Lula critica Ibama pela demora em autorizar pesquisas na Margem Equatorial

“Álibi”, a canção de Djavan sobre um amor que era mais que um desejo

Djavan traz 'Vesúvio' para o Recife, em maio - Folha PE

Djavan, grande nome da MPB

Paulo Peres
Poemas & Canções

O cantor, compositor e produtor musical alagoano Djavan Caetano Viana revela na letra de “Álibi” o ser apaixonado e não correspondido, tal como ele gostaria que fosse, inclusive, já não se sacia com força do beijo, mesmo que o sexo seja intenso, frequente e vadio.

A música tornou-se um dos maiores sucessos do cantor e faz parte do LP Djavan Ao Vivo, lançado em 1999, pela Epic/Sony Music.

ÁLIBI
Djavan

Havia mais que um desejo
A força do beijo
Por mais que vadia
Não sacia mais

Meus olhos lacrimejam teu corpo
Exposto à mentira do calor da ira
No afã de um desejo que não contraíra.
No amor, a tortura está por um triz
Mas gente atura e até se mostra feliz

Quando se tem o álibi
De ter nascido ávido
E convivido inválido
Mesmo sem ter havido, havido

Quando se tem o álibi
De ter nascido ávido
E convivido inválido
Mesmo sem ter havido, havido
Havia mais que um desejo

Brasil ‘não entrará em guerra comercial’ por tarifas sobre o aço, diz Padilha

Receita poética de Hilda Hist para curar os ferimentos do tempo

Revista CULT - Hilda Hilst (1930 - 2004) | FacebookPaulo Peres
Poemas & Canções 

A ficcionista, dramaturga, cronista e poeta paulista Hilda Hilst (1930-2004) usa o poema “Penso Linhos e Unguentos”, para os ferimentos que o tempo produz no coração.

PENSO LINHOS E UNGUENTOS
Hilda Hilst

Penso linhos e unguentos
para o coração machucado de tempo.
Penso bilhas e pátios
Pela comoção de contemplá-los.
(E de te ver ali à luz da geometria de teus atos)

Penso-te
Pensando-me em agonia. E não estou.
Estou apenas densa
Recolhendo aroma, passo
O refulgente de ti que me restou.

Inflação abranda, e não há mais justificativa para juros tão elevados

Há um descompasso entre a inflação real e a taxa de juros da economia

Pedro do Coutto

A inflação oficial em janeiro de 2025 recuou para 0,16%, a menor taxa para um mês de janeiro desde o início do Plano Real, em 1994. O INPC, que mede a inflação das famílias com renda de até cinco salários mínimos, não variou (0%). Os resultados não serviram para aplacar a sede do mercado financeiro, ou melhor, a sede de juros altos.

Os analistas financeiros se dividiram, uns vendo baixa nos preços dos alimentos, mas se alarmando com os serviços, enquanto outros observaram justamente o oposto. Apesar de o índice, no acumulado em 12 meses, ter ficado bem próximo do teto da meta de inflação, em 4,56%, o mote no mercado financeiro é de que o caos se aproxima.

DESACELERAÇÃO – Na economia real, a situação é diferente. O índice oficial tem desacelerado a inflação, convergindo para o centro da meta, e a combinação de diferentes instrumentos tende a contribuir com a melhora do quadro inflacionário, não apenas a calibragem periódica da taxa de juros. O grupo de alimentos ainda tem uma pressão inflacionária forte, marcada pelos fatores climáticos, pelo câmbio e pela conjuntura de produção e de colheita no mundo.

Porém, a expectativa é que haja uma desaceleração nos próximos meses, motivada inclusive por um câmbio mais favorável. Durante o último bimestre do ano, o mercado sofreu uma pressão altista na taxa de câmbio, que consequentemente produz um efeito em cascata sobre os demais preços da economia.

Com um processo de desaceleração ou redução gradual da taxa de câmbio, consequentemente, a pressão inflacionária sobre produtos que são negociados internacionalmente, tende a diminuir. Então, a expectativa é que a inflação se mantenha nessa tendência nos próximos meses.

TAXA BÁSICA – A menor pressão inflacionária abre espaço para uma taxa básica de juros menos ortodoxa, como está sendo adotada ao longo dos últimos meses. Ou seja, temos um descompasso entre a inflação real e a taxa de juros da economia. Aumentar a taxa de juros não produz um efeito direto sobre esses itens, que são muito voláteis, mas acaba produzindo um efeito negativo sobre a economia, impedindo que a capacidade produtiva do país seja aumentada, se expanda e se tenha a possibilidade de ter um crescimento econômico com menor pressão inflacionária no médio e longo prazo.

Então, só com os juros mais civilizados o país terá a capacidade de competir internacionalmente em melhores condições e ter uma economia que cresça sem os gargalos estruturais. Nesse sentido, há espaço para um processo mais adaptável da taxa básica de juros, ao invés do que o mercado financeiro anda projetando com taxa de juros acima de 15% neste ano.

Maior culpado pela anistia chama-se Alexandre de Moraes, vulgo “Xandão”

Tribuna da Internet | Moraes não aprende com os erros e está envergonhando o Supremo

Charge reproduzida do Arquivo Google

Carlos Newton

A anistia aos envolvidos na repressão e na luta armada na ditadura de 64 foi discutida em profundidade, mostrou-se absolutamente necessária, e o país conseguiu permanecer 45 anos seguidos em normalidade democrática.

