MEC vai propor lei para proibir uso de celulares em salas de aula

Alunos vivem quase que integralmente conectados

Pedro do Coutto

O governo está preparando um projeto de lei proibindo o uso do telefone celular dentro de salas de aulas de escolas públicas e privadas do país. De acordo com o Ministério da Educação, a proposta vai ser apresentada ao Congresso Nacional no próximo mês. Ainda segundo a pasta, a intenção é garantir maior segurança jurídica a Estados que já possuem leis que proíbem o uso dos aparelhos em salas de aulas. Um exemplo é o Ceará, reduto eleitoral do ministro da Educação, Camilo Santana, que aprovou uma lei sobre o tema em 2008.

Em São Paulo, está em tramitação também um PL que estabelece a proibição do uso dos celulares em escolas do Estado. A proposição atualmente está na Comissão de Constituição e Justiça da Assembleia Legislativa de São Paulo e acendeu discussões por parte de educadores e gestores públicos.

PROIBIÇÃO – Segundo a pesquisa TIC Educação 2023, lançada no mês passado pelo Comitê Gestor da Internet no Brasil, 28% das escolas de ensino fundamental e médio públicas e particulares do Brasil proíbem o uso de celular pelos alunos. O levantamento mostrou também que 64% das instituições permitem, mas restringem o acesso aos telefones a determinados espaços e horários.

O MEC argumenta que a proibição dos celulares em salas de aula vai de encontro com o resultado de estudos internacionais sobre o tema. As pesquisas citadas pela pasta apontam que os aparelhos causam distrações nos estudantes, interferindo no aprendizado.

Em julho do ano passado, a Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco), divulgou um relatório onde alertava sobre o uso excessivo de telas por crianças e adolescentes. A entidade também citou exemplos de países onde o uso é proibido.

TECNOLOGIAS – “Dados de avaliações internacionais em larga escala sugerem uma correlação negativa entre o uso excessivo das tecnologias de informação e comunicação e o desempenho acadêmico. Descobriu-se que a simples proximidade de um aparelho celular era capaz de distrair os estudantes e provocar um impacto negativo na aprendizagem em 14 países”, destaca a Unesco.

Para ser aprovado no Congresso, o projeto de lei que será apresentado pelo MEC será discutido pelos parlamentares e precisará ser aprovado por maioria simples da Câmara dos Deputados e do Senado Federal. Passado pelo Congresso, ainda é necessária uma sanção do presidente Lula da Silva. Será necessário, caso o projeto de lei se torne uma norma nas instituições, um alinhamento de ações educacionais, pois a questão poderá se tornar uma grande confusão, já que atualmente milhões de alunos utilizam aparelhos celulares quase que em tempo integral.

Nossa alma tem de ser uma fundamental e inseparável companheira

Entrevista – Página: 1071 – JP Revistas

Limongi exalta a alma

Paulo Peres
Poemas & Canções

O jornalista e poeta amazonense Vicente Limongi Netto, radicado há anos em Brasília, poetizou que sua “Alma Amorosa” percebe tudo quanto é necessário para fazê-lo ditoso cotidianamente.

ALMA AMOROSA
Vicente Limongi Netto

 

Minha alma é inseparável companheira
Nosso amor é indissolúvel
Nada nos separa
Vamos juntos para o infinito da eternidade
Trocamos ideias
Tratamos assuntos amargos com otimismo
Com a alma vou ao paraíso
Repouso nos braços dela
Minha alma é cativante
Senhora de si
Repele sandices
Nada nos falta
Ela percebe meus gostos
Minhas aflições
Meus desejos
Sabe por quem tenho carinho
Com minha alma costumo visitar as estrelas
Somos recebidos com banhos de água benta e folhas de alcatrão
Ficamos com elas longos tempos
Aprendendo a ter paciência
A conter os ânimos
Frear a língua
As estrelas são sábias conselheiras
Nos tornam melhores
Minha alma não sofre por nada
Temos sempre palavras de ternura
Minha alma não me deixa sofrer
Não ter pesadelos
Ela sabe o que preciso para ser feliz.

Lembrem o óbvio: se houvesse maior fiscalização, haveria menos queimadas

Queimadas em território florestal.

Na área de encosta o fogo se espalha com mais rapidez

Roberto Nascimento

As queimadas para fazer o manejo da terra e os consequentes incêndios florestais não são invenção brasileira. Muito pelo contrário, existem desde tempos imemoriais e tão cedo isso não acaba. O problema ocorre em todos os países do mundo em que há expressiva produção agrícola, incluindo Estados Unidos, Canadá, Índia, Austrália, Rússia e China.

A União Europeia, formada por países que se incendeiam anualmente, está aproveitando as queimadas provocadas pelos fazendeiros do Brasil e querem boicotar a importação de nossos principais produtos agrícolas e beneficiar os ruralistas locais.

COMO PROVAR? – Criar esse tipo de lei é fácil, mas é muito difícil provar que esse ou aquele produto agrícola é oriundo de desmatamento. Vai ser uma briga danada, porém certamente os países da UE vão arranjar as mais implausíveis justificativas para instituir o boicote.

No mundo inteiro, há fazendeiros que queimam as plantações após o corte, para renovar a pastagem para gado ou fazer o manejo da terra para suas culturas.

O problema aqui no Brasil e em outros países é que passaram a fazer também queimadas para desmatamento, destinadas a aumentar os campos de cultivo ou criação. Assim, deram um tiro no próprio pé, porque passaram do ponto, a seca foi muito mais intensa e espalhou o fogo da destruição pelo mundo, e aqui o Brasil foi praticamente inundado de fumaça tóxica.

PRIMEIRAS PRISÕES -Amazônia, Pantanal, Cerrado e até o interior de São Paulo ardendo no fogo da destruição. Foram além do previsível, o fogo ficou sem controle e a tendência é piorar, porque estamos longe do período de chuvas torrenciais, que começa em novembro. E o calor do verão promete ser avassalador.

 A Polícia Federal acaba de divulgar a prisão de incendiários do Pantanal, procurados desde as queimadas de 2020.

