Ivan Lins e Celso Viáfora imaginaram um Papai Noel brasileiro, de camiseta

Música do Brasil: ♫Papai Noel de camiseta♫

Ilustração do Ivan Jerônimo (Arquivo Google)

2Paulo Peres
Poemas & Canções

O arranjador, cantor e compositor paulista Celso Viáfora, na letra de “Papai Noel de Camiseta”, soltou a imaginação para retratar uma realidade que para muita gente não existe. A música foi gravada por Ivan Lins no CD Um Novo Tempo, em 1999, pela Abril Music.

PAPAI NOEL DE CAMISETA
Ivan Lins e Celso Viáfora

Noel irá chegar de camiseta
metido num chinelo e de bermuda jeans
tocando agogô invés de uma sineta
cantando do xará o “Palpite Infeliz”
então, será Natal
A noite vai ser mais feliz

Estenderá uma toalha na sarjeta
em qualquer praça de subúrbio do País
trará cachaça, arroz, feijão, a malagueta
doce de leite, balas de goma e quindins
aí será Natal
A noite vai ser mais feliz

E surgirão blocos mirins
de suas camas de jornal
e drag queens
os reis magros do carnaval
de pé no chão
os solitários da paixão
um tamborim
alguém trará um violão
um bandolim
e a multidão vai sambar com a batida dos sinos

Ali no morro nascerá mais um menino
e, no primeiro sol, virão os bentevis
Num dia de Natal, a gente pode ser feliz

Intervenção na CBF foi certa; o futebol brasileiro precisa se “profissionalizar”

John Kennedy tem temporada de "virada de chave" e se torna peça fundamental  no Fluminense

Na sexta-feira, o Brasil estará torcendo por John Kennedy

Vicente Limongi Netto

Armados até os dentes e fantasiados de donos da verdade e do futebol, os imaculados e poderosos donos da Conmebol e da Fifa prosseguem ameaçando punir o pentacampeão do mundo. As vestais grávidas das duas entidades, estão desapontadas por causa da intervenção na CBF.

Nessa linha, já que exibem abissal furor de decisões judiciais, deveriam protestar no Superior Tribunal de Justiça (STJ), onde a ministra-presidente da corte, Maria Thereza de Assis Moura, em acordão, julgou improcedente o recurso do presidente afastado Ednaldo Rodrigues. Vão encarar?

BRAVURA – Vitória expressiva do Fluminense contra o time egípcio, que sabe jogar, não existe mais bobo no futebol mundial, as Copas do Mundo serão cada vez mais difíceis.

O resultado de 2 a 0 anima os brasileiros rumo ao título de campeão mundial de clubes, mas sempre com pés no chão, com paciência, sem triunfalismo, respeitando o adversário.

O excelente, talentoso e atrevido John Kennedy é o talismã do fluminense.

ERRO BOBO – Vergonhoso que o programa “Fantástico” (17/12) com equipe de dezenas de formidáveis profissionais, chame o ministro aposentado do Supremo Tribunal Federal (STF), Ayres Brito, de “ex-ministro”.

A denominação correta é ministro aposentado, como também não existe ex-general, mas sim general reformado ou general da reserva.

Para ilustrar, cito alguns outros ministros aposentados do STF:  Carlos Velloso, Nelson Jobim, Joaquim Barbosa, Marco Aurélio Mello, Celso de Mello e Sidney Sanches.

DELÍCIAS DE BRASÍLIA – Elas estão chegando. Delícias que compõem o cenário de Brasília. são vistas em todo canto, nas ruas, chácaras, mansões e condomínios. de várias origens e tamanhos. sustentadas em galhos altos.

O começo da criação é com sol e chuva. abençoada pelas nuvens e ventos suaves das estrelas. Os frutos verdes são parceiros dos amarelos. o caldo viscoso e incomparável é freado pelo caroço esfiapado. São as frutas mais exportadas pelo Brasil, porque a laranja é muito vendida já como suco.

Comercializadas, são caras. apreciadas também com casca e sal. Maduras, não resiste a pedradas. As belas e frondosas mangueiras pertencem a vida dos brasilienses. mangas estão no paladar de abonados e pobres. Por meses, a temporada faz a alegria de muita gente.

O ano está terminando e a população ainda aguarda respostas e soluções concretas

Charge do Babu (ojornaldeguaruja.com.br/)

Pedro do Coutto

O ano de 2023 está prestes a terminar e a população ainda aguarda respostas e soluções concretas para problemas que se eternizaram, a exemplo da saúde, da segurança pública, da questão da moradia e da infraestrutura de maneira geral. Problemas que envolvem não somente demandas que dizem respeito ao governo federal, mas também aos governos estaduais e municipais.

Na política, após meses de mandato, os impasses permanecem e marcam o governo Lula, cada vez mais refém do Congresso Nacional. No início do terceiro mandato de Lula, obstáculos que dificultaram o estabelecimento de uma base de apoio sólida e predominante no Congresso.

CONCESSÃO – Mesmo após a concessão de ministérios ao Centrão e até mesmo da direita, Lula teve que negociar individualmente a aprovação de projetos considerados prioritários. Na última semana, deputados e senadores rejeitaram os vetos presidenciais relacionados à desoneração da folha de pagamento e ao estabelecimento de um marco temporal para a demarcação de terras indígenas.

Embora os articuladores políticos do governo tenham sido criticados por líderes do Centrão, eles argumentam que, apesar de algumas derrotas, conquistas importantes foram alcançadas, como o novo marco fiscal e a reforma tributária e que, no balanço geral, o resultado foi positivo, mas reconhecem que a tensão nas relações com os parlamentares persistirá no próximo ano.