Agora, o Congresso se prepara para votar outra anistia, em função dos acontecimentos do final de 2022 e início de 2023. Mas a situação é muito diferente, a anistia atual jamais deveria sequer ser cogitada, embora já caminhe para se tornar realidade.

MAIOR CUJPADO – Se existem alguns culpados por essa desnecessária e incômoda anistia, não há dúvida de que o principal deles é o ministro Alexandre de Moraes, que passou a ser chamado de “Xandão” devido ao inconveniente rigor nas condenações, que foram absurdamente seguidas pela maioria dos ministros do Supremo.

Se Moraes não tivesse chamado a si a responsabilidade de julgar os envolvidos no 8 de Janeiro, deixando que os juízes federais de primeira instância cuidassem do assunto, não teria havido tanta injustiça, a ponto de levar os parlamentares a apoiar esse novo projeto de anistia.

Em reação ao destempero de Moraes, o presidente da Câmara Hugo Motta, logo após assumir, foi claro ao considerar exagerada a dosimetria das penas.

FALSOS TERRORISTAS – Moraes cometeu erros seguidos. Um deles foi declarar “terroristas” todos os réus. Na Praça dos Três Poderes foram presos 243 suspeitos – 161 homens e 82 mulheres. No dia seguinte, a PM prendeu mais 1.927 que não tinham deixado o acampamento.

Os verdadeiros terroristas, que se infiltraram na manifestação, eram os militares “kids pretos”, que lideram o quebra-quebra, mas nenhum deles foi preso. Mas também poderiam ser considerados terroristas os três trapalhões que foram presos depois, por tentar explodir no aeroporto um caminhão-tanque na véspera de Natal – George Washington Oliveira, Alan Diego dos Santos e Wellington Macedo de Souza.

PENAS PEQUENAS – George Washington, o líder, foi condenado a nove anos e quatro meses de regime fechado; Alan Diego pegou cinco anos e quatro meses de reclusão; e Wellington Macedo de Souza foi condenado a seis anos de prisão. Todos já estão em liberdade condicional.

Enquanto isso, os 1.430 eternos suspeitos do 8 de Janeiro pegaram entre 13 e 17 anos e continuam presos. A comparação mostra condenações injustas de Moraes, que prendeu como “terrorista” até um morador de rua.

O ministro errou também ao julgar crimes dos quais alegava ser vítima. Deveria ter se considerado “suspeito”, mas quem se interessa?

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P.S. 1
Os parlamentares do PT, PSOL e PCdoB estão unidos contra a anistia, mas a maioria do Congresso acha que é medida necessária e muitos querem dar um jeito de livrar Bolsonaro, como aconteceu na ilegal descondenação de Lula da Silva. Se isso ocorrer, não tenham dúvidas, a culpa é de Moraes e da grande maioria do Supremo, que se curva diante de suas decisões ditatoriais.  

P.S. 2 – Mas o castigo vem a cavalo. Agora, o poderoso Xandão passa pelo constrangimento de ser inquirido pelo relator especial para liberdade de expressão da OEA, o colombiano Pedro Vaca Villarreal. Teria sido muito melhor votar na forma da lei do que bancar o machão. (C.N.)

Câmara precisa punir Nascimento, um deputado covarde e desprezível

Caso Elmar Nascimento: Vice-presidente da Câmara xinga repórter e pode responder por falta de decoro - Ultima Hora Online

Fotomontagem  do Arquivo Google

Vicente Limongi Netto

Deplorável, covarde, desprezível e injustificável a agressão do estrupício fantasiado de parlamentar, Elmar Nascimento (União-BA) contra a repórter do site UOL, Natália Portinari. A estupidez do energúmeno engomado atinge toda a classe jornalística.

Entidades como Associação Brasileira de Imprensa (ABI) e Sindicato de Jornalistas de São Paulo têm o dever de protestar contra a estupidez de um destemperado parlamentar que chegou a ser cotado para presidente da Câmara.

CONTINUA COTADO – E, agora, com a nova Mesa Diretora eleita, o idiota é falado para presidir o órgão técnico mais importante da Casa, a Comissão de Constituição e Justiça.

A agressão do canalha não pode ser esquecida. Elmar enlameia a classe política já tão desmoralizada junto à opinião pública. O insano deputado envergonha Ruy Barbosa, respeitado, saudoso e amado baiano. Elmar que sofra as consequências pelo seu medonho desatino no Conselho de Ética da Câmara.

As patadas e os coices de Elmar Nascimento também merecem providências enérgicas do presidente recém eleito e empossado, Hugo Motta.

COMPOSTURA – O papel do jornalista, é fazer perguntas.  O entrevistado responde, se quiser. Mas que mantenha a compostura que o cargo que ocupa exige.

O jovem presidente da Câmara, que também é médico, precisa receitar forte purgante para o desprezível Elmar Nascimento. Para que ele passe a vomitar suas asneiras com seus aspones.  Menos com jornalistas.

O grupo Folha de São Paulo, para o qual a repórter Natália Portinari trabalha, deve presentear o grotesco e infame Elmar Nascimento, por merecimento, com um par de ferraduras e um título de sócio atleta do Jóquei Clube.

COMÉRCIO EM ALTA – O Distrito Federal fechou 2024 com 1.010.153 empregos formais. Resultado da criação de 42.371 novas vagas ao longo do ano.

