
Trump em cena, fazendo o papel de presidente na Casa Branca
Carlos Newton
Sinceramente, em quase 60 anos de jornalismo, em exercício diário, posso dizer que jamais se viu nada igual. A vitória de Donald Trump está sendo encarada como se estivéssemos à beira do abismo, para o qual estamos sendo empurrados pelo ex futuro presidente americano, como se ele representasse as forças do mal incorporadas e somadas ao Armagedon e aos quatro cavaleiros do Apocalipse.
É tanto exagero, tanta notícia ruim, que a gente fica até com medo de sair de casa. Mas quando chega na rua, descobre que nada mudou. As crianças saem para ir à escola, os adultos vão trabalhar, os aposentados batem o ponto no boteco para tomar uma gelada, fica até parecendo que nada mudou, e na verdade é justamente isso que espanta, porque nada mudou, mesmo.
PODEM AGUARDAR – Nos jornais da velha imprensa, nos portais e redes sociais, nas rádios e televisões, realmente nada mudou, mas logo irá mudar, porque o assustador Trump vai tomar posse dia 20 de janeiro.
Portanto, esperem mais um pouco que a nova ordem mundial vem por aí, e o maior sinal é Caetano Veloso estar se tornando evangélico, para acompanhar dois de seus filhos já convertidos.
Há outros sinais acontecendo, que precisam estar em linha, como na astrologia. Um deles foi a reeleição dos cinco congressistas americanos que pretendem proibir que o ministro Alexandre de Moraes pise em território norte-americano, igualando-o ao ex-deputado Fernando Gabeira, que até hoje é meio complexado por não conhecer a Disneylândia nem o personagem Pateta.
OUTROS SINAIS – O fato é que a opinião pública aqui no Brasil estará esperando o pior quando Trump tomar posse dia 20 de janeiro, mais bronzeado do que Aristóteles Onassis. Nesse histórico dia, vão surgir outros sinais.
Se Jair Bolsonaro estiver lá, será o significado A; se continuar com o passaporte retido, o significado será B, mas o sábio Olavo de Carvalho não está mais entre nós para destrinchar toda a mensagem.
Outros sinais estarão contidos no pronunciamento de Trump, que o mundo vai parar para ouvir e a imprensa vai fazer um escarcéu danado.
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P.S. – Quanto a mim, prometo ficar atento aos sinais de que alguma coisa está fora da ordem. Por enquanto, confesso que não estou vendo nada, apenas a posse de um velho cafajeste de 78 anos, já bastante consumido pelo tempo, com uma extraordinária vocação de ator, que não foi aproveitada na hora certa, mas ele seguiu em frente como eterno aprendiz, até se julgar capaz de fazer papel de presidente da república. Ganhou quatro anos de mandato e não fez nada que prestasse, absolutamente nada. Mesmo assim, pediu bis e ganhou mais quatro anos para desenvolver melhor o papel. A única coisa que se sabe é que o único Oscar que pode ganhar é o de Efeitos Especiais, por causa da plataforma de laquê que usa para manter o extravagante topete na posição viagra. (C.N.)