Escândalo de corrupção na COP30 foi esquematizado dentro do Planalto

Baiano Rodrigo Rossi assume direção geral da OEI Brasil

Ligado a Rui Costa, o advogado Rodrigo Rossi dirige a OIE

Carlos Newton

Estava demorando, mas acabou aparecendo. Depois de dois governos envolvidos em corrupção, o presidente Lula da Silva caminhava para levar  sua terceira gestão até o final sem que, até agora, nenhum grave caso de improbidade administrativa tivesse atingido o Planalto.

Houve denúncias concretas sobre alguns ministros, principalmente Juscelino Filho, das Comunicações, envolvido em desvios de emendas parlamentares e outras irregularidades, mas o presidente Lula fez questão de mantê-lo no cargo, alegando que a corrupção deveria ser comprovada pela Justiça. Mas agora mudou tudo, e o novo escândalo petista atinge diretamente o próprio Palácio do Planalto.

CORRUPÇÃO NA COP30 – Depois do mensalão e do petrolão nas gestões anteriores, a corrupção da vez envolve uma obscura entidade, a Organização Internacional dos Estados Iberos- Americanos (OIE), especialista em fechar generosos contratos com autoridades latino-americanas e que já deveria estar atuando desde 12 de dezembro na preparação da COP30, a 30ª Conferência das Nações Unidas sobre Mudança do Clima, a se realizar em Belém de 10 a 25 de novembro.

Assim como nas ocorrências anteriores, desta vez a corrupção também surgiu dentro do Palácio do Planalto. No mensalão, Lula conseguiu escapulir, ao alegar que o esquema teria sido comandado exclusivamente por José Dirceu, chefe da Casa Civil. Mas não se livrou do petrolão, quando foi considerado chefe da maior quadrilha de corrupção já identificada no mundo, acabou condenado em três instância e cumpriu 580 dias de prisão.

Mesmo com esses maus antecedentes, esperava-se que Lula não se envolvesse novamente em corrupção, mas ele não resistiu à tentação.

DENTRO DO PLANALTO – Participaram da assinatura do nebuloso contrato o secretário extraordinário para a COP30 da Casa Civil, Valter Correia, ligado ao ministro Rui Costa; e o diretor da OEI no Brasil, Rodrigo Rossi, um advogado baiano com formação na Universidade de Brasília (UnB) e no Instituto de Direito Privado (IDP), de Gilmar Mendes.

O contrato foi firmado justamente quando já existia preocupação com atraso nas obras da COP30. O governo do Pará estava reivindicando uma injeção de recursos, mas o Planalto fez exatamente o contrário, destinando um total de R$ 487,3 milhões a essa organização internacional ligada ao PT.

Já se passaram 82 dias desde a assinatura do contrato e até agora a tal OIE ainda não fez nada, rigorosamente nada, a não ser embolsar os recursos federais.

###
P.S.
Devido â folga de Carnaval nas redações, apenas a CNN Brasil e a Tribuna da Internet estão cobrindo o vergonhoso caso da corrupção no Planalto. Desta vez, vai ser muito difícil Lula dizer que não sabia de nada, como fez ao denunciar José Dirceu no mensalão. Pode até ser que Lula tente se livrar acusando Rui Costa, mas desta vez a desculpa não vai colar, conforme mostraremos em nossas próximas reportagens, que se basearam na denúncia sensacional do jornalista Caio Junqueira, da CNN na sexta-feira, dia 28. (C.N.)

Moraes responde à ofensiva do governo dos EUA lembrando nossa soberania

Ministros defenderam Moraes de críticas dos EUA

Pedro do Coutto

O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal, respondeu à ofensiva do governo norte-americano e ao Congresso dos EUA contra ações do Judiciário brasileiro. Moraes defendeu a soberania do Brasil e a independência do Poder Judiciário, afirmando que o país não é mais uma colônia e está construindo uma República independente e democrática.

Uma comissão da Câmara dos Estados Unidos aprovou um projeto para barrar Alexandre de Moraes no país, acusando-o de censura. O projeto, chamado de “Sem Censores em Nosso Território”, prevê a proibição de entrada ou deportação de qualquer pessoa considerada um “agente estrangeiro que infrinja o direito de liberdade de expressão ao censurar cidadãos dos Estados Unidos em solo americano”. Além disso, a plataforma de vídeos Rumble e a Trump Media, grupo de comunicação do presidente dos EUA, Donald Trump, apresentaram uma ação contra Moraes, acusando-o de censura. A Justiça dos EUA rejeitou a ação.

Moraes afirmou que a alegação de Trump e aliados é infundada, pois ele apenas exige que as redes sociais sigam as regras da legislação brasileira. “Pela soberania do Brasil, pela independência do Poder Judiciário e pela cidadania de todos os brasileiros e brasileiras. Pois deixamos de ser colônia em 7 de setembro de 1822 e, com coragem, estamos construindo uma República independente e cada vez melhor, independente e democrática”, disse Moraes.

O presidente do STF, ministro Luís Roberto Barroso, saiu em defesa de Moraes, afirmando que a tentativa de fazer prevalecer a narrativa dos que apoiaram o golpe fracassado não haverá de prevalecer entre as pessoas verdadeiramente de bem e democratas. “Nós bem sabemos o que tivemos que passar para evitar colapso das instituições e golpe de Estado”, completou Barroso.