O número representa um aumento de 4,4% em relação a 2023. O setor de comércio e serviço foi o grande destaque, respondendo por 91,4% desse saldo de novas vagas (38.723) sendo 26.628 no setor privado.

O tempo é um fio bastante frágil, na poesia de Henriqueta Lisboa

www.antoniomiranda.com.br - Brasil Sempre - Poesia Henriqueta Lisboa

Henriqueta, retratada por Nássara

Paulo Peres
Poemas & Canções

A poeta mineira Henriqueta Lisboa (1901-1985), em 1963, foi a primeira mulher eleita membro da Academia Mineira de Letras. Em 1984, recebeu o Prêmio Machado de Assis da Academia Brasileira de Letras pelo conjunto de sua obra. Intelectual sensível, dedicou sua vida à poesia e sustentava que “O Tempo é Um Fio” e com bastante fragilidade  precisa ser sustentado e vivido.

O TEMPO É UM FIO
Henriqueta Lisboa

O tempo é um fio
bastante frágil
Um fio fino
que à toa escapa.

O tempo é um fio.
Tecei! Tecei!
Rendas de bilro
com gentileza.

Com mais empenho
franças espessas.
Malhas e redes
com mais astúcia.

O tempo é um fio
que vale muito.

Franças espessas
carregam frutos.
Malhas e redes
apanham peixes.

O tempo é um fio
por entre os dedos.
Escapa o fio,
perdeu-se o tempo.

Lá vai o tempo
como um farrapo
jogado à toa.

Mas ainda é tempo!

Soltai os potros
aos quatro ventos,
mandai os servos
de um pólo a outro,
vencei escarpas,
voltai com o tempo
que já se foi!…

O impacto da taxação de aço e alumínio brasileiros por Trump

Situação pode gerar um confronto diplomático com os EUA

Pedro do Coutto

O presidente americano Donald Trump anunciou que iria impor tarifas sobre o aço e alumínio brasileiros a partir desta segunda-feira, e com a medida atingirá diretamente as exportações do Brasil para o mercado norte-americano. A ação gerou repercussões negativas na economia nacional e poderá impactar no aumento dos preços tanto internamente quanto na redução da produção. Economicamente, o aço e o alumínio vão ficar mais caros, pois exportaremos menos e produziremos menos.

Com isso, o Brasil enfrentará uma sobrecarga interna desses produtos, o que levaria a uma queda nos preços domésticos, impactando diretamente a indústria e o mercado de trabalho. Diante deste cenário, poderemos assistir a uma série de desdobramentos negativos para a economia brasileira, refletidos por menos crescimento, menos arrecadação e menos emprego. Da mesma forma, a taxação pode ainda levar o Brasil a buscar uma solução no âmbito da Organização Mundial do Comércio, onde poderá processar os Estados Unidos e exigir reparações.

TENSÕES DIPLOMÁTICAS – Além do impacto econômico, a medida pode acirrar as tensões diplomáticas entre os dois países, uma vez com os Estados Unidos fazendo a primeira agressão econômica, a resposta do governo brasileiro poderá vir a seguir em uma escalada que não convém a ninguém e uma disputa comercial só trará prejuízos para ambos os lados. Ou seja, uma briga na qual todos saem perdendo.

Por um lado, a taxação também traz à tona uma nova dinâmica geopolítica, pois o governo americano está se isolando no cenário global. É uma oportunidade para o Brasil fortalecer os laços com Europa e Ásia, demonstrando que a ação de Trump pode se revelar um tiro no pé.

Ao mesmo tempo, em relação à competitividade da indústria brasileira, o Brasil é mais eficiente na produção de aço e alumínio do que os EUA. Eles não conseguem produzir aos mesmos preços brasileiros, uma vez que somos mais eficientes. No fundo da questão, a taxação visa proteger os industriais norte-americanos e não a indústria dos Estados Unidos. No entanto, a longo prazo, os impactos dessa decisão devem ser sentidos tanto no campo econômico quanto no campo diplomático. Por fim, resta saber como os governos reagirão a essa escalada de tensões e quais serão as medidas do Brasil na OMC.

Musk é imprudente e apoia Trump nestas decisões nada republicanas

Elon Musk na capa da revista Time, publicação norte-americana

Na capa. a revista Time põe Musk na cadeira presidencial

Carlos Newton

Havia uma aura positiva em torno do bilionário americano Elon Musk, devido à importância de seu trabalho em prol do desenvolvimento econômico e social da humanidade. A começar pela Starlink. Sem essa empresa praticamente não existiria comunicação imediata nas regiões menos desenvolvidas do mundo, como a Amazônia, e não é preciso dizer mais nada.

Há outras atividades positivas desenvolvidas por Musk, que merecem apoio, mas ele está metendo os pés pelas mãos na gestão do DOGE (Departamento de Eficiência Governamental), especialmente no caso da extinção da USAID, a maior agência de apoio humanitário do mundo.

SATÉLITES EM PROFUSÃO – Um dos êxitos de Musk é a Starlink, a subsidiária do grupo aeroespacial SpaceX que mantém em órbita cerca de sete mil satélites, uma enormidade, pois ainda não há nem dez mil no espaço. E a empresa planeja adicionar mais 7,5 mil satélites de baixa órbita somente no Brasil, segundo a solicitação já encaminhada à Anatel, nossa agência de telecomunicações. 