Essas áreas desmatadas pelo fogo estavam sendo usadas para pastagem de gado. Evidente, que pecuaristas de Corumbá estão no foco do crime.

SEM FISCAIS – Se houvesse fiscalização, nada disso aconteceria, porque no Pantanal o produtor agrícola tem de manter como reserva 50% da área de sua propriedade. Se queimou a floresta para ampliar pastagens, é fácil constatar, via satélite, mas não há vontade política.

Se não houver fiscalização, a tendência é acabar o Pantanal e secar a maior parte da região, conforme denuncia a ministra Marina Silva.

Se isso acontecer, esses criminosos vão usar os lobistas do Senado e da Câmara para conseguir bilhões de reais do Orçamento para usar o aquífero (águas subterrâneas) e dar de beber ao gado.

OMISSÃO TOTAL – O que o governador Eduardo Riedel, do Mato Grosso do Sul, tem feito para coibir esse crime ambiental das queimadas provocadas em áreas privadas? Pelo visto, nada vezes nada.

Essa leva de políticos e de governadores é a pior de todos os tempos. O Brasil inteiro está sendo desmatado, o governo federal está claramente se omitindo e os governadores também nada fazem.

E não há a quem reclamar, porque os três Poderes são cúmplices entre si.  

Eleitores de última hora podem decidir pelos líderes nas pequisas

Uma antiga história antiga, na poesia do mestre Raul de Leoni

Tribuna da Internet | A liberdade plena da vida dos ciganos, na inspirada  poesia de Raul de LeôniPaulo Peres
Poemas & Canções

O advogado e poeta Raul de Leoni (1895-1926), nascido em Petrópolis (RJ), expressa nos versos de “Minha História” tudo quanto um olhar pode acarretar pela vida afora: otimismo, inocência, dúvida, indiferença, amor, fantasia e incompreensão para dizer algo.

HISTÓRIA ANTIGA
Raul de Leoni

No meu grande otimismo de inocente,
Eu nunca soube por que foi… um dia,
Ela me olhou indiferentemente,
Perguntei-lhe por que era… Não sabia…

Desde então, transformou-se de repente
A nossa intimidade correntia
Em saudações de simples cortesia
E a vida foi andando para frente…

Nunca mais nos falamos… vai distante…
Mas, quando a vejo, há sempre um vago instante
Em que seu mudo olhar no meu repousa,

E eu sinto, sem, no entanto compreendê-la,
Que ela tenta dizer-me qualquer cousa,
Mas que é tarde demais para dizê-la…

União Europeia está declarando guerra contra as exportações brasileiras

Exploração de madeira na Amazônia atinge 464 mil hectares em 2020 - Instituto Humanitas Unisinos - IHU

Desmatamento visa a extrair madeira para vendê-la 

Carlos Newton

É da maior gravidade a lei adotada pelo Parlamento da União Europeia sobre desmatamento. Representa uma declaração de guerra comercial contra o Brasil, comandada pelo presidente francês Emmanuel Macron, para proteger e abrir mercado aos produtores rurais da França e dos demais membros da UE, mesmo que não sejam competitivos.

Sob a denominação de Regulamento para Produtos Livres de Desmatamento (EUDR), foi aprovada em maio de 2023 e tem aplicação prevista para dezembro de 2024.

A justificativa é tipo Piada do Ano, porque a lei visa reduzir a contribuição da UE para o desmatamento global, que é um dos principais fatores da mudança climática. Ao invés de impor um novo esforço de reflorestamento na Europa, o tal regulamento  proíbe a importação de produtos originários de áreas desmatadas, mesmo que o desmatamento seja legal.

RESERVA ESTRATÉGICA – A coisa funciona assim – os produtores rurais europeus não aceitam reflorestar áreas hoje improdutivas, preferindo deixá-las como reserva estratégica para novas plantações que possam ser futuramente reativadas.

Para proteger essas áreas e obrigar que haja reflorestamentos em países do Terceiro Mundo que se tornaram grandes produtores agrícolas, como é o caso do Brasil e da Índia, a União Europeia vai definir uma lista de nações de baixo, médio ou alto risco, com base nos seus índices e controles de desmatamento. Países com maior risco terão que apresentar mais detalhes e dados de rastreamento.

O Brasil é um dos maiores exportadores de carne, frango, soja e café do mundo, e especialistas acreditam que o país entrará na lista vermelha de países de alto risco. 

PRODUÇÕES NO INDEX – A falta de clareza na lei preocupa os agroexportadores brasileiros, que temem que as restrições possam ameaçar quase um terço das exportações para a UE.

 A lista de produtos incluem sete setores, sendo a maioria da pauta de exportação brasileira para os europeus: carne, café, cacau, produtos florestais (papel, celulose e madeira), soja e borracha, além do óleo de palma, único produto que o Brasil não exporta, mas inclui derivados, como couro, móveis e chocolate.

O governo brasileiro enviou nesta quarta-feira (11) uma carta à cúpula da UE pedindo que a legislação não seja aplicada, sob risco de impactar diretamente as exportações para os países da região. O texto é assinado pelos ministros da Agricultura, Carlos Fávaro, e das Relações Exteriores, Mauro Vieira.

PEDIDO DE REVISÃO – “O Brasil é um dos principais fornecedores para a UE da maioria dos produtos objetos da legislação, que correspondem a mais de 30% de nossas exportações para o bloco comunitário. De modo a evitar impacto em nossas relações comerciais, solicitamos que a UE não implemente a EUDR a partir do final de 2024 e reavalie urgentemente a sua abordagem sobre o tema”, diz o documento, segundo a agência Reuters.

É uma lição que o Brasil precisa atender. O desmatamento nada tem a ver com produção agrícola, Visa apenas à venda da madeira, Se nosso governo não agir duramente para estancar o desmatamento, poderá haver ameaças ainda maiores à Amazônia. Mas quem se interessa?

###
P.S.São duas atividades criminosas  com objetivos diferentes – o desmatamento é para vender a madeira e a queimada para renovar a pastagem. Queimar a madeira é uma burrice sesquipedal. (C.N.)