O ministro Flávio Dino também reagiu às autoridades dos EUA, afirmando que o Brasil não aceita coerção ou hierarquia entre Estados. Moraes agradeceu a Dino por sua mensagem e convidou-o a visitar a Carolina do Maranhão, onde Dino governou por dois mandatos. A resposta de Moraes e o apoio de outros ministros demonstram a determinação do Judiciário brasileiro em defender a soberania e a independência do país, enfrentando a pressão do governo dos EUA e de outras forças externas. As respostas dos ministros configuram-se como fatos importantes diante das pressões americanas por uma atitude de subserviência que não está no programa do Itamaraty ou do governo Lula.

COP30 torna-se o maior escândalo de corrupção do atual governo Lula

Helder festeja COP30 em Belém: 'Será a COP da nossa gente' – Folha do Progresso – Portal de Noticias , Entretenimento, Videos, Brasil!

Enquanto o governador se vira, os petistas faturam por fora

Carlos Newton

Em boa hora, o jornalista Caio Junqueira, da CNN Brasil, discretamente levantou o véu do maior escândalo de corrupção do governo Lula da Silva, que contratou, por R$ 478,3 milhões, uma organização internacional com sede na Espanha para ser a responsável pela preparação da COP30 em Belém. Trata-se da Organização Internacional dos Estados Ibero-Americanas (OEI).

E não houve processo licitatório, sob alegação de que se trata de uma instituição internacional, nos termos da Lei 14.133/2021. Mas não é bem isso que a lei determina.

O QUE DIZ A LEI – Segundo o artigo 75 desta lei, que trata da hipótese de dispensa para contratações de bens, serviços, obras ou alienações, nos termos de acordo internacional. “é dispensável a licitação: […] IV – para contratação que tenha por objeto: […] b) bens, serviços, alienações ou obras, nos termos de acordo internacional específico aprovado pelo Congresso Nacional, quando as condições ofertadas forem manifestamente vantajosas para a Administração.

E mais: “o acordo deve ser aprovado pelo Congresso Nacional, adquirindo assim, no mínimo, o status de lei ordinária. Ademais, as condições ofertadas devem ser manifestamente vantajosas para a Administração”, diz o Tribunal de Contas da União.

Ou seja, “visando à preparação, organização e realização” da COP30, o governo escolheu discricionariamente a OEI, a altíssimo custo e em cima da hora, para “trabalhar” até 30 de junho de 2026, embora a COP30 esteja marcada para terminar em 25 de novembro de 2025. Então, o que a tal OEI ficará fazendo nos seis últimos meses de contrato?

Além disso, “organizar” não é bem o termo, porque há meses a COP30 está mais do que organizada e com suas obras em execução. Se estão atrasadas, não é a tal OEI que vai resolver…

APENAS COOPERAR – O estranhíssimo contrato foi assinado em 18 dezembro de 2024 e tem por objeto apenas “cooperação entre as partes visando a preparação, organização e realização da COP30 (30ª Conferência das Nações Unidas sobre Mudança do Clima), incluindo a realização de ações administrativas, organizacionais, culturais, educacionais, científicas e técnico-operacionais, em conformidade com o plano de trabalho, consubstanciado no instrumento”.

O documento fede a quilômetros de distância. A tal OIE vai ganhar quase R$ 500 milhões apenas para “cooperar”, sem nenhuma atribuição real? Certamente, trata-se da mais cara “cooperação” da história da ONU, acostumada a fazer macroeventos de todos os tipos nos mais diferentes países.

NA CASA CIVIL – O contrato foi negociado e firmado pela Casa Civil de Lula, comandada pelo petista Rui Costa, ex-governador da Bahia. E foi assinado com o diretor da OEI no Brasil, Rodrigo Rossi, um advogado também baiano com formação na Universidade de Brasília (UnB) e no Instituto de Direito Privado (IDP), de Gilmar Mendes.

Pelo governo, quem assinou foi o petista Valter Correia, secretário extraordinário da Casa Civil responsável pela COP30.

No Planalto e em Belém, todos sabem que a Conferência da ONU está mais do que organizada, não existe nada de importância que possa ser “terceirizado” à tal OEI, para justificar “pagamentos” de quase R$ 100 milhões por mês, configurando o maior escândalo do governo Lula nesta gestão.

###
P.S. 1
Por motivos óbvios, pois a CNN depende de verbas publicitárias federais, o excelente jornalista Caio Junqueira não teve condições de se aprofundar no escândalo, mas nós o faremos, aqui na Tribuna da Internet, que não tem patrocinadores e opera totalmente sob o signo da liberdade.

P.S. 2Estamos levantando outras informações e voltaremos ao instigante assunto neste domingo, dia 2, quando citaremos outras autoridades petistas envolvidas, embora a responsabilidade maior seja mesmo do chefe da Casa Civil, Rui Costa, um dos líderes do grupo que usa a Organização Internacional dos Estados Iberos-Americanos para desviar vultosos recursos públicos, digamos assim. (C.N.)