Esse trabalho de Musk gera lucro, mas é importantíssimo para o mundo. Da mesma forma, as viagens espaciais da SpaceX para pesquisar Marte também são uma forma de preparar a indústria espacial para evitar a proximidade de asteroides com mais de 200 metros de diâmetro, capazes de arrasar a vida na Terra, como já aconteceu no passado remoto, na era dos dinossauros.

E há a empresa de pesquisas médicas Neuralink, que estuda conexão de cérebros a computadores, para tratamento de gravíssimas doenças neurológicas.

CONTRA CENSURA – Também é altamente proveitosa a luta de Musk contra a censura nas redes sociais. Especialmente agora, quando todos precisam saber o real significado dessas medidas drásticas que o empresário vem levando o presidente Trump a tomar.

É sintomática a capa da edição da revista Time, com uma fotomontagem de Musk sentado na famosa cadeira presidencial do Salão Oval, na Casa Branca.

Sob o título “Dentro da Guerra de Elon Musk em Washington”, a reportagem da Time mostra como Musk opera afoitamente no governo a partir do DOGE (Departamento de Eficiência Governamental).

TRABALHO DURO – Trata-se de um trabalho duríssimo, porque os Estados Unidos são uma esculhambação e têm mais servidores do que o Brasil, proporcionalmente. Reduzir as despesas com funcionalismo e outros gastos é tarefa meritória, que o Brasil também precisa fazer com a maior urgência.

Em tradução simultânea, Musk trabalha para aprimorar o serviço público e acabou pegando como exemplo a Usaid (Agência dos Estados Unidos para o Desenvolvimento Internacional), principal entidade da ajuda humanitária do mundo.

Existem flagrantes irregularidades na ação da Usaid, mas a função da dupla seria sanar os problemas, jamais extinguir essa importantíssima agência, criada por John Kennedy para mostrar que os Estados Unidos não somente se dedicavam a explorar o resto do mundo, pois também se dedicavam a ajudar os países e regiões mais carentes.

A USAID VIVE – Esse ensandecido e injustificável esforço para extinguir a USAID não terá êxito, porque a agência foi criada pelo Congresso. Deveria ser enxugada e redirecionada para suas funções originais, de apoio a países carentes, epidemias e calamidades.

A revista Time diz que Musk e Trump tentam implodir o serviço público. É o que parece, e significaria criar o caos permanente na maior potência mundial. Portanto, espera-se que eles acordem e se limitem a reduzir gastos e aprimorar os serviços, ao invés de destruí-los.

A Justiça já despertou e começa a bloquear Trump, que confia na bancada republicana no Congresso. Mas essa maioria é frágil e será diluída pelas atitudes ditatoriais que Trump vem tomando, a demonstrar sua falta de preparo e seu desequilíbrio emocional. Trump e Musk vão aprender que na vida tudo tem limites.

Hugo Motta faz ferver o caldeirão, ao dizer que não houve golpe

Quem é Hugo Motta, presidente da Câmara dos Deputados | Política | Valor  Econômico

Hugo Motta sinaliza que vai fazer tramitar a anistia

Vicente Limongi Netto

O presidente da Câmara Federal, deputado e médico Hugo Motta (Republicanos-PB), está com o bisturi nas mãos. Motta tem pressão de garoto. É a nova dor de cabeça do Executivo. Causou insônia e polvorosa nos arraias do governo Lula, ao declarar que o 8 de Janeiro não foi golpe de Estado.

Com a explosiva afirmação, trouxe alento aos corações bolsonaristas. O caldeirão político vai ferver. Alguns já foram escalados para os enfadonhos bate bocas de praxe. Tomara que Hugo Motta também não invente de usar ridículos boné sobre o tema. 

AMOR A BRASÍLIA – Mineiro de Lavras, brasiliense de alma, coração e prazer. O empresário e ex-senador Paulo Octávio, completando 75 anos de idade, sempre dedicado ao Distrito Federal. Cuida com carinho da cidade que adotou e que ama ardorosamente. Edifícios e diversos shopping do grupo Paulo Octávio embelezam a cidade.

Deputado Federal, senador, e vice-governador, Paulo Octávio honrou e dignificou todos as funções públicas que exerceu, com invulgar espírito público. A política está no sangue de Paulo Octávio. Atualmente é presidente do PSD em Brasília. A construtora Paulo Octávio, por sua vez, comemorando vitoriosos 50 anos de existência.

CANALHA NAS RUAS – Atenção, senhores pais de crianças e adolescentes: a formidável Justiça colocou de volta nas ruas o graduado e engomado petista Vilmar Lacerda, acusado de pedofilia. O pulha ficou apenas três semanas preso, acusado de abusar de duas meninas menores de idade. Passou a usar tornozeleira eletrônica.

Vilmar é ex-presidente do PT em Brasilia. Foi solto pelo monumental Tribunal de Justiça do Distrito Federal. Por muito tempo o patife foi chefe de gabinete do PT no senado, até ser preso.

Costumava frequentar o plenário e comissões técnicas. Um horror completo. Por pouco, não acabou suplente de Cristovam Buarque. Pelo prontuário, o canalha engravatado acaba entrando na lista de ministeriáveis.  Com méritos inegáveis. 