Banco Central eleva Selic em 0,25%, e juros vão a 10,75% ao ano

Decisão foi divulgada pelo Copom nesta quarta-feira

Pedro do Coutto

Contrariando a expectativa inicial fixada pelo presidente Lula da Silva, o Banco Central decidiu nesta quarta-feira elevar a Selic para 10,75% ao ano. O aumento foi de 0,25 ponto percentual. É a primeira vez que a autoridade monetária sobe a taxa básica de juros desde agosto de 2022 . A decisão dos diretores do órgão foi unânime. O resultado seguiu as expectativas de agentes do mercado financeiro. A ata da reunião do Comitê de Política Monetária de julho dizia que o órgão não veria problema em aumentar a alíquota caso considerasse necessário.

A Selic influencia diretamente as alíquotas que serão cobradas de empréstimos, financiamentos e investimentos. No mercado financeiro, impacta o rendimento de aplicações. O Banco Central disse no comunicado de anúncio da alta que um novo ciclo de elevações deve se iniciar. Não explicitou, entretanto, quais serão as magnitudes dos aumentos que virão.

COMPROMISSO – “O ritmo de ajustes futuros na taxa de juros e a magnitude total do ciclo ora iniciado serão ditados pelo firme compromisso de convergência da inflação à meta e dependerão da evolução da dinâmica da inflação”, afirma o texto do órgão. A função da autoridade é colocar a inflação no centro da meta, de 3,0%. O índice anualizado estava em 4,24% em agosto (ainda no intervalo de tolerância).

Uma das formas de controlar a inflação é aumentar os juros. O crédito mais caro desacelera o consumo e a produção. Como consequência, os preços tendem a não aumentar de forma tão rápida. O Brasil ocupa a segunda posição no ranking de maiores juros reais do mundo com a decisão.

A reunião do Copom de setembro é a primeira com a indicação oficializada de Gabriel Galípolo para o comando do Banco Central. Atualmente, ele é diretor de Política Monetária da autoridade. Galípolo subiu o tom sobre a condução dos juros depois do encontro de julho. Ele reforçou o posicionamento da ata e defendeu um aumento da taxa básica em uma eventual necessidade. As declarações reforçaram as expectativas do mercado para esta quarta-feira.

RESTRIÇÃO –  “Estamos dispostos a viver com uma taxa mais restritiva por mais tempo, porém, ficou para mim uma sensação de que essa frase […] foi lida como retirar da mesa a possibilidade de alta. E isso não é a realidade do diagnóstico do Copom. A alta está na mesa e a gente quer ver como isso vai se desdobrar”, declarou o diretor em 12 de agosto. As falas se deram ainda antes de ser indicado pelo presidente Lula da Silva para a vaga a ser deixada por Roberto Campos Neto.

Esta é a 3ª reunião seguida do Copom com placar unânime na votação. Houve um racha em maio. Os quatro indicados por Lula para a diretoria do Banco Central votaram por uma redução de meio ponto percentual. Já os cinco nomes colocados pelo ex-presidente Jair Bolsonaro votaram por uma queda de 0,25 ponto percentual – que prevaleceu.

REAÇÃO – A divisão provocou uma reação negativa entre os agentes econômicos. Na reunião seguinte, de junho, todos os diretores votaram pela manutenção da Selic em 10,50% ao ano. A reunião do racha, em maio, foi a única em que Galípolo e Campos Neto não tiveram votos iguais.

Emitir papéis com uma taxa de mais 0,25% significa aumentar o desembolso da União com a rolagem dos juros que incidem sobre a dívida total. Essa é a verdade. O governo anuncia que não é para combater o déficit, mas para captar recursos. Não está sendo claro e nem o BC está sendo portador de uma explicação verdadeira sobre um caso realmente difícil de se resolver. Cada vez mais que a taxa se eleva, maior é a despesa do governo.

E o pai de Paulinho da Viola não queria que ele se tornasse músico…

Paulinho da Viola – Wikipédia, a enciclopédia livre

Paulinho não obedeceu ao pai

Paulo Peres
Poemas & Canções

O cantor e compositor carioca Paulo César Batista de Faria, o Paulinho da Viola, é tido como um dos mais talentosos representantes da MPB. O samba “Catorze Anos” gravado por Paulinho da Viola no LP Na Madrugada, em 1966, pela RGE, foi inspirado nas palavras de seu pai, o excelente violonista César de Faria, o qual não queria que seus filhos fossem músicos, como ele, pois dizia que “sambista não tem valor nesta terra de doutor”.

Todavia, os conselhos não adiantaram, conforme conta a letra de “Catorze Anos”, obra que segundo Paulinho da Viola “traduz a filosofia do sambista do morro e isto significa um pouco de mim mesmo”.

CATORZE ANOS
Paulinho da Viola

Tinha eu 14 anos de idade
Quando meu pai me chamou
Perguntou-me se eu queria
Estudar Filosofia
Medicina ou Engenharia
Tinha eu que ser doutor

Mas a minha aspiração
Era ter um violão
Para me tornar sambista
Ele então me aconselhou
Sambista não tem valor
Nesta terra de doutor
É seu doutor
O meu pai tinha razão

Vejo um samba ser vendido
E o sambista esquecido
E seu verdadeiro autor
Eu estou necessitado
Mas meu samba encabulado
Eu não vendo, não senhor

Em Brasília, as antas de verdade morrem queimadas diante das antas do governo

Seca causa incêndios em Brasília

Brasília fica escondida atrás das nuvens das queimadas

Vicente Limongi Netto

Ao destruir o meio ambiente, vegetações inteiras, matando animais e prejudicando a saúde da população, os Incendiários são da mesma escória ordinária de estupradores, pedófilos e feminicidas. Todos merecem cana dura, sem piedade. Sem a tolice de audiência de custódia. 

E as contradições nos entristecem. Algumas antas e outros animais estão sendo resgatados com vida, nas queimadas do belíssimo Parque Nacional de Brasília, que preservava o Cerrado. Na Esplanada dos Ministérios, porém, as antas estão seguras, sob proteção dos atuais locatários do poder.

LEIS FROUXAS – Anunciam que o maníaco do parque será solto. Preso há 24 anos por matar dezenas de mulheres. A população ordeira e trabalhadora está cansada de leis frouxas que protegem assassinos.