É preciso um esforço do Planalto para tentar unificar as ações parlamentares que rendem votos com projetos do governo. Mas, para isso é preciso um plano de convergência para que seja mantido um equilíbrio entre o Executivo e o Legislativo. Lula terá de negociar com Lira, mas assegurando aquilo que é essencial e sobre o qual não pode abrir mão do ponto de vista do programa eleitoral.

BENÇÃO –  Numa decisão de grande importância histórica, o Vaticano anunciou nesta segunda-feira que permitirá que padres concedam bênçãos a casais do mesmo sexo. Essa medida, contrária à doutrina da Igreja Católica que tradicionalmente condena a união homossexual, foi divulgada por meio de um documento autorizado pelo papa Francisco.

Segundo essa decisão, padres católicos romanos agora têm permissão para administrar bênçãos a casais do mesmo sexo, se assim desejarem. No entanto, eles também têm o direito de recusar a realização do ritual, embora estejam proibidos de impedir a entrada de pessoas em qualquer situação em que busquem a ajuda de Deus por meio de uma simples bênção.

SINAL – Além disso, é destacado que a bênção não deve assemelhar-se a uma cerimônia de casamento e não pode ocorrer durante as liturgias regulares da Igreja. O documento ressalta que a posição da Igreja Católica em relação à união entre casais do mesmo sexo permanece considerada como um ato “irregular”, indicando que a doutrina não sofreu alterações, mas ao mesmo tempo afirma que a concessão de bênçãos é um “sinal de que Deus acolhe a todos”.

Com a decisão, o Papa Francisco rompeu uma velha tradição dogmática da Igreja. O impacto será muito forte, inspirado numa absorção da realidade. Não se trata de apoiar ou condenar as pessoas por seus comportamentos nesse campo, mas de apenas respeitar o direito de forma natural que se estabelece no mundo.

Um menino chamado Manuel Bandeira, que sonhava ganhar presentes no Natal

Eu gosto de delicadeza. Seja nos gestos,... Manuel Bandeira - PensadorPaulo Peres
Poemas & Canções

Nascido em Recife, o crítico literário e de arte, professor de literatura, tradutor e poeta Manuel Carneiro de Sousa Bandeira Filho (1886-1968), conhecido como Manuel Bandeira, no poema “Versos de Natal”, evoca a passagem do tempo numa dimensão metafísica, em que o adulto ainda permanece menino.

VERSOS DE NATAL
Manuel Bandeira

Espelho, amigo verdadeiro,
Tu refletes as minhas rugas,
Os meus cabelos brancos,
Os meus olhos míopes e cansados.
Espelho, amigo verdadeiro,
Mestre do realismo exato e minucioso,
Obrigado, obrigado!

Mas se fosses mágico,
Penetrarias até o fundo desse homem triste,
Descobririas o menino que sustenta esse homem,
O menino que não quer morrer,
Que não morrerá senão comigo,
O menino que todos os anos na véspera do Natal
Pensa ainda em pôr os seus chinelinhos atrás da porta.

Um soneto de Machado de Assis indagava: “Mudaria o Natal ou mudei eu?”

Frases de Machado de Assis... - Frases de Machado de AssisPaulo Peres
Poemas & Canções

O jornalista, crítico literário, dramaturgo, folhetinista, romancista, contista, cronista e poeta carioca Joaquim Maria Machado de Assis (1839-1908), no “Soneto de Natal”, faz uma reflexão sobre o ato de criação artística.

SONETO DE NATAL
Machado de Assis

Um homem – era aquela noite amiga,
Noite cristã, berço do Nazareno –
Ao relembrar os dias de pequeno,
E a viva dança, e a lépida cantiga,

Quis transportar ao verso doce e ameno
As sensações de sua idade antiga
Naquela mesma velha noite amiga
Noite cristã, berço do Nazareno.

Escolheu o soneto… A folha branca
Pede-lhe a inspiração; mas frouxa e manca,
A pena não acode ao gesto seu.

E em vão lutando contra o metro adverso,
Só lhe saiu este pequeno verso:
“Mudaria o Natal ou mudei eu?”

Amizade de Moro e Dino traz esperanças de uma política mais limpa e racional

O abraço de Moro e Dino

Flávio Dino recebeu Moro com abraços e afagos na sabatina

Carlos Newton

É preciso sem respeitar a opinião alheia, quando é fruto de boa fé. Como ou sem polarização, não existe alternativa política – o único rumo a tomar é a defesa intransigente da democracia. Mas esse posicionamento não nos obriga a aceitar os exageros do Supremo, que deveria ser exemplar, sempre cumprindo a lei de forma rigorosa. Infelizmente, porém, não é isso que vem ocorrendo desde 2019, quando o STF soltou Lula, num placar apertado, de 6 a 5.

Como diria Leonel Brizola, o Supremo (leia-se: STF e TSE) vem costeando o alambrado da democracia, em busca de brechas inexistentes. Foi assim na decisão que descondenou Lula, assim como no julgamento da suposta parcialidade do então juiz Sérgio Moro e também na condenação do ex-presidente Jair Bolsonaro, por ter realizado uma reunião exatamente igual à que fora realizada pelo então presidente do TSE, Edson Fachin, que em 2020 convocara o corpo diplomático para se queixar do presidente.

EM NOME DA LEI – Ao examinar essas decisões do Supremo e do TSE, qualquer estudante de Direito percebe que as leis estão sendo interpretadas e adaptadas à necessidade dos ministros. Foi assim com a “incompetência territorial absoluta” que permitiu a candidatura de Lula, pois trata-se de norma jurídica somente aplicada em questões imobiliárias, nada a ver com os crimes de corrupção e lavagem de dinheiro que levaram Lula a passar férias numa colônia penal, igual ao Charles Anjo 45 criado por Jorge Benjor.

Esses julgamentos parciais são feitos em nome da lei e da defesa da democracia, embora sejam vexaminosos, como a cassação do deputado Deltan Dallagnol por “presunção de culpa”, um tipo  jurídico inexistente no Direito Universal.