Judiciário se destaca com aumentos salariais expressivos há quatro décadas

Servidores da Justiça tiveram ganhos reais acima da inflação

Pedro do Coutto

Uma pesquisa realizada pelo IPEA revelou que, nas últimas décadas, os funcionários do Judiciário federal e estadual lideraram os ganhos salariais entre todas as carreiras do serviço público. Considerando a remuneração mediana, os servidores da Justiça federal tiveram um aumento real de 130,1% desde 1985, enquanto nos estados a alta foi ainda maior, alcançando 213,6%. Atualmente, os servidores do Judiciário federal recebem uma média de R$ 15.856 por mês, podendo chegar a R$ 27.223 entre os 10% mais bem pagos. Nos estados, esses valores são de R$ 10.197 e R$ 24.243, respectivamente.

Entretanto, a elite do funcionalismo pode receber ainda mais devido aos chamados “penduricalhos” – verbas indenizatórias concedidas por atos administrativos dos tribunais, leis do Legislativo e decisões do Conselho Nacional de Justiça. Os dados foram extraídos da Relação Anual de Informações Sociais e analisados pela equipe do Atlas do Estado Brasileiro, do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada, vinculado ao Ministério do Planejamento e Orçamento.

REAJUSTES – Um estudo do Tesouro Nacional revelou que o Brasil destina 1,6% do PIB ao Judiciário – cerca de R$ 160 bilhões –, um valor três vezes superior à média de outros países emergentes. Desse total, quase 83% são destinados a salários. Os reajustes salariais de 130,1% e 213,6% para servidores dos judiciários federal e estadual superam com folga o aumento real de 45,5% na remuneração média dos rendimentos do funcionalismo público como um todo, considerando os poderes Executivo, Legislativo e Judiciário nas esferas federal, estadual e municipal.

Isso significa que, ao longo de quase 40 anos, os membros do Judiciário foram os que mais tiveram aumentos superiores à inflação. No setor privado, poucas carreiras conseguiram reajustes muito acima da variação dos preços, especialmente em períodos de crise econômica. O levantamento também indica que os servidores mais bem pagos do funcionalismo (desconsiderando os penduricalhos) pertencem ao Poder Legislativo federal, que inclui funcionários da Câmara dos Deputados e do Senado.

A média salarial dos 10% do topo chega a R$ 36.704, enquanto a média geral é de R$ 6.903. Já deputados federais e senadores recebem um salário bruto de R$ 46.336,10 – o teto constitucional para 2025 – além de contar com diversas verbas adicionais para seus gabinetes.

DIFERENÇA – A realidade dos servidores municipais é diferente: em muitos casos, seus rendimentos são inferiores aos de cargos similares na iniciativa privada. Já nos estados, os salários públicos e privados tendem a se equiparar, com algumas exceções. Curiosamente, são justamente os servidores com menores salários – nos estados e municípios – que lidam diretamente com a população.

Segundo uma pesquisa Datafolha de 2024, apenas 41% dos brasileiros avaliam o atendimento do setor público como ótimo ou bom, e 80% defendem demissões por mau desempenho. No Brasil, porém, 65% dos servidores são estatutários, ou seja, possuem estabilidade e raramente podem ser demitidos.

O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, pretende apresentar um projeto de lei para eliminar ou limitar pagamentos acima do teto constitucional no biênio 2025-2026. O Congresso já discute o PL 6.726/2016 com esse objetivo, mas o governo prefere reiniciar as negociações, pois o projeto atual inclui exceções que permitem remunerações superiores ao teto.

Vasculhando os escombros da alma, o poeta consegue a transformação

Tribuna da Internet | Bom de briga, o poema de Limongi vai em busca do afago do infinito

Limongi escreve poemas arrebatados

Paulo Peres
Poemas & Canções

O jornalista e poeta amazonense Vicente Limongi Netto, radicado há anos em Brasília, poetizou as transformações que acontecem sendo ele “Parceiro da Solidão”. 

PARCEIRO DA SOLIDÃO
Vicente Limongi Netto
 

Os escombros da alma
transformei em argila
para abrigar pássaros carente. 

O medo do coração
no corpo rude
transformei em silêncio noturno.           

O eco do desamor
transformei em lâminas floridas
E os trapos da imaginação
transformei em comovidos
gritos de pirilampos,
que ninguém consegue ouvi

Hugo Motta acena com discurso de bolsonarista, enquanto a anistia avança

Motta anuncia que a Câmara pode analisar anistia

Pedro do Coutto

Não podiam ser mais absurdas as declarações do presidente da Câmara dos Deputados, Hugo Motta, negando a balbúrdia e o atentado contra a democracia no dia 8 de janeiro de 2023 , afirmando que os atos de vandalismo contra as sedes dos Três Poderes não configuraram uma tentativa de golpe de Estado.

Em entrevista à rádio Arapuan, de João Pessoa, ele reconheceu a gravidade da depredação, mas disse que os atos foram “uma agressão às instituições” promovida por “vândalos e baderneiros”, sem coordenação política suficiente para caracterizar um golpe.

AGRESSÃO – “O que aconteceu não pode ser admitido novamente, foi uma agressão às instituições. Agora, querer dizer que foi um golpe… Golpe tem que ter um líder, uma pessoa estimulando, tem que ter apoio de outras instituições interessadas, e não teve isso”, declarou.

A declaração ocorre em meio à pressão de parlamentares aliados do ex-presidente Jair Bolsonaro para que a Câmara avance na proposta de anistia aos condenados pelos atos de 8 de janeiro. A medida perdoaria todos os envolvidos em “manifestações” de caráter político e eleitoral entre 8 de janeiro de 2023 e a entrada em vigor da eventual lei, restringindo punições apenas a crimes de depredação de patrimônio público.