Nos Estados Unidos, um canalha da laia do maníaco do parque pegaria pena de morte ou prisão perpétua.

É por isso mesmo que ninguém leva a sério a decisão do Congresso, sancionada por Lula, punindo feminicidas com 40 anos de cadeia. Brasil é mesmo um país de brincadeirinhas com o bom senso e com a dignidade do cidadão. 

GANSO É SHOW – E o craque Ganso jantou o galo. Fluminense inspirado, tocando bem a bola, com mais uma aula magna de Paulo Henrique Ganso. Administrando o jogo, orientando e dando broncas. Com passes magistrais nas horas certas. Esbanjando forma física.

Dorival Júnior precisa, urgente, trocar as lentes dos óculos. Um bobalhão do atlético, Palácios, quis aparecer à custa do craque Marcelo. Que ganhou mais títulos internacionais do que todos os Palácios do futebol.

E os dois narradores/gritadores da Globo, Luiz Roberto e Gustavo Vilani, enchem os pulmões para chamar o correto analista Júnior de “maestro”. Insuportável e irritante o papelão da dupla. Constrange o próprio Júnior, que foi apenas um bom jogador.  Nem no futebol de praia Junior foi maestro. Só se for no pagode e nas rodas de samba. 

Atacado eletronicamente no Líbano, Hezbollah ameaça Israel

Milhares de aparelhos foram detonados em todo o Líbano

Pedro do Coutto

O clima no Oriente Médio voltou a ficar tenso com os ataques do Hezbollah ao norte de Israel nesta quarta-feira na primeira retaliação à explosão de pagers do grupo extremista no dia anterior. Os ataques, feitos com lançamento de foguetes, atingiram posições de artilharia israelenses.

O Hezbollah e o governo do Líbano acusaram Israel de estar por trás dos ataques aos dispositivos de mensagem utilizados pelo grupo extremista e que explodiram de forma quase simultânea, matando 12 pessoas, entre elas uma menina de 9 anos, e ferindo mais de 2.700. Os aparelhos eram usados pelos integrantes do Hezbollah como forma de comunicação para evitar rastreamento por Israel, já que, ao contrário de celulares, os pagers não têm GPS.

EXPLOSIVOS – O governo do Líbano e o Hezbollah acusaram Israel de ter implantado explosivos dentro dos pagers, antes mesmo de que os aparelhos fossem comprados pelo grupo extremista. Na terça-feira, os Estados Unidos negaram terem tido qualquer participação no ataque. A imprensa norte-americana afirmou, com base em fontes de diferentes governos, que o Mossad, o serviço de inteligência de Israel, foi quem planejou e executou o ataque.

Os pagers foram detonados quando membros do Hezbollah estavam em locais públicos, como lojas e mercados. Ainda de acordo com a imprensa americana, a operação ocorreu antes do planejado pelo Mossad porque o Hezbollah descobriu o plano. Os pagers que explodiram emitiram um alerta antes da explosão, imitando o barulho que fazem ao receber uma mensagem real. Na sequência, foram detonados.

Segundo o jornal “The New York Times”, a suspeita é que Israel implantou os explosivos em um lote de pagers encomendado pelo Hezbollah. A publicação afirmou que uma carga explosiva com menos de 50 gramas foi colocada próxima à bateria, junto a uma espécie de interruptor. Isso possibilitaria que os pagers fossem detonados remotamente. Por volta das 15h30, pelo horário local, os equipamentos receberam uma mensagem que parecia ter vindo da liderança do Hezbollah. A mensagem “falsa”, no entanto, ativou os explosivos.

VÍTIMAS – Várias pessoas sofreram ferimentos na cabeça, nas mãos ou na região da cintura. O fato de o pager ter tocado antes da explosão pode ter induzido os usuários a se aproximarem ou manusearem os equipamentos. Ainda segundo o The New York Times, o Hezbollah havia encomendado mais de três mil pagers. Os equipamentos foram distribuídos para membros do grupo extremista no Líbano, além de aliados no Irã e na Síria.

O governo de Israel anunciou que começou a mover tropas para o norte do país, na fronteira com o Líbano, nesta quarta-feira. O Ministério da Defesa afirmou que está iniciando uma “nova fase da guerra”, dando indícios de que partirá para o combate contra o grupo extremista Hezbollah. A região voltou a se configurar como um temido cenário de confrontos, não havendo perspectiva para pausa ou para um cessar fogo diante dos atentados ocorridos e desfechados por ações paramilitares. Desta forma, a paz no Oriente Médio está longe de ser alcançada.

“A vida não tem sentido, se não tocamos o coração das pessoas”

O que vale na vida não é o ponto de... Cora Coralina - PensadorPaulo Peres
Poemas & Canções

A poeta Cora Coralina, pseudônimo de Ana Lins dos Guimarães Peixoto Bretas (1880-1985), nasceu em Goiás Velho. Mulher simples, doceira de profissão, tendo vivido longe dos grandes centros urbanos, alheia a modismos literários, produziu uma obra poética rica em motivos do cotidiano, conforme o belo poema “Saber Viver”, no qual a sabedoria de Cora Coralina ensina que a vida não tem sentido, se não tocamos o coração das pessoas

SABER VIVER
Cora Coralina

Não sei… Se a vida é curta
Ou longa demais pra nós,
Mas sei que nada do que vivemos
Tem sentido, se não tocamos o coração das pessoas.

Muitas vezes basta ser:
Colo que acolhe,
Braço que envolve,
Palavra que conforta,
Silêncio que respeita,
Alegria que contagia,
Lágrima que corre,
Olhar que acaricia,
Desejo que sacia,
Amor que promove.

E isso não é coisa de outro mundo,
É o que dá sentido à vida.
É o que faz com que ela
Não seja nem curta,
Nem longa demais,
Mas que seja intensa,
Verdadeira, pura… Enquanto durar

Casa Branca se une a deputados contra a “censura prévia” implantada no Brasil

Karine Jean Pierre | News, Videos & More | BET

Porta-voz do governo Biden foi bem clara na afirmação

Carlos Newton

A mídia, que torce desesperadamente a favor do ministro Alexandre de Moraes, aprovando com louvor a implantação da censura prévia nas redes sociais, em processos sigilosos, que excluem devido processo legal, direito de defesa e possibilidade de recurso, noticiou timidamente a posição da Presidência dos Estados Unidos, expressada publicamente na noite desta terça-feira, dia 17.