Os ministros do STF se vangloriam desses feitos, dizem que salvaram a democracia, evitaram o golpe militar e tudo mais. Sinceramente, eu teria vergonha de votar assim, mas cada um deve agir de acordo com sua consciência.

TERRORISTAS EM SÉRIE – Também é reprovável a fabricação de terroristas em série, transformando em bárbaros selvagens todos os manifestantes de 8 de Janeiro, quando se sabe que a grande maioria deles não quebrou uma só lâmpada. E jamais poderiam estar sendo julgados pelo Supremo, não é isso que diz a lei. Estão sendo condenados apenas pela presença no local, sem provas de vandalismo, compondo uma barbárie judicial, desculpem a franqueza, às vésperas do famoso Indulto do Natal, que solta tabto criminoso de verdade.

Por tudo isso, achei altamente democrático o encontro festivo entre os ex-juízes Flávio Dino e Sérgio Moro. São amigos há 23 anos, desde a época em que Dino foi eleito presidente da poderosa Associação Nacional dos Juízes Federais.

Por que Dino e Moro teriam de se tornar inimigos devido a divergências ideológicas? Ora, a confraternização deles é altamente democrática – são apenas adversários, não precisam ser inimigos. É uma lição de política que estão dando ao país, mas parece que ninguém quer aprender nada.

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P.S.
Ulysses Guimarães, Tancredo Neves, Teotônio Vilela, Afonso Arinos e Itamar Franco também agiam assim com os adversários, sem considerá-los inimigos e sempre procurando o diálogo. Mas quem se interessa? (C.N.)

Um documentário imperdível: “Não nasci para deixar meus olhos perderem tempo”

Conversa com o fotojornalista Orlando Brito [Reprise] - Rádio Câmara -  Portal da Câmara dos Deputados

Filme retrata Orlando Brito, um fotógrafo espetacular

José Carlos Werneck

São 72 minutos que prendem o espectador do princípio ao fim. É o que acontece com o documentário “Não Nasci Para Deixar Meus Olhos Perderem Tempo”. Com direção de Claudio Moraes, realizado em 2020,o filme mostra a trajetória profissional do repórter fotográfico Orlando Brito, falecido,em 2022, que durante 55 anos documentou magnificamente variados momentos da vida brasileira.

Do ocaso de carreiras artísticas aos momentos conturbados do Brasil em meio a um regime de exceção, seus olhos  testemunharam e filtraram o acontecimentos da História do País.

FOTO POR FOTO – Orlando Brito, acompanhou de perto, as transformações fundamentais da política brasileira. A perfeita duração do documentário mostra o repórter ,coloquialmente, esmiuçando os bastidores, como se folheasse um álbum de memória. Da primeira à última cena, ele explica foto por foto. 

Brito  testemunhou inúmeros processos de construção e destituição do poder, como a ascensão e queda dos presidentes Fernando Collor e Dilma Rousseff.

Corretamente, o repórter fotográfico guardava a indispensável distância emocional dos fatos e jamais revela o que pensa sobre a política. No filme,Brito comenta  os encontros com as pessoas fotografadas, a pose exata em que se encontravam e as despedidas pós-fotos. Realmente, um documentário imperdível!

Problemas para Lula após a reforma tributária, num governo estacionário

Fávaro retornou ao Senado e contribuiu para uma derrota do Planalto

Pedro do Coutto

O governo conseguiu aprovar a reforma tributária na Câmara dos Deputados, o que representou um êxito para a sua iniciativa, sobretudo pelo número de votos alcançados. Há muitos anos a reforma tributária vinha sendo reivindicada pelo empresariado para conter o aumento dos preços e exercer a justiça fiscal no país. A centralização de impostos fortalece o governo. Porém, há problemas à vista.

Um deles é a questão do ministro Carlos Fávaro, da Agricultura, que se licenciou do cargo para votar na indicação de Flávio Dino ao Supremo Tribunal Federal, mas acabou também votando favorável à derrubada de um veto presidencial sobre a questão da demarcação das terras indígenas.

REAÇÃO – Isso acarretou uma movimentação da base do governo contra a posição assumida pelo senador que retorna agora para o Ministério da Agricultura. Foi uma nota fora do tom a praticada por Favaro. A esquerda da base governista começou uma pressão contra o parlamentar.

Outra posição descompassada foi assumida também por Lula ao retomar os ataques contra o Jair Bolsonaro. Com isso, fez-se exatamente o que o ex-presidente deseja, que é manter a polarização entre ele, que se tornou inelegível, e o atual governo. Não foi hábil por parte de Lula esse posicionamento. O ataque dá margem à resposta e aumenta a presença de Bolsonaro no cenário político.

NOMEAÇÃO – Uma outra dificuldade que aguarda solução por parte de Lula é a nomeação do substituto de Flávio Dino para o Ministério da Justiça. Há quem defenda a divisão entre a Justiça e a Segurança Pública. Essa configuração dificilmente terá sucesso. A nomeação é um passo importante para o governo.

As dificuldades tornam-se maiores a cada dia. O presidente não está conseguindo comandar a base política da sua administração. Não é fácil, tendo em vista os interesses políticos em jogo. Mas é importante a realização de um trabalho eficiente que ainda não está acontecendo. Aguardemos a semana que se inicia. O problema todo é causado pela falta de uma articulação efetiva entre o presidente da República e o Congresso Nacional.

João Cabral de Melo Neto e o simbolismo do reinício da vida em todo Natal

ImagemPaulo Peres
Poemas & Canções

 O diplomata e poeta pernambucano João Cabral de Melo Neto (1920-1999), no poema “Cartão de Natal”, mostra o simbolismo do reinício da vida que todo Natal propicia.