Time de Lula não joga nada, não adianta trocar jogadores, porque são medíocres

Petistas e amigos festejam Lula livre com futebol e Chico Buarque

Lula quer escalar Chico, mas o cantor está fora de forma 

Vicente Limongi Netto

O treineiro Lula da Silva, do Brasil Lascado e Medíocre Futebol Clube, começou a mudar o time. Pior é impossível. Os jogadores não se entendem, batem cabeça, não levam perigo ao gol bolsonarista. O jogo não empolga. É lento e ruim.  A mediocridade deita e rola em campo

. O árbitro deu cartão amarelo para o treineiro Lula por reclamação. Inconformado, Lula joga o chapéu Panamá no chão.  Bolsonaro, treineiro adversário, xinga o coitado do árbitro, Xandão, todo de preto, com palavrões impublicáveis. Corre o risco de ser expulso e pegar longa suspensão.

Sem muitas opções no banco de reservas, Lula tirou Nisia Andrade, perdida em campo e colocou Alexandre Padilha. A torcida continua vaiando. Repórteres e comentaristas presentes no sol escaldante no Estádio do Palácio do Planalto acreditam que a mudança foi um medonho e patético 6 por meia dúzia. O joguinho está terminando. O público vaia os dois times. Exige o valor do ingresso de volta. Jurando que em 2026 votará certo. 

BEM LEMBRADO – O Estadão salienta, em editorial do dia 24, que “O Supremo precisa se ajudar”. Lembra que no dia seguinte que recebeu a denúncia contra Bolsonaro, o STF livrou a cara de Antônio Palocci, “outro petista graúdo, corrupto confesso, apanhado na Operação Lava-jato”.

O editorial observa, com inteira razão, diante de um povo humilhado, ultrajado, roubado e insultado com tantas patifarias e ordinarices: “Assim fica difícil acreditar na imparcialidade do tribunal”. 

Por fim, uma pergunta pertinente. Quando o escritor Marcelo Paiva ingressará na Academia Brasileira de Letras (ABL)? Honrará o fardão, na Casa fundada por Machado de Assis.

Pesquisa Quaest: Governadores de 6 Estados têm aprovação acima de 60%

Reprovação de Lula dispara em PE e BA e ultrapassa 60% em SP, RJ, MG

Rio que te quero Rio, especialmente em época de Carnaval

Carnaval 2023 no Rio: blocos de rua hoje; domingo, 19 de fevereiro | Exame

É impossível não gostar do carnaval no Rio de Janeiro

Vicente Limongi Netto

Alguns dias no Rio de Janeiro abrandaram minha alma, iluminaram meu coração. Jogamos no mar as cinzas da minha amada mulher, como era desejo dela. Despedida não existe. Wrilene continua viva, do meu lado. Cuidando dos meus passos. Zelando pelas nossas filhas e netos.

Fui criado no Rio. Gosto da cidade. Desgostar do Rio de Janeiro é impossível. Nota de 3 reais. Nada abala as belezas da inigualável cidade maravilhosa. A brisa do mar enfeitiça. O carioca não se abate com pouco. Tira das profundezas dos problemas e mágoas a alegria de viver. Sensibiliza os visitantes.

É CARNAVAL – Os ventos do carnaval dominam a cidade. O Cristo Redentor abençoa a festança. Praias, hotéis, botecos, ruas, avenidas, restaurantes cheios, sol forte, tomam conta da animação.

O povo está precisando de alegria. Deixar por alguns dias o círculo vicioso de tragédias, ladroagem, mendicância, desemprego, insegurança, maldade, intolerância.  A receita é entregar a vida ao carnaval. Válvula de escape do brasileiro. Como o futebol.

O script é sair da bolha da tristeza e sambar, cantar, gritar, pular, abraçar, beijar. Beber como se fosse a última vez. Sem pensar nas cinzas da quarta-feira. Porque viver é cultivar amor, amizade, esperança, fraternidade, união e solidariedade.

Na praça, um domingo que não existe mais, para o poeta Mauro Mota

Tribuna da Internet | Category | Paulo Peres | Page 7Paulo Peres
Poemas & Canções

O advogado, jornalista, professor, memorialista, cronista, ensaísta e poeta pernambucano Mauro Ramos da Mota e Albuquerque (1911-1984) , membro da Academia Brasileira de Letras, tenta festejar na praça um domingo que não existe mais.  

DOMINGO NA PRAÇA
Mauro Mota

Na praça, este domingo
não é de hoje: é antigo.

O banco, o lago, a relva
para onde é que me levam?
Ai, dezembro de acácias,
esta praça não passa.

E essa gente depressa
(a moça e a bicicleta)
passa para deixar-se
um pouco nesta tarde.

Ai, dezembro de acácias,
este cheiro, esta música…
Sou, domingo na praça,
um momento o que fui.

Substituição de Nísia Andrade torna-se novo episódio de desgaste para Lula

Nísia busca apoio do PT para evitar demissão da pasta

Pedro do Coutto

A substituição da ministra Nísia Trindade no Ministério da Saúde transformou-se num episódio de desgaste para o presidente Lula da Silva. Anunciada no final da semana que passou, a movimentação sobre o cargo refletiu-se num processo de mais uma preocupação para o Planalto.

Com sua demissão dada como certa por aliados do presidente Lula, a ministra acenou politicamente no último sábado. Mesmo alvo de frituras, Nísia compareceu ao ato de aniversário de 45 anos do PT, partido do qual não é filiada. Por ser uma pasta estratégica, o ministério sempre foi alvo de desejo dos partidos, enquanto a ministra sempre representou uma indicação técnica e não política.