Em coletiva de imprensa, a porta-voz da Casa Branca, Karine Jean-Pierre, defendeu que os brasileiros “devem ter acesso” à rede social X (antigo Twitter), hoje suspensa no Brasil. A Casa Branca afirmou que todos devem ter direito a se manifestar nas redes sociais e que isso é uma forma de “liberdade de expressão”.

PERGUNTA GLOBAL – A porta-voz do governo dos EUA, Karine Jean-Pierre, deu a declaração em resposta a uma pergunta da jornalista da TV Globo em Washington, Raquel Krahenbuhl, a respeito da posição dos norte-americanos sobre o bloqueio do X no Brasil.

A repórter global Raquel Krahenbul comentou que o X está suspenso no Brasil há cerca de 20 dias (a plataforma começou a sair do ar em 31 de agosto de 2024) e perguntou qual é a visão da Casa Branca. Eis o que respondeu a porta-voz: “Acho que quando se trata de redes sociais, sempre fomos muito claros de que todos devem ter acesso às redes, é uma forma de liberdade, de liberdade de expressão”.

A porta-voz do governo da matriz USA fez esse reparo direto ao governo da filial Brazil, mas não comentou a decisão de dois deputados norte-americanos que apresentaram esta semana um projeto para proibir que ingresse em território americano qualquer autoridade estrangeira que submeta cidadãos americanos à situação de censura prévia, como no caso do X.

EFEITO MORAES – Se aprovada, a proposta pode barrar o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes de entrar no país ou até mesmo deportá-lo, caso a legislação entre em vigor quando o magistrado esteja em solo americano.

De autoria da deputada María Elvira Salazar, da Flórida, e de Darrell Issa, da Califórnia, ambos apoiadores do ex-presidente Donald Trump, o projeto torna “inadmissíveis” e sujeitos à deportação “agentes estrangeiros” que venham a infringir o direito de liberdade de expressão por meio de censura a cidadãos dos EUA em solo americano, uma violação ao direito previsto de forma irrestrita pela primeira emenda da Constituição americana.

Enquanto isso, a TikTok chinesa luta para se manter nos Estados Unidos. Em abril deste ano, o Congresso americano aprovou uma lei que ordena o TikTok a vender sua operação no país ou deixá-lo. A empresa chinesa Bytedance, controladora do app, entrou com recurso e teve seus representantes ouvidos nesta terça-feira, dia 17. Eles reiteraram que não pretendem se desfazer da operação americana do TikTok, e por isso dependem de um resultado positivo na Justiça para se manter no país.

###
P.S. –
Conforme previmos aqui na Tribuna, a bagaça da censura prévia nas redes sociais só dá certo em ditadura. Essa grande ideia do ministro Alexandre de Moraes faz com que a filial Brazil esteja costeando o alambrado da democracia, como dizia Leonel Brizola, que preferiu morar em Nova York quando foi perseguido pelos militares. (C.N.)

Na desesperada “Canção do Bêbado”, a dor de viver, segundo Cruz e Souza

Cruz e SousaPaulo Peres
Poemas & Canções

O poeta João da Cruz e Sousa (1861-1898) nasceu em Desterro, atual Florianópolis, tornou-se conhecido como o “Cisne Negro” de nosso Simbolismo, seu “arcanjo rebelde”, seu “esteta sofredor”, seu “divino mestre”. Procurou na arte a transfiguração da dor de viver e de enfrentar os duros problemas decorrentes da discriminação racial e social.

No poema “Canção do Bêbado”, Cruz e Souza relata a degradação de um homem em decorrência do alcoolismo, do pessimismo, da tragédia afetiva, da opção pela vida fantasiosa, da depressão associada a bebida e da dúvida que, consequentemente, o levará à morte.

A imagem sugerida pela pontuação é sem dúvida alguma a de um homem embriagado caminhando para casa. Sua marcha é irregular, alternando movimento, oscilação, dúvida (interrogação) e pausa, regularidade, certeza (exclamação).

###
CANÇÃO DO BÊBADO
Cruz e Souza

Na lama e na noite triste
aquele bêbado vil
Tu’alma velha onde existe?
Quem se recorda de ti?

Por onde andam teus gemidos,
os teus noctâmbulos ais?
Entre os bêbados perdidos
quem sabe do teu – jamais?

Por que é que ficas à lua
Contemplativo, a vagar?
Onde a tua noiva nua
foi tão cedo depressa enterrar?

Que flores de graça doente
tua fronte vem florir
que ficas amargamente
bêbado, bêbado a vir?

Que vês tu nessas jornadas?
Onde está o teu jardim
e o teu palácio de fadas
meu sonâmbulo arlequim?

De onde trazes essa bruma
toda essa névoa glacial
de flor de lânguida espuma
regada de óleo mortal

Que soluço extravagante
que negro, soturno fel
põe no teu doudejante
a confusão da Babel?

Ah! das lágrimas insanas
que ao vinho misturas bem
que de visões sobre-humanas
tua alma e teus olhos têm!

Boca abismada de vinho
Olhos de pranto a correr
bendito seja o carinho
que já te faça morrer!

Sim! Bendita a cova estreita
mais larga que o mundo vão
que possa conter direta
a noite do teu caixão!

No Ministério, até hoje tentam esconder as provas da fraude de Roberto Marinho

Nome de Roberto Marinho foi ocultado por tarjas

Carlos Newton

Concluo, hoje, a série de artigos sobre a transferência, ou melhor, a usurpação da Rádio Televisão Paulista S/A, canal 5 de São Paulo, durante a ditadura militar, entre 1964 e 1985, pelo jornalista e empresário Roberto Marinho, criador do Grupo Globo de Comunicação, um dos maiores do planeta.