CARTÃO DE NATAL
João Cabral de Melo Neto

Pois que reinaugurando essa criança
pensam os homens
reinaugurar a sua vida
e começar novo caderno,
fresco como o pão do dia;
pois que nestes dias a aventura
parece em ponto de voo, e parece
que vão enfim poder
explodir suas sementes:
Que desta vez não perca este caderno
sua atração núbil para o dente;
que o entusiasmo conserve vivas
suas molas,
e possa enfim o ferro
comer a ferrugem,
o sim comer o não.

Prêmio ideal para Dilma Rousseff não é ‘Economista do Ano’, mas a ‘Anta do Século’

frases desconexas de Dilma – Marli GonçalvesCarlos Newton

Embora constituam impagáveis Piadas do Ano, determinadas decisões não podem ser aceitas com naturalidade nem levadas apenas na brincadeira. É preciso também que sejam imediatamente repelidas pelo extrato social, para que fique claro que essas manipulações jamais serão aceitas sem reação pela sociedade. É o caso, por exemplo, da escolha de Dilma Rousseff como “Economista do Ano”, uma premiação que ela nunca fez por merecer.

Na verdade, Dilma Rousseff é um dos maiores equívocos da História Republicana, tendo chegado ao poder apenas pelo desejo de Lula da Silva, que desde sempre procura evitar o surgimento de alguma liderança no PT que possa ameaçar seu protagonismo, tendo transformado a legenda num partido de um homem só.   

FRACASSO ESTRONDOSO – Apelidada de “Poste” pela imprensa e apoiada entusiasticamente por Lula, Dilma conseguiu se eleger em 2010 e 2014, embora seu governo tenha sido um fracasso estrondoso, jamais visto antes.

A principal façanha dela como “economista” foi autorizar o trêfego Guido Mantega, ministro da Fazenda, a maquiar as contas públicas e criar a “contabilidade criativa”, com as pedaladas fiscais que encobriam o déficit público e transportavam os prejuízos para o ano seguinte.

Quando começaram as críticas às pedaladas, Dilma levou na brincadeira. Com a maior desfaçatez, mandou o Planalto comprar uma bicicleta de luxo e passar a passear nela toda manhã.  E desafiava, dizendo: “Estou pedalando, vejam!”

DEU TUDO ERRADO – O resultado todos sabem. As pedaladas criaram uma recessão brutal, com queda de 7,7% do PIB per capita em dois anos e mais 3 milhões na lista de desempregados. Constatou-se que o “Poste” de Lula era de péssima qualidade e foi facilmente derrubado, ninguém aguentava mais tanta incompetência e tamanha metidez.

Seis anos depois, o ex-presidiário Lula da Silva voltou ao poder, mas não chamou Dilma Rousseff para integrar o governo. Ela reclamou e o presidente então teve uma ideia genial. Indicou-a para ser presidente do Banco dos Brics, na China, bem longe, lá do outro lado do mundo, para se livrar dela por uns tempos, até julho de 2025.

Agora, o Conselho Nacional de Economia, uma entidade classista dominada pelo PT, decide eleger Dilma como “Economista do Ano”. Esperava-se um festival de protestos, mas os brasileiros parecem anestesiados e encaram tudo como “novo normal”, embora a decisão seja altamente ofensiva à dignidade da classe dos economistas.

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P.S,
Se Bussunda ainda estivesse conosco, ele diria: “Fala sério!”. E certamente defenderia a indicação de Dilma Rousseff para “Anta do Ano”, porém não dá mais tempo, porque a ministra do Racismo, cujo nome não consigo lembrar, passou na frente e recebeu o prêmio com meses de antecedência, pensando que Dilma fosse “hors concours” e estivesse impedida de participar. (C.N.)

Foi-se o tempo em que os brasileiros confiavam nos ministros da Suprema Corte…

Charge do Zé Dassilva: Ninguém precisa saber - NSC Total

Charge do Zé Dassilva (NSC Total)

Vicente Limongi Netto

Não vejo, não escuto nem leio entrevistas de monstros diluvianos, fantasiados de pomposos ministros do Supremo Tribunal Federal (STF). Não merecem minha confiança, muito menos meu respeito. De cidadão pagador de impostos, perto de completar 80 anos de idade. É estarrecedor o quadro daqueles senhores, vestais grávidas, enchendo a boca para jurar que são isentos, operosos e patriotas.

A maioria deles, usando perucas ou cabelos e sobrancelhas pintadas de preto, imitando as asas de graúnas. Patéticos. Duro saber qual deles é o pior, o mais dissimulado e o mais constrangedor. Foi-se o tempo em que os brasileiros confiavam nas ações dos magistrados da Suprema Corte, hoje vilipendiada, onde se reúnem os santos do pau oco. Tenho ânsias de vômito.

CLAMOR SOFRIDO – “Tem uma moeda aí, tio?” – é o clamor sofrido das ruas. Vindo de crianças, adultos e adolescentes. Mãos estendidas. Caixinhas de papelão, caixas de sapatos e latas de leite compõem o cenário frio, humilhante, melancólico. Vozes trêmulas. Pés descalços. A fome anunciada pelos olhos tristes. É o Natal chegando.

Significa esperança de ganhar algum trocado para comer. Quem sabe, um Natal menos amargo e dolorido. As caixinhas também são vistas em balcões de lojas, padarias, lavanderias, papelarias e bancas de jornais. Embora empregados, ninguém se acanha. O dinheiro é curto. Caixas e latas marcam a linha da fome e da miséria. Chegam juntas. A fome é diária. Não avisa.

Semáforos, estacionamentos, portas de bares, restaurantes e de lanchonetes fazem das caixinhas e latas o porto da esperança. Sonhando com a caridade de corações bondosos.