AGENDA – Foi o segundo dia consecutivo de Nísia próxima ao PT, já que no dia anterior, ela participou de agenda em Maringá (PR) ao lado do deputado federal Zeca Dirceu.

Na ocasião, em entrevista à afiliada da rádio CBN, ela negou sua saída. O ato da ministra Nísia Trindade, que surpreendentemente buscou apoio junto ao PT para permanecer no cargo, tornou ainda mais delicada a sua substituição pelo senador Alexandre Padilha, contribuindo para mais uma fator de desequilíbrio para Lula na medida em que deixa claro a resistência em torno de uma possível manutenção do quadro que vem acentuar que as iniciativas do presidente da República compreendidas na realidade podem não se efetivar se a maioria da legenda não desejar.

Não é só uma questão de maioria, mas de uma parcela de poder do partido capaz de barrar a nomeação de um ministério. O fato demonstra que Lula é prisioneiro de seu próprio esquema partidário, já que colocou Nísia Andrade no cargo e agora encontra dificuldade de substituí-la.

O comportamento geral do brasileiro, no protesto de Gonzaguinha

Completam-se 30 anos, nesta quinta, da morte de Gonzaguinha em acidente -  Diário do Poder

Um abraço do Gonzagão no Gonzaguinha

Paulo Peres
Poemas & Canções

O economista, cantor e compositor carioca Luiz Gonzaga do Nascimento Junior (1945-1991) , mais conhecido como Gonzaguinha é, sem dúvida, um dos maiores talentos da Música Brasileira em seus diversos estilos populares. Sua obra teve, inicialmente, como característica sua postura de crítica à ditadura militar, conforme mostra a letra da música “Comportamento Geral”, gravada no LP Luiz Gonzaga Junior (Gonzaguinha), em 1973, pela Odeon.

COMPORTAMENTO GERAL
Gonzaguinha

Você deve notar que não tem mais tutu
e dizer que não está preocupado
Você deve lutar pela xepa da feira
e dizer que está recompensado
Você deve estampar sempre um ar de alegria
e dizer: tudo tem melhorado
Você deve rezar pelo bem do patrão
e esquecer que está desempregado

Você merece, você merece
Tudo vai bem, tudo legal
Cerveja, samba, e amanhã, seu Zé
Se acabarem com o teu Carnaval?

Você deve aprender a baixar a cabeça
E dizer sempre: “Muito obrigado”
São palavras que ainda te deixam dizer
Por ser homem bem disciplinado
Deve pois só fazer pelo bem da Nação
Tudo aquilo que for ordenado
Pra ganhar um Fuscão no juízo final
E diploma de bem comportado

Você merece, você merece
Tudo vai bem, tudo legal
Cerveja, samba, e amanhã, seu Zé
Se acabarem com o teu Carnaval?

Você merece, você merece
Tudo vai bem, tudo legal

E um Fuscão no juízo final
Você merece, você merece

E diploma de bem comportado
Você merece, você merece

Esqueça que está desempregado
Você merece, você merece

Tudo vai bem, tudo legal

Quase todos os petistas e eleitores de Lula não sabem na verdade quem ele é…

Quem era o Lula preso em 1980

Lula foi preso em 1980 com intuito de se fortalecer como sindicalista

Paulo Peres

Não podemos esquecer que a quase totalidade dos petistas e dos eleitores do PT não sabem quem é o verdadeiro Lula da Silva, que é tido como um líder esquerdista. No entanto, aqui na Tribuna da Internet, nós conhecemos a verdadeira versão da trajetória do criador do PT, através desse artigo de Antonio Santos Aquino, que foi apagado dos arquivos de nosso Blog. Mas tomei o cuidado de fazer uma cópia, para que possamos republicá-lo.

Aquino é oficial da Marinha, ligado ao almirante-de-esquadra Júlio de Sá Bierrenbach. da ala legalista das Forças Armadas, que jamais aceitaram a ditadura militar.

Leiam esse relato histórico de um brasileiro de verdade. 

###
LULA É UM PRODUTO CRIADO PELO REGIME MILITAR
Antonio Santos Aquino (Tribuna da Internet)

Poucos sabem que Luiz Inacio Lula da Silva é produto pronto e acabado da Revolução (golpe de 1964). Foi protegido desde que os irmãos Villares, empresários do ramo metalúrgico naval, o apresentaram como sindicalista confiável aos militares. Desde então foi protegido pelo general Golbery do Couto e Silva, ideólogo da Revolução de 1964.

Lula fez curso numa escola paga pelos americanos em 1963 em São Paulo, para formar líderes sindicais. Em 1972/73 foi para os Estados Unidos tomar aulas de “sindicalismo” na central sindical AFL-CIO e na Johns Hopkins University.

BRIZOLA DE VOLTA – Lula foi preparado para se contrapor a Leonel Brizola que voltava do exílio depois de 15 anos e ainda metia medo aos militares com a tal “República Sindicalista” que nunca existiu e nunca foi cogitada. Foi até um pretexto para o golpe planejado nos Estados Unidos em 1964 (isso é conhecido e provado).

Lula deve saber alguma coisa dos militares e muitas coisas pesadas de políticos, corrupção e crimes, inclusive.