As fraudes por ele cometidas são inquestionáveis, estão todas mais do que comprovadas desde 2003. Há 20 anos, portanto, ao analisar relatos, fatos e documentos referentes à aprovação dessa falsa “aquisição” feita por Marinho, a Procuradoria-Geral da República e o renomado Instituto Del Picchia de Documentoscopia expressaram convicção idêntica:

O QUE FOI APURADO – “Tal como se deu, esteado em documentação falsificada, o ato de concessão estaria eivado de nulidade absoluta”. (…) “Houve irregularidade na falta de fiscalização do CONTEL (Conselho Nacional de Telecomunicações), pois este deveria ter tomado providências, não permitindo que a emissora ficasse mais de doze anos sem regularizar, junto ao órgão público federal, matéria afeta ao aumento do capital social da emissora”. para não perder a concessão,

Passado esse longo período na ilegalidade e não tendo como regularizar o quadro societário da emissora (com mais de 600 acionistas) para manter a concessão, Roberto Marinho teve de cometer outras ilegalidades.

Com a conivência e a omissão do governo militar, via Departamento Nacional de Telecomunicações – DENTEL, o empresário carioca protocolou centenas de Termos de Transferência de Ações, abrangendo a quase totalidade das ações dos sócios fundadores da emissora.

ASSINATURAS FALSAS – Foram cerca de 600 assinaturas falsas numa mesma ocasião, talvez um recorde mundial, em nome dos verdadeiros acionistas da TV Paulista, que “cediam” suas ações a Marinho por CR$ 1,00. Todos eles eram representados por um só procurador, que era funcionário da TV Globo e se dispensou de apresentar as procurações, em Assembleia Geral Extraordinária presidida pelo próprio Roberto Marinho.

A negligência estatal-militar chegou a tal ponto que, em 11 de fevereiro de 1977, as cautelas subscritas com falsidades irreversíveis ainda estavam em nome da Rádio Televisão Paulista S/A, embora desde 1973 sua denominação já era TV Globo de São Paulo.

As herdeiras dos antigos acionistas controladores da Rádio Televisão Paulista S/A (com 52% do capital), que processam o espólio de Roberto Marinho e a TV Globo há 20 anos, requereram recentemente vista desses documentos originais e, surpreendentemente, tiveram acesso a eles.

TARJAS PRETAS – O mais incrível é que até hoje o Contel e o Dentel ainda tentam ocultar as fraudes cometidas por Roberto Marinho. Ferindo a Lei de Acesso à Informação e preceitos constitucionais (incisos XXXIII e LXXVIII do artigo 5º da Constituição Federal), os termos de transferência de ações foram cuidadosamente cobertos por uma tarja escura em todas as linhas que trazem o nome de Roberto Marinho e o valor real da ação, que era de Cr$ 1.000,00 e não apenas de Cr$ 1,00.

Assim, é fundamental rever a injustificável edição das Portarias 163/65 e 430/77 dos governos militares em favor de um dos mais importantes e questionados empresários brasileiros, visto por alguns até como “entidade sobrenatural”.

Conceituados juristas brasileiros entendem que a má-fé e as ações ilícitas praticadas por particulares para se beneficiarem de atos administrativos da competência de entes públicos, sem dúvida, comprometem sua validade e eficácia, a qualquer tempo, o que agora justifica a decretação de sua nulidade, em nome da legalidade e da moralidade.

###
P.S.As nulidades administrativas devem ser contidas e revistas, sempre que forem constatadas. Isso, sim, é Justiça. (C.N.)

Queimadas brasileiras comprometem exportações para União Europeia

Queimadas combinadas com a seca severa atingem diversas regiões

Pedro do Coutto

As queimadas que atingiram vários estados este ano têm implicações econômicas profundas, afetando não apenas a agricultura, mas também a imagem do Brasil no cenário global. O país, líder mundial na exportação de produtos como soja, milho, café, açúcar, suco de laranja e carnes, enfrenta uma crise que vai além das perdas diretas causadas pelo fogo. Integrantes do governo e representantes do setor privado expressam preocupação com a possibilidade de que esses incêndios possam ser utilizados para desqualificar a produção agrícola brasileira.

A crise das queimadas, combinada com a seca severa que atinge diversas regiões, configura uma ameaça econômica significativa. O governo brasileiro tem trabalhado para mitigar os impactos externos, apresentando a situação como resultado de condições climáticas extremas e possíveis ações criminosas, além de destacar que outros países também enfrentam problemas semelhantes com incêndios florestais.

NOVA LEGISLAÇÃO – O desafio para o governo é ainda mais urgente com a iminência da nova legislação da União Europeia, que entrará em vigor em 1º de janeiro de 2025. Esta regra proíbe a comercialização de produtos originários de áreas desmatadas, o que representa uma ameaça direta para as exportações brasileiras.

Com a previsão de que o Brasil possa perder mais de um terço de suas exportações para o bloco europeu, o equivalente a cerca de US$ 15 bilhões anuais, o governo busca uma prorrogação para adaptar-se às novas exigências e está em negociações para garantir um período de adaptação mais amplo.

MENSAGEM –  O governo tem levado ao exterior a mensagem de que os incêndios ocorrem em meio a uma forte seca, de que há suspeita de ações criminosas e que outros países também sofrem com o fogo. Além disso, afirma que o Brasil está atuando para conter os problemas. Por isso, argumenta o governo Lula, não haveria motivos para punir as exportações brasileiras.

As queimadas deste ano não apenas representam uma crise ambiental e econômica imediata, mas também uma oportunidade para o Brasil reavaliar suas estratégias de exportação e comunicação internacional. O governo e o setor privado enfrentam um desafio complexo, que exige ações decisivas e uma colaboração internacional robusta para proteger a sustentabilidade da produção agrícola e a reputação global do país.

O Brasil tem que combater o fogo, como está fazendo no cerrado, por exemplo, prender os criminosos, levá-los à Justiça, deixar evidente o comprometimento do governo tanto com o combate aos incêndios quanto a destruição da floresta amazônica. Não é possível assistir ações irresponsáveis de forma passiva e que comprometem a economia e a imagem do país.