FIM DA PICADA – Devotado leitor e observador do que realmente merece ser lido, exaltado e criticado, achei o fim da picada a entusiasmada baboseira de um badalado colunista do Jornal de Brasília (14/12), especializado em banalidades e futricas, revelando para o Brasil e para o mundo, “Um novo Aécio”.

Imaginei, pelo título, que se tratava de um novo deputado Aécio, empenhado agora em discutir problemas brasileiros, em busca de melhorias para o massacrado, humilhado e abandonado cidadão. Estava pronto para aplaudir meu ex-colega de “peladas” no Gerovital. Mas qual. A formidável notícia informa, entre outras patéticas pérolas, que o ex-governador emagreceu 8,5 quilos e ganhou 4 kg de massa muscular. 

Melancólico, vesgo e medonho jornalismo! O que o leitor, esclarecido e exigente, tem a ver se Aécio emagreceu ou engordou? Tenham paciência! Até barbaridades têm limites. Francamente.

Nesta quarta-feira, Milei já começa a enfrentar protestos contra o governo

Milei assume presidência da Argentina apostando em | Internacional

Javier Milei é um falso libertário e não está agradando

Roberto Nascimento

Promessas ilusórias de campanha – eis uma desonestidade que praticamente todo candidato faz. Anuncia uma coisa, porém, quando se depara com a realidade, tem que se curvar a ela. No entanto, é muito pior quando não promete, não fala nada e começa a agir contra o povo logo após tomar posse. O exemplo mais clássico e recente é de Javier Milei, que preside a Argentina desde domingo, dia 10, e está decepcionando a todos.

Comporta-se como se o país lhe pertencesse. Primeiro, uma medida amoral e imoral, ao assinar um decreto permitindo o nepotismo, para nomear sua inexperiente irmã como ministra do governo. Depois, deu um golpe no povo, congelando os salários e aposentadorias, ao mesmo tempo em que aumentava as tarifas públicas e valorizava o dólar.

AMEAÇA PRENDER – Milei não tinha uma semana no cargo e já ameaçava prender quem saísse às ruas para protestar. E a liberdade tão propalada na campanha? Era tudo mentira, o autoproclamado libertário não passa de mais um projeto de ditador.

As Centrais Sindicais já marcaram uma manifestação para quarta-feira, dia 20 de dezembro, na Praça de Maio. A ministra da Segurança Pública, Patrícia Bullrich, a terceira colocada na disputa presidencial, aquela que Milei chamava de “guerrilheira dos Montoneros”, disse que as Forças Armadas vão reprimir com violência, se os manifestantes bloquearem as vias de acesso a Buenos Aires. Ou seja, vão empurrar a massa, o povo argentino, para o Rio da Prata em Porto Madeiro, de costas para a Casa Rosada.

SEM PROJETO – O pacote de medidas econômicas anunciado por Milei mostra que o governo não se preparou e não tem projeto. Sua equipe deveria ter estudado a história recente do Brasil, para traçar um programa nos moldes do Plano Real, que incluiu a criação de uma moeda intermediária, a URV (Unidade de Valor Paralelo), que fazia a conversão dos preços e valores para o novo padrão monetário, na tentativa de controlar a inflação, até a adoção do real.

Foi assim que a equipe econômica do governo Itamar Franco, comandada pelo embaixador Rubens Ricúpero, estabilizou a economia brasileira e colocou a inflação sob controle. A nova moeda nacional então foi equiparada ao dólar, mantendo o poder de compra do trabalhador de baixa renda.

O programa foi vitorioso, mas aumentou o desemprego, porque não se faz omelete sem quebrar ovos – as medidas drásticas na economia sempre têm contraindicações.

HAVERÁ PROTESTOS – O problema é que os argentinos não são como os brasileiros, que aceitam todas as imposições dos trogloditas de plantão. Eles partem para a briga, sem medo de ser feliz.

É uma perversidade o congelamento de salários e proventos de aposentadoria, enquanto vai de vento em popa a desvalorização da moeda, projetando-se uma inflação mensal de 20%, e os especialistas atestam que o acumulado da inflação alcançará o patamar de 200% neste final do ano.

A situação é dramática. O discurso libertário de Milei era pura mentira de campanha, ele realmente não se preparou para exercer o poder. Nesta quarta-feira teremos uma ideia. Se a polícia e os militares agirem com violência contra os manifestantes, o retrocesso político-institucional pode ser inevitável.

Não há dúvidas: Governo Lula comete erros desnecessários e preocupantes

Lula disse estar feliz por ter colocado um “ministro comunista” no STF

Pedro do Coutto

O veto integral do presidente Lula ao projeto de lei que estende a desoneração da folha salarial por mais quatro anos a 17 grandes setores da economia foi rejeitado pelo Congresso Nacional na última quinta-feira. O governo havia se oposto totalmente a esse incentivo fiscal, aprovado pelo Senado em outubro, e agora o texto segue novamente para sanção.

A desoneração, implementada em 2012, tem sido prorrogada para atender à demanda dos setores mais significativos em termos de empregabilidade no país. A atual desoneração permanecerá em vigor até 31 de dezembro de 2023.

REFLEXOS – A derrubada do veto era esperada. Caso fosse reformulada a desoneração haveria grandes reflexos no mercado. O presidente Lula não avaliou bem a questão. Antes da votação do veto, em uma coletiva de imprensa, o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco, expressou seu apoio à desoneração da folha para esses 17 segmentos. No entanto, destacou que a decisão do Congresso não exclui a possibilidade de negociações futuras com a equipe econômica do governo para explorar alternativas viáveis.

Pacheco afirmou: “A desoneração já é uma política existente, com alta empregabilidade, algo que não podemos perder em um momento de desemprego no país. Estamos propondo a prorrogação, o que considero apropriado. As sugestões do governo para a desoneração devem ocorrer com a prorrogação em vigor”.