Motta não assumiu compromisso em pautar o projeto de anistia e disse que a decisão será tomada em conjunto com os líderes partidários da Casa. “Não posso chegar aqui e dizer que vou pautar a anistia semana que vem, ou não vamos pautar. Será um tema que vamos analisar, digerir”, afirmou. A anistia aos condenados do 8 de janeiro foi uma das principais pautas debatidas nos bastidores da eleição de Motta para a Presidência da Câmara. O tema foi discutido tanto com bancadas governistas quanto com a oposição.

DISPARATE – As afirmações de Hugo Mota configuram-se como um verdadeiro disparate, uma vez que o que se desenrola em Brasília é o julgamento dos acusados por subversão. Os réus tiveram chance de defesa e as investigações comprovam a culpabilidade dos mesmos que montaram verdadeiras residências nas calçadas em frente aos quartéis pedindo a intervenção militar. Está evidente a tentativa de golpe de Estado,somada às depredações e aos distúrbios em Brasília. Tudo gravado, constando como a maior da prova da participação dos réus.

As ações tentaram subverter a ordem e só não tiveram êxito pela não participação de grande parte da cúpula do Comando das Forças Armadas. Os golpistas deixaram o seu rastro sinistro, destruindo o patrimônio público e provocando a desordem. Milhares de pessoas foram à Brasilia para promover atentados contra a democracia em um ato brutal. As prisões em massa conseguiram conter os atos que tinham um objetivo claro.

O atentado foi frustrado, mas a intenção ficou e por isso dezenas de pessoas foram julgadas. Ao negar a gravidade da questão, Hugo Motta mostra, desde já, a sua intenção em resgatar a possibilidade de Jair Bolsonaro se candidatar no próximo ano, demonstrando que no cenário político, tudo é possível.

“Fim de Caso”, uma canção de Dolores Duran que jamais será esquecida

Os 85 anos de Dolores Duran - Jornal GGN

Dolores foi namorada de João Donato

Paulo Peres
Poemas & Canções 

A pianista, cantora e compositora carioca Adiléa da Silva Rosa (1930-1959), conhecida como Dolores Duran, foi uma das maiores representantes do samba-canção, gênero musical onde prevaleciam a “fossa e a dor de cotovelo” nos anos 50 e 60. Uma de suas obras principais é o samba-canção “ Fim de Caso”, gravado por Dolores Duran, em 1959, pela Copacabana.

FIM DE CASO
Dolores Duran

Eu desconfio,
Que nosso caso está na hora de acabar.
Há um adeus em cada gesto, em cada olhar,
O que não temos é coragem de falar.

Nos já tivemos a nossa fase de carinho apaixonado
De fazer verso,
De viver sempre abraçados.
Naquela base do eu só vou se você for.

Mas de repente,
fomos ficando cada dia mais sozinhos.
Embora juntos,
cada qual tem seu caminho.
E já não temos nem vontade de brigar…

Tenho pensado,
E Deus permita que eu esteja errada.
Ah, eu estou.
Eu estou desconfiada
que o nosso caso está na hora de acabar…

Lula fala para povo não comprar alimentos caros e dá munição para oposição

A fala gerou uma série de críticas nas redes sociais de oposicionistas

Pedro do Coutto

Uma fala do presidente Lula da Silva tem sido explorada pela oposição para atacar o governo nas redes sociais. O presidente disse que a população precisa passar por um “processo educacional” para não comprar alimentos com preços elevados para forçar os vendedores a baixarem o valor.

“Uma das coisas mais importantes para que a gente possa controlar o preço é o próprio povo (…) Se você vai no supermercado aí em Salvador e você desconfia que tal produto está caro, você não compra. Olha, se todo mundo tiver essa consciência e não comprar aquilo que ele acha que tá caro, quem está vendendo vai ter que baixar para vender, porque senão vai estragar”, disse o presidente em entrevista às rádios da Bahia Metrópole e Sociedade.

NA PRATELEIRA – “Eu não posso comprar aquilo que eu acho que está sendo exagerado o preço, então, eu vou deixar na prateleira, eu não vou comprar. Eu compro amanhã, eu compro outra coisa, eu compro um similar. Esse é um processo educacional que nós vamos ter que fazer com o povo brasileiro”, seguiu. A fala foi vista como mais um sinal de desconexão de Lula com as preocupações do povo e gerou uma série de críticas nas redes sociais de oposicionistas.

É preciso lembrar que essa estratégia de compra de alimentos com preços elevados é acompanhada por uma estratégia dos supermercados. Em 1961, houve uma CPI sobre o assunto.Naquele tempo, era o primeiro ano de Brasília e várias comissões tinham lugar no Rio de Janeiro. Os depoimentos desta CPI deixaram informações importantes sobre as questões de venda de alimentos.

Lembro bem que um dos depoentes foi um diretor das Casas da Banha, Climério Veloso. Ele revelou uma estratégia de venda adotada pelos supermercados da época mostrando que os preços variavam de um supermercado para outro conforme a diferença dos preços mínimos. A dança dos números se alternavam de um estabelecimento para o outro.

PREÇOS MÍNIMOS – Os pesquisadores do IBGE baseiam o seu trabalho na procura dos preços mínimos. Assim, se em um supermercado o preço do arroz estava mais baixo, o preço do feijão estava mais alto. Não levavam em conta a média dos preços. Quando o contribuinte notava o preço minimo do feijão, esquecia o preço do arroz. Daí porque os preços menores não levavam em conta o preço das vendas.