Já ouvi falar nisso ao jogar “dama” com outros cascudos como eu, na Praça Cruz Vermelha, e que têm filhos que exercem funções de destaque no governo, inclusive oficiais das Forças Armadas. Não são daquela época, mas ouvem muitas coisas e relatam aos pais.

PERGUNTEM POR ELE – O que sei é que Lula é um líder fabricado para enfrentar Brizola e impedir a volta do trabalhismo, uma linha ideológica brasileira que nada tem de comunismo. Aliás, o próprio Lula e o PT também nem sabem o que significa comunismo. No partido, o que tem de pilantras e bandidos que comeram do fruto proibido e estão posando de vestais é impensável.

Perguntem quem é Lula ao José Sarney, ao filho de Tuma, ao ministro aposentado Almir Pazzianoto e ao representante da Volkswagen na Anfavea (Associação Nacional de Fabricantes de Veículos Automotores0, Mário Garneiro, a jornalistas e historiadores que escreveram livros sobre ele, como José Nêumanne, Marco Antonio Villa, Felipe Recondo e Ivo Patarra.

Há quem diga que Lula e o PT são comunistas, mas isso representa a maior ignorância. É coisa de analfabeto político.

Haddad diz que ‘não existe ajuste fiscal possível’ se a economia não crescer

Fernando Haddad defendeu a regra de controle de gastos

Pedro do Coutto

O ministro Fernando Haddad confirmou na tarde de ontem que o ajuste fiscal não é viável se a economia não crescer. Em crítica aos governos anteriores, dos presidentes Michel Temer e Jair Bolsonaro, o ministro afirmou que o Brasil não cresceu e teve recorde de déficit fiscal, apesar da regra do teto que previa o congelamento, em termos reais, das despesas públicas.

Haddad considerou que sempre é difícil corrigir o desequilíbrio das contas públicas, e que o governo, seguindo a determinação do presidente Lula da Silva, está buscando um orçamento mais equilibrado sem penalizar a população mais pobre. Ele lembrou que o arcabouço fiscal, implementado pelo atual governo, prevê piso para investimentos públicos.

LEI FISCAL – “Não tenho lembrança de uma lei fiscal que tenha estabelecido um piso a investimentos”, declarou o ministro, ao dizer que o nível mínimo de investimentos parte da ideia de que, se o Brasil não crescer, não existe ajuste fiscal possível.

No último ano, foi necessário anunciar medidas para acomodar as despesas dentro dos limites do arcabouço. Mesmo assim, o país bateu recorde de investimentos em infraestrutura. “Isso foi fruto de um trabalho que liberou recursos dentro de uma arquitetura sólida que permitiu ao País crescer 7% em dois anos”, destacou Haddad.

No fundo da questão, não adianta ter boa intenção quando um governo não promove crescimento e, ao mesmo tempo, cria uma meta fiscal que só é compatível com a dinâmica de expansão da atividade econômica. A declaração do ministro vai mudar a posição do governo, pois evidentemente teve a aprovação do presidente Lula da Silva.

Essa ascensão da direita radical é um sinal dos tempos, que devemos evitar

Esquerdas sobem na opinião pública; e a direita recua - por Pedro do Coutto - Tribuna da Imprensa Livre

Charge do Duke (Rádio Itatiaia)

Roberto Nascimento

Tem um grupo aí que está aloprando. São as viúvas de Bolsonaro, que apostam na guerra, no confronto, na falta de civilidade. Os bolsonaristas estão dispostos a tudo para voltar ao Poder para barbarizar o governo, conforme Trump está fazendo nos EUA, já enfrentando resistências dos arrependidos, que deram a vitória ao ogro topetudo.

É um sinal dos tempos, pois regimes de esquerda e de centro estão perdendo as eleições por conta de problemas da imigração e da carestia no setor de alimentos.

BIDEN É EXEMPLO – Nos Estados Unidos, Joe Biden deportava mais imigrantes ilegais do que Trump está fazendo. Mesmo assim, os democratas perderam a eleição por causa da carestia, porque a Economia americana ia bem e o desemprego atingiu seus índices mais baixos desde o governo Bush.

O premier alemão Olaf Scholz perdeu as eleições deste domingo na Alemanha, por causa da recessão econômica há dois anos, com inflação no setor de alimentos e desemprego crescente.

Principal problema foi a alta dos altos preços do gás importado. A Alemanha comprava gás da Rússia, muito barato, mas as sanções ao regime de Vladimir Putin, por causa da invasão à Ucrânia, proibiram a importação.

ALTA DOS PREÇOS – A coalizão da democracia cristã de direita venceu a eleição, e a extrema direita, próxima ao nazismo, ficou em segundo lugar. O partido do premier de esquerda, chegou em terceiro, mas pode compor o governo.

A oposição tanto lá como cá e principalmente aqui, tem explorado nas redes sociais a alta dos preços dos alimentos.

Essa lógica irracional se reflete nas pesquisas de opinião, a qual o governo não está preparado para rebater, porque a oposição nesse campo tem um preparo melhor e usa a rede de pastores evangélicos bolsonaristas para agirem nos púlpitos das Igrejas e nas lives, dia sim dia não.