RECURSO – O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, afirmou, também na quinta-feira, que o governo deverá recorrer à Justiça após a decisão do Congresso Nacional.  Segundo Haddad, o governo pedirá ao Judiciário que considere inconstitucional a proposta que prorroga até 2027 a desoneração da folha de pagamento de 17 setores da economia.

“Não existe da nossa parte nenhum ânimo de antagonizar. Nós queremos uma solução. Então nós vamos buscar o auxílio do Judiciário neste caso, mas também vamos apresentar ao Congresso […] uma alternativa ao que foi aprovado”, afirmou. A sensibilidade política indica que um possível recurso ao Supremo será inócuo, gerando a sua rejeição reflexos contrários ainda mais amplos sobre o governo.

IRONIA –  Outro passo mal dado pelo governo concentrou-se na declaração dada por Lula durante a Conferência Nacional da Juventude ao dizer que estava feliz por colocar um “ministro comunista” no STF, referindo-se à aprovação, no Senado, de Flávio Dino para a Suprema Corte, ocorrida na quarta-feira.

Foi uma provocação desnecessária. Dino foi filiado ao PCdoB por 15 anos, mas no fundo é um reformista. Foi uma fala do presidente Lula desnecessária, ainda que de forma irônica pelo fato de, durante a sabatina na Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania, Flávio Dino ter sido chamado repetidamente de comunista por bolsonaristas. Lula precisa se controlar, sobretudo nos cenários em que se sente estimulado a falar de forma improvisada.

No caminho do trabalho, Bastos Tigre consulta a razão e tem uma surpresa

Veredas da Língua: Bastos Tigre – Poemas | Poemas, Citações, PensamentosPaulo Peres
Poemas & Canções

O engenheiro, publicitário, bibliotecário, humorista, jornalista, compositor e poeta pernambucano Manoel Bastos Tigre (1882-1957), no poema “Voz Interior”, depois de tanto filosofar, encontra a resposta para o seu questionamento. Detalhe: Bastos Tigre era autor dos mais criativos anúncios afixados no interior dos bondes, principal meio de transporte de sua época, inclusive os versos que transformaram o xarope Rhum Creosotado num campeão de vendas: ”Veja, ilustre passageiro/ O belo tipo faceiro/ Que o senhor tem ao seu lado./ E, no entanto, acredite,/ Quase morreu de bronquite./ Salvou-o o Rhum Creosotado!“.

VOZ INTERIOR
Bastos Tigre

Quem sou eu? De onde venho e onde acaso me leva
O Destino fatal que os meus passos conduz?
Ora sigo, a tatear, mergulhado na treva,
Ou tateio, indeciso, ofuscado de luz. 
Grão, no campo da Vida, onde a morte se ceva?
Semente que apodrece e não se reproduz?
De onde vim? Da monera? Ou vim do beijo de Eva?
E aonde vou, gemendo, a sangrar os pés nus?
Nessa esfinge da Vida a verdade se esconde;
O espírito concentro e consulto a razão,
E uma voz interior, sincera, me responde:
– Quem és tu? Operário honesto da nação.
De onde é que vens? De casa. Onde é que estais? No bonde.
Para onde vais? Não vês? Para a repartição.

Lula desapontado, porque a Bolsa e o dólar indicam que o mercado confia em Haddad

Haddad anuncia novos indicados para diretorias do Banco Central; veja quem são | CNN Brasil

Haddad comemora essa reação positiva do mercado

Carlos Newton

Como dizia o Barão de Itararé, era só o que faltava… Justamente quando Lula da Silva intensifica sua campanha para enfraquecer o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, que ele considera seu principal adversário na eleição de 2026, o mercado dá uma resposta inteiramente contrária. Um dia depois da decisão do Copom (Conselho de Política Monetária), que cortou a Selic, taxa básica de juros, de 12,25% para 11,75% ao ano, a Bolsa de Valores bateu recorde, fechando na quinta-feira em exatos 130.842 pontos, uma alta de 1,06%. e a moeda norte-americana recuou, sendo cotada a R$ 4,91. Na sexta-feira, a Bolsa teve pequena queda, mas ficou acima dos 130 mil pontos.

São notícias auspiciosas para a política econômica, fortalecendo Haddad, pois os três integrantes do Copom nomeados por ele votaram junto com o presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, que mais uma vez conseguiu uma decisão unânime.

ALEGRIA E TRISTEZA – Para o empresariado e o mercado financeiro, foi um presente de Natal antecipado, com inflação em baixa, de fazer inveja a muito país desenvolvido. Para o presidente Lula da Silva, porém, essas boas notícias têm um lado muito negativo.

O presidente repete o erro de Jair Bolsonaro e só pensa na reeleição, que depende de afastar os concorrentes que possam derrotá-lo. Já conseguiu se livrar de Flávio Dino, que ficará fora da política, aprisionado a uma cadeira no Supremo. Mas falta se livrar de Haddad, um político em nítida fase de ascensão.

Nesse sentido, a resposta do mercado é desanimadora,porque ninguém esquece a campanha que Lula vem fazendo contra o presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, que não dá a menor confiança aos queixumes do petista.  

HADDAD EM ALTA – Ao mesmo tempo, o balão de Haddad está subindo, insuflado pelo sopro dos investidores e dos empresários, justamente quando Lula mandou o PT aumentar o fogo amigo contra o ministro, que não aceitar elevar a dívida pública para o governo fazer política eleitoral e distribuir recursos aos parlamentares aliados.

Sem saber o que significam teorema e equação, Lula tem de solucionar uma questão desafiadora e inquietante. Como prosseguir a campanha contra Haddad, se a economia estiver indo bem, como a Bolsa em alta, o dólar caindo e a inflação sob controle?