Os consumidores podem realizar as suas compras com base no mesmo sistema do IBGE. Mas para isso, precisam percorrer pelo menos de três a quatro supermercados. É possível fazer isso, porém é necessário ter tempo e paciência. Mas não é o caso dos contribuintes que não possuem disponibilidade e tempo para tal tarefa. Logo, acabam se baseando nos preços dos produtos, mas não levam em conta as armadilhas do sistema.

Trump ignora críticas e diz que Israel entregará Gaza aos EUA

Declarações causam espanto entre palestinos e líderes mundiais

Pedro do Coutto

As ondas de choque provocadas pela ideia de relocalizar 1,8 milhões habitantes da Faixa de Gaza continuam a rolar e o próprio Donald Trump veio para as redes sociais tentar esclarecer o que pretende, depois de, aparentemente, a sua própria Administração ter tentado fazer contenção de danos. O presidente americano escreveu que, “a Faixa de Gaza seria entregue aos Estados Unidos por Israel no final dos combates”, depois de na terça-feira, ao lado do primeiro-ministro de Israel, na Casa Branca, Trump ter afirmado que o enclave seria “propriedade” dos EUA.

Os países da região têm estado a interpretar estas palavras como uma ocupação territorial, que colocaria na gaveta a ideia de dois Estados, Israel e Palestina, recorrendo eventualmente à presença militar norte-americana. Esta última ideia, Donald Trump rejeitou-a liminarmente esta quinta-feira. Na sua publicação, o presidente norte-americano insistiu que o plano refere apenas a reconstrução do enclave, num esforço internacional, intuindo contudo que ela poderá demorar vários anos.

REAOLOJAMENTO – “Os EUA, trabalhando com grandes equipes de desenvolvimento de todo o mundo, começariam lenta e cuidadosamente a construção daquilo que se tornaria um dos maiores e mais espectaculares desenvolvimentos do seu género na Terra”, escreveu. “Os palestinos já teriam sido realojados em comunidades muito mais seguras e bonitas, com casas novas e modernas, na região. Eles realmente poderiam ser felizes, seguros e livres”, acrescentou.

O ministro dos Negócios Estrangeiros de Israel, Gideon Saar, garantiu que o seu governo não está a par dos detalhes do plano do presidente dos Estados Unidos para a Faixa de Gaza, depois de, quarta-feira, figuras da Administração norte-americana terem tentado pôr água na fervura de relações internacionais. Tanto Marco Rubio, o novo secretário de Estado dos EUA, como a porta-voz da Casa Branca, garantiram que Trump apenas pretende a reconstrução do enclave e que ninguém seria expulso em definitivo.

A afirmação de Trump de que os Estados Unidos assumirão o controle da Faixa de Gaza, ao mesmo tempo que defende deslocar os palestinos (não se sabe para qual local ), surpreende mais uma vez o mundo, pois o controle da região significa ocupar um território que não pertence ao país americano. Como ele poderia gerir os palestinos, deslocando-os de acordo com a sua decisão pessoal?

LIMPEZA – A interpretação entre os palestinos é que Donald Trump pretende implementar a verdadeira intenção de Israel para Gaza, numa verdadeira “limpeza étnica”, a qual seria o principal objetivo dos últimos 15 meses de guerra. Tanto o Hamas como a Autoridade Palestina voltaram nesta quinta-feira a repudiar a ideia.

“Não precisamos que nenhum outro país governe a Faixa de Gaza e não aceitamos a substituição de uma ocupação por outra”, afirmou o porta-voz do Hamas, Hazem Qassem, apelando a uma “cimeira urgente” da Liga Árabe. “A Palestina, com suas terras, história e locais sagrados, não está à venda e não é um projeto de investimento”, disse Nabil Abu Rudeineh, porta-voz do gabinete do presidente da Autoridade Palestiniana.

Mais uma vez, Trump demonstra descontrole total. Impressionante como é capaz de defender a ocupação da Faixa de Gaza pelos Estados Unidos. Até onde Trump pretende ir? O mundo assiste atônito os seus rompantes e o seu sentimento de estar acima de qualquer relação diplomática ou respeito à soberania.

Respeitem a “Tribuna da Internet”, ao invés de fazer críticas absurdas

Seu notebook está no modo "democracia sem liberdade de imprensa" - Charge - Estado de Minas

Charge do Quino (Estado de Minas)

Carlos Newton

O sempre presente comentarista Eliel Salles fez uma observação injusta sobre a Tribuna da Internet, nesta quarta-feira, dia 5, nos seguintes termos:

Está em todos os jornais, menos na Tribuna da Internet e na grande (minúscula) impren$a: “Funcionário revela interferência dos EUA na eleição de 2022 para derrotar Bolsonaro. Mike Benz denunciou interferência eleitoral da USAID contra Bolsonaro”

https://diariodopoder.com.br/brasil-e-regioes/e01-brasil/funcionario-revela-interferencia-dos-eua-na-eleicao-de-2022-para-derrotar-bolsonaro

QUESTÃO DE NÍVEL – Não se publicou nada sobre este assunto, porque a Tribuna da Internet é um espaço jornalístico de nível, que não divulga fake news nem bobagens como essa suposta ação da USAID na eleição brasileira.

