa, funcionários públicos e testas de ferro da empreiteira na América Latina, todos eles envolvidos em lavagem de dinheiro.

LAVAGEM DE DINHEIRO – Uma das duas instituições financeiras que alojavam as contas criadas para pagamento de comissões da Odebrecht é a Banca Privada d’Andorra (BPA), agora investigada por crimes de lavagem de dinheiro. O Meinl Bank, do país caribenho Antígua e Barbuda, foi outro banco que fez parte do mecanismo corrupto de contas apodrecidas, em que o então presidente da construtora, Marcelo Odebrecht, desempenhou um papel fundamental.

“O empresário aparece envolvido em um importante caso de suborno, corrupção e lavagem de dinheiro que afeta toda a América Latina”, afirma a juíza andorrana em um de seus despachos.

As propinas foram parar – segundo os investigadores – nos bolsos de 145 dirigentes da empresa, funcionários públicos e testas de ferro que participaram de processos de adjudicação de obras públicas da construtora no Equador, Peru, Panamá, Chile, Uruguai, Brasil e Argentina.

ROTA DA PROPINA – Os novos documentos a que El Pais teve acesso revelam que a rede corporativa e de contas por onde circulou o dinheiro das propinas movimentou 314 milhões de euros. O enxame comercial espalhou-1e com o silêncio da cumplicidade através de tentáculos financeiros no Panamá, Áustria, Suíça, Portugal e Antígua e Barbuda.

Uma das duas empresas utilizadas pela Odebrecht para pagar subornos, constituída em 2005 em Antígua e Barbuda, é a Klienfeld Services Ltd. Foi listada como proprietária de uma conta na ABP que recebeu pagamentos de 237 milhões de euros. A segunda empresa inativa que a Odebrecht usou para comprar a vontade dos políticos – o Grupo Aeon do Panamá – foi usada para abrir uma conta na BPA que arrecadou mais de 71 milhões de euros. E o total manipulado assim chegou a 314 milhões de euros.

Por meio de transferências internas, sistema que não deixa rastros, a Odebrecht enviou o dinheiro para contas no mesmo banco que foram abertas pela construtora para políticos, funcionários e empresários envolvidos nas premiações.

PRESTAÇÃO DE SERVIÇOS – Para mascarar estas transações, os pagamentos foram disfarçados como alegados pagamentos por serviços inexistentes. E o dinheiro posteriormente foi parar em contas criptografadas ou estabelecidas em nome de empresas panamenhas. Um modelo desenhado com precisão para não levantar suspeitas.

A lista dos premiados pelas comissões ilegais da Odebrecht através de Andorra inclui Demetrio Papadimitriu, que foi ministro e gestor de campanha do ex-presidente panamenho Ricardo Martinelli (2009-2014). A construtora pagou aos pais de Papadimitriu – pelo menos – 2,1 milhões de euros, conforme revela El Pais.

Lecksey Mosquera, ex-ministro da Energia Elétrica do Equador durante o mandato de Rafael Correa (2007-2017), arrecadou um milhão e euros da Odebrecht no BPA com uma conta aberta em nome de uma empresa fantasma.

SUICÍDIO NO PERU – Alguns empresários e altos funcionários do segundo mandato presidencial do peruano Alan García (2006-2011) também foram agraciados com a generosidade da construtora, e o político se suicidou com um tiro em 2019, quando ia ser preso em sua casa em Lima por seu relacionamento com a Odebrecht.

O ex-deputado do Partido Popular Cristão (PPC) Jorge Horacio Canepa Torre recebeu 1,2 milhões do gigante brasileiro. A mesma quantia que embolsou o ex-presidente da Comissão de Concurso dos trechos 1 e 2 do metro de Lima.

O ex-funcionário do Ministério dos Transportes e Licitações (MTC) do Peru Santiago Chau Novoa, por sua vez, recebeu pouco menos de meio milhão de euros. E o ex-vice-presidente da estatal Petróleos de Perú arrecadou 1,1 milhão de euros no país europeu em uma conta que compartilhou com o filho.