Se continua atiçando os cachorros petistas de Gleisi Hoffmann contra Haddad, LuLa pode acabar caindo no ridículo, porque Haddad decidiu enfrentá-lo, e dá sucessivas declarações a favor da austeridade fiscal, que o PT chamada de “austerícidio”, vejam o grau de irresponsabilidade e desfaçatez a que chegamos.

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P.S.
Quanto a Haddad, o tempo é seu aliado. O dólar em baixa reduz um pouco o lucro dos exportadores agrícolas, mas o mundo continua produzindo menos do que necessita para se alimentar, o que torna inevitável a alta dos preços lá fora, beneficiando o Brasil. E Lula, se continuar atacando Haddad, pode acabar sendo internado num hospital psiquiátrico que aceite cartão corporativo. (C.N.)

Mercado em festa! Dólar cai e Bolsa tem alta e fecha na maior pontuação já alcançada

A Bolsa (B3) está com um novo horário hoje; entenda o motivo | 1 Bilhão | iG

Mercado reagiu bem à decisão do Copom e exibiu otimismo

José Carlos Werneck

O Ibovespa, principal índice acionário da bolsa de valores brasileira, a B3, fechou em alta nesta quinta-feira,acima dos 130 mil pontos e atingindo o maior patamar de fechamento da história. Foi um dia de recorde, Ibovespa de exatos 130.842 pontos, uma alta de 1,06%. e a moeda norte-americana recuando 0,07%, sendo cotada em  R$ 4,9144.

O resultado superou o recorde registrado em 7 de junho de 2021, quando encerrou o dia cotado a 130.776 pontos.

O clima de otimismo repercute as decisões de quarta-feira na política monetária daqui e lá de fora. No Brasil, o Comitê de Política Monetária (Copom) cortou a Selic, taxa básica de juros, em 0,5 ponto percentual, de 12,25% ao ano para 11,75% ao ano.

NA MATRIZ – Já nos Estados Unidos, o Federal Reserve (Fed, o banco central americano) manteve seus juros entre 5,25% e 5,50% ao ano, mas com o presidente da instituição, Jerome Powell, sinalizando que os aumentos no país podem ter chegado ao fim.

Como se vê, o pessoal do mercado confia na política Econômica, capitaneada pelo ministro da Fazenda, Fernando Haddad, e pelo presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, e o resto é pura bobagem!

Dando mais votos para Gonet do que para Dino, a oposição ficou satisfeita

Dino e Gonet foram sabatinados pela CCJ durante cerca de 10 horas

Pedro do Coutto

Ao conseguir uma votação maior para Paulo Gonet do que para Flávio Dino, a oposição marcou uma posição política que certamente incomodou o presidente Lula da Silva.  Além disso, deve também ter contrariado o presidente da República o abraço efusivo que Dino trocou com Sergio Moro.

Afinal, Moro, quando juiz, foi o responsável pela condenação de Lula, que posteriormente livrou-se da condenação e, com isso, conseguiu se candidatar ao pleito de 2022, alcançando a vitória. São coisas da política que se desenrolam em um  momento ainda difícil para o governo, que também encontra dificuldades junto ao Congresso.  

EQUÍVOCOS – O Planalto não está sendo bem assessorado e os equívocos se repetem sem que ocorra uma apreciação melhor e maior das matérias em pauta. Agora, um novo problema surge no horizonte que é a nomeação do titular ou da titular do Ministério da Justiça, pois Flávio Dino assumindo a cadeira no STF deixa a pasta sem comando.

Os interessados na nomeação se mobilizam. O governo necessita, o que não vem acontecendo, de maior rapidez na escolha dos nomes em suas decisões. O quadro partidário é complexo . As questões pendentes a partir de agora estabeleceram uma melhor visão panorâmica do quadro político no país.

CENÁRIO INTERNACIONAL –  No Oriente Médio os combates continuam, assim como na Ucrânia. Os esforços pela paz não têm atingido êxito. E, nos Estados Unidos, a Câmara dos Deputados aprovou o pedido de impeachment contra o presidente Joe Biden.

Dificilmente haverá êxito, pois no Senado a maioria é democrata. Mas existem problemas à vista. Devemos aguardar os próximos passos das forças atuantes em todos esses contextos.

Uma canção que faz um alerta para a necessidade de preservar o Pantanal

Cantor Paulo Simões leva nova turnê "Sonhos Guaranis" para três cidades de  MS - A Crítica de Campo Grande

Simões, grande compositor pantaneiro

Paulo Peres
Poemas & Canções

O cantor e compositor carioca Paulo Simões mora em Campo Grande, MS, onde passou parte da adolescência descobrindo amigos e futuros parceiros, como os irmãos Geraldo e Celito Espíndola, Geraldo Roca e Almir Sater. Devido a isso, Paulo Simões consegue ter sentimentos iguais a quem nasce no Pantanal.

INTERIOR
Celito Espíndola e Paulo Simões

Coração de quem nasceu no interior
Sente paixão igual, seja peão, seja doutor
Solidão ninguém viveu superior
E nem foi tão real, quanto esse chão
Quanto essa dor

A fazer nossa pior ferida
Penas da própria vida
Alvo de um caçador

Pra render a violência vã
Foi minha mente sã
Que me fez um cantor

Coração de quem nasceu no interior
Sente paixão igual, seja peão, seja doutor
Solidão ninguém viveu superior
E nem foi tão real, quanto esse chão
Quando essa dor

De saber que o futuro vem
Trocar o que se tem
Por um outro valor

De temer que o progresso quer
Deixar em todo verde
Seu sinal detrator

Lula se livrou de Dino, forte concorrente à sucessão, agora falta descartar Haddad

100 dias de governo Lula: Dino e Haddad têm destaque entre | Política

Haddad e Dino são duas lideranças que Lula tenta conter

Carlos Newton

É impressionante. O terceiro governo Lula da Silva nem completou o primeiro ano e o presidente dedica-se quase exclusivamente à reeleição em 2026, cometendo o mesmo erro de seu antecessor Jair Bolsonaro. De início, anunciou que seria sua última eleição. Porém, quando o americano Joe Biden lhe disse que iria se candidatar novamente perto de completar 82 anos, Lula animou-se todo, descartou a promessa e agora parece a dona Bela e “só pensa naquilo”.