Aqui na Tribuna conhecemos a importância do trabalho da USAID no desenvolvimento de países carentes, como o Brasil. Basta dizer que, sem a USAIS, nossa atividade agrícola não teria a tecnologia que alcançou a partir da Universidade Federal de Viçosa, que depois se tornou célula-mater da Embrapa e colocou o agronegócio brasileiro no topo do mundo.

Aqui na Tribuna da Internet lutamos para fazer um jornalismo elevado, sem essas cretinas fake news, haja paciência.

INTELIGÊNCIA ARTIFICIAL – Alguns dias antes, em 29 de janeiro, outro comentarista de destaque, José Vidal, publicou aqui um texto interessantíssimo, sobre a visão que a Inteligência Artificial (IA) tem a respeito da Tribuna da Internet:

“O DeepSeek está em evidência como um aplicativo de IA gratuito. Interessantes algumas respostas às perguntas feitas. Por exemplo, fiz uma a respeito do viés ideológico do site. A resposta”:

A “Tribuna da Internet” é um site brasileiro de notícias e análises que, de acordo com observações gerais e análises de seu conteúdo, tende a apresentar uma “orientação conservadora ou de direita” em seu viés editorial. O portal frequentemente publica críticas a governos e partidos de esquerda, como o Partido dos Trabalhadores (PT), e aborda temas alinhados a pautas tradicionalmente conservadoras, como defesa de valores morais específicos, posicionamentos críticos a políticas progressistas e apoio a figuras políticas associadas à direita brasileira.

MAIS BOBAGENS – Esse tal de DeepSeek, que significa busca profunda e estaria destruindo as big techs americanas, como um novo fenômeno da tecnologia, infelizmente não passa de um embuste, apenas mais uma embromação. Sua definição da Tribuna da Internet é lixo puro, tipo Piada do Ano. pois indica que aqui não há críticas à direita. 

Essa Inteligência Artificial chinesa é tão incompetente que chama a Tribuna de “site” e “portal”. Ou seja, nem consegue diferenciar um “portal”, um !site” e um “blog”.

No mais, é curioso esse furor uterino dos intelectuais com a Inteligência Artificial. Estão tão excitados que não percebem defeitos de origem sobre o alcance da IA. Por exemplo, por mais que tentem, os programadores não conseguiram nem conseguirão fazer a IA entender uma apetitosa ironia, uma frase de efeito ou o que significa o simples colocar de três pontos no final da frase. Ou seja, jamais entenderá o que é poesia…

BALANÇO DE JANEIRO – Como sempre fazemos questão de fazer, vamos publicar agora as contribuições de amigos e amigas que entendem a diferença entre a Tribuna da Internet e outros blogs, sites e portais.

De início, os depósitos na Caixa Econômica Federal:

DIA  REGISTRO   OPERAÇÃO           VALOR
08    081317        DEP DIN LOT………100,00

29    291324        TRANS F.M.M……..200,00
31    311645        DEP DIN LOT………230,00

Agora, vamos às contribuições através do banco Itaú:

02    PIX TRANSF JOSE FR……………..150,00
02    PIX TRANSF PAULO R……………..100,00
06    TED 001.5977.JOSE A P J……….306,01
15    TED 001.4416.MARIO A C R…..300,00
31    TED 033.3591.ROBERTO S N….200,00   

Agradecendo muito aos amigos que participam dessa utopia de manter um espaço livre e independente, sob o signo da liberdade, sugerimos que procurem não se deixar conduzir por notícias tolas como essa do “servidor da Usaid”.

Aliás, Trump só está acabando com a Usaid porque a entidade ajuda nações carentes, ao invés de explorá-las, como esse presidente lunático pretende que passe a ocorrer. (C.N.)                                    

Estadão mostra que Kubitschek não era tão “democrata” quanto se alega

Frente Ampla, Lacerda, JK e Jango | Acervo

No final, Lacerda e JK acabaram se tornando amigos

José Carlos Werneck

O jornal “O Estado de São Paulo”, que está completando 150 anos, publica em sua edição desta quinta-feira que “em 24 de agosto de 1956, a sucursal do Estadão no Rio foi invadida por policiais armados de metralhadoras que exigiam dos jornalistas a entrega de todos os exemplares da edição daquele dia”.

O motivo da arbitrária e violenta invasão, em pleno regime democrático, foi a publicação do artigo intitulado “Manifesto ao povo brasileiro”, do jornalista e então deputado federal pela UDN do então Distrito Federal, Carlos Lacerda.

“EXIBICIONISTA” – No artigo, Lacerda chamava o então presidente da República, Juscelino Kubitschek, de “exibicionista delirante”.

No dia seguinte, o “Estadão” publicou o editorial “Violência inexplicável”, condenando a invasão da polícia à redação: “Atentados representam um insulto à democracia”, dizia o texto.

O jornalista Julio de Mesquita Filho, diretor do jornal, denunciou a arbitrariedade à Associação Interamericana de Imprensa. “Tudo isto é da mais flagrante ilegalidade. Tudo isto é contra a Constituição”, ressaltou Mesquita.

TRÊS PROIBIDOS – Como se vê, o governo do presidente Juscelino Kubitschek não era assim tão democrata, como hoje se costuma alardear.

Os jornalistas Carlos Lacerda, Helio Fernandes e seu irmão, o genial Millôr Fernandes, foram, à época, muito censurados e diversas vezes até proibido de se manifestar.

Durante meses, Lacerda, Helio e Millôr ficaram proibidos de aparecer na televisão.

Lula critica a anistia e diz que Bolsonaro ‘vai perder outra vez’ em 2026