MUITA DIFERENÇA – Caramba, vejam como as coisas mudam de uma hora para outra. Existe uma diferença enorme entre a macrojustiça brasileira, proporcionalmente a mais cara do mundo, e a microjustiça do principado de Andorra, um dos menores países do mundo, cujo território representa um terço da área urbana de Juiz de Fora.

E a diferença é que lá os magistrados fazem questão de mostrar que têm hombridade, não se envolvem com políticos nem com empresários, não interpretam as leis, a seu bel prazer, de acordo com as partes envolvidas. Detalhe importante: não há milionários em Andorra, toda a população é classe média.

São 77 mil habitantes, apenas, que recebem cerca de 10 milhões de turistas por ano, alojados em pequenos hotéis e pousadas, enquanto o gigantesco Brasil mal consegue passar de 7 milhões.

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P.S. –
Por fim, em Andorra não há penduricalhos para os juízes. Eles não precisam de mordomias nem carros de chapa branca para cumprir de forma exemplar suas obrigações funcionais. (C.N.)

Não se surpreendam quando as pesquisas indicarem Tarcísio como favorito em 2026

Em aceno a evangélicos, Caiado e Tarcísio adotam 'script religioso' na Marcha para Jesus - Estadão

Tarcísio prega para evangélicos na Marcha para Jesus

Carlos Newton

Política é uma atividade em que geralmente se trabalha a longo prazo, arando a terra e semeando, para colher depois. É claro que há todo tipo de político, como o tal ex-coach Pablo Marçal, que plantou apenas em benefício próprio, enriqueceu aplicando golpes em pessoas desprotegidas, depois conquistou um número enorme de admiradores nas redes sociais e se lançou numa aventura eleitoral que quase deu certo.

Antes de Marçal aparecer, também em São Paulo tivemos o exemplo de João Doria, que fez dupla carreira, desde os tempos da TV Manchete, plantando sua imagem como apresentador de televisão e líder empresarial, tendo colhido tanto apoio que foi eleito prefeito, depois governador e quase chega à Presidência da República, mas foi prejudicado pelo fenômeno Jair Bolsonaro e nem conseguiu se candidatar em 2022.

 ANTECIPAÇÃO – Agora, discute-se cada vez maia abertamente a próxima eleição presidencial, cujo debate foi antecipado pelo próprio Lula da Silva, que se lançou candidato ainda no primeiro ano de governo, em 2023. Na época, foi aos Estados Unidos, encontrou-se com o presidente Joe Biden, que lhe disse que seria candidato à reeleição aos 81 anos, praticamente a mesma idade que Lula terá na eleição de 2026. Voltou de lá encantado com a possibilidade e foi logo lançando sua futura candidatura.

Biden descobriu que está com a validade vencida e foi obrigado a desistir, mas essa bola fora não desestimulou Lula, que insiste em tentar a reeleição com 81 anos, criando uma fila de candidatos interessados em ser vice na chapa dele…

Até aqui, tudo bem. Mas o futuro a Deus pertence e há outros candidatos à Presidência. Os principais são Jair Bolsonaro (PL-RJ), Tarcísio Freitas (Republicanos-SP), Romeu Zema (Novo-MG), Ratinho Júnior (PSD-PR), Ronaldo Caiado (União-GO) e Ciro Nogueira (PP-PI), que acaba de mandar fazer pesquisa sobre seu nome confrontando Lula.

CAIR NA REAL – Sonhar ainda não é proibido nem paga imposto. Quando todos caírem na real, perceberão que o mais forte opositor de Lula é Tarcísio de Freitas. Depois de trabalhar com Dilma Rousseff, Michel Temer e Jair Bolsonaro, o carioca/paulista Tarcísio tem a Presidência como meta.

Em 2022, quando Bolsonaro insistiu que se candidatasse ao governo de São Paulo, tudo indicava que Tarcísio entraria no PL. Mas ele surpreendeu a todos, filiando-se a um partido pequeno, o Republicanos, numa manobra verdadeiramente magistral. O presidente do PL agora insiste em convidá-lo, mas Tarcísio não vai entrar no partido de Bolsonaro.