Provocações e violência: o lamentável cenário da campanha eleitoral

Datena e Marçal protagonizam episódio lamentável na TV

Pedro do Coutto

O apresentador e candidato à Prefeitura de São Paulo, José Luiz Datena, arremessou na noite de domingo uma cadeira contra o adversário Pablo Marçal durante o debate da TV Cultura . O jornalista foi expulso e o ex-coach também deixou o local.

Antes da agressão, Marçal havia sido sorteado para fazer uma pergunta a Datena e questionou o apresentador sobre quando ele iria desistir da disputa. No 2º bloco, o clima entre ambos já havia esquentado, quando Marçal acusou o jornalista de ter assediado sexualmente uma mulher. Em resposta, Datena afirmou que a acusação a qual Marçal se referia já havia sido arquivada por falta de provas. Disse que o desgaste com episódio “chegou a provocar a morte” de sua sogra.

PROVOCAÇÃO –  Pablo Marçal voltou a provocar o apresentador e o questionou novamente quando ele deixaria a disputa. “O Brasil quer saber, São Paulo quer saber, que horas você vai parar, você não respondeu à pergunta. Você atravessou o debate esses dias para me dar um tapa, e falou que queria ter feito, você não é homem pra isso”, disse.

Depois desse momento, Datena foi para cima de Marçal com uma cadeira. O programa foi interrompido por alguns minutos. Quando retomado, o apresentador da TV Cultura, disse que o episódio “foi um dos mais absurdos da televisão brasileira”. Informou que Datena foi expulso e que Pablo Marçal optou por deixar o local. Guilherme Boulos, Tabata Amaral, Ricardo Nunes e Marina Helena continuaram no debate.

REPERCUSSÃO – Durante todo o dia de ontem, os veículos de comunicação repercutiram o fato. A questão é que no episódio que culminou com a agressão de José Luiz Datena contra Pablo Marçal, perderam todos. O público eleitor espera ver a apresentação de projetos, as propostas de cada candidato para as melhorias da cidade e não a constante troca de acusações e provocações.

Neste domingo, a violência ficou marcada pelo grau grotesco, independentemente de que estivesse certo ou errado. Além disso, nenhum dos dois está bem situado nas pesquisas, uma vez que, ao que tudo indica, a decisão para a Prefeitura de São Paulo será entre Boulos e Nunes. O confronto visto vai entrar para a história política como um triste capítulo, um espetáculo lamentável que não acrescentou nada para os candidatos. A reta final da campanha vai demonstrar isso.

Paulo Vanzolini, o compositor que nos ensinou a dar a volta por cima

Paulo Emílio Vanzolini – ABC

Vanzolini, grande compositor e boêmio paulista

Paulo Peres
Poemas & Canções

O zoólogo e compositor paulista Paulo Emílio Vanzolini mostra na letra de “Volta Por Cima” que se recuperar de um tombo não é uma tarefa das mais fáceis, visto que não é todo mundo que consegue levantar, sacudir a poeira e dar a volta por cima, com tanta destreza como no samba do Vanzolini, gravado pelo cantor Noite Ilustrada, em 1963, pela Philips, com enorme sucesso.

Segundo os psicólogos, muitas vezes, quando caímos por qualquer motivo, entre eles o fim de um relacionamento, a perda de um emprego, um acidente ou até mesmo a pressão do dia-a-dia, tendemos a ficar estatelados no chão sem saber direito como levantar e seguir adiante.

Todavia, existem pessoas que conseguem tirar de letra as dificuldades e passar pelos problemas, mesmo quando tudo parece conspirar negativamente, estampam o sorriso no rosto e seguem em frente. Pessoas assim são naturalmente mais preparadas para lidar com as adversidades.

###
VOLTA POR CIMA
Paulo Vanzolini

Chorei, não procurei esconder
Todos viram, fingiram
Pena de mim, não precisava
Ali onde eu chorei
Qualquer um chorava
Dar a volta por cima que eu dei
Quero ver quem dava

Um homem de moral não fica no chão
Nem quer que mulher
Lhe venha dar a mão
Reconhece a queda e não desanima
Levanta, sacode a poeira
E dá a volta por cima

Governo Lula nunca elaborou planos para enfrentar os problemas do país

Queimadas derrubam avaliação do governo Lula sobre meio ambiente: veja como o brasileiro enxerga a gestão em oito áreas

Queimada é sempre desafio para um governo incompetente

Carlos Newton

Sempre que o país entra numa crise grave, a primeira providência dos governantes é dizer que vão chamar os militares, como o presidente Lula da Silva acaba de fazer, referindo-se ao problema das queimadas. É claro que as Forças Armadas pouco podem fazer, além do que já fazem, como disponibilizar helicópteros e aviões para combater os incêndios. Nem pensar em colocar recrutas para atuar como bombeiros brigadistas, pois não têm preparo, só servem para ocupar posições de apoio às equipes profissionais que colocam suas vidas em risco de uma maneira impressionante.

Geralmente, as medidas tomadas são apenas midiáticas, como a criação da Autoridade Climática, quem nem o próprio Lula sabe o que significa nem o que fará. É uma espécie de nomeação fake, para fingir que o governo está tomando alguma providência.

MELHORES LEIS – Estamos cansados de informar aqui na Tribuna que o Brasil tem as melhores leis ambientais do mundo, algo jamais imaginado em nenhuma outra nação que possua grandes extensões de terra agricultáveis, como Estados Unidos, Canadá, Austrália, Rússia, Índia e China, nossos principais concorrentes na agricultura e na agroindústria.

Aqui no Brasil, os parlamentares decidiram que na Amazônia o produtor rural só pode utilizar 20% da área de sua propriedade; no Pantanal, 50%; no Cerrado, 35% e nas outras regiões, 20%. O problema é que não existe fiscalização.

Como acontece em todos os países do mundo, também aqui no Brasil os fazendeiros tocam fogo nas pastagens, para renová-las. Com isso, destroem as áreas de reserva e o fogo se espalha pela floresta.

QUEIMADAS – Os produtores rurais aproveitam as queimadas para expandir seus campos de criação acima do percentual da lei,

A maneira de fiscalizar é fácil, via satélite, fotografando cada propriedade rural. Se não está cumprindo a lei, multa e exigência do reflorestamento.