PAPEL DE IMITAÇÃO – Acho que os brasileiros querem imitar o povo norte-americano. Observem bem, porque é uma tragédia anunciada. Aquele que posa de salvador da pátria nos Estados Unidos age insanamente, não tem limites em seu prazer de semear o medo. Ninguém sabe o que pode acontecer por lá.

Aqui no Brasil, a queda do governo nas pesquisas é um reflexo da alta dos alimentos. Perguntei a um feirante no sábado, qual a razão dos preços absurdos do mamão?

Resposta: as chuvas torrenciais de Linhares (ES) derrubaram a produção da fruta. Linhares é o maior produtor de mamão.

CALOR INTENSO – Fui na barraca do ovo, fiz a mesma pergunta. Por que dobrou o preço? Resposta: o calor intenso fez cair a qualidade do ovo e aumentou a mortalidade das galinhas de 2 por cento para 8 por cento.

Os produtores, ao investir em climatização nas granjas, vão tentar reduzir os danos. Mas, o custo da eletricidade será repassado. E o forno nacional deste verão também prejudicou a cultura do café, que já passa de R$ 30 nos supermercados.

COMO SOLUCIONAR? – E aí, minha irmã e meu irmão, qual o antídoto para solução desses problemas?

Com a palavra, o PT e o governo de coalizão, nesse semipresidencialismo envergonhado, que os parlamentares dominam com suas emendas PIX individuais, de comissão e de bancada. É muito dinheiro na mão de suas excelências.

Com isso, votar leis do interesse do país ficou em segundo plano. E o governo no momento se perde numa disputa interna pelo espólio do líder Lula da Silva, que dá sinais de exaustão.

A saudade eterna dos sambistas Nelson Cavaquinho e Guilherme de Brito

NOSSA BRASILIDADE | » João Bosco canta “Minha Festa” de Nelson Cavaquinho e  Guilherme de Brito

Guilherme de Brito e Nelson Cavaquinho

Paulo Peres
Poemas & Canções

O pintor, escultor, cantor e compositor carioca Guilherme de Brito Bollhorst (1922-2006), na letra de “Quando Eu Me Chamar Saudade”, parceria com Nelson Cavaquinho, pede aos amigos que façam tudo quanto quiserem fazer por ele, somente enquanto estiver vivo. Este samba foi gravado por Nora Ney no LP “Tire Seu Sorriso Do Caminho, Que Eu Quero Passar Com A Minha Dor”, em 1972, pela Som Livre.

QUANDO EU ME CHAMAR SAUDADE
Nelson Cavaquinho e Guilherme de Brito

Sei que amanhã
Quando eu morrer
Os meus amigos vão dizer
Que eu tinha um bom coração
Alguns até hão de chorar
E querer me homenagear
Fazendo de ouro um violão

Mas depois que o tempo passar
Sei que ninguém vai se lembrar
Que eu fui embora
Por isso é que eu penso assim
Se alguém quiser fazer por mim
Que faça agora

Me dê as flores em vida
O carinho
A mão amiga
Para aliviar meus ais
Depois que eu me chamar saudade
Não preciso de vaidade
Quero preces e nada mais

Custo de vida mina popularidade de Lula, que tenta reeleição

Mercado se mostra inquieto diante das expectativas não concretizadas

Pedro do Coutto

O presidente Lula volta-se a combater o custo de vida que está minando a sua popularidade. Os fatos mostram que não há marqueteiro que seja capaz de mudar a opinião dos que têm que adquirir os alimentos do dia a dia com os preços que mudam para cima toda semana.

Desde que Lula assumiu a Presidência da República pela terceira vez, o mercado se mostra inquieto, já que muitas das suas declarações têm ido na contramão do ordenamento esperado pelas instituições financeiras nacionais e internacionais. Ataques às taxas de juros praticadas pelo Banco Central e críticas ao teto de gastos, por exemplo, inflamam os ânimos.

INFLAÇÃO – Hoje, diante de um cenário de alta nos alimentos, nos combustíveis e nas taxas de juro, a popularidade do presidente cai, junto com o poder de compra do cidadão médio. Apesar disso, sinais controversos povoam a cena: recorde de emprego e PIB crescendo acima do esperado.

Apesar de não se ter em nenhum horizonte a questão da recessão, a falta de compromisso fiscal do governo se coloca como um problema.   Um orçamento cada vez mais comprometido e uma dívida PIB crescente são reflexos desse confronto entre a política fiscal e a monetária.  Mesmo com a condução positiva da Reforma Tributária, oss efeitos dessas mudanças só deverão ser sentidos de forma mais concreta a longo prazo.

Entretanto, o descompasso entre a atuação do Banco Central, que busca controlar a inflação através da alta na taxa de juros, e do Governo Federal, que não se compromete com controle de gastos, são um obstáculo nessa gestão. O fato do ministro da Fazenda ter relativizado a inflação entre 4 e 5%, enquanto a meta é de 3%, ficou muito ruim. A mensagem acaba sendo de leniência com relação à inflação.

DÍVIDA – As medidas sociais propostas pelo governo com um orçamento consideravelmente engessado agravam ainda mais nesse cenário. A verba que possibilita adoção de medidas como a isenção do Imposto de Renda para quem ganha até R$ 5 mil deve pesar ainda mais o orçamento e reforçar a dívida do governo.

O governo precisa traçar metas imediatas para contornar a situação atual e os confrontos que enfrenta para mudar o cenário no qual se encontra. Caso contrário, não haverá, conforme dito, marqueteiro que dê jeito ou mude a opinião da população que enfrenta em seu dia a dia a realidade dos fatos.

Bolsonaro merece punição, mas há acusações inconsistentes e levianas

Paulo Gonet, agora novo indicado à PGR, durante sessão do TSE

Denúncia de Gonet é um vexame, em termos jurídicos

Carlos Newton

A denúncia contra os líderes e participantes do golpe, assinada pelo procurador-geral Paulo Gonet, é uma lição de Direito ao contrário. O texto deveria ser distribuído em todas as faculdades do país, para que professores e universitários entendam como pode ser manipulado um relatório da Polícia Federal, para justificar previamente uma condenação, antes mesmo de o processo ser iniciado, e como também pode ser manipulada uma denúncia.

No caso, o próprio relatório tinha sido maquiado pela força-tarefa do ministro Alexandre de Moraes, comandada pelo delegado federal Flávio Shor, e em seguida o procurador-geral Gonet conseguiu aumentar a dose, ao propor a denúncia dos suspeitos através de “interpretação” dos fatos.

CAUSA OPERÁRIA – Essa deformação das atividades da Polícia Federal e da Procuradoria chegou a tal ponto que revoltou até os empedernidos marxistas do Partido da Causa Operária (PCO).

Os remanescentes do comunismo no Brasil publicaram nesta sexta-feira (dia 21) um editorial em que o PCO faz críticas aprofundadas à denúncia oferecida pela Procuradoria-Geral da República contra o ex-presidente Jair Bolsonaro.

Diz o Partido da Causa Operária que, “entre 2022 e 2024, não houve tanques nas ruas. Não houve a pressão direta de governos estrangeiros. Não houve o aliciamento de grupos armados para desestabilizar o regime. Não houve absolutamente nada que pudesse ser considerado, nem mesmo remotamente, um golpe de Estado”.

MEDIDAS ILEGAIS – Publicado no portal Diário da Causa Operária, o editorial diz que o procurador-geral da República, Paulo Gonet, tomou “medidas repressivas absolutamente ilegais e inconstitucionais” ao denunciar 34 pessoas no inquérito elaborado a partir do relatório da Polícia Federal (PF), que aponta tentativa de golpe de Estado no Brasil.

O editorial do PCO mostra a esculhambação jurídica a que chegamos, a ponto de extremados comunistas saírem em defesa da direita radical.

Esse raciocínio do PCO segue a lição jurídica de Ruy Barbosa (“A lei que protege meu inimigo é a lei que me protegerá”). Bem, se a Polícia Federal e o Supremo não obedecem às leis ao julgar a extrema direita, será muito pior quando decidirem julgar os radicais de esquerda.

PEÇA DE FICÇÃO – O pior é que os comunistas do PCO estão certos. O relatório final da força-tarefa de Moraes, que foi apresentado como sendo de autoria da Polícia Federal, é uma peça de ficção, sem a necessária clareza jurídica.

Reportagem de Tiago Vasconcelos e Rodrigo Vilela, no site “Diário do Poder”, publicada dia 18, antes da apresentação da denúncia de Gonet, já advertia para a imprecisão das acusações da Polícia Federal.

Os repórteres se deram ao trabalho de vasculhar as 884 páginas e identificaram pelo menos 207 condicionantes que enfraquecem o inquérito do golpe, com expressões manipuladoras, como “possível”, “suposto”, “hipotética”, “teria” etc…

ACUSAÇÕES FRACAS – Dizem os repórteres que o impressionante uso de expressões condicionantes ao longo das 884 páginas do relatório final do inquérito do golpe revela insegurança sobre a narrativa oficial. E assinalam:

Palavras como “possível” e suas variantes são vistas 207 vezes no documento. Somente a expressão “possibilidade” pode ser lida 47 vezes. “Teria” ou “teriam”, usadas pelos que não têm certeza sobre a ocorrência de algum fato, aparecem 107 vezes. “Hipótese” ou “hipotética”, 25 significativas vezes.

Além disso, por 25 vezes a PF usou no inquérito “suposta”, “suposto” ou “supostamente”. E “que parece que” ou “ao que parece” surgem três vezes.

E TEM MAIS – Há trechos com Cid dizendo que não estava na reunião, mas “acredita” que eles discutiram o assassinato de Moraes…

Por óbvio, é preciso ficar claro que em relatórios e denúncias não são usadas expressões como supostamente, ao que parece, possibilidade, teriam, hipoteticamente, ao que consta, dizia-se – nada disso tem valor jurídico, mas aqui no Brasil a Justiça caiu a esse ponto quando precisou reforçar aquela falsa teoria da “presunção de culpa”, que cassou o mandato do deputado Deltan Dallagnol.

Sabe-se que Bolsonaro é um completo idiota, igual a Lula, e sem a menor condição de presidir a República. Apesar disso, merece um julgamento justo, como qualquer outro cidadão.

###
P.S. 1
Há um trecho da delação mostrando que o golpe era liderado por Braga Netto, que expulsou Mauro Cid de uma reunião, alegando que ele era “muito próximo a Bolsonaro”. Ora, se Bolsonaro fosse líder do golpe, não existiriam informações que ele não pudesse receber, é claro.