Hoje, suas chances na eleição presidencial são enormes, justamente porque é o único candidato filiado a um partido evangélico, pois o Republicanos é ligado à Igreja Universal do Reino de Deus, e seu presidente, deputado Marcos Pereira, é um bispo da igreja. Com 567 mil filiados, em julho de 2024 já era o 11º maior do país. Na eleição deste ano, foi o sexto colocado e elegeu 436 prefeitos, dando um baile no PT.

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P.S. 1
O pastor Malafaia, da Assembleia de Deus Vitória em Cristo, já mostrou que está com Tarcísio de Freitas e não abre. Ou seja, tudo indica que a era de Lula e do PT está prestes a desmoronar, e o caminho está sendo atapetado pelos evangélicos para eleger um católico, que desde o ano passado é ativo participante das Marchas para Jesus, organizadas em São Paulo pelos evangélicos.

P.S. 2 – O discurso do governador paulista na última Marcha para Jesus não foi a atração principal, mas agradou a base evangélica. “Está pregando melhor que muito pastor”, disse o apóstolo Estevam Hernandes, líder da Igreja Apostólica Renascer em Cristo, após a apresentação de Tarcísio. (C.N.)

Acabado o segundo turno, a reeleição de 2026 concentrará o debate político

Lula completa 78 anos, mas não é o mais velho a presidir o Brasil - TV Pampa

Lula quer superar Biden como o presidente mais velho

Carlos Newton

A sucessão de Lula da Silva em 2026 já está nas ruas e vai ser o grande assunto daqui para a frente, porque o antipetismo (ou antilulismo, são a mesma coisa) é um sentimento irrepresável, uma espécie de tsunami político que não se consegue deter.

Será uma das mais importantes eleições de nossa História, porque em qualquer hipótese representará o fim de uma fase altamente contraditória – a era Lula.

SAIU NA FRENTE – Faltando apenas dois anos para os capítulos finais, o único candidato já declarado é justamente Lula, que pretende se tornar o mais velho político eleito para presidir uma nação democrática.

Aos 79 anos, que completa no próximo dia 27, o criador do PT sonha em ser candidato chegando aos 81 anos, na mesma idade que obrigou o presidente americano Joe Biden a abandonar a candidatura este ano, por não ter mínimas condições para continuar.

Aliás, sempre que aparece na televisão, Biden dá impressão de estar sob efeito de medicamentos. 

FORA DE SI – O presidente dos EUA raciocina com dificuldade, praticamente tudo o que diz é redigido pela assessoria da Casa Branca, e ele apenas lê aqueles textos nos teleprompters de vidro transparente, que não visíveis para o público dos eventos.

Compreensivelmente, o presidente americano tem sido poupado ao máximo e raramente é visto em público. Mas o tempo não para, diz a famosa canção que Cazuza compôs com meu amigo Arnaldo Brandão.

No caso de Joe Biden, realmente o tempo foi implacável e pode ser também para Lula, que não é nenhum exemplo de “mens sana in corpore sano” (mente sã em corpo sadio), pois já foi submetido a três cirurgias de importância e fala cada vez mais disparates, é impressionante, parece movido a energéticos.

SONHO DE LULA – Além de Lula ser teimoso como uma porta, sua vaidade não tem limites e ele tenta justificar a ambição dizendo que sonha em salvar o PT da derrocada.

Assim, já é certo que será candidato, talvez com Fernando Haddad de vice, único nome capaz de manter íntegro o petismo durante algum tempo, caso o inesperado faça uma surpresa, diria o cantor Johnny Alf.

Como sempre, em 2026 haverá muitos outros candidatos, aqueles que se inscrevem apenas para ter 15 minutos de fama. Candidaturas reais e com chances de enfrentar Lula serão poucas. É claro que Jair Bolsonaro estará representando o PL, caso seja anistiado e não haja novas condenações em outros inquéritos.

POSSIBILIDADE – Se Bolsonaro for candidato, pode até favorecer nova vitória de Lula, caso a economia esteja bem, porque nesse caso Tarcísio de Freitas cederá a vez e tentará a reeleição como governador paulista, o que muda tudo.