Ao invés de se preocupar com o governo, Lula dedica-se a percorrer o mundo, para tentar o velho sonho do Nobel da Paz, que jamais lhe será concedido, pois o Comitê tem mais o que fazer, já errou na escolha várias vezes, porém jamais premiou um ex-presidiário condenado unanimemente em três instâncias por corrupção e lavagem de dinheiro, que saiu da prisão e se candidatou de novo sabe-se lá como…

FURACÃO DINO – Não há dúvida de que Flávio Dino seria um fortíssimo candidato à eleição em 2026. Ele sabe fazer política como ninguém, em pouco tempo tornou-se famoso nacionalmente, tem o poder de atrair os jornalistas, é um verdadeiro furacão.

Lula é ignorante, mas não é burro. Muito belo contrário. Sentiu logo o golpe, percebendo que tinha um forte concorrente dentro de seu próprio quintal, bem mais jovem do que ele e com um apetite pelo poder que não deixa margem a dúvidas.

A vaga no Supremo foi providencial. Para todo operador do Direito, é um sonho irresistível, especialmente para Flávio Dino, que aos 32 anos já presidia a importantíssima Associação Nacional dos Juízes Federais. Ele caiu no conto da sereia petista, saiu fora do páreo, mas não abandonou a ideia de tentar a Presidência mais para a frente, ninguém deve brigar com o destino.

FALTA HADDAD – Dino já está descartado, agora falta Fernando Haddad. O presidente Lula não está gostando nada da aceitação de Haddad pelo mercado. O ministro da Fazenda está demonstrando um extraordinário equilíbrio e não mistura as coisas, a ponto de nomear para o Banco Central dois economistas que no Copom estão votando fechados com Roberto Campos Neto, presidente do BC.

A inflação está baixa, fazendo inveja a muitos países desenvolvidos, e o problema maior é conter a expansão da dívida pública, uma política que deixa Lula alucinado, mas Haddad e Campos Neto fingem não ouvir.

No desespero, Lula dá declarações criticando a política econômica e manda a serviçal Gleisi Hoffmann soltar os cachorros do PT em cima de Haddad, que está suportando o bombardeio, mas ninguém sabe até quando vai aguentar.

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P.S.
Bem, este é o panorama visto da ponte de Brasília, como diria o genial Arthur Miller, falando baixinho ao ouvido de Marilyn Monroe. A única certeza a extrair desse episódio de traições e de fogo amigo é que Fernando Haddad está se tornando um político admirável e seria um presidente muito melhor do que Lula da Silva, que torce para que seu ministro da Fazenda peça demissão o mais rápido possível. Acontece, porém, que Haddad aprendeu a jogar o xadrez político e não quer sair voluntariamente. Bem, existe um ditado capitalista que Lula não conhece e explica bem a situação – “Jamais contrate quem você não pode demitir”. O presidente sonha (?) que o ministro peça demissão, mas isso pode não acontecer tão cedo e haverá um enorme desgaste do governo petista. (C.N.)

Dino prometeu que no Supremo deixará de ser político, mas é só conversa fiada

Dino: leis não podem ser derrubadas por decisões monocráticas | Metrópoles

Dino criticou decisões monocráticas de ministros do STF

Vicente Limongi Netto

Inacreditável o interminável confete da mídia, em geral, para o novo eleito e futuro ministro do STF, Flávio Dino. Depois da rinha na sabatina no Senado, Dino voltou ao normal. Sorridente, falando sem freios na língua, abusando das ironias e dos sarcasmos e, claro, botando nas nuvens seu amo e santo, Luiz Inácio Lula da Silva.

Digna de aplausos a gratidão de Dino. O coração do neoministro sabe ser humilde, quando deve. Na Suprema Corte Flávio Dino será apenas mais um ministro cumpridor de ordens de Lula e do PT. Conversa fiada foi jurar de pés juntos, como fez na sabatina, que na Suprema Corte deixará de ser político.

ELEGÂNCIA DE SARNEY – Na sabatina, o senador ex-deputado e ex-governador Eduardo Braga (MDB -AM)  não fez perguntas aos dois candidatos. Preferiu revelar que, cedo, recebeu ligação do ex-presidente Sarney, segundo Braga, figura respeitadíssima no partido, pedindo que os senadores do MDB votassem pela aprovação do nome de Flávio Dino.

Gesto elegante e grandioso de Sarney, sabidamente, até pouco tempo, ferrenho adversário político de Dino, no Maranhão.

Recorde-se, também, nessa linha, que antes de anunciar Flávio Dino como ministro da Justiça, lula foi pessoalmente consultar Sarney. Política boa não se faz com o fígado, mas com o cérebro.

ZONA FRANCA – Eduardo Braga salientou a Dino que a zona franca de Manaus permanece altiva e gerando milhares de empregos diretos, graças ao constante apoio do Judiciário. Sobretudo do Supremo, ponto final e porto seguro dos assuntos ligados ao pólo industrial de Manaus.

Braga lamentou que alguns setores permaneçam ultrajando e tentando prejudicar a zona franca. Para o senador, a zona franca é o maior programa do Brasil em defesa do meio ambiente e da preservação da floresta.

Por fim, a Confederação Nacional do Comércio (CNC) projeta aumento de 1,8% do varejo em 2023 e 1,5% em 2024. Segundo a entidade, a maio alta do ano foi no segmento de combustíveis, enquanto a maior queda foi nas vendas de artigos de uso pessoal e doméstico.