Mas falta vontade política, reina a esculhambação. Nenhum governante se lembra de que os militares poderiam ser convocados para esta missão, que é do interesse do mundo inteiro, que pode entrar com recursos para custear nosso projeto. Mas o problema é que não existe nenhum projeto. O governo apenas finge fiscalizar.

###
P.S. –
Quando Lula da Silva ganhou a primeira eleição, em 2002, convidou o economista Carlos Lessa para o BNDES. Ele aceitou e foi pedir ao PT o programa de governo, mas não havia nada, rigorosamente nada.

Lessa e seu vice Darc Costa fizeram seu próprio programa e colocaram em ação, levando a economia a crescer de tal maneira que chegou a 7,5% em 2010, quando a parasita Dilma Rousseff foi eleita.

Agora, Lessa não está mais entre nós, Darc Costa voltou aos trabalhos como consultor da Escola Superior de Guerra, e Lula está de novo no poder, sem o menor rascunho de programa, e fica embromando, ao invés de organizar o desenvolvimento. É pena. Tenho saudades do meu amigo Lessa, faz uma falta danada. (C.N.)

Com o Brasil sem rumo, a iniciativa privada ainda exibe boas realizações

Brasília: 10 motivos que fazem a capital merecer a sua visita!

Brasília vai ganhar um novo hospital e mais um hotel

Vicente Limongi Netto

Uma quadra de aflições, rancores, impaciência, violência, temores, desapontamentos. Brasil sem rumo. Desigualdades crescendo. Falastrões incompetentes fazem caras e bocas em altos cargos. A insensibilidade e a hipocrisia dominam a vida nacional. O Supremo Tribunal Federal (STF) toma algumas decisões certas, diante da inércia do governo, e outras erradas. Mas a iniciativa privada ainda responde bem, dando demonstrações de procedimentos acertados.

Consciente que só no dicionário o sucesso vem antes do trabalho, o presidente da Federação do Comércio do Distrito Federal, José Aparecido Costa Freire, destaca que o Sistema Fecomércio-DF e o Sistema Comércio Brasileiro “são um universo de possibilidades”. São sistemas sintonizados com o Brasil.

NÚMEROS EXPRESSIVOS – Aparecido comemora números expressivos do projeto “Mais perto de todos”, dentro da expansão do sistema de Brasília: mais de 100 mil atendimentos, o crescimento de quase 200% de pessoas cadastradas pelo Sesc-DF, mais de 7 milhões de hora-aula no Senac e inclusão de mais de 5 mil jovens e estagiários pelo IF no mercado de trabalho.

Aparecido também salienta que graças a “visão de futuro” do presidente da Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC), José Roberto Tadros, a cidade de Brasília ganhará, no segundo semestre de 2026, um novo hotel, no Setor Hoteleiro Norte e um novo hospital, na L-2 Sul. 

FUTEBOL – Vexame do Fluminense foi para testar meu coração. É a segunda vez que perdemos, levando virada, do Juventude. Vencendo, subiríamos cinco posições. O treinador Mano Menezes desta vez foi infeliz nas mexidas do time. Sem Ganso e Marcelo, o time surtou. E Felipe Melo voltou ao normal. Perdido e lento. 

PALMAS –   Convenhamos, foi merecida a cadeirada do Datena no cafajeste do Pablo Marçal. Se a moda pega…

Insegurança torna a população refém e apenas vem à tona em época de eleições

Problema se prolonga e é usado apenas como tema de promessas

Pedro do Coutto

Pesquisa nacional publicada na edição de ontem de O Globo revela que o problema da segurança pública é o maior e mais intenso das principais cidades do país. Todos querem realmente que o poder público enfrente a força da criminalidade que se projeta em todos os setores da atividade urbana. Estamos diante de uma situação em que sete das dez principais cidades têm o tema como urgência absoluta. A amostragem é significativa.

Reflexo de fenômenos que assolam as grandes cidades, o medo da população vem servindo de munição no debate eleitoral — e a segurança, área na qual os municípios têm limitações para atuar, “invade” as campanhas por meio de promessas e trocas de farpas. Seis a cada dez candidatos nas 26 capitais falam em aumentar o poder da Guarda Municipal, por exemplo.

PLANEJAMENTO – Mas esta não é a solução. A questão é a falta de planejamento e a efetiva atuação dos governantes. Também surgem propostas voltadas para a vigilância tecnológica, enquanto a iluminação pública passou a ser menos mencionada.

As cidades mais violentas do país, segundo os dados do Atlas da Violência, não são necessariamente as que estão dizendo agora, nas pesquisas eleitorais, que têm a segurança como maior preocupação. Isso se dá, avalia o diretor-presidente do Fórum Brasileiro de Segurança Pública, Renato Sérgio de Lima, por causa da ascensão nos grandes centros urbanos de problemas como as cracolândias, o medo de que o roubo de celular resulte em crimes financeiros e a disseminação do crime organizado.

CAPITAIS –  Os maiores percentuais de inquietação com a segurança nas capitais, acima dos 40%, estão no Rio (60%), Salvador (51%), Vitória (47%) e Fortaleza (45%). Entre elas, apenas o município capixaba não está entre os mais populosos do Brasil. Em São Paulo, maior cidade do país, 32% dos entrevistados colocam o tema no topo dos problemas. É no Centro paulistano, inclusive, que se forma a cracolândia mais conhecida, palco de diversas cenas de assaltos e incursões policiais nos últimos anos.

A questão é prioritária, e para ser tem uma ideia, um celular é roubado no país a cada 20 segundos. É uma situação alarmante que vai se agravando na medida em que nenhuma ação concreta é tomada. É preciso planejar com base na incidência dos fatos em todos os locais em que tais casos ocorrem com um sistema capaz de neutralizar a atividade dos ladrões.

Isso, além de outros fatos ainda mais graves, atinge as esferas públicas. A população está alarmada e clamando socorro. Mas, ao que tudo indica, por enquanto, o tema só volta à pauta quando acompanhado de promessas durante as campanhas eleitorais.