No entanto, se Bolsonaro não puder se candidatar, o nome de Tarcísio de Freitas cresce de tal maneira que pode se tornar favorito, especialmente se trouxer Ciro Gomes ou Simone Tebet de vice-presidente

Bem, trata-se de uma análise faltando dois anos para a eleição. Como diz Pepeu Gomes, “a noite vai ter lua cheia, tudo pode acontecer”. Em política, então, sempre sobram surpresas.

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P.S. –
Parece que dois anos representam pouco tempo, mas podem mudar a vida dos brasileiros, se algum dia aprendermos a votar.  (C.N.)

Malafaia tem razão! Bolsonaro mostra ser uma porcaria de líder nesta eleição

Bolsonaro diz não acreditar que Adélio Bispo agiu sozinho | Brasil | Pleno.News

Envelhecido e apático, Bolsanaro parece estar aposentado

Carlos Newton

O destrambelhado e incontido pastor Silas Malafaia errou feio ao desmoralizar publicamente seu amigo Jair Bolsonaro, mas não há dúvida de que está cheio de razão. No caso, não se pode sequer argumentar que certas críticas deveriam ter sido feitas pessoalmente, em particular, como disse um dos filhos de Bolsonaro, ao falar em “roupa suja se lava em casa”, porque foi exatamente isso que o líder da Assembleia de Deus Vitória em Cristo tentou fazer, inutilmente.

É preciso lembrar que Malafaia mandou mais de 30 mensagens por WhatsApp, mas o amigo Bolsonaro nem se deu ao trabalho de responder. Foi uma temeridade do ex-presidente, que agora está pagando caro por esnobar o pastor. Nem é preciso conhecer Malafaia para saber que ele tem pavio curtíssimo e jamais aceitaria passivamente esse tipo de descortesia.

HIPOCRISIA – É claro que nenhuma amizade resiste a um desentendimento de tal proporção. Como dizia Roberto Carlos, daqui para a frente, tudo vai ser diferente. Embora o pastor tenha dito que tudo está superado e ele até pode fazer campanha para Bolsonaro, é claro que isso seria uma hipocrisia inaceitável de ambos os lados.

Em tradução simultânea, é claro que Malafaia está costeando o alambrado que Leonel Brizola mencionava, e até já encontrou uma abertura, que o próprio líder evangélico citou, ao tecer altos elogios ao governador paulista Tarcísio de Freitas, que não atendeu à recomendação de Bolsonaro sobre a possibilidade de dividir seu apoio entre Ricardo Nunes e Pablo Marçal.

Com muita habilidade, Tarcísio deu uma volta em Bolsonaro e mergulhou na campanha de reeleição do prefeito de São Paulo, que conseguiu surpreender ao chegar na frente, e agora as pesquisas já apontam sua vitória com 55% dos votos.

PORCARIA DE LÍDER – Malafaia tem razão em considerar Bolsonaro uma “porcaria de líder”. Embora seja pago para isso, o ex-presidente não pretende mergulhar na campanha do segundo turno. Até agora sua agenda só registra um dia em São Paulo, para prestigiar Nunes, e mais um dia em Belo Horizonte, para apoiar Bruno Engler (PL).

Já dissemos aqui na Tribuna que essa falta de disposição para a guerra mostra que Ernesto Geisel estava certo, quando afirmou ao jornalista Elio Gaspari que o capitão Bolsonaro era “um mau militar”. Agora, tornou-se também mau político.

Não lidera nada, embora seja pago pelo partido, junto com sua mulher Michelle, com R$ 45 mil mensais cada um, que vêm se somar às duas aposentadorias como deputado e militar, à renda dos alugueis dos quase R$ 20 milhões que tem em imóveis e ao rendimento dos R$ 17,2 milhões que recebeu do público em Pix, para pagar advogados, e que já estão chegando a R$ 19 milhões, uma bola de neve financeira. Como dizia Vinicius de Moraes, que maravilha viver!

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P.S.
Com tanta grana e tanta falta de garra política, Bolsonaro pode estar se aposentando antes da hora. Parece que a inelegibilidade levou o ex-presidente a uma antecipada brochura, digamos assim, embora ele continue fingindo uma disposição que não se vê na vida real. “Que porcaria de líder é esse?”, perguntou Silas Malafaia, mas ninguém consegue responder. (C.N.)