P.S. 2 – Existem muitas outras inconsistências. O general Estevam Theóphilo, de quatro estrelas, era membro do Alto Comando e sabia que o Exército não apoiaria o golpe. É uma maluquice achar que ele estaria disposto a desrespeitar a decisão do Alto Comando, que contou com seu próprio voto. São acusações absolutamente levianas, que não fazem sentido. (C.N.)

Um auto-retrato que não se constrói, na poesia de Moacyr Félix

Folha Online - Ilustrada - Poeta Moacyr Félix de Oliveira morre aos 79 anos  no Rio - 26/10/2005

Félix traçou um instigante auto-retrato

Paulo Peres
Poemas & Canções

O editor, escritor e poeta carioca Moacyr Félix de Oliveira (1926-2005) mostra uma estranha aventura em seu poema “Auto-Retrato”.

AUTO-RETRATO
Moacyr Félix

Certa vez,
numa aventura estranha,
fugi do estreito túmulo
em que me estorcia
para uma ampliação sem fim.

Quando voltei
e senti, de novo, ferindo-me,
o peso dos grilhões,
então não mais sabia quem eu era.
E nunca mais soube quem eu sou.
Talvez a sombra triste
de um sonho de poeta.
Talvez a misteriosa alma
de uma estrela a guardar
ainda no profundo cerne
a ilógica saudade
de um passado astral.

Suspensão do Plano Safra abre novo embate entre Lula e o agronegócio

Os vestígios da beleza, marcados na lembrança apaixonada de Bilac

Frases, Mensagens e Poesia on X: "15 Citações de Olavo Bilac: Reflexões  Sobre Amor, Vida e Educação https://t.co/APRTRbEu24  https://t.co/7Jd5AOc6tz" / XPaulo Peres
Poemas e Canções

Neste apaixonado soneto, o jornalista e poeta carioca Olavo Brás Martins dos Guimarães Bilac (1865-1918) vê em seu amor os “vestígios” daquela beleza outrora existente.

VESTÍGIOS
Olavo Bilac

Foram-te os anos consumindo aquela
Beleza outrora viva e hoje perdida…
Porém teu rosto de passada vida
Inda uns vestígios trêmulos revela.

Assim, dos rudes furacões batida,
Velha, exposta aos furores da procela,
Uma árvore de pé, serena e bela,
Inda se ostenta, na floresta erguida.

Raivoso o ,raio a lasca, e a estala, e a fende…
Racha-lhe o tronco anoso… Mas, em cima,
Verde folhagem triunfal se estende.

Mal segura no chão, vacila…Embora!
Inda os ninhos conserva e se reanima
Ao chilrear dos pássaros de outrora…

Bolsonaro corrigiu minuta do golpe e defendeu prisão de Moraes, diz Cid

Documento teria sido redigido pelo ex-assessor Filipe Martins

Pedro do Coutto

Reportagem do Estado de S. Paulo revelou que o tenente-coronel Mauro Cid incluiu em suas declarações que o ex-presidente Jair Bolsonaro corrigiu a chamada “minuta do golpe” e defendeu a prisão do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal. A GloboNews exibiu imagens da delação do ex-ajudante de ordens que fazem parte da investigação sobre uma denúncia de tentativa de golpe de Estado, e que tiveram o sigilo derrubado pelo Supremo.

Durante o depoimento, realizado em agosto de 2023, Cid afirmou que, após a vitória de Lula da Silva nas eleições de 2022, o ex-assessor de Bolsonaro Filipe Martins levou o documento ao Palácio da Alvorada. Cid narrou que a minuta pedia a prisão de ministros da Suprema Corte, do então presidente do Congresso Nacional, Rodrigo Pacheco e a realização de novas eleições.

DOCUMENTO – “Levaram ao presidente no Alvorada um documento que tinha dez considerandos, onde retratava as interferências do Judiciário no Executivo. Era um decreto que no final dava um monte de ordem. Prendia Alexandre de Moraes, os ministros todos, saía prendendo todo mundo. [Acho que] alguns ministros do Supremo, o senador Rodrigo Pacheco, todo mundo que tinha interferido de alguma forma. Decretava novas eleições”, disse Cid.

Segundo o tenente-coronel, Bolsonaro pediu alterações no documento e solicitou ainda que a minuta determinasse apenas a prisão de Moraes e novas eleições. “Basicamente, o presidente corrigiu o documento. Falou: Não, não vai prender ninguém. Só vai prender o Alexandre de Moraes e fazer outra eleição”, citou o militar.

PRESSÃO – O ajudante de ordens também afirmou que, dias depois, Martins levou a minuta corrigida a Bolsonaro. Segundo Cid, o ex-presidente convocou os chefes das Forças Armadas e apresentou o documento a eles. “As conversas foram no sentido de… Primeiro pressionar as Forças Armadas para ver o que estavam achando da conjuntura”, disse.

Ao que tudo indica, Bolsonaro teve, através da delação de Cid, reforçado o seu o papel de grande personagem da trama golpista. A intenção de atentar contra a democracia só não obteve êxito em virtude da resistência de parte dos militares do Alto Comando que se mantiveram firmes diante das ordens do ex-presidente, derrotando assim as ações de todo o sistema bolsonarista que se perdeu no caminho dos